Tópicos | OAS

A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar amanhã, 17, recurso no qual executivos da OAS pedem liberdade com base no habeas corpus concedido pela Corte ao ex-diretor da Petrobras Renato Duque, em dezembro de 2014. Até hoje, quando foi deflagrada a 10ª fase da Operação Lava Jato, Duque permanecia em liberdade.

A alegação para manter Duque em liberdade era no sentido de que a prisão preventiva do ex-diretor tinha se baseado exclusivamente no risco de fuga. Após a decisão do ministro Teori Zavascki, confirmada pela 2ª Turma do STF, executivos recorreram à Corte pedindo a extensão do benefício. Zavascki negou os pedidos, mas amanhã um recurso será levado à 2ª Turma, em nome dos executivos da OAS José Aldemário Pinheiro Filho, Mateus Coutinho de Sá Oliveira, Agenor Franklin Magalhães Medeiros e José Ricardo Nogueira Breghirolli.

##RECOMENDA##

Medidas cautelares

O fato de a 10ª fase da Operação Lava Jato ter sido deflagrada hoje, um dia antes de julgamento, poderá modificar a discussão sobre o pedido de soltura de executivos. No pedido de extensão, advogados argumentam que as medidas cautelares foram admitidas como condicionantes para que Duque seguisse em liberdade em quanto as investigações contra ele são conduzidas.

Contudo, mesmo sob restrições, o ex-diretor conseguiu movimentar contas no exterior, o que resultou em sua nova prisão. Os procuradores da República que integram a força tarefa da Lava Jato juntaram ao pedido o resultado do rastreamento bancário que mostra as transferências realizadas por Duque da Suíça para o Principado de Mônaco, num total de 20,56 milhões de euros, cerca de R$ 70 milhões.

Um par de alterações societárias feitas pela OAS, no fim do ano passado, para tentar proteger a liquidez da Invepar, sua empresa de maior valor e dona da concessão do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, levou uma parte de seus credores a questionar na Justiça a licitude das operações.

Esses credores, que também estão atrás da liquidez da Invepar para garantir o pagamento do que lhes é devido, dizem que a OAS diluiu seu patrimônio. Um fundo americano chegou a acusar a empresa de "esquemas fraudulentos" e de ter escondido R$ 3,3 bilhões em ativos, que garantiam dívidas de algumas emissões de bônus e ações.

##RECOMENDA##

A briga judicial está sendo travada nas Justiças paulista e de Nova York e envolve alguns credores que representam cerca de 10% do passivo da OAS. Basicamente, eles alegam que, ao fazer tais alterações, a empresa deixou ativos que garantiam as dívidas emitidas fora do alcance dos credores.

Até agora, na Justiça paulista, um grupo de fundos conseguiu penhorar as ações da Invepar, outro bloquear pagamentos a um fundo do Santander e, na sexta-feira, 6, a Justiça determinou o cancelamento de uma das operações societárias feitas pela OAS: a incorporação da OAS Investimentos, que era dona da Invepar, pela OAS S/A, a holding do grupo. Na prática, essa decisão elimina a blindagem que o grupo tentou fazer da Invepar e pode dificultar ainda mais a venda da companhia, que acabou se tornando o centro das disputas judiciais.

Toda essa briga jurídica gira em torno de um passivo de aproximadamente R$ 8 bilhões do grupo OAS, que está em dificuldades financeiras depois que estourou a Operação Lava Jato e parte de seus executivos foi presa por acusações de pagamento de propina. O advogado da OAS, Joel Luis Thomas Bastos, do escritório Dias Carneiro, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que a estratégia foi fazer a readequação societária para deixar a Invepar pronta para ser vendida ou dada em garantia em algum novo empréstimo, pois é o ativo que a OAS possui para fazer dinheiro. Ele rechaça qualquer tentativa de fraude ou desvio de patrimônio, como alegam alguns credores.

Segundo algumas fontes próximas ao negócio, o grande objetivo da OAS era blindar a Invepar de uma recuperação judicial para tentar fazer dinheiro rapidamente e organizar o fluxo de caixa. Alguns advogados especialistas em recuperação judicial dizem que, dessa forma, a empresa poderia ter uma recuperação mais efetiva. Advogados de credores lembram que isso possibilitaria à OAS usar os recursos como bem entendesse, sem precisar de autorizações judiciais, corriqueiras em processos de recuperação.

Para fazer a blindagem, era preciso tirar a Invepar do guarda-chuva da OAS Investimentos, que, por ser uma empresa endividada, seria arrastada para a recuperação judicial do grupo. A solução foi colocar a concessionária sob a OAS Infraestrutura, que está equilibrada financeiramente. Mas, na estrutura societária, a Infraestrutura continuaria debaixo da OAS Investimentos. Então, o passo seguinte foi incorporar a OAS Investimentos pela OAS S/A, o que foi suspenso agora pela Justiça.

