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O cenário do rock brasileiro no Chevrolet Hall, em Olinda, na noite deste sábado (6), imortalizou o encontro de duas bandas que, durante décadas, conquistaram o país com suas canções de amores e protestos. Fãs dos Raimundos e do Rappa agitaram a casa de shows com pulos, gritos e, principalmente, emoção, cantando os principais sucessos.
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Por volta das 22h30, os Raimundos - sob o comando do vocalista Digão - subiram ao palco como se fosse a primeira vez, em um fôlego inenarrável. Milhares de coros ecoavam histericamente, além de diversos flashes entre câmeras e celulares, em momentos que não poderiam ficar de fora do imaginário pós-show. “Que festa maravilhosa. Estou muito feliz em estar aqui. Muito bom”, disse Digão.
As músicas que embalaram os anos 90 não ficaram de fora do setlist dos rapazes, letras que foram consagradas na voz de Rodolfo Abrantes, ex-integrante da banda. Os brasilienses trouxeram a Pernambuco a versatilidade musical do disco Cantigas de Roda, lançado este ano. O repertório surpreendeu o público. A história da banda foi entoada através das canções que mesclaram entre os atuais e antigos sucessos como Mulher de fases, Eu quero ver o oco e 20 e poucos anos.
Depois de duas horas de show, ainda com a euforia deixada pelos membros dos Raimundos, os roqueiros do grupo O Rappa entraram em cena para o delírio da velha e nova geração. Atualmente com a turnê Nunca Tem Fim, mesmo nome do CD, o cantor Falcão e os companheiros do conjunto de rock abriram o espetáculo homenageando Pernambuco, exaltando o estado com a bandeira.
Em 2009, O Rappa gravou um álbum na Rocinha, Rio de Janeiro, trabalho lançado em 2010 e que alcançou um resultado histórico em turnê pelo Brasil e em Chicago, nos Estados Unidos. Os mais de cinco anos sem gravar, especificamente para o público pernambucano, não diminuíram a admiração dos fãs, que aguardavam ansiosos pelas músicas marcantes da banda.
A intensidade de novas canções como Auto-Reverse e Boa Noite Xangô aproximaram, ainda mais, o grupo com o público no período em que ficaram sem gravar. Próximos de completar 20 anos de carreira, em 2014, O Rappa coleciona vários prêmios com a influência dos clássicos Me Deixa, Minha Alma e Pescador de Ilusões, sucessos que fazem a alegria de qualquer seguidor da banda.
Raimundos e O Rappa fizeram de suas interpretações momentos eternizados, fazendo o público percorrer por duas décadas marcantes, mostrando que o rock’n’roll não envelhece.
Por Paulo Uchôa