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O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta quarta-feira que a redução de 20% na conta de energia elétrica "veio para ser definitiva". Lobão anunciou que a presidente Dilma Rousseff assinará nesta quarta-feira um decreto, que será publicado em edição extra do "Diário Oficial" da União (DOU), que permite à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizar a Eletrobras a repassar recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para 64 distribuidoras de eletricidade em todo o País.

O decreto permitirá o repasse, até segunda-feira, 3, de um total de R$ 2,8 bilhões para essas empresas. Esses recursos servirão para bancar o custo da não adesão das Companhias Energéticas de São Paulo (Cesp), Minas Gerais (Cemig) e Paranaense de Energia (Copel) ao pacote de renovação antecipada das concessões do setor elétrico.

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Caso o decreto não fosse editado, a conta de energia do brasileiro poderia aumentar, em média, 4,6%. "Em alguns Estados, seria menor e, em outros, chegaria a 15%", disse. "Como estamos tomando todas essas providências, nada vai se alterar na conta de energia dos brasileiros. A redução de 20% veio para ser definitiva", afirmou ele.

Essa solução foi necessária porque o Senado não votou a Medida Provisória (MP) 605, que amplia os descontos na conta de luz e que perde a validade na segunda-feira. O decreto será necessário, de acordo com Lobão, para cobrir o intervalo entre essa data e o prazo da MP 609, que terá de ser votada no Congresso até 5 de julho. O ministro de Minas e Energia disse que o objetivo era esclarecer ao País as consequências da não votação da MP. Lobão disse que examinou a questão com líderes parlamentares e com o governo.

"Quaisquer que sejam os percalços que tenhamos de enfrentar, como tivemos anteriormente, eles serão removidos, legalmente, para que a população brasileira, a indústria e o comércio se beneficiem dessa medida do governo", declarou. Lobão garantiu ainda que o conteúdo da MP 605 será introduzido em outra medida, que deve ser a 609, que desonera a cesta básica.

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), reafirmou nesta quarta-feira (29) que serão avaliadas propostas que mudam o rito de apreciação de Medidas Provisórias (MPs). Alves disse que os parlamentares na Câmara também reclamam muito do prazo curto. Segundo ele, as MPs ficam por um "prazo muito longo, desnecessário, nas comissões mistas", o que dificulta o trabalho da Câmara.

Alves criticou ainda o excesso de MPs que chega à Casa, ressaltando que isso não é um problema apenas do governo Dilma Rousseff. "O que nos compete fazer é melhorar o rito da sua tramitação para apreciação de melhor qualidade com mais tempo, tanto nesta casa quanto no Senado, disse.

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Novo descompasso da articulação política e mais um embate com o PMDB, desta vez tendo o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), como personagem principal, coloca em risco a manutenção de uma promessa da presidente Dilma Rousseff: a queda nas contas de luz.

Sem sucesso, aliados do Planalto passaram a terça-feira (28) tentando assegurar a votação, no Senado, de medidas provisórias que perderão a validade na próxima segunda-feira (3). Renan se recusou a ler a MP 605 (das tarifas de energia) e a MP 601 (que concede desonerações ao setor produtivo) e submetê-las a voto, alegando que a votação açodada de medidas provisórias subtrai do Senado seu poder constitucional de revisor.

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Por volta das 23h40, Renan encerrou a sessão por falta de quórum. Ele decidiu submeter à Comissão de Constituição e Justiça um pedido do líder do PT, Wellington Dias (PI), para que as MPs entrem em votação. A decisão, no entanto, é apenas protocolar e não haverá tempo hábil para votar as medidas. "Não vai dar tempo", sentenciou Renan, na terça-feira à noite.

O PT ficou isolado na tentativa de votar as medidas provisórias na terça-feira. Além do PMDB, partidos da base, como PSB, PR, PDT, PP e PTB não apoiaram a votação imediata. "As MPs todas são importantes, sem exceção. Mas não são mais importantes do que o Senado, que as instituições, que a democracia. O governo não pode apequenar o Senado", afirmou Renan em plenário na terça-feira, 28, no calor da discussão.

Ao tomar consciência da resistência dos senadores, liderados por Renan Calheiros, o Planalto acionou ministros e líderes para assegurar que buscará alternativas para garantir as tarifas de energia permaneçam mais baixas, como anunciado por Dilma em cadeia nacional de rádio e televisão.

Entres as possibilidades estão a elaboração de um projeto de lei, que seria votado em regime de urgência, ou o acréscimo de uma emenda a outra medida provisória que já tramita no Congresso. A Constituição veda reedição de medida provisória sobre o mesmo tema de uma que já tenha sido derrotada ou que tenha caducado. Renan chamou de "anomalia constitucional" o rito de tramitação das medidas provisórias.