Justiça americana

As alterações também são questionadas em Nova York. Na semana passada, a gestora americana Huxley Capital Corporation entrou com um processo em que acusa a construtora brasileira de esconder R$ 3,3 bilhões em ativos de seus credores internacionais por meio de transferência de ativos para subsidiárias.

O processo acusa a OAS de um "esquema fraudulento" feito em dezembro de transferência de ativos de subsidiárias que eram garantidoras de bônus emitidos no exterior para outras empresas do grupo que não são garantidoras dos títulos. Seriam três operações.

A primeira incluiu a transferência de ativos de R$ 301,1 milhões da OAS Construção para a OAS Construção e Engenharia. Esta última é uma subsidiária da OAS S/A que não é garantidora dos bônus com vencimento em 2019 e 2021. A outra transferência é avaliada em R$ 3 bilhões e envolve a OAS Investimentos e a OAS Infraestrutura, que não é garantidora dos bônus emitidos no exterior. O documento cita ainda a incorporação da OAS Investimentos pela OAS S/A.

A fusão é (e teve o objetivo de ser) prejudicial aos detentores de bônus, pois anulou as garantias da OAS Investimentos e consequentemente reduziu a quantidade de recursos que os investidores podem recuperar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os ministros da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) terão de julgar um recurso em que os executivos da OAS contestam a competência da Justiça Federal do Paraná para conduzir os casos da Operação Lava Jato. A Turma também irá analisar o pedido de habeas corpus de Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano. Os dois processos foram liberados nesta sexta-feira pelo relator da Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki, para integrarem a pauta de julgamentos. Ainda não há data definida para a análise do caso, mas os julgamentos da Turma ocorrem às terças-feiras.

Os advogados da empreiteira alegam que a competência para conduzir os casos da operação que investiga o esquema de corrupção e propina na Petrobras é do próprio Supremo, em razão do envolvimento de parlamentares. A reclamação da OAS foi negada no início do mês pelo relator da Lava Jato no Tribunal, ministro Teori Zavascki. Os advogados recorreram e Zavascki liberou o tema para entrar na pauta de julgamentos da 2ª Turma.

##RECOMENDA##

Em dezembro do ano passado, a Turma analisou dois recursos com alegação semelhante. Na ocasião, decidiram que apenas os casos com envolvimento de parlamentares - que possuem foro privilegiado - ficarão na mais alta corte do País. Os demais podem permanecer na Justiça do Paraná, sob condução do juiz Sergio Moro. As reclamações analisadas foram propostas por Murilo Barrios, executivo do grupo Sanko Sider, e Waldomiro Oliveira, dono de empresas usadas por Youssef.

A defesa da OAS, contudo, argumenta agora ter novos elementos que apontam que o juiz da primeira instância tinha condições de saber que estava investigando políticos. "Cabe ao Supremo avocar o inquérito e eventualmente fazer a cisão do que deve ser remetido à Justiça de 1º grau. O STF deve trazer o processo para si e aí sim fazer a divisão, se entender que é devido", afirmou Eduardo Ferrão, um dos advogados da OAS.

O doleiro Alberto Youssef movimentou cerca de R$ 28 milhões do que chamou de "caixa 2" da empreiteira OAS entre janeiro de 2013 e janeiro de 2014. Em sua delação premiada, Youssef afirmou que esses recursos foram movimentados à parte do esquema de desvios na Petrobras. A quantia registrada consta de planilha apreendida na sétima etapa da operação, realizada em novembro do ano passado, quando foram presos executivos de construtoras acusadas de integrar um cartel que atuava na estatal.

Na planilha apreendida estão indicados valores, datas e os locais para onde o doleiro enviava ou até mesmo buscava dinheiro em espécie.

##RECOMENDA##

Youssef admitiu que operava o caixa paralelo da OAS e de outras empreiteiras, recebendo 3% de cada operação. Ao ser confrontado com a planilha de pagamentos, confirmou que algumas das siglas fazem referência a sedes da construtora e endereços residenciais em diferentes Estados para onde ele ou pessoas indicadas levaram dinheiro. O doleiro ressaltou, contudo, que "pelo que sabe" essas movimentações irregulares não têm relação com a estatal petrolífera.

Em seu depoimento, Youssef explica que os valores entre parênteses na planilha indicam a "saída" de dinheiro da contabilidade paralela, isto é, a entrega de dinheiro em espécie, e os demais valores indicam a entrada de receita. Levantamento feito pelo jornal O Estado de S.Paulo, considerando apenas os valores de entrada, mostra que a contabilidade paralela da OAS operada pelo doleiro recebeu durante todo ano de 2013 e até 15 de janeiro de 2014, R$ 28 milhões, dos quais ao menos R$ 23 milhões "saíram", ou seja foram entregues em diferentes regiões do País.

