Tópicos | Operação Anel de Giges

A Polícia Federal informou na noite desta quinta-feira, 28, que indiciou dois filhos do senador Romero Jucá (PMDB/RR), líder do Governo no Senado, na Operação Anel de Giges. Segundo a PF, o ex-deputado estadual Rodrigo de Holanda Menezes Jucá e sua irmã Marina de Holanda Menezes Jucá foram indiciados pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A Anel de Giges investiga suposto desvio de R$ 32 milhões por meio do superfaturamento na aquisição da Fazenda Recreio, localizada em Boa Vista e na construção do empreendimento Vila Jardim, do projeto Minha Casa Minha Vida no bairro Cidade Satélite, na capital de Roraima.

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A PF informou que as penas previstas para os crimes atribuídos aos filhos de Jucá chegam até 30 anos de reclusão - em caso de condenação. "As investigações continuam, com análise do material apreendido e apuração do envolvimento de outros integrantes nas práticas criminosas", destacou o delegado Alan Robson.

Também são investigadas duas enteadas de Jucá, Luciana Surita da Motta Macedo e Ana Paula Surita Motta Macedo, filhas da prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (PMDB). Elas e os filhos de Jucá foram conduzidos coercitivamente pela PF, por ordem da Justiça Federal. O superintendente da Caixa em Roraima, Severino Ribas, é outro investigado.

A PF suspeita das transações decorrentes da venda da Fazenda Recreio para a construção do empreendimento Vila Jardim. Os investigadores miram os procedimentos internos da Caixa de fiscalização e aprovação do empreendimento.

Defesas

Romero Jucá publicou nota sobre o caso. "Repudio mais um espalhafatoso capítulo de um desmando que se desenrola nos últimos anos, desta vez contra minha família. Como pai de família carrego uma justa indignação com os métodos e a falta de razoabilidade. Como senador da República, que respeita o equilíbrio entre os Poderes e o sagrado direito de defesa, me obrigo a, novamente, alertar sobre os excessos e midiatização".

"Não tememos investigação. Nem eu nem qualquer pessoa da minha família. Investigações contra mim já duram mais de 14 anos e não exibiram sequer uma franja de prova. Todos os meus sigilos, bancário, fiscal e contábil já foram quebrados e nenhuma prova. Só conjecturas".

Em junho de 2016, foi pedida a prisão de um presidente de um poder, de um ex-presidente da República e de um senador com base em conjecturas. Em setembro agora, por absoluta inconsistência jurídica, o inquérito foi arquivado. Desproporcional e constrangedor, esse episódio poderia ter sido evitado. Bem como poderia ter sido evitado o de hoje. Bastava às autoridades pedirem os documentos anexados que comprovam que não há nenhum crime cometido. Recebo essa agressão a mim e a minha família como uma retaliação de uma juíza federal, que, por abuso de autoridade, já responde a processo no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Tornarei público todos os documentos que demonstrarão a inépcia da operação de hoje", diz o texto.

A assessoria de imprensa da Caixa também se manifestou. "Com relação à Operação Anel de Giges, realizada nesta quinta-feira (28/09), a Caixa Econômica Federal esclarece que as informações estão sendo repassadas exclusivamente às autoridades competentes. A Caixa esclarece que mantém contato permanente com as autoridades competentes, prestando irrestrita colaboração com as investigações e operações policiais."

Após dizer que "ninguém vai intimidá-lo", o senador Romero Jucá (PMDB-RR) afirmou nesta quinta-feira, 28, considerar a operação da PF que teve como alvo seus filhos e enteados uma "retaliação". "Isso é ação da Justiça de Roraima, que está estacionada no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Portanto, é uma retaliação", disse ele, prometendo se manifestar em nota ainda na tarde desta quinta.

A Polícia Federal em Roraima, em conjunto com a Receita Federal, deflagrou a Operação Anel de Giges, na manhã de quinta, com o objetivo de investigar organização criminosa acusada de peculato, lavagem de dinheiro e desvios de verbas públicas.Dois filhos e dois enteados de Jucá são alvo da operação. A operação foi autorizada pela juíza Ana Emilia Rodrigues Aires, da 4ª Vara Federal de Roraima.

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Jucá participou de reunião na presidência do Senado em que senadores discutiram levar para o plenário da Casa a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou o afastamento e o recolhimento noturno do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

A Polícia Federal prendeu em flagrante por posse ilegal de armas o marido de Luciana Surita da Motta Macedo, enteada do senador Romero Jucá (PMDB/RR). A prisão de Frederico Macedo ocorreu nesta quinta-feira, 28. Os investigadores não localizaram registros das armas, nem autorização para Macedo como colecionador nem como atirador.

A Operação Anel de Giges, deflagrada nesta quinta, mira os filhos de Jucá, Rodrigo de Holanda Menezes Jucá e Marina de Holanda Menezes Jucá, e duas enteadas dele: Luciana e Ana Paula Surita Motta Macedo - filhas da prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (PMDB), ex-mulher do senador.

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O superintendente da Caixa em Roraima Severino Ribas também é alvo da investigação sobre suposto desvio de R$ 32 milhões dos cofres públicos, tendo como origem o superfaturamento na aquisição da Fazenda Recreio, localizada em Boa Vista e na construção do empreendimento Vila Jardim, do projeto Minha Casa Minha Vida no bairro Cidade Satélite, na capital de Roraima.

Segundo a PF, são investigadas as transações decorrentes da venda da Fazenda Recreio para a construção do empreendimento Vila Jardim, bem como pela fiscalização e aprovação do empreendimento na Caixa Econômica Federal.

Defesas

"Com relação à Operação Anel de Giges, realizada nesta quinta-feira (28/09), a Caixa Econômica Federal esclarece que as informações estão sendo repassadas exclusivamente às autoridades competentes. A Caixa esclarece que mantém contato permanente com as autoridades competentes, prestando irrestrita colaboração com as investigações e operações policiais", disse a instituição por meio de nota.

Em Brasília, Jucá disse considerar a operação da PF que teve como alvo seus filhos e enteados uma "retaliação". "Isso é ação da Justiça de Roraima, que está estacionada no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Portanto, é uma retaliação", afirmou.

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