Sete dias

O peemedebista alegou que havia se comprometido com as lideranças da base aliada e com o Palácio do Planalto, no polêmico episódio da votação da Medida Provisória dos Portos, há duas semanas, a só colocar em votação os textos que chegassem ao Senado com um prazo de pelo menos sete dias antes do vencimento. Como esse não era o caso da MP da tarifa da energia, Renan deixou claro que não faria novo esforço político para aprovar uma proposta de interesse do Planalto.

A MP 605 permitia o uso de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para compensar descontos concedidos a setores e viabilizar a redução da conta de luz. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite, com a perda de validade da MP poderá haver aumento imediato da tarifa para o consumidor residencial e indústrias de 3,5%, em média.

Às 19h30, quando a situação no Senado ainda era tensa, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, fez um comunicado aos jornalistas e "lamentou" a não votação das medidas. "O governo lamenta muito a não colocação em votação de duas medidas provisórias importantes para a população brasileira.". Antes do comunicado, a ministra se reuniu por diversas vezes ao longo do dia com a presidente.

"A população não precisa se preocupar", assegurou Gleisi. A ministra não deu detalhes de como o governo vai agir para manter a queda das tarifas. O anúncio da redução da tarifa de energia foi feito por Dilma no dia 23 de janeiro. Foi apontado nos bastidores como um sinal claro de que a presidente já entrava em campanha pela reeleição.

O governo deve assegurar a redução da conta de luz com repasses do Tesouro para a Conta de Desenvolvimento Energético, que vai custear o corte na conta de luz. Terá ainda de fazer um malabarismo fiscal para manter desonerações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse na noite desta terça-feira que a Casa fez "o que era possível" para aprovar as MPs 605 e 601 em tempo para apreciação do Senado e que é necessário respeitar a decisão do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, sobre a votação das medidas em plenário. "Que (o episódio) sirva de lição para todos nós", afirmou.

Alves ressaltou que a Câmara "também se ressente" de votar as Medidas Provisórias em um prazo curto, já que elas passam a maior parte do tempo nas Comissões Mistas. "Acho que é uma boa oportunidade para rediscutir a metodologia, um novo rito para Medidas Provisórias", defendeu. O peemedebista informou que mandou desengavetar um antigo projeto do senador José Sarney (PMDB-AP) que trata do trâmite das medidas no Congresso.

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Diante de anúncio do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), de não incluir na pauta de votação desta semana as Medidas Provisórias de redução das tarifas de energia e a que desonera 16 setores da economia, o Palácio do Planalto decidiu reagir, lamentando a não votação e avisando que tem solução jurídica para assegurar a manutenção do preço da energia reduzida. O comunicado, feito às 19h30 desta terça-feira pela ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, "lamentando a não votação das duas MPs", no entanto, ignorou as negociações entre partidos aliados da base governista que estavam em andamento. Os partidos tentavam votar os textos, apesar da posição de Renan Calheiros, que reiterava que as votações só ocorreriam no Senado se a Casa tivesse pelo menos sete dias para analisá-las. Se o prazo for cumprido, a medida perde a validade na segunda-feira, 3.

"O governo lamenta muito a não colocação em votação de duas medidas provisórias importantes para a população brasileira", disse a ministra Gleisi, em comunicado à imprensa, de menos de um minuto, sem responder a nenhuma pergunta. Gleisi, que trouxe o recado da presidente Dilma Rousseff, com quem se reuniu por diversas vezes durante o dia, avisou ainda que "a população não precisa se preocupar", porque a redução da tarifa de energia estava garantida e não corria risco de ser derrubada. A ministra não explicou mas, na verdade, a MP que reduziu as tarifas foi sancionada por Dilma em janeiro, em pronunciamento oficial à Nação, quando anunciou que os consumidores residenciais teriam, em média, desconto 20,2% e a indústria, cerca de 32%.

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A presidente Dilma Rousseff, apesar de fazer questão de marcar posição, com a designação de Gleisi para responder a Renan Calheiros, não fez a tradicional pressão sobre o Congresso ou levou a questão para extremos, considerando que este poderia se tornar um problema entre poderes. Pela manhã, a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, foi incumbida de telefonar para Renan Calheiros, a fim de levar os apelos do Executivo para que o tema fosse votado. Renan Calheiros, no entanto, não se sensibilizou. O governo decidiu, então, procurar uma forma legal de assegurar a redução da conta de energia, com a permissão para o repasse, pelo Tesouro Nacional, para a chamada Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que vai custear o corte na conta de luz. A saída poderá ser ou incluir a proposta em uma MP em tramitação ou mandar um outro projeto de lei ao Congresso, em regime de urgência.

