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Um levantamento inédito feito em 12 capitais brasileiras, pela Mobilize (Movimento de Mobilidade Urbana Sustentável), entre fevereiro e abril de 2012, mostra as melhores e piores calçadas do país. Na pesquisa foram observados itens (atribuindo-se notas de zero a dez a cada um), como irregularidades no piso, largura mínima de 1,20 m conforme norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), degraus que dificultam a circulação e obstáculos - como postes, telefones públicos, lixeiras, bancas de ambulantes e de jornais, entulhos etc.

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Segundo dados do IBGE (2010), no Brasil, cerca de 30% das movimentações cotidianas são realizadas a pé, principalmente em função do alto custo do transporte público. Recife foi uma das 12 capitais a serem analisadas em algumas das principais vias da cidade, como as avenidas Conde da Boa Vista, Norte, Caxangá e Boa Viagem. Segundo o Mobilize, as calçadas devem ser suficientemente largas e, sempre que possível, protegidas por arborização para conforto de quem anda sob o sol e bem iluminadas, para quem caminha à noite.

E ainda: as calçadas devem ser complementadas por faixas de segurança, equipamento básico para a travessia segura das ruas, além de semáforos especiais, placas de sinalização e outros equipamentos de segurança podem ser necessários nas vias de maior movimento.

O que não é exatamente a realidade da capital pernambucana. Ocupando o 4° lugar do ranking das piores calçadas do país, Recife apresenta sérios problemas de mobilidade. É comum encontrar na capital pernambucana dificuldade como buracos, imperfeições nos pavimentos, remendos provocados por serviços mal feitos, falta de rampas de acessibilidade, degraus e obstáculos que impedem a livre circulação de pedestres e cadeirantes. 

“As situações das calçadas são péssimas. É horrível para transitar, principalmente para nós mulheres que costumamos usar salto alto. Já torci o pé algumas vezes, por conta dos buracos e o pavimento todo quebrado”, comentou a balconista Luciene Barbosa.

A situação piora quando tratamos dos idosos que também são obrigados a circularem por essas calçadas que têm o aspecto de inacabadas. A dona de casa Adejanir Alves, de 65 anos, diz que sente muita dificuldade em sair só por ser muito arriscado para ela andar, uma vez que ela já fraturou a bacia em uma queda. “Já tropecei muito nas calçadas, a minha sorte é que sempre tinha alguém para me segurar ou um muro ou poste”, lamentou.

Um Projeto de Lei que transfere a responsabilidade das calçadas dos proprietários para o poder público municipal foi elaborado pela vereadora Priscila Krause. Ele foi apresentado em uma audiência na última terça-feira (19), na Câmara do Recife. “As calçadas fazem parte do sistema viário da cidade, então tem que ser cuidado pelo poder público”, ressalta Priscila. Ela também sugere que seja criado um Fundo Municipal voltado para ações de melhorias nas calçadas do Recife. 

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