Tópicos | mortes prematuras

Um quarto das mortes prematuras e das doenças que existem no mundo estão relacionadas à poluição e a outros danos ao meio ambiente provocados pelo homem. É o que alerta a Organização das Nações Unidas (ONU) em um relatório divulgado hoje (13) em Nairóbi, no Quênia.

O documento aponta que a poluição atmosférica, os produtos químicos que contaminam a água e a destruição acelerada dos ecossistemas vitais para bilhões de pessoas estão provocando uma epidemia mundial.

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Anualmente, a poluição do ar mata entre 6 e 7 milhões de pessoas. Já a falta de acesso à água potável mata 1,4 milhão a cada ano por causa de doenças que poderiam ser evitadas, como diarreias.

Ainda segundo o documento, os produtos químicos despejados no mar tem causado efeitos negativos na saúde de várias gerações e, atualmente, 3,2 bilhões de pessoas vivem em regiões destruídas pelo desmatamento e pela agricultura intensiva.

Além disso, a utilização irregular de antibióticos na produção alimentar pode levar ao surgimento de bactérias resistentes, que podem se tornar a primeira causa de mortes prematuras até 2050.

A boa notícia é que a situação não é irremediável, mas necessita, sobretudo, da redução das emissões de dióxido de carbono e do uso de pesticidas. Há uma ação prevista no Acordo de Paris de 2015, que pretende limitar o aquecimento global a +2°C até 2100.

No entanto, os cientistas lembram que não há nenhum acordo internacional sobre o meio ambiente e os impactos da poluição e do desmatamento sobre a saúde humana. E que o desperdício de alimentos também precisa ser reduzido, dado ao fato de a população mundial jogar no lixo um terço da comida produzida, principalmente nos países ricos, que respondem por 56% do desperdício.

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