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A OLX anunciou nesta sexta-feira (24),  uma nova solução de pagamento digital com foco para usuários de sua plataforma. Com a intenção de viabilizar transações mais seguras para vendedores e compradores a novidade funciona como uma alternativa para quem prefere pagar via cartão de crédito, muito parecida com outras iniciativas como PagSeguro e PayPal. 

Na OLX Pay o pagamento pode ser feito com cartão de crédito, à vista ou parcelado em até 12 vezes, ou com a utilização do saldo existente na carteira digital. Seja qual for o método escolhido pelo comprador, o vendedor recebe o valor na conta em até 24 horas, após a finalização da venda, e pode transferi-lo para o seu banco, tudo pelo aplicativo da rede. 

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Outros recursos apresentados pelo mercado virtual são a Compra Segura, que assegura ao vendedor o recebimento do pagamento e protege o comprador, em caso de problemas e o Oudshoorn um projeto já em andamento, antecipado por conta da pandemia. Após a fase de testes, que começou em maio, o serviço está disponível para todos.

O pagamento por Zona Azul poderá ser feito com aplicativos de celular a partir da próxima segunda-feira (11). O decreto que autoriza a compra digital para poder estacionar foi publicado nesta sexta-feira (8) pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT).

Com a Zona Azul digital, a Prefeitura pretende reduzir as ocorrências de fraude, evitar cobranças acima da tabela praticada por flanelinhas e, a longo prazo, acabar com os cartões de estacionamento feitos de papel, que atualmente são deixados no painel do carro. Através do aplicativo, o motorista vai pagar R$ 5 por uma hora de estacionamento e R$ 45 por dez cartões, os mesmos preços praticados hoje.

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Antes de comprar créditos, o usuário precisará baixar um dos aplicativos do Cartão Azul Digital e fazer o cadastro, informando número de celular, placa dos veículos e cartão de crédito. Ao estacionar, o motorista aciona a placa de um dos carros registrados e escolhe o tempo de permanência na vaga.

O aplicativo vai avisar por mensagem de texto quando o tempo estiver acabando, o que possibilita ao motorista renovar o crédito pelo celular ou retirar o veículo do local. Por enquanto, o sistema não permite compra fracionada, ou seja o usuário não pode pagar um valor proporcional ao período que deixou o carro estacionado.

Para fiscalizar, os agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) terão acesso a um sistema que possibilita saber se o motorista pagou Zona Azul consultando pela placa.

A Receita Federal deve arrecadar R$ 20 bilhões a mais por ano com o início da folha de pagamento digital (ou eSocial). "É uma previsão conservadora", disse o coordenador de Sistemas da Atividade Fiscal da Receita, Daniel Belmiro. O sistema entrará em operação em 2014, com pleno funcionamento em 2015. O eSocial altera o modo como todas as empresas do País fazem a prestação de contas das informações de seus funcionários.

Com o eSocial todo o envio dos dados fiscais, tributários, previdenciários e trabalhistas será online e concentrado num único sistema. A ideia é evitar a repetição no repasse de informações ao substituir o cumprimento de nove obrigações mensais e anuais diferentes, como o Caged, a Rais, a Dirf e a Gfip, por uma única. Neste sistema, todos os órgãos poderão coletar as informações que lhe competem.

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O incremento de R$ 20 bilhões na arrecadação compensaria grande parte da renúncia projetada de R$ 24,7 bilhões referente à desoneração da folha de pagamento esperada para 2014. A arrecadação deve aumentar porque o sistema do eSocial vai facilitar cruzamento de dados sobre as empresas e, consequentemente, acirra a fiscalização.

Na avaliação do sócio da consultoria Deloitte Dario Mamone Júnior, o eSocial muda o modo de fiscalizar do Fisco. "A empresa passa a 'confessar' seus débitos. O governo vai dizer para a empresa, durante a fiscalização: estou te cobrando isso porque você me informou", avalia.

 

Temor

Mas, entre as empresas, o temor é de que exista uma radicalização da fiscalização. "A forma como o projeto tem sido desenhado nos preocupa em relação a um aumento muito grande da fiscalização", afirma Carolina de Pinho Tavares, coordenadora da área trabalhista e sócia do Marcelo Tostes Advogados. A advogada espera por uma flexibilização dos prazos para envio das informações ao sistema.

O modelo desenhado pela Receita prevê que os dados sejam enviados em "tempo real". Assim, eventos como admissão, demissão ou licença médica devem ser informados no mesmo dia em que ocorrerem. Hoje, a fiscalização é feita quando a Receita pede a apresentação das informações da folha de pagamento para confrontar com outras obrigações, como a Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP), que é entregue mensalmente à Receita.

Em 2012, a fiscalização da Receita gerou em multas e recolhimento de valores devidos R$ 4 bilhões a partir de divergências encontradas no confronto entre folha de pagamento e GFIP. "E esse valor não representa nem 1% do total de pessoas jurídicas no Brasil. Então, nós temos uma perspectiva de incremento da arrecadação muito grande, pois eu vou deixar de ter folha de pagamento separada da GFIP", diz Belmiro, da Receita. Segundo ele, a unificação dos dados vai facilitar a vida das empresas e evitar divergências que, muitas vezes, são consequência de erros e não de tentativa de sonegação.

Cronograma

O calendário de implementação do eSocial será progressivo ao longo de 2014. A exigência começa pelas grandes empresas, tributadas em regime de lucro real, no primeiro semestre do ano. No segundo semestre do ano que vem será a vez dos microempreendedores individuais (MEIs), pequenos produtores rurais, empresas de lucro presumido (que têm faturamento anual de até R$ 48 milhões) e do Simples Nacional. Assim, a previsão é de em quem janeiro de 2015 todos os empregadores tenham concluído a transição ao sistema.

A oficialização desse calendário ainda depende da publicação de um ato normativo, previsto para o início de novembro. O texto vai detalhar as regras para transmissão dos eventos trabalhistas e oficializar o cronograma que já tem sido divulgado informalmente. O ato normativo ainda em vigor, publicado no Diário Oficial da União (DOU) em 18 de julho, prevê a obrigatoriedade do eSocial a partir de janeiro para todos.

A assessora jurídica da FecomercioSP, Ana Paula Locoselli, cobra uma formalização do cronograma. "No início, eles falavam que começaria em 2013 e de lá para cá não conseguimos saber qual é o cronograma oficial, só ouvimos dizer que em um evento a Receita anunciou as datas", diz.

Burocracia

Segundo um estudo do Banco Mundial e da consultoria PWC, uma empresa gasta 2,6 mil horas (ou 65 semanas) por ano para ficar em dia com suas obrigações ficais. O desempenho do Brasil, o pior entre os 185 países pesquisados, é consequência do excesso de leis e obrigações pulverizadas entre diversos órgãos do governo. O mesmo estudo, no entanto, destaca que o cenário burocrático pode mudar com a chegada do eSocial.

"O eSocial pode tornar o Brasil um País menos burocrático, mas isso não vai acontecer no curto prazo, dado o volume de informações e procedimentos que a ferramenta vai exigir. Os resultados podem aparecer daqui a 2 ou 3 anos", avalia o sócio da PWC Marcel Cordeiro.

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