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A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi obrigado a falar sobre o meio ambiente em seu discurso na Organização das Nações Unidas (ONU), mas tem aversão ao tema. 

Em entrevista ao UOL, Marina disse que a realidade da Floresta Amazônica é bem diferente do que o apresentado pelo mandatário. Ele falou na ONU que "dois terços da Floresta Amazônica permanecem com vegetação nativa, que se encontra como estava quando o Brasil foi descoberto em 1500". 

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A ex-ministra do Meio Ambiente salientou que Bolsonaro "não consegue ficar sem mentir" e que o chefe do Executivo brasileiro distorceu os dados ao se referir a vegetação nativa.

"A Amazônia já tem quase 20% da área desmatada e uma grande quantidade de áreas de floresta que estão degradadas. Uma coisa é o corte raso, outra é a degradação, quando você faz o corte seletivo, tira árvores nobres e deixa a floresta empobrecida. Ele pega o corte raso, faz comparações e desconhece outras formas de destruição da floresta, como essas áreas degradáveis, que não teve corte raso, mas teve corte seletivo de madeira. Essa floresta fica suscetível a incêndios criminosos que propositadamente são feitos a cada ano para depois avançar sobre essas áreas", revelou.

Marina, que disputa uma vaga ao Congresso pelo Estado de São Paulo, acentua que o presidente Jair Bolsonaro "não tem nenhuma credibilidade sobre o tema" e que foi "obrigado a falar de meio ambiente porque é um tema que se torna cada vez mais relevante" e que no Brasil "entra no debate eleitoral".

E é importante na decisão de voto de pessoas, inclusive do agronegócio que não quer ver seu investimento associado à violência contra indígenas, queimadas e destruição ambiental. Bolsonaro foi obrigado a falar de meio ambiente, tema sobre o qual tem total ojeriza", analisou.

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