A ministra Gleisi, ao se referir à MP que desonera setores da economia e que também caducará na segunda-feira, com a decisão de Renan Calheiros de não votá-la no Senado, avisou que o governo vai encontrar uma solução para que, "na sequência", as retiradas dos impostos dos produtos voltem a valer.

"Até encontrar a solução legislativa adequada, faremos um esforço grande para que as desonerações tributárias previstas na MP 601 possam ter efeito na sequência", declarou a ministra. "Infelizmente teremos um período em que elas não terão efeito tanto para a construção civil quanto para o Reintegra quanto para outros setores que estavam lá sendo beneficiados". E emendou: "Vamos fazer um esforço para que a gente possa o mais rápido possível fazer com que esses setores voltem a ter esses benefícios".

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), fez nesta terça-feira, no plenário da Casa, um apelo público ao presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), para que as Medidas Provisórias (MPs) 605 e 601 sejam votadas a tempo. As duas MPs perdem a validade na segunda-feira, 3, e precisam ser apreciadas pelo Senado antes dessa data. Calheiros, no entanto, comprometeu-se, há cerca de duas semanas, a não pôr em votação matérias que chaguem da Câmara com menos de sete dias de validade, como é o caso destas duas medidas. Na noite desta terça, o Senado abriu a sessão sem definir a votação das Mps.

"Faço um apelo público para que todo esse esforço não tenha sido em vão. Que o Senado possa compreender e votar dentro do prazo as MPs 605 e 601", disse Alves. Pouco antes, ele afirmou que a Câmara havia cumprido o dever na votação das MPs. "(Calheiros) saberá conduzir, com a experiência que tem, da melhor maneira. De atender a expectativa do Brasil, que eu sei que quer a aprovação dessas MPs", disse.

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As duas medidas foram votadas nesta terça-feira pela Câmara. A 601 prorroga a vigência do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra) e amplia a desoneração da folha de pagamentos para diversos setores da economia. Já a 605 permite a transferência de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para o pagamento das usinas térmicas e assegura o barateamento das contas de luz.

Na avaliação de Alves, as duas medidas atendem a diversos interesses econômicos do País. "O Senado, sob o comando do presidente Renan, irá avaliar com os senadores, respeitosamente, porque a matéria envolve interesses de setores importantes da economia brasileira", afirmou, depois. "Eu sei que o Senado tem critério e tem os seus prazos, mas eu acho que, com sensibilidade e com compreensão, podemos chegar a um final feliz."

Sessão

 

Os líderes dos partidos do Senado se reuniram Calheiros sem uma definição sobre a votação da MP 605. De acordo com o que adiantou o líder do PT na Casa, Wellington Dias (PI), na saída do encontro, o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), apresentou uma questão de ordem para assegurar a votação da medida. Braga quer ler a MP nesta terça e, possivelmente, colocá-la em votação nesta quarta-feira, 29.

O líder do PSDB, senador Aloysio Nunes Ferreira (SP), foi firme na defesa de que não há como apreciar mais a MP 605. Ferreira disse que é necessário um prazo de pelo menos sete dias para que a Casa aprecie uma MP vinda da Câmara. "Seis dias e meio não são sete dias, seis dias não são sete dias", criticou, em plenário, referindo-se ao acordo firmado pelo presidente do Congresso após a votação da MP dos Portos.

Para ganhar tempo para uma decisão, Calheiros disse que a Casa primeiro apreciará a pauta prevista e depois decidirá sobre a MP 605. Na pauta ordinária, está a MP 597, que estabelece que os trabalhadores que receberem até R$ 6 mil a título de participação nos lucros ficarão isentos do Imposto de Renda sobre esses valores. Outra matéria na pauta é a MP 600 que, entre outros temas, simplifica os procedimentos para licitação em aeroportos regionais.

Somente após a votação das MPs e do restante da pauta de votações do dia, ele decidirá sobre a questão de ordem apresentada pelo líder do governo no Senado. A MP que assegura o desconto de energia perde a validade na segunda-feira e chegou ao Senado nesta terça, por volta das 15 horas, após aprovação pela Câmara.

Os líderes decidiram que não votarão a MP 601, que trata da desoneração da folha de pagamento para construção civil e outros setores porque ela foi aprovada pela Câmara depois de iniciada a sessão de votação do Senado. Dessa forma, perderá a validade a proposta que amplia a desoneração da folha para diversos setores da economia.

Ao mesmo tempo em que os líderes dos partidos no Senado discutiam a votação das Medidas Provisórias 601 e 605, aprovadas na tarde desta terça-feira na Câmara, o líder do governo na Casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou que é cedo para dizer que o esforço dos parlamentares foi "jogado no lixo". Isso porque o Senado ainda pode votar pelo menos a MP 605, que permite a transferência de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para o pagamento das usinas térmicas.

Chinaglia revelou que tanto o Palácio do Planalto como os líderes na Câmara "trabalhavam com a garantia" de que, aprovados os textos pelos deputados, eles seriam apreciados no Senado sem problemas. "A informação que eu tenho é que a gente trabalhou com a garantia de que estava tudo certo. Nós trabalhamos aqui, e o governo também, com a convicção que estava tudo resolvido. E não estava. Então faz parte", comentou.

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Para o petista, a importância das duas MPs valem a votação no plenário do Senado, mesmo faltando menos de 7 dias para o fim da validade. Chinaglia destacou que a MP 605 não pode ser reeditada. "É a primeira vez que se reduz a tarifa de energia no Brasil. Estamos aqui apelando para que o Senado decida fazer a votação", insistiu.

Na avaliação do líder, seria "um grande ganho" se o Senado votasse pelo menos a MP 605. Já MP 601, que estende a vigência do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra) até o final de 2017, não deverá ir a plenário no Senado por decisão dos líderes dos partidos na Casa, uma vez que a MP chegou no final do dia.

"Não foi por falta de alerta que eu fiz. Eu já estava informado que o presidente Renan teria dificuldades em aceitar. Apesar do acordo, foram feitos 11 destaques, não se fez nenhuma economia processual. Eu lamento", afirmou. Sem votação no Senado, a MP perderá a validade.

O governista se juntou ao líder do PSB, deputado Beto Albuquerque (RS), e reforçou as críticas sobre o curto tempo para votação das MPs na Câmara. Segundo Chinaglia, no trâmite atual, a Comissão Especial Mista acaba prevalecendo sobre o plenário das Casas e falta "ajuste" para definição de um cronograma mais adequado de votações. "O Senado não está satisfeito, a Câmara não está satisfeita. O plenário da Câmara ficou a menor frente à Comissão Mista, segundo análise da maioria dos líderes, incluindo o presidente da Câmara e eu também", disse.

O texto final da Medida Provisória (MP) 601 foi aprovada nesta terça-feira (28) pela Câmara dos Deputados. Essa medida estende a vigência do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), que devolve às empresas parte dos tributos com base no faturamento com exportação. Além disso, a MP 601 amplia a desoneração da folha de pagamentos para os setores da construção civil e do varejo. O texto foi aprovado com destaques.

O texto-base da MP foi aprovado pouco antes das 15h30. Em seguida, os parlamentares analisaram os destaques. Uma das emendas aceitas, de autoria do PSB, restaurou a redação original da Medida Provisória e retira do regime de desoneração da folha de pagamentos produtos do segmento de Tecnologia da Informação (TI). A justificativa dos pessebistas é que pequenas e médias empresas de TI seriam prejudicadas.

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O líder do PSB na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS), disse na tarde desta terça-feira (28) que cabe ao Palácio do Planalto resolver a votação das Medidas Provisórias 601 e 605 com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Destacou também que a Câmara está cumprindo sua parte, votando as MPs. "O governo que se entenda com o Senado. Nós fizemos o nosso esforço", concluiu o pessebista.

Nesta terça, Renan Calheiros avisou que não fará a leitura das MPs em plenário, embora elas expirem na próxima segunda-feira, 3. Desde a votação da MP dos Portos, o peemedebista comunicou que só votaria medidas que chegassem à Casa com pelo menos sete dias antes do fim do prazo. O líder do PSB evitou criticar a decisão do presidente do Senado. "Cada um no seu quadrado", respondeu.

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Albuquerque reclamou do tempo que as MPs ficam em discussão nas Comissões Especiais, sobrando pouco espaço para discussão nos plenários da Câmara e do Senado. O resultado disso, apontou o deputado gaúcho, são prazos curtos, votações rápidas e MPs correndo o risco de caducarem. "Não é possível que a MP fique dois meses na Comissão Especial", protestou.

Consenso

O vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR), disse que embora haja uma prazo de sete dias estabelecido pelo presidente do Senado para apreciar MPs, as medidas aprovadas nesta terça pelos deputados, em plena semana de feriado prolongado, poderiam ser votadas pelos senadores porque os temas são consensuais. "Eu acho que é tempo suficiente para matérias em que há consenso, como essas MPs", comentou André Vargas. "A Câmara está fazendo sua parte, agora depende do Senado. Esperamos que o Renan submeta a MP à votação em nome de uma boa causa", apelou o líder do PT, José Guimarães (PT-CE).

A MP 605 - a primeira a ser aprovada na Câmara - garante a transferência de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para compensar o pagamento das usinas térmicas, assegurando o barateamento da conta de luz. A MP 601 estende os benefícios da desoneração da folha de pagamento previstos no Plano Brasil Maior aos setores da construção civil, do comércio varejista, de serviços navais e de outros produtos. A medida também prorroga o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), que devolve às empresas parte dos tributos com base no faturamento com exportação.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira o texto-base da Medida Provisória 601, que estende a vigência do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), até o final de 2017. Esse regime devolve às empresas parte dos tributos com base no faturamento com exportação. Além disso, a MP 601 amplia a desoneração da folha de pagamentos para os setores da construção civil e do varejo.

Nesta tarde, os parlamentares começam a analisar os destaques apresentados. A MP 601 perde a validade na próxima segunda-feira, 3 de junho, e ainda precisa ir a votação no Plenário do Senado.

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Nesta terça, mais cedo, a Casa já aprovou a MP 605, que permite a transferência de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para o pagamento das usinas térmicas e que também caduca na segunda-feira. Sem esse repasse, fica praticamente inviabilizada a redução da tarifa de energia elétrica, em vigor desde janeiro deste ano.

Apenas uma emenda, proposta pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ), foi aceita na votação da MP 605. Essa emenda determina que as concessões anteriores ao decreto 5.163, de 2004, terão seu prazo de vigência contado a partir da emissão de licença ambiental prévia. Os outros destaques foram rejeitados. Aprovada a redação final, a medida provisória segue agora para o Senado.

A votação foi rápida. A Casa atingiu o quórum mínimo de 257 parlamentares por volta das 11h30. Em seguida, os deputados aprovaram um requerimento de preferência que fez a medida provisória 605 ser apreciada antes da 601. Minutos depois, por volta do meio-dia, o texto-base da MP já estava aprovado e os deputados começaram a discutir os destaques.

Prazo de sete dias

No Senado ainda não se sabe se haverá tempo hábil para votar as MPs em razão da promessa feita pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), há cerca de duas semanas, que não mais aceitaria medidas provisórias que chegassem da Câmara com menos de sete dias de validade.

A Câmara dos Deputados retomou no início da tarde desta terça-feira (28), a votação de duas Medidas Provisórias (MPs) - a 601 e a 605 - que perderiam a validade na segunda-feira da próxima semana. Mas o plenário aprovou, no início das discussões, o texto base da MP 605, autorizando o uso de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para compensar descontos concedidos a alguns setores e viabilizar a redução da conta de luz. A votação foi rápida e os deputados passaram então a analisar os destaques apresentados à medida. O caso da MP 605 era o mais delicado. Se ela caísse, o governo não poderia reeditar outra com o mesmo tema neste ano, já que a 605 foi publicada no ano de 2013

As duas MPs chegaram a entrar em pauta na segunda-feira (27), mas o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), encerrou a sessão no final da noite de ontem por falta de quórum - ele convocou nova reunião em plenário para as 9 horas de hoje. O número mínimo de 257 deputados, no entanto, só foi atingido por volta das 11h30 desta manhã.

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A MP 601, por sua vez, estende a vigência do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra) até o final de 2017. Esse regime devolve às empresas parte dos tributos com base no faturamento com exportação. Além do mais, a MP amplia a desoneração da folha de pagamentos para os setores da construção civil e do varejo. Nesta manhã, houve um acordo de procedimento para que a oposição não obstruísse a votação. Em troca, foi pautado para o dia 3 de julho a votação do projeto de lei que extingue a multa adicional de 10% sobre o Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS).

Mesmo que ambas sejam aprovadas na Câmara hoje, ainda restam dúvidas se o Senado apreciará as duas MPs até a segunda-feira, 3 de junho, quando caducam. Isso porque o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), prometeu há duas semanas que não mais aceitaria colocar em votação medidas provisórias que chegassem da Câmara com menos de sete dias de validade. À época, Renan estava pressionado por colegas pela rápida tramitação da MP 595, a chamada MP dos Portos, aprovada por senadores no mesmo dia em que fora votada na Câmara dos Deputados.