"Vista da referida planilha, esclarece que pode identificar valores entregues na sede da OAS, o que é representado pela sigla ‘SP’; que a sigla RJ representa valores entregues pelo policial Jayme ‘Careca’ (Jayme Alves de Oliveira, um dos 'mulas' do doleiro e também réu na Lava Jato) junto a sede da empresa na capital fluminense", detalha Youssef em sua delação.

Ainda segundo o delator, "a sigla POA refere-se a entrega de valores junto ao estádio do Grêmio Futebol Porto Alegrense onde a OAS mantinha um escritório e onde entregou R$ 66.000 e R$ 500.000". A sigla, que aparece várias vezes na planilha, também faz referência a um "endereço residencial", segundo o doleiro.

Youssef confirmou que seus carregadores de dinheiro também fizeram entregas em Minas Gerais, Salvador (BA), Maceió (AL), Natal (RN) e Recife (PE). O delator explicou que "dentre os locais de entrega existiam endereços de destinatários desses recursos, e não de sedes da OAS".

O doleiro explicou em sua delação que a planilha foi elaborada por "José Ricardo, diretor ou gerente da empresa OAS ligado a área financeira e a fim de estabelecer um controle sobre os recursos movimentados pelo declarante". O executivo da OAS José Ricardo Nogueira Breghirolli foi preso na Lava Jato e é réu na ação penal contra ele e outros cinco dirigentes da empreiteira. Procurada, a OAS afirmou por meio de nota que "nega veementemente" as acusações de Youssef.

Operação

Na delação Youssef também explica como funcionava o esquema de lavagem de dinheiro no exterior que permitia a ele trazer os recursos ao Brasil. Ele admite que operava valores para OAS e outras empresas utilizando as contas da companhia Santa Tereza Services no banco suíço PKB, que ficam em nome de João Procópio, operador de contas de Youssef e réu na Lava Jato.

Por meio dessa conta, Youssef repassava a quantia para contas de outros operadores, como Leonardo Meirelles, apontado como testa de ferro do doleiro, que traziam o dinheiro de forma ilícita ao Brasil para que Youssef distribuísse nos endereços indicados pela OAS. O doleiro afirmou ainda que cobrava 3% do valor dos depósitos para trazer o dinheiro ao Brasil e entregar "em quaisquer lugares que fossem determinados pela empreiteira", no País.

Anotações apreendidas pela Polícia Federal na casa do presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, preso pela Polícia Federal, listam advogados e dirigentes de órgãos de controle com influência em processos relacionados à Operação Lava Jato. Para a PF, a empreiteira traçava um plano para fazer lobby com essas autoridades, numa estratégia para anular investigações sobre o esquema de cartel e corrupção da Petrobras.

O manuscrito, de uma página, estava entre os objetos encontrados num apartamento de Léo Pinheiro em São Paulo em 14 de novembro, dia em que foi deflagrada a sétima fase da Lava Jato, batizada de Juízo Final. O documento cita o nome do ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Cesar Asfor Rocha, ao lado das informações "STJ - liminar da competência - turma".

##RECOMENDA##

Asfor Rocha, que hoje atua como advogado, disse que, dias antes da operação, a OAS o convidou para fazer sua defesa na Lava Jato. Ele informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que declinou do convite porque seu escritório "não tem especialização criminal". Aposentado no STJ em setembro de 2012, o ex-ministro, porém, não pode advogar formalmente na corte, pois a Constituição determina uma quarentena de três anos.

As defesas de executivos da OAS e de outros réus da Lava Jato questionam no STJ e no Supremo Tribunal Federal (STF) a competência da Justiça Federal no Paraná para julgar os processos. O argumento é que as investigações, no início, tratavam de lavagem de dinheiro praticada pelo então deputado José Janene (PP-PR), quando ele ainda exercia o mandato e, por isso, tinha foro privilegiado no Supremo. Ex-líder do PP, Janene morreu em 2010. Outra alegação é que os processos relacionados à Petrobras devem ser apreciados pela Justiça Estadual.

Nas mesmas anotações apreendidas pela PF, constam as iniciais "SIG, entre as inscrições "STF" e "interlocutor". Para os investigadores, a sigla é uma referência ao advogado e ex-deputado federal petista Sigmaringa Seixas. SIG, como é conhecido o advogado, atua no Supremo Tribunal Federal (STF) e tem trânsito entre os ministros da corte.

