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Um imigrante, solicitante de asilo na Itália, foi agredido e espancado por dois jovens de 17 anos em Acqui Terme, município de Piemonte. Além das agressões, a dupla ainda publicou um vídeo do crime no Facebook.

Levado ao hospital, o imigrante foi diagnosticado com traumatismo craniano. De acordo com a polícia, a agressão ocorreu no último dia 8 de agosto, mas, somente ontem (30), as autoridades descobriram um vídeo que circulava nas redes sociais.

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O crime ocorreu no Palazzo Levi, enquanto o imigrante observava obras arqueológicas romanas. Os dois jovens se aproximaram e começaram a ofender verbalmente a vítima, até iniciarem uma briga.

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Uma escola de uma cidade da Itália decidiu realizar um experimento para testar a humanidade e a fraternidade dos seus alunos em relação aos seus colegas estrangeiros que emocionou todo o país. Nesta segunda-feira, dia 6, uma falsa circular foi lida aos estudantes do ensino fundamental II do colégio Pertini de Vercelli, no Piemonte, na qual afirmava "que a partir de hoje, os alunos com um ou ambos pais estrangeiros, continuarão as aulas em uma sala separada".

O comunicado também dizia que esses estudantes especificamente deveriam fazer duas provas a mais que o resto dos colegas para provarem que têm domínio da língua e da cultura italiana. Indignados com a notícia, em pouco tempo, os alunos começaram a se organizar, propondo descer para o pátio da escola para realizar uma greve contra a medida, perguntar a estudantes de outros colégios da região se o mesmo também estava acontecendo com eles e até escrever e enviar uma carta ao Ministério da Educação condenando a exigência.

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A ideia do experimento foi tomada pelas professoras Patrizia Pomati e Carolina Vergerio do instituto para sensibilizar os estudantes e lembrá-los do Dia da Memória, que acontece em 27 de janeiro, e do Dia Europeu dos Justos, que é celebrado todos os anos no dia 6 de março.

Para evitar um pânico e mal-estar desnecessários e cruéis, os alunos estrangeiros, ou cujos pais não nasceram na Itália, foram avisados do experimento com antecedência e apenas fingiram estar surpresos com a circular nesta segunda. "O experimento deu super certo. Nós esperávamos obviamente uma reação, mas não do nível da que aconteceu. Talvez se houvesse uma reação assim forte lá fora as coisas mudariam completamente", disse a diretora do instituto, Ferdinanda Chiarello.

Após o fim da iniciativa, aplaudida por uns e criticada por outros, os alunos, estrangeiros ou não, escreveram quais foram as emoções que tiveram ao saber da circular ou a ver a reação dos colegas sobre isso. "Eu me senti uma porcaria porque não acredito que sou superior aos meus colegas", disse um dos estudantes.

O prefeito de uma pequena cidade no Piemonte, no norte da Itália, propôs a implementação de ônibus especiais para os ciganos, uma iniciativa que provocou fortes críticas neste sábado de opositores que a compararam à segregação racial em vigor na época do apartheid na África do Sul.

Claudio Gambino, prefeito do Partido Democrático (PD - centro-esquerda) de Borgaro Torinese, anunciou esta semana querer ônibus separados para os ciganos, porque os 600 ciganos que vivem em um acampamento nos arredores da cidade "nos incomodam há mais de 20 anos".

"Precisamos de dois ônibus para garantir a segurança dos nossos cidadãos. Um para os cidadãos e um para os ciganos", disse o prefeito, citado na sexta-feira pelos meios de comunicação italianos, explicando que roubos e pequenos crimes acontecem frequentemente nos ônibus em sua cidade.

O vereador Luigi Spinelli, do Partido de Esquerda, Ecologia e Liberdade (SEL) apoiou esta iniciativa, provocando a desaprovação de seu líder, Nichi Vendola, que disse ao jