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Cantores líricos profissionais e pianistas coaches - ensaiadores - podem se inscrever no projeto Opera Studio do Recife até a próxima segunda (8). As inscrições são feitas através de um formulário disponível no seguinte link. O curso é gratuito e acontece no Conservatório Pernambucano de Música.

A capacitação acontece durante os dias 22 de julho e 9 de agosto, envolvendo atividades práticas e aulas expositivas durante dois períodos por dia. Para comemorar o encerramento do curso, é realizado um recital de conclusão com os alunos participantes. Ao todo, serão entre vinte e vinte e cinco cantores selecionados e quatro pianistas. O resultado com os nomes selecionados é divulgado na terça (9).

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Além do formulário de inscrição, é preciso que sejam enviadas gravações em formato MP3 em boa qualidade e sem edição. Vídeos também são aceitos. As músicas enviadas devem ser uma ária de ópera, na língua e tom originais, e o arquivo deve indicar o nome do concorrente e os dados da faixa gravada. Os arquivos não devem exceder 5MB. Conheça o edital completo aqui.

A nona edição do Virtuosi Brasil realiza concertos de música erudita na capital pernambucana entre os dias 14 e 16 de junho, no Teatro de Santa Isabel. O evento, que homenageia os pianistas Almeida Prado e Ernesto Nazareth, traz como destaques o grupo Cantilena Ensemble, a violinista Constança de Almeida Prado - filha do compositor homenageado -, as pianistas Ingrid Barancoski, Ana Lúcia Altino e Maria Teresa Madeira, e a Orquestra Jovem de Pernambuco, sob a regência do Maestro Rafael Garcia, diretor artístico do festival. Os concertos são gratuitos e começam às 20h, com exceção do domingo (16), quando haverá duas apresentações, às 15h e às 16h.

Entrevista: Constança de Almeida Prado

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A abertura do Virtuosi fica por conta do duo de piano e violino formado por Ingrid Barancoski e Constança de Almeida Prado Moreno, que apresentam um programa dedicado ao compositor Almeida Prado. Já no sábado (15), às 20h, o grupo Cantilena Ensemble apresenta o concerto A história do Brasil através da música, que pretende resgatar, preservar e divulgar a música erudita do Brasil, e relacionar as obras musicais aos fatos mais marcantes em 500 anos de história. O concerto ainda conta com a projeção de imagens no telão, que ajudarão o público a situar o repertório em seu contexto histórico e narração e comentários do jornalista Irineu Franco Perpétuo.

O terceiro e último dia, no domingo (16), o festival apresenta dois espetáculos. O primeiro ocorre às 15h e é intitulado Sarau Carioca, contendo obras de Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazareth, sendo executada pela pianista Maria Teresa Madeira. E às 16h o IX Virtuosi Brasil encerra sua programação com a Orquestra Jovem de Pernambuco e a presença de três solistas. Confira a programação completa no site do festival.

Serviço

IX Virtuosi Brasil

Sexta (14) a sábado (16)

Teatro de Santa Isabel (Praça da República - Santo Antônio)

Gratuito

Filha de pianistas, Maria Constança de Almeida Prado Moreno começou a carreira musical ainda pequena. A música erudita sempre esteve presente na sua casa e a musicista foi influenciada pelos pais, principalmente o pai - o compositor Almeida Prado. Constança é uma das artistas que se apresenta na IX Virtuosi Brasil neste final de semana no Recife, fazendo uma homenagem aos 70 anos de nascimento do seu pai. O festival ainda homenageia os 150 anos de Ernesto Nazareth.

Premiada com a Bolsa de Estudos da CAPES/Brasília, programa Apartes, Constança Moreno concluiu em 2001 o Mestrado em Violino-Performance na Manhattan School of Music – New York. De 2001 a 2006, assumiu a classe de violino de Eugenia Popova na ECA/USP. Tem realizado inúmeros recitais e concertos com orquestra, homenageando seu pai. Após a morte dele em 2010, ela idealizou, junto a Carlos Moreno, a criação do Almeida Prado Ensemble, que teve sua première em abril de 2011.

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Constança conversou com o LeiaJá e falou sobre a relação com o pai e sua participação no IX Virtuosi Brasil.

Como a música interferia na sua relação com seu pai?

A vida dele sempre foi um mergulho na arte da composição. A vida dele foi a música, ele sempre abraçou a música como tudo para ele desde muito pequeno. Ele descobriu seu talento com seis anos de idade. A seriedade e o amor que ele tinha pela música era uma coisa muito impressionante para mim. Ele compunha com tanta facilidade que chegava a fazer uma sonata em três dias. Ele sempre explicou para gente a maneira como ele fazia: escrevia direto no papel, não apagava nada e, quando nascia a obra, ela já estava pronta.

Você, além de ser violinista, compõe?

Como eu fiz faculdade de música, tive algumas oportunidades para compor. Mas para mim era exatamente ao contrário do meu pai. Era um dificuldade absurda. Eu fazia uma linha, apagava tudo e fazia de novo. Não é minha praia, definitivamente. É por isso que admiro muito quem faz, pois é uma arte muito especifica, muito especial.

Quais são suas influências musicais?

É uma grande honra na minha vida ter nascido em uma família musical. Isso para mim foi um presente de Deus porque cresci ouvindo muita música. Meu pai e minha mãe são grandes pianistas. Então tive essa benção de crescer ouvindo muita música erudita, de Mozart a Beethoven e Bach. Sempre acompanhei a dedicação e os estudos dos meus pais que sempre foram muito dedicados à música. No caso da minha mãe, ela sempre foi muita dedicada ao piano. Ela estudava muitas horas por dia e deixava eu e minha irmã, que é um ano mais velha do que eu, ouvir os ensaios nos estúdios. A gente adorava aquilo.

Você já conhecia o Festival Virtuosi?

Eu sempre ouvir falar muito bem porque recebo as divulgações e admiro muito o trabalho da professora e pianista Ana Lúcia Altino e do maestro Rafael Garcia. Quando você pensa na nossa realidade, a música erudita ainda é muito precário no nosso país. E é muito admirável quando a gente ver um trabalho assim de alto nível. São essas pessoas que têm levantado a bandeira da música erudita. Eu acho uns verdadeiros heróis.  

Como é participar de um festival que tem como homenageado seu pai? Você já participou de outros festivais tendo seu pai como homenageado?

Em 2003, quando meu pai fez 60 anos, ele recebeu uma homanegam no Festival Eleazar de Carvalho. Foi muito especial porque ele ainda estava vivo e, com isso, participou, deu muitas aulas, e realizou palestras sobre a sua própria obra. Além disso, eu pude participar com ele tocando e realizando recitais. Foi muito lindo! Já do Virtuosi, é a primeira fez que participo. Estou muito honrada de poder homenagear meu pai, esse grande gênio. Além de ser a primeira vez que toco no Recife.

O que o público pode esperar do concerto de abertura do festival que você fará com Ingrid Baranconski em homenagem ao seu pai?

A Ingrid é uma grande intérprete da obra do meu pai. Foi ele que me apresentou a ela na ocasião de uma bienal que ocorreu em Cuiabá. Nos apresentamos juntas e estreamos mundialmente a Sonata n.4 – obra que vamos tocar no Recife – e foi maravilhoso porque ela é uma pessoa incrível. Já em relação ao concerto de abertura, nós vamos iniciar com uma obra muito meditativa que é a Cantiga da Amizade. Em seguida, vamos fazer a sonata Primavera, de Beethoven – que, como o próprio nome diz, é uma obra muito encantadora. E finalizaremos com a sonata da Ressureição. São duas sonatas que têm nomes muito belos e realmente as obras estão à altura desses nomes de batismo.

SALVADOR - A pianista brasileira Juliana D’Agostini fará uma apresentação solo nesta quinta (11) a convite da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA), no Teatro Castro Alves (TCA), em Salvador (BA). Juliana é uma reconhecida pianista brasileira e apresentará o Concerto para Piano nº 20 em Ré Menor K.466, de Mozart. A regência da noite será do diretor artístico da OSBA, Carlos Prazeres. Na mesma noite, a OSBA também apresenta, do compositor Arvo Pärt, Cantus im Memory of Benjamin Britten e a Sinfonia no2 em Ré Maior OP 73, do compositor alemão Johannes Brahms (1833-1897).

Integrante do Seinway Wall of Fame, Miguel Proença se apresenta no Recife na noite desta quinta (21) no palco do Teatro de Santa Isabel. O recital faz parte do projeto Piano Itinerante com Miguel Proença, que teve início em 2012 e percorreu seis cidades brasileiras. 

O concerto é oferecido a preços populares - R$ 10 e R$ 5 (meia entrada) - e os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do teatro. No programa, peças de Chopin, Ravel, Villa-Lobos, Debussy e Gluck-Kempff. 

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Gaúcho, Miguel Proença comemorou 50 anos de carreira em 2012 e lançou um CD triplo intitulado Pianíssimo. Em seu currículo constam apresentações ao redor de todo o mundo, inclusive uma turnê internacional. A apresentação começa às 20h30.

Serviço

Piano Itinerante com Miguel Proença

Quinta (21), às 20h30

Teatro de Santa Isabel (Praça da República, Santo Antônio)

R$ 10 | r$ 5 (meia)

Cartas e partituras assinadas pelo compositor e pianista húngaro Franz Liszt, apresentadas pela primeira vez ao público, atingiram valores recorde durante um leilão em Genebra na noite de quarta-feira.

Nestas cartas, o músico evoca sua amizade com Wagner e Chopin, a quem dedicou três partituras originais. Além disso, nas cartas Liszt expressa sua irritação diante de um público pouco atento a sua arte.

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Entre os objetos leiloados, encontra-se um livro de exercícios feito por Liszt para sua aluna Valérie Boissier, que contém oito páginas de exercícios de piano escritas em 1832. Este lote estimado entre 3 e 5 mil francos suíços (2.400 e 4 mil euros) foi vendido por 16 mil francos (13 mil euros).