Procurado, Seixas disse que é advogado da OAS no STJ em processo sem relação com a Lava Jato. Ele alegou conhecer Léo Pinheiro apenas vagamente. "Não fui procurado. Não sei o porquê de meu nome estar lá (nas anotações). Fico até curioso em saber."

Ao lado da inscrição "Cade" foi anotado o nome Vinícius. O conselho é presidido pelo advogado e ex-assessor do PT na Assembleia de São Paulo Vinícius Carvalho. O órgão apura se as empreiteiras citadas na Lava Jato praticaram "crimes contra a concorrência". Se condenadas, elas podem pagar multa de até 20% do faturamento bruto. Além disso, os administradores das empresas podem ser obrigados a pagar de R$ 50 mil a R$ 2 bilhões.

Por meio de sua assessoria, Carvalho disse que não conhece o presidente da OAS e que nunca teve agenda com ele.

No manuscrito, há também o registro "TCU" (Tribunal de Contas da União), ligado por uma seta ao nome "Aroldo". A corte de contas, com sede em Brasília, é presidida pelo ministro Aroldo Cedraz, que tomou posse no último dia 1º de janeiro, após dois anos no cargo de vice-presidente. A OAS atua em grandes obras da Petrobras, investigadas pelo tribunal por suspeita de superfaturamento.

Cedraz informou, em nota, não ter sido procurado por José Aldemário e que não o recebeu em audiência.

Os executivos da OAS respondem a ação penal na Justiça Federal por desvio de recursos de obras da Petrobras entre 2006 e 2014. Conforme a denúncia do Ministério Público Federal, em troca de contratos superfaturados, a empresa teria pago propina para corromper os então diretores da estatal Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Renato Duque (Serviços).

A Procuradoria da República no Paraná pleiteia o ressarcimento de R$ 213 milhões aos cofres públicos, supostamente desviados por meio das obras. A OAS atuou em consórcio nas refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e Getúlio Vargas, no Paraná.

O juiz federal Sério Moro, que conduz todas as ações da Operação Lava Jato, no Paraná, rejeitou taxativamente duas das testemunhas arroladas pelos executivos da OAS. A defesa dos empreiteiros José Aldemário Pinheiro Filho, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Mateus Coutinho de Sá Oliveira, José Ricardo Nogueira Breghirolli e Fernando Augusto Stremel Andrade havia pedido que a Justiça ouvisse Peter Gordon Mackay, atual Ministro da Justiça do Canadá.

Mackay reside em Ottawa, na província de Ontário. O objetivo dos criminalistas que defendem os empreiteiros era questionar a validade de uma interceptação telemática feita em um aparelho BlackBerry, linha de smartphones e tablets criada por uma empresa canadense.

##RECOMENDA##

O pedido dos advogados para que o CEO da BlackBerry, John S. Chen, que também mora no Canadá, fosse ouvido também foi indeferido. Para Moro, a oitiva de Mackay "aparenta ser manifestamente irrelevante e impertinente".

"De todo impertinente a pretensão de oitiva do Ministro da Justiça do Canadá sobre o ponto, validade da ordem judicial brasileira de interceptação das mensagens BBM. Assim, quanto a essas três testemunhas, considerando que a questão jurídica já foi resolvida, afirmando-se a validade da prova, e o despropósito em ouvir testemunhas residentes no exterior, máxime de forma irrelevante o Ministro da Justiça de outro país, gerando até mesmo constrangimentos à imagem da Justiça brasileira pela extravagância da diligência pretendida, indefiro a prova por ser irrelevante e impertinente para o julgamento da causa", decretou.

José Aldemário Pinheiro Filho, vulgo "Léo Pinheiro", é presidente da OAS, Agenor Franklin Magalhães Medeiros é diretor-presidente da área internacional da empresa, Mateus Coutinho de Sá Oliveira é diretor financeiro da OAS Petróleo, José Ricardo Nogueira Breghirolli e Fernando Augusto Stremel Andrade são funcionários da OAS.

Onze dirigentes das maiores empreiteiras do País foram presos por ordem de Moro. Os empresários estão presos em caráter preventivo na carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR), base da operação. Eles são réus em ações penais por formação de organização criminosa, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

Os executivos podem receber visitas às quartas-feiras, como os outros presos, alvos de outras missões da PF. Na semana passada, os advogados que os defendem protocolaram respostas às acusações do Ministério Público Federal. Os advogados, criminalistas experientes, refutam os ilícitos atribuídos a seus clientes e alegam que eles estão sofrendo tortura psicológica. O juiz Moro classifica a argumentação da defesa como "mero arroubo de retórica".