O líder do PT na Câmara, José Guimarães, criticou nesta segunda-feira a obstrução encampada pela oposição na votação das Medidas Provisórias (MPs) 601 e 605. Às 21h25, momento do pronunciamento de Guimarães, 105 parlamentares estavam em obstrução. "Obstruir é um direito regimental, mas é importante que a gente diga que aqueles que estão em obstrução agora estão nos impedindo de votar duas matérias essenciais para o País", afirmou.

A MP 601 trata da extensão de benefícios da desoneração da folha de pagamento a setores da construção civil, comércio varejista, serviços navais e outros produtos, além da prorrogação do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), que devolve às empresas parte dos tributos com base no faturamento com exportação. Já a MP 605 permite o uso de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para compensar descontos concedidos a alguns setores e viabilizar a redução da conta de luz. As duas medidas perdem a validade no dia 3 e precisam ser votadas em plenário na Câmara e no Senado.

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O plenário da Câmara dos Deputados iniciou na noite desta segunda-feira a votação das Medida Provisória 601 com a chegada do presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). "Vai começar toda a maratona de novo", brincou Alves ao chegar. Neste momento, a Casa tem um quórum de 267, dez a mais que o necessário para a votação.

A MP trata da desoneração da folha de pagamento de setores da economia. A sessão extraordinária foi convocada num esforço da base governista para evitar que a MP perca a validade na próxima segunda-feira, 3. Partidos da oposição e o PSD estão em obstrução.

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Os líderes da base governista na Câmara dos Deputados decidiram nesta segunda-feira manter o esforço para votar e aprovar as Medidas Provisórias 601 e 605, até esta terça, 28, ao meio-dia. As MPs 601 e 605 tratam da desoneração da folha de pagamento de setores da economia e da transferência de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para compensar descontos concedidos a alguns setores e viabilizar a redução da conta de luz.

De acordo com o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), o esforço não inclui a votação do projeto de lei complementar 200, que trata da extinção da multa adicional de 10% do FGTS nas demissões sem justa causa. "A base está unida para votar as duas MPs", disse o líder, acompanhado do deputado Beto Albuquerque (RS), líder do PSB na Câmara.

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Na noite desta segunda-feira, o plenário da Câmara tem quórum de 220 parlamentares, sendo necessários 257 para a votação das MPs.

O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), garantiu nesta segunda-feira que o partido está alinhado com o governo na votação das Medidas Provisórias (MPs) 601 e 605, que têm votação prevista em sessão extraordinária no plenário da Casa nesta segunda-feira à noite. Cunha afirmou que o PMDB quer votar as MPs, apesar das divergências com o governo em alguns pontos. "O caminho é o do entendimento e não o da obstrução", afirmou o peemedebista, que participa de reunião de líderes da base aliada na Câmara, para definir a votação.

Também estão presentes na reunião os líderes do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP); do PSB, Beto Albuquerque (RS); do PR, Anthony Garotinho (RJ); do PSC, André Moura (SE); e do PDT, André Figueiredo (CE).

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A MP 601, que desonera a folha de pagamentos para a construção civil e outros setores da economia, e a MP 605, que garante a transferência de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para compensar descontos concedidos a alguns setores e viabilizar a redução de 20% na conta de luz aos consumidores e ao setor produtivo, perdem a validade na próxima segunda-feira, 3, se não forem votadas.

O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), defendeu nesta segunda-feira a votação, pela Casa, nesta quarta-feira, 29, véspera do feriado prolongado de Corpus Christi, das duas medidas provisórias (MPs) com apelo popular que estão previstas para serem apreciadas esta noite pela Câmara: a que desonera a folha de pagamento para a construção civil e outros setores da economia (601) e a que assegura a transferência de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para compensar descontos concedidos a alguns setores e tornar viável a redução de 20% da conta de luz aos consumidores e ao setor produtivo (605).

"O mais plausível seria votarmos na quarta-feira", disse, ao sustentar que, dessa forma, seria cumprido o acordo firmado do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), de que, a partir da MP dos Portos, o Senado só apreciaria esse tipo de proposta se chegar da Câmara com sete dias de antecedência. A questão é que as MPs 601 e 605 perdem a validade no dia 3.

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Nesta segunda-feira, a Câmara confirmou a realização da sessão extraordinária para às 18 horas para votar as duas medidas. O governo montou uma operação para tentar aprovar essas duas MPs. Braga ressalvou que essa medida valeria no caso de a Câmara apreciar as duas MPs na sessão desta segunda-feira à noite. "O presidente (Calheiros) disse que não receberia medidas provisórias com prazo de sete dias antes de perderem a validade. Se forem votadas hoje (27), chegarão no prazo para o Senado votar. Mas isso cabe ao presidente Renan decidir", destacou.

