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O sacerdote chileno Ramón Iturra, da localidade de Constituición (sul), foi suspenso nesta quarta-feira (6) pelo Vaticano depois de ter sido denunciado - no ano passado - por abusos sexuais a um menor de idade, cometidos entre 1987 e 1988, informou a Igreja.

A Santa Sé declarou verossímil a denúncia feita contra o presbítero Iturra e ordenou "a medida cautelar, que é a proibição de exercer publicamente o Ministério Sacerdotal, até a sentença definitiva", segundo comunicado da Diocese de Linares, cidade localizada a 300 quilômetros ao sul de Santiago.

Iturra foi acusado por Cristián Alcaíno, ex-acólito da paróquia de Constituición, de ter abusado sexualmente dele quando tinha 11 anos. Alcaíno comunicou o caso à Diocese de Linares que, segundo o bispo Tomislav Koljatic, foi repassado ao Vaticano em junho de 2017.

Depois disso, Alcaíno não obteve resposta, pelo qual entregou uma carta com sua denúncia ao Papa Francisco e ao bispo de Malta Charles Scicluna, que chegou ao Chile em abril deste ano para investigar o suposto encobrimento dos abusos sexuais cometidos pelo influente padre Fernando Karadima.

Além da suspensão de Iturra, o Vaticano ordenou "ampliar a investigação a outras paróquias onde este sacerdote exerceu seu cargo ministerial" e solicitou "a colaboração de qualquer pessoa que possa fornecer antecedentes pertinentes ou relevantes nesta causa".

Scicluna voltará ao Chile na semana que vem junto com o sacerdote Jordi Bartomeu para visitar Santiago e Osorno.

O Vaticano puniu novamente o sacerdote chileno Fernando Karadima, declarado culpado de abuso sexual de menores e de abuso de poder pela Igreja Católica, por descumprir a condenação ditada contra ele.

Uma das vítimas de abusos por parte de Karadima denunciou que o sacerdote ministrou uma missa, apesar de estar proibido de celebrar atos religiosos em público, acusação que foi investigada pela Igreja.

A Congregação para a Doutrina da Fé, o órgão do Vaticano responsável pela investigação, afirmou que "a missa em questão não pode ser considerada uma celebração pública". No entanto, a Congregação "determinou que o presbítero Karadima fosse punido com uma advertência canônica por tentar frustradamente contactar membros da ex-União Sacerdotal", afirmou um comunicado do arcebispado de Santiago.

Segundo a Igreja chilena, a punição foi comunicada a Karadima, "lembrando-o severamente sobre o que foi estabelecido de maneira rígida no decreto de sua condenação". O caso de Karadima abalou a Igreja chilena, que pediu perdão em abril de 2011 pelas acusações de pedofilia contra vinte sacerdotes, cinco deles condenados pela justiça local.

Karadima depôs em abril de 2013 diante de um juiz e negou ter cometido os abusos, no âmbito da investigação que a Procuradoria realiza desde março de 2011, quando o caso foi reaberto pela existência de litígios pendentes.

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