Contrato

Em resposta encaminhada à Petrobras, a direção da construtora OAS revela que realizou contrato com a MO Consultoria, empresa de fachada que pertenceria ao doleiro Alberto Youssef, preso desde março de 2014, na operação Lava Jato.

A resposta foi apresentada no último dia 13 de novembro, após o gerente executivo jurídico da Petrobras, Nilton Antônio de Almeida Maia, insistir no pedido de esclarecimentos a respeito da existência de contratos ou qualquer outra relação negocial entre a empreiteira e a MO Consultoria.

"Tendo em vista a necessidade de completo esclarecimento dos fatos com vistas à manutenção dos padrões de ética e transparência nas relações comerciais da Petrobras, bem como eventual adoção de medidas administrativas, reiteramos o pedido para que sejam prestados, no prazo de três dias, os esclarecimentos solicitados", diz o documento assinado por Maia.

Na carta de resposta à Petrobras, a OAS diz que identificou um contrato realizado no dia 3 janeiro de 2011 com a MO Consultoria no valor de R$ 619.410, 00. "Em continuidade à resposta enviada em 11 de setembro de 2014, esclarecer que existe um contrato de prestação de serviços de consultoria com a MO Consultoria e Laudos Estatísticos Ltda cujo objeto é a realização de auditoria fiscal e trabalhista em obras no estado de são Paulo", afirma o diretor jurídico institucional da OAS, Bruno Menezes Brasil.

A resposta foi encaminhada ao Ministério Público Federal que enviou nesta segunda-feira à Justiça Federal do Paraná, responsável pela condução dos processos da Lava Jato.

Integrantes da equipe de defesa dos executivos da OAS, presos na Operação Lava Jato, preparam duas frentes de "ataque" para tentar anular o acordo de delação prestada pelo doleiro Alberto Youssef.

Nas próximas semanas, os advogados vão questionar o juiz Sérgio Moro, responsável pela condução dos processos na Justiça Federal do Paraná, sobre a validade do acordo. Caso o juiz não acate as alegações da defesa, um habeas corpus será impetrado junto ao tribunal. Paralelamente, será encaminhado um agravo ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a homologação feita pelo ministro Teori Zavascki, no último mês de dezembro.

##RECOMENDA##

Os executivos da OAS, envolvidos no esquema de desvios na Petrobras, respondem pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e uso de documento falso. "Vamos atacar com toda veemência a homologação desse acordo. Estamos ainda estudando os meios, mas vamos agir tanto no juiz de primeiro grau quanto no STF", afirmou à reportagem o advogado Edward Rocha de Carvalho, que integra o grupo de defesa do executivos da empreiteira.

"O acordo é imoral, ilegal e inconstitucional. Imoral porque estão firmando um acordo com uma pessoa que já descumpriu. Segundo, prometem devolver dinheiro em troca de informações. Se eu faço isso com uma testemunha, prometo dinheiro em troca de informações, eu cometo um crime. O Ministério Público pode fazer isso?", ponderou Carvalho.

O MPF afirmou, por meio de nota publicada neste domingo, que no acordo de colaboração premiada de Youssef não existe qualquer cláusula de pagamento pela União de recompensa para o acusado. "O acordo apenas prevê o abatimento do valor da multa, limitado ao valor de um de seus imóveis, na proporção de dois por cento dos valores e bens que o acusado vier a auxiliar com exclusividade na localização", diz trecho do documento.

Anulação

A defesa dos executivos da OAS rebate o entendimento apresentado pelo MPF. "A cláusula do acordo de delação prevê o seguinte: tem uma pena de multa que será imposta ao Alberto Youssef em cima do patrimônio dele. Quanto mais ele colaborar, mais bens serão devolvidos para ele. Esses bens seriam alvo da pena de multa quando um indivíduo comete um crime e indeniza o Estado. É do Estado esse bem. O que estão fazendo na verdade com a redução da multa. Estão devolvendo o dinheiro do crime", ressaltou Carvalho.

"A delação prejudica o nosso cliente, ainda não tivemos acesso, mas na medida que Alberto Youssef supostamente disse algo contra nossos clientes, ele diz porque foi prometido um acordo. Se esse acordo é ilegal, o MPF prometeu o que não poderia cumprir. Por isso, vamos pedir a anulação da delação com todas as suas consequências", ressaltou o advogado.

Os primeiros ataques ao acordo de delação foram inseridos em petição encaminhada à Justiça Federal do Paraná nesta segunda-feira, 26. A equipe de advogado dos executivos da OAS alega que não teve acesso à integra dos documentos da Lava Jato que seriam necessários para a elaboração das peças de defesas. "Protocolamos a resposta às acusações tendo dois corréus delatores e sem que tivéssemos acesso aos depoimentos dele. A petição de hoje demonstra que em relação aos pedidos da defesa há uma desigualdade porque o juiz ou não decide ou demora para decidir e no caso da acusação, ele tem uma boa vontade impressionante, decidindo em questão de horas", afirma Carvalho.

A defesa do presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho - preso preventivamente desde o dia 14 de novembro de 2014, acusado de integrar o suposto cartel que fatiava obras na Petrobras -, apresentou na Justiça Federal, em Curitiba, na tarde desta quarta-feira, 21, resposta à acusação criminal da força-tarefa da Lava Jato, em que sustenta que a competência para julgar o caso é da Justiça Estadual.

"Não há um crime sequer de competência federal na denúncia do MPF. Fala-se de corrupção de funcionário da Petrobras, de lavagem de dinheiro da suposta propina e de organização criminosa, mas nada que seja de interesse da União", argumenta o criminalista Roberto Lopes Telhada.

##RECOMENDA##

A defesa pede que seja decretada a suspeição do juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, a nulidade de todo processo, a nulidade das interceptações telefônicas usadas na denúncia, a nulidade do depoimento do doleiro Alberto Youssef - em que ele confessou o esquema de corrupção e propina na Petrobras - e absolvição das acusações imputadas ao cliente, em especial, a de uso de documentos falsos. Subscrevem os pedidos os advogados Jacinto Coutinho, Edward de Carvalho e Bruna Breus.

A resposta à acusação é a primeira peça de defesa do executivo da OAS na ação penal em que ele é réu por desvios na Petrobras, por intermédio do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Youssef. Léo Pinheiro, como é conhecido, está preso na Sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.

A defesa alega que em decisão anterior, em outro caso em que se investigava "eventual superfaturamento de preços" em concorrências da Petrobras e "supostos crimes contra a ordem econômica e licitatórios" envolvendo funcionários da estatal, o Supremo Tribunal Federal (STF) "já pacificou pelo Pleno a competência da Justiça Estadual".

O documento de defesa alega ainda incompetência do juiz federal Sérgio Moro para julgar o caso, apontando dois outros atos que justificariam a decisão. Além de apontar que o magistrado teria "manipulado" o processo para manter as investigações sobre sua tutela, teria agido de forma irregular ao permitir apuração na Justiça de primeiro grau do ex-deputado federal José Janene (PP-PR), em 2006, quando ainda era parlamentar. Como deputado, ele teria direito a foro privilegiado, tendo que ser investigado em órgãos superiores. O deputado, morto em 2010, foi a origem do caso Lava Jato.

Defesas

Os advogados de Léo Pinheiro apresentaram outros dois pedidos - de exceção de competência e de exceção de suspeição e impedimento - para tentar tirar o processo da 13ª Vara Criminal, da Justiça Federal, em Curitiba.

Nos pedidos, a defesa de Léo Pinheiro usa uma decisão de 2010 do juiz Sérgio Moro para argumentar que ele seria "suspeito por questões de foro íntimo" para julgar qualquer caso envolvendo o doleiro Alberto Youssef.

"(O juízo) Jamais poderia conduzir qualquer outro processo em que estivesse envolvido o corréu delator Alberto Youssef , muito menos dar validade a um inquestionável e imoral acordo firmado com tal cidadão."

Nas peças, o advogado cita as apurações do caso Mensalão, diz que houve "manipulação" por parte do magistrado para tentar manter o caso sob sua guarda e aponta supostas irregularidades no uso das interceptações telefônicas usadas no processo.

Na resposta à Justiça Federal, a defesa alega que Léo Pinheiro está preso preventivamente "sem nenhuma justificativa que encontre amparo nas regras e princípios vigentes, tendo acesso negado às delações que sustentam sua prisão e a imputação que lhe foi formulada".

A Polícia Federal (PF) e a Procuradoria da República identificaram depósitos no valor global de US$ 4,8 milhões da OAS African Investments Limited na conta bancária da offshore Santa Thereza Services Ltd na Suíça, controlada pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, alvo maior da Operação Lava Jato.

Os depósitos - divididos em três créditos no valor de US$ 1,6 milhão cada - foram realizados nos dias 7 de maio, 11 de junho e 17 de julho de 2013 na conta da Santa Thereza. A OAS African Investments faz parte da gigante da construção OAS.

##RECOMENDA##

O Ministério Público Federal e a PF localizaram documentos sobre as transferências durante buscas no escritório e na residência do executivo João Procópio Junqueira de Almeida Prado, apontado como operador do doleiro Alberto Youssef - mentor do esquema de lavagem de dinheiro, segundo a PF.