Pouco antes, o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), defendeu que a convocação de uma sessão extraordinária pela Casa para o dia 3, a fim de apreciar as medidas. "Esse é um caminho mais provável porque obedece à regra dos sete dias e nos coloca uma grande responsabilidade de dar quorum para votar as medidas provisórias", disse, ao observar que o acordo do presidente do Congresso não tem "base regimental". De acordo com Dias, isso significa que, a rigor, o regimento permite que uma MP chegue da Câmara em um dia e seja votada pelo Senado no mesmo dia, "como já aconteceu várias vezes".

A sessão extraordinária da Câmara programada para esta segunda-feira, 27, está confirmada e deve ser aberta logo mais, às 18 horas. Nessa sessão deverão ser apreciadas as Medidas Provisórias 601 e 605, que tratam da desoneração da folha de pagamento de setores da economia e da transferência de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para compensar descontos concedidos a alguns setores e viabilizar a redução da conta de luz.

Apesar de ter sido convocada pelo presidente da Casa, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ele não estará presente para abrir a sessão. O peemedebista participa nesta tarde do velório do empresário Roberto Civita, em São Paulo, e só deve chegar em Brasília depois das 18h30.

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De acordo com a assessoria de imprensa da Casa, o atraso de Alves não compromete o início da sessão. A abertura dos trabalhos poderá ser realizada pelo vice-presidente, deputado André Vargas (PT-PR), caso haja presença de 10% dos parlamentares, ou seja, 52 deputados em plenário. Está prevista também uma reunião de líderes da base governista às 18h30 para discutir a estratégia de votação dos projetos de interesse do Planalto.

Na semana do feriado de Corpus Christi, os deputados fazem um esforço concentrado para votar as MPs que correm o risco de perder a validade. As MPs 601 e 605 caducam na próxima segunda-feira (3).

Depois da Medida Provisória dos Portos, o governo Dilma Rousseff terá de fazer nos próximos dias um esforço para conseguir a aprovação de oito medidas provisórias antes de elas perderem a validade. Às vésperas do feriado de Corpus Christi, o maior empenho volta-se para a aprovação de duas medidas com elevado apelo popular. O temor do Planalto é que, mesmo se forem aprovadas na Câmara, não há garantia de que serão apreciadas a tempo no Senado.

As MPs perdem a validade na segunda-feira, dia 3. Desse pacote, quatro vão caducar e duas devem ser votadas em tempo hábil no Senado, segundo fontes. As duas restantes asseguram o corte na conta de luz, prometido por Dilma, e beneficiam a construção civil e o varejo com corte de impostos na folha de salários. Nos dois casos, ainda precisam passar por Câmara e Senado. Líderes governistas correm contra o relógio para salvá-las e os peemedebistas prometem, agora, que vão agir como aliados. Com o feriado abreviando a semana e comprometendo o quórum, as chances de aprovação vão até quarta-feira. Para votá-las, os líderes governistas terão de convencer a oposição e parte da base aliada. Mas há outra rebelião: alguns partidos exigem que, antes, seja apreciado um projeto que acaba com a multa adicional de 10% sobre o saldo do FGTS dos demitidos por justa causa.

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O Planalto opõe-se ao projeto, porque o fim da cobrança retiraria R$ 3 bilhões dos cofres da União. Por isso, acionou o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para que tente adiar a análise da proposta. "Só analisamos as medidas provisórias se votarmos o fim da multa adicional do FGTS", disse o líder da oposição, deputado Nilson Leitão (PSDB-MT). "Se ele adiar essa votação, vai mostrar que o Congresso não passa mesmo de um puxadinho do Planalto", criticou. Também querem o fim da multa adicional o PSB, o PSD, o PTB e o PSC. Se a apreciação da proposta for adiada, a oposição vai obstruir as MPs, acrescentou Leitão.

Os dois focos de preocupação do governo na Câmara são MPs baixadas por Dilma para estimular a economia e reduzir custos. A da conta de luz permite a transferência de recursos de um fundo setorial para o pagamento das usinas térmicas. Sem isso, seria praticamente anulado o desconto na conta de luz. Ela é tão importante que o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, telefonou a aliados no fim de semana pedindo empenho na aprovação.

Se aprovadas nesta segunda-feira, 27, as MPs chegam ao Senado menos de 24 horas antes do feriado. Nesse contexto, colocam em xeque a promessa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de que não analisaria MPs com menos de sete dias de prazo.

