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As autoridades religiosas chinesas iniciaram nesta quinta-feira uma investigação sobre um monge budista acusado de ter assediado sexualmente seis monjas, uma denúncia desmentida por seu monastério.

Um relatório elaborado por duas ex-monjas e divulgado pela internet no início desta semana provocou um escândalo que atingiu o mestre Xuecheng, membro do Partido Comunista, e o monastério Longquan, que ele dirige.

Xuecheng é acusado de enviar mensagens de celular com tom desinibido ou ameaçador a seis monjas para forçá-las a ter relações sexuais com ele.

Quatro delas aceitaram sua petição, depois dele ter lhes assegurado que o sexo fazia parte de sua formação budista, segundo o relatório, que também denuncia a situação precária das finanças do monastério.

"Recebemos os elementos e o conteúdo descrito no relatório e começamos uma investigação e um trabalho de verificação destas afirmações", indicou nesta quinta-feira a administração estatal encarregada dos assuntos religiosos.

Segundo o jornal oficial Global Times, as autoridades convocaram e interrogaram Xuecheng, mas em seguida o deixaram em liberdade.

O monastério de Longquan desmentiu as acusações em um comunicado. Além disso, criticou que no relatório aparecem "provas traficadas" e denunciou "uma tentativa deliberada de prejudicar" o mestre Xuecheng e seu monastério.

Xuecheng, chefe da Associação budista chinesa e membro da câmara consultiva do Parlamento chinês, é uma celebridade na China, onde milhões de fiéis acompanham suas publicações no Weibo, o equivalente ao Twitter no país.

Na China, não existe nenhuma definição legal do abuso sexual, uma prática muito estendida no país. A campanha #MeToo, que teve um impacto mundial após a revelação do caso Weinstein, motivou estudantes chinesas a denunciarem casos de agressão e de assédio sexual em campi universitários.

O Dalai Lama acusou neste sábado a China de disseminar informações falsas sobre sua viagem a um monastério próximo à fronteira com a Índia que provocou a revolta de Pequim, que reivindica esta região do Himalaia como parte de seu território.

"As pessoas têm informação errada", disse o monge de 81 anos aos repórteres em Tawang, no distrito indiano de Arunachal Pradesh, em cujo monastério remoto encontrou refúgio há algumas décadas.

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"Desejaria que um funcionário chinês me acompanhasse na minha visita aqui, (visse o que) faço, o que digo. Então conheceriam a realidade", disse.

Pequim protestou nesta semana ante o embaixador indiano, acusando Nova Déli de fornecer uma plataforma para o Dalai Lama "realizar atividades separatistas e anti-China".

Depois de ter se dirigido aos fiéis no monastério, considerado um dos locais mais sagrados do budismo tibetano, o Dalai Lama criticou Pequim, acusando seus governantes de confundir o povo sobre a natureza da sua visita.

O povo chinês tem "o direito de conhecer a realidade (...) Só tem informação de uma lado e informação equivocada é algo moralmente ruim, estão enganando seu próprio povo".

O governo indiano insistiu que a viagem era puramente religiosa e destacou que o Dalai Lama já havia estado em Tawang no passado, acusando a China de criar uma "controvérsia artificial".

Dezenas de túmulos do cemitério de um monastério cristão, a oeste de Jerusalém, foram vandalizados, segundo anunciou neste sábado (9) o Patriarca Latino, que pediu às autoridades israelenses para encontrar os culpados. "As cruzes de vários túmulos foram destruídas e jogadas no chão", disse o patriarca em sua página na internet, informando que as ações "ocorreram em meados de dezembro". O monastério de Beit Jamal pertence à congregação dos Salesianos, e fica próximo à cidade israelense de Beit Shemesh.

Um porta-voz das igrejas católicas na Terra Santa, Wadi Abounassar, disse à AFP que não foram encontrados perto das tumbas nenhum lema anti-cristão, ao contrário das profanações e tentativas de atear fogo a diferente lugares cristão nos últimos anos, atribuídos a extremistas judeus. Uma profanação similar havia ocorrido no mesmo cemitério em 1981, recordou o patriarca, destacando que os autores não foram detidos. "Exigimos que tais fatos sejam tratados pelas autoridades israelenses com toda a seriedade", completou. O patriarca também pediu "à polícia e às autoridades israelenses, em geral, a fazer todo o possível" para levar diante da justiça os responsáveis pela profanação.

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