Acordo

As buscas foram realizadas em julho, por ordem judicial. A Santa Thereza é uma das 11 offshores controladas por Costa, que fez acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. No acordo, o ex-diretor da Petrobras abriu mão de todos os ativos depositados em contas das offshores por ele administradas, inclusive a Santa Thereza Services Ltd. Costa já autorizou a repatriação de US$ 25,8 mi depositados na Suíça e em Cayman.

Com o executivo João Procópio Junqueira de Almeida Prado, a PF apreendeu extrato da conta da Santa Thereza no período de 8 de outubro de 2012 a 4 de março de 2013, com diversas operações em valores iguais de US$ 1 milhão cada.

Em 2011, segundo o MPF, a conta da Santa Thereza na Suíça recebeu "onze operações sequenciais" de créditos originadas da Sanko Sider. A conta da offshore recebeu 289,74 mil da Sanko Sider entre 24 de janeiro de 2013 e 7 de fevereiro de 2014.

"Esse valor é relacionado aos crimes de corrupção, peculato, contra o sistema financeiro e tributário", afirma a Procuradoria da República.

A PF e o Ministério Público Federal apuraram que dentro da conta da offshore Santa Thereza há quatro subcontas denominadas Fianca, CC, Premier e Sanko "todas controladas pela organização criminosa de Youssef e utilizadas para práticas delitivas", segundo o MPF.

Ainda de acordo com a Procuradoria, a OAS "está diretamente envolvida com os desvios de valores e crimes contra a administração".

No acordo de delação, Costa reconheceu que todos os valores depositados em contas das offshores, inclusive da Santa Thereza, são "integralmente produto de atividade criminosa". O ex-diretor se comprometeu a contribuir para a "repatriação desses valores em benefício do País". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A construtora OAS e a GRU Airport, concessionária que administra o aeroporto de Guarulhos, foram acusadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por submeter 111 trabalhadores a condições análogas à escravidão em obra do novo terminal de passageiros.

A OAS também é alvo de 25 autos de infração no Ministério do Trabalho e pode ser incluída na “lista suja” do órgão. A empresa e um grupo de funcionários são investigados criminalmente por aliciamento de trabalhadores.

##RECOMENDA##

Uma operação conjunta entre o MPT de Guarulhos e a Secretaria Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/SP) resgatou 111 trabalhadores de 11 alojamentos próximos à obra no período de 6 a 21 de setembro, vivendo em moradias precárias. Seis deles eram indígenas da tribo pankararu.

Conforme o jornal O Estado de S. Paulo antecipou na edição de quarta-feira, 25, esses trabalhadores vinham de Estados do Nordeste com a promessa de trabalhar na obra da OAS. Ao chegar a Guarulhos, descobriam que não tinham emprego garantido e ficavam em uma espécie de “cadastro de reserva” da empresa. Eles improvisaram alojamentos em barracos enquanto aguardavam a contratação pela empresa.

A legislação trabalhista prevê que as empresas contratem funcionários migrantes para uma obra que requer sua transferência quando eles ainda estão na região de origem. O recrutamento irregular e a falta de condições de moradia colocaram os trabalhadores em condições análogas à escravidão, segundo o MPT e a SRTE. A GRU Airport também é acusada da prática por responsabilidade solidária, já que a obra era do aeroporto. Além de fornecedora, a OAS é dona de 12% da Invepar, controladora da GRU.

Aliciamento

Os trabalhadores foram aliciados por funcionários da OAS no Nordeste, disse o coordenador das ações contra trabalho escravo da SRTE, Renato Bignami. Segundo ele, alguns pagavam propinas entre R$ 100 e R$ 300 para que o aliciador conseguisse uma vaga na obra. “Muitos pegaram empréstimos para trabalhar em Guarulhos e vieram em ônibus clandestinos”, disse.

Em comunicado, a OAS disse que os fatos apontados eram “desconhecidos pela empresa” antes da investigação e que “já afastou os colaboradores citados nos depoimentos”. A GRU Airport disse, em nota, que contribuirá com as investigações e exige que os fornecedores cumpram as regras trabalhistas.

As autoridades envolvidas na operação, batizada de “Espanta Gato”, esperam que o caso provoque uma onda de fiscalização nas obras da OAS e de outras construtoras. “Isso pode ser a ponta do iceberg. Os trabalhadores estão sendo aliciados nas grandes obras para a construção civil em condições análogas às de escravos”, disse o superintendente da SRTE/SP, Luiz Antonio Medeiros. “Temos de visitar o Itaquerão e todas essas obras do PAC que são feitas em situação de emergência.”

O Ministério Público entrou com uma ação cautelar no dia 19 contra a OAS e a GRU Airport para solicitar o resgate dos trabalhadores e o pagamento de indenizações. A Justiça concedeu liminar favorável ao MPT e bloqueou R$ 15 milhões em bens de cada empresa. A OAS registrou os trabalhadores retroativamente e pagou verbas rescisórias de cerca de R$ 6 mil por pessoa e passagem de retorno ao local de origem.