Os lotes desta venda provêm da coleção da família do pianista Nikita Magaloff e do músico genovês Robert Bory.

O pianista americano Van Cliburn, que ganhou uma competição mundial em Moscou na época da Guerra Fria e cuja música transcendeu um impasse de décadas, morreu, aos 78 anos, nesta quarta-feira, anunciou sua fundação.

Cliburn alcançou fama mundial ao vencer a primeira Competição Internacional Tchaikovsky, em 1958, em Moscou, tornando-se um aclamado embaixador cultural em uma época de intensa competição ideológica e ameaça nuclear.

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Aos 23 anos, Cliburn foi recebido como um herói americano, apagando temporariamente a humilhação provocada pelo lançamento da sonda Sputnik pelos soviéticos meses antes, ao vencer uma competição que tinha como intenção ressaltar a superioridade cultural de Moscou.

Mas ao invés de desfrutar da glória patriótica, Cliburn convidou Kirill Kondrashin, o regente russo que esteve com ele em Moscou, para se apresentar no Carnegie Hall, em Nova York, na Filadélfia e em Washington, DC.

A gravação de ambos no Primeiro Concerto para Piano de Tchaikovsky, feita durante a visita, foi o primeiro álbum clássico a obter o disco de platina, e desde então vendeu mais de três milhões de cópias.

Cliburn retribuiu a visita com várias turnês na União Soviética entre 1960 e 1972, apresentando-se em salas de concerto lotadas e construindo uma ponte na divisão ideológica marcada pela corrida armamentista, ameaça nuclear e guerras correlatas.

O pianista tocou para todos os presidentes americanos desde Truman, incluindo um recital em 1987 na Casa Branca, ao qual assistiram Ronald Reagan e o então líder soviético Mikhail Gorbachev, no final da Guerra Fria.

Em 2003, o então presidente George W. Bush atribuiu a Cliburn a Medalha Presidencial da Liberdade - a mais alta honraria civil dos Estados Unidos -, e em 2011, o presidente Barack Obama o condecorou com a Medalha Nacional das Artes.

Cliburn nasceu em 12 de julho de 1934, em Shreveport, Louisiana, e começou a estudar piano aos 3 anos de idade com sua mãe, Rildia Bee O'Bryan Cliburn, aluna de Arthur Friedman, que por sua vez estudou com Franz Liszt.

Cliburn fez sua estreia em orquestra aos 12 anos com a Orquestra Sinfônica de Houston, no Texas, e em 1954, ele conquistou a prestigiada Competição Leventritt, que não entregava um prêmio fazia cinco anos.

A fundação de música clássica criada em homenagem a Cliburn anunciou sua morte esta quarta-feira, afirmando que ele faleceu "pacificamente" em sua casa, em Forte Worth, Texas, cercado de seus entes queridos.

"Seu legado é o de um grande filantropo, um grande músico, um grande colega e um grande amigo para todos os que o conheciam e amavam", destacou a entidade.

"Van é um ícone e nós, da Fundação Van Cliburn, nos unimos ao mundo em luto pela perda de um verdadeiro gigante", acrescentou.

A fundação destacou que a 14ª edição da competição internacional de piano Van Cliburn, em maio, será "dedicada à memória de Van".

O pianista e professor Waldemar de Almeida recebe homenagem do Conservatório Pernambucano de Música (CPM) nesta quarta-feira (31), às 19h30, no auditório Cussy de Almeida, sede do Conservatório.

O evento, que contempla os recifenses amantes música erudita, ainda traz a pianista Elyanna Caldas, que, quando criança, foi aluna de Waldemar. Na ocasião, ela apresenta recital e ainda divide a programação da noite com o pesquisador  Cláudio Galvão, do Rio Grande do Norte, que faz palestra sobre o homenageado, tendo como gancho a biografia que está escrevendo sobre o pianista.Músicas como Acalanto e Modinha (Divertimento nº 4), Dança dos Índios, Minueto e Realejo (Paysagens de leque nº 8), e Noturno, todas de autoria de Waldemar, também estão na programação.

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A trajetória de Waldemar de Almeida, que nasceu e ensinou no Rio Grande do Norte, culminou num legado significativo para a música. O compositor criou belas miniaturas para piano, como as Paisagens de Leques, as Natalezas (que inclui a Dança de Índios) e os Divertimentos. No seu catálogo há também obras de câmera, para canto e música sacra. Estudou em Berlim, onde recebeu apoio de brasileiros como Walter Burle Marx e Iberê de Lemos, que também estudavam lá. O livro Normas pianísticas, onde delineia sua visão do ensino da música como experiência transformadora, foi outro legado deixado para os estudiosos da boa música.

Serviço

Tributo ao pianista Waldemar de Almeida

Quarta-feira (31), 19h30

Auditório Cussy de Almeida - sede do Conservatório Pernambucano de Música (Av. João de Barros, 594, Santo Amaro)

Gratuito

Informações: (81) 3183 3414

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