Oito Medidas Provisórias perdem a validade depois do feriado: a MP-597, que isenta do IRPF participação em lucro de até R$ 6 mil; a MP-598, que abre crédito extraordinário no Orçamento de 2012 para órgãos e empresas estatais; a MP-599, que cria dois fundos relacionados à reforma do ICMS; a MP-600, que amplia o limite operacional da Caixa e trata do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste; a MP-601, que prorroga crédito a exportadores e desonera folha de pagamentos da construção e do varejo; a MP-603, que dá socorro financeiro aos agricultores do Nordeste atingidos pela seca; a MP-604, que abre crédito para os ministérios do Desenvolvimento Agrário e Integração Nacional e a MP-605, que garante a redução de 20% nas tarifas de energia elétrica. (Colaboraram Anne Warth, Tania Monteiro e Vera Rosa). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A cobrança provisória de uma multa adicional de 10% do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) nas demissões sem justa causa, que deveria ter acabado no ano passado, mas tornou-se permanente, divide a base aliada no Congresso e é mais um motivo de desgaste da relação com a presidente Dilma Rousseff. A multa é cobrada das empresas e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) comanda o lobby pela derrubada, com o argumento de que esse adicional é um dos fatores que ampliam o chamado custo-Brasil.

Além destes 10%, as empresas já têm de pagar 40% de multa do FGTS quando a demissão é imotivada. A proposta de extinção da multa chegou a entrar em pauta no plenário da Câmara na semana passada, mas teve a votação interrompida por falta de quórum. O governo pediu ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que evite colocá-la em votação por saber que há votos suficientes para aprovação.

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O problema é que o PSD, mesmo presente no primeiro escalão do governo, encampou a proposta e está condicionando a votação de projetos de interesse do Executivo, como medidas provisórias de temas econômicos, à definição de uma data para votar o fim da multa adicional - que garante mais R$ 3 bilhões anuais aos cofres da União, segundo cálculos da indústria. O dinheiro deveria ir para o fundo, mas desde julho do ano passado ajuda o governo a fechar as contas.

Planos

Criada em 2001, a multa servia para zerar o rombo decorrente de decisão judicial que obrigou o governo a compensar o FGTS pelas perdas relativas aos planos Verão, no governo Sarney, e Collor I. Em julho de 2012, esse déficit foi coberto. Logo, a multa deveria ter sido extinta. O governo, porém, trabalha contra o fim da cobrança e alega que a retirada do adicional poderia ter como efeito o incentivo a demissões. Argumenta também que a arrecadação extra ajuda a garantir recursos para programas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida.

Parlamentares do PT também argumentam que o governo já tem ajudado a indústria a recuperar competitividade com políticas de desoneração, como as realizadas sobre a folha de pagamento e as destinadas a setores específicos, como automotivo e da linha branca de eletrodomésticos.

A oposição e setores da base também ajudam a pressionar pelo fim da multa adicional. Como alternativa, o líder do PSD, Eduardo Sciarra (PR), vai propor o fim da cobrança a partir de 1º de janeiro de 2014. No texto em discussão, a data proposta é 1º de junho de 2013, no próximo sábado. Caso essa mudança seja feita, o projeto retornaria ao Senado, onde foi aprovado no ano passado. "Essa questão é semelhante à da CPMF. É uma cobrança que não tem mais sentido", diz Sciarra. O governo aposta em um racha dentro do PSD para impedir a aprovação.

Presidente da União Geral do Trabalhadores (UGT) e membro da direção nacional do partido, Ricardo Patah promete lutar contra a extinção da multa de 10% sobre o FGTS. Ele afirma que o verdadeiro objetivo dos industriais seria extinguir toda a multa cobrada sobre demissões. "Em vez de criar qualidade e produtos com valor agregado, a indústria só chora", diz. O impasse no Legislativo deve persistir durante a semana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou há pouco que a Câmara dos Deputados deve apreciar, entre hoje e amanhã, quatro medidas provisórias (MPs) que trancam neste momento a pauta de votação na Casa: MP 597, MP 600, MP 601 e MP 605. Essas medidas provisórias perdem a validade no dia 4 de junho.

A ministra, que participou de reunião na liderança do governo na Câmara, afirmou que os líderes se comprometeram a votar essas MPs para respeitar o prazo estipulado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Na semana passada, Calheiros afirmou que o Senado não votará MP que venha da Câmara com menos de sete dias de validade.

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A MP 597 isenta a participação nos lucros do trabalhador do Imposto de Renda. A MP 600 trata do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO). Já a MP 601 amplia os setores que terão benefícios da desoneração da folha de pagamentos e a MP 605 permite ao governo utilizar recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para subsidiar a redução das tarifas de energia elétrica.

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