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O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, viajou à Bahia nas vésperas do segundo turno das eleições à Presidência e a Polícia Federal (PF) investiga a intenção do governo federal em reforçar bloqueios ilegais nas rodovias para impedir o voto de eleitores de Lula (PT). No dia 30 de outubro de 2022, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) descumpriu a recomendação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e aumentou o efetivo, principalmente no nordeste, para dificultar o translado de eleitores. 

O ex-diretor-geral da PRF, o bolsonarista Silvinei Marques, colocou 34% mais agentes nas ruas no segundo turno - mesmo com a proibição de operações em rodovias - do que para coibir bolsonaristas que fecharam as BRs logo após a derrota do candidato. 

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Sem agenda prévia, a justificativa de Anderson Torres para ir pessoalmente à superintendência da PF na Bahia era solicitar o aumento do efetivo contra crimes eleitorais no estado e propor que a corporação atuasse junto com a PRF, de acordo com o g1. A investigação apura a ordem para interromper o fluxo de eleitores no maior colégio eleitoral do nordeste e, dessa forma, interferir na eleição. 

Nessa manobra, o ex-ministro pressionou à PF a se afastar da competência investigativa e atuar de forma ostensiva. Depois do encontro, a equipe de Torres enviou uma lista de cidades que deveriam ganhar reforço, baseada em um documento elaborado pela campanha de Bolsonaro em que eram apontadas as regiões em que Lula era mais bem avaliado.  

A lista teria sido produzida pela delegada Marília Ferreira Alencar, que fazia parte do Ministério da Justiça e, após a derrota de Bolsonaro, seguiu junto com Torres para a Secretaria de Segurança do Distrito Federal. Os dois são investigados por envolvimento e tentativa de esconder provas do ataque bolsonarista à Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. 

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