A procuradora do Trabalho de Guarulhos, Christiane Nogueira, disse que vai ingressar com uma ação civil pública contra as duas empresas por prática de trabalho análogo à escravidão. “Não adianta resolver apenas esse caso. Queremos que a empresa assuma uma série de compromissos nas contratações”, disse. Pela lei, o órgão deve esperar 30 dias para iniciar o processo após a ação cautelar. Colaborou Fernando Scheller. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça Federal em São Paulo aceitou nesta segunda-feira (23) denúncia da Procuradoria da República e abriu processo criminal contra 11 pessoas acusadas de desviar recursos públicos na construção da antiga avenida Água Espraiada, rebatizada de Jornalista Roberto Marinho, nas gestões dos ex-prefeitos Paulo Maluf (1993-1996) e Celso Pitta (1997-2000).

A decisão foi tomada pela 2.ª Vara Federal, especializada na condução de ações sobre crimes financeiros. São alvo do processo executivos e ex-executivos da OAS e da Mendes Júnior, empreiteiras que fizeram a obra, além de dois ex-funcionários da Emurb, antiga empresa municipal de urbanização, responsável pela contratação dos serviços. A Procuradoria da República informou ontem que "todos responderão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro".

##RECOMENDA##

A ação criminal é um desmembramento do processo penal que tramita no Supremo Tribunal Federal contra Maluf, hoje deputado federal, por supostos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e organização criminosa, evasão de divisas e crime contra a administração pública.

Maluf é acusado de receber dinheiro desviado da obra da Água Espraiada e enviá-lo para contas na ilha britânica de Jersey, no Canal da Mancha. Na semana passada, o jornal O Estado de S.Paulo revelou que a defesa da offshore Durant admitiu que uma conta na ilha é da família de Maluf e foi inclusive usadas pelo ex-prefeito - os advogados, porém, disseram que o dinheiro que circulou por lá tinha origem lícita, de negócios privados de Maluf.

A informação consta de documentos apresentados à Justiça local, em audiência de ação movida pela Prefeitura de São Paulo para reaver US$ 22 milhões supostamente desviados de obras da gestão do ex-prefeito, incluindo a construção da avenida Água Espraiada. A defesa da família Maluf no Brasil rebate as informações da defesa da offshore em Jersey. Afirma que os advogados de lá não falam pelo ex-prefeito.

Na denúncia aceita pela 2ª Vara Federal anteontem, o Ministério Público atribui a Maluf "ilícitos investigados de desvio de recursos públicos na construção da Avenida Água Espraiada".

A investigação é resultado do compartilhamento de provas do inquérito civil público que deu origem à ação de improbidade administrativa atualmente em curso na Justiça Estadual. "Foram obtidas provas de que agentes públicos, políticos e representantes das empresas que participaram da construção da Avenida Água Espraiada se associaram para cometer crimes contra administração pública", afirma o Ministério Público Federal.

De acordo com a Procuradoria, "para desviar o dinheiro público, os representantes do Consórcio Água Espraiada e as empresas do Grupo Mendes Júnior e OAS subcontratavam empresas de prestação de serviços ou de materiais que emitiam notas superfaturadas ou notas frias por serviços nunca realizados".

A Procuradoria afirma que, "pelo lado da Prefeitura, a antiga Emurb realizava medições falsas na obra e atestava os serviços não realizados, autorizando assim a liberação de recursos para as empresas envolvidas". "Esses recursos eram repassados às empresas subcontratadas através de cheques nominais", diz a denúncia. "No mesmo dia do pagamento, ou em dia próximo, as empresas subcontratadas emitiam cheques ao portador, que eram depositados em contas de terceiros, de doleiros, prestadores de serviços, ou sacados em dinheiro. O objetivo era dificultar a identificação e a origem dos recursos (...) As empreiteiras também convertiam os valores em dólares e escondiam o dinheiro em caixas de uísque, bombons ou pacotes de presentes, com o objetivo de ocultar a movimentação dos recursos", afirma o Ministério Público. "O dinheiro era entregue ao ex-presidente da Emurb, Reynaldo Egydio de Barros, que posteriormente distribuía a Paulo Maluf e a Celso Pitta, quando este era prefeito."

O ex-prefeito nega desvios nas obras de sua gestão. A assessoria de imprensa da Mendes Júnior destacou que a denúncia é contra pessoas físicas. "A Mendes Júnior não é parte no processo", anotou a Brickmann&Associados Comunicação. A OAS não se pronunciou sobre as acusações do Ministério Público Federal. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando