Tópicos | moradores da Ilha de Joaneiro

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Enquanto o fogo destruía os barracos da Ilha de Joaneiro, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife, a tristeza consumia os moradores da localidade. Um incêndio, ainda sem causa identificada pelas autoridades oficiais, atingiu as casas do local, por volta das 21h desta sexta-feira (13), obrigando os populares a fugirem desesperados e clamarem por ajuda. Mesmo sem o Corpo de Bombeiros classificar a proporção do incêndio, foi possível visualizar destruição em massa.

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Segundo populares, até o fechamento desta matéria, não havia vítimas, porém, muitas famílias já se mostraram desamparadas e sem saber para onde ir. Moradora da Ilha de Joaneiro há sete anos, a vendedora Marcela Gomes, aos prantos, dizia a cada instante que não tinha mais onde morar. Mãe de três filhos, Marcela salvou dois pouco antes do fogo começar, enquanto o terceiro, por sorte, já estava fora da casa.

“Quando eu cheguei o fogo já tinha destruído tudo. Graças a Deus, consegui salvar meus filhos, mas agora não tenha para onde ir. Perdi tudo! Várias vezes fizemos protesto aqui na Agamenon (avenida próxima à comunidade), cobrando a construção das nossas casas que a Prefeitura do Recife prometeu. Temos até um terreno, lá em Nova Descoberta. Mas agora, estou desamparada. Nós precisamos de ajuda”, falou a moradora.

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Coordenador do Movimento Nacional de Luta pela Moradia em Pernambuco (MNLN), Paulo André de Araújo, ao saber do incêndio, se dirigiu à comunidade. Revoltado e instigando os moradores a procurarem o prefeito Geraldo Julio, o rapaz afirmou que, por várias vezes, cobrou da Prefeitura e do Governo do Estado uma atenção para as condições precárias da Ilha de Joaneiro.

“Essa fogo que está destruindo tudo é uma tragédia anunciada. Travamos uma batalha de negociação com o Governo de Pernambuco para construir moradias dignas para os moradores da comunidade, através do Programa Minha Casa, Minha vida, mas nunca tivemos resultado. Não existe coleta de lixo na Ilha de Joaneiro e a ausência do poder público faz as famílias viverem em condições precárias de moradia”, afirmou Paulo André.

De acordo com o coordenador do MNLN, existem 126 famílias no local, mas a grande maioria perdeu tudo no incêndio e não tem para onde ir. O LeiaJá encontrou alguns integrantes da Defesa Civil do Recife, porém, sem se identificar, eles afirmaram que ficarão de plantão para coletar os nomes dos moradores e criar um cadastro que, ao que tudo indica, será utilizado para acomodar os moradores em abrigos.

Representantes dos Bombeiros também preferiram não falar sobre o incêndio. Até o início da madrugada desta sábado (14), a corporação continuou trabalhando para controlar o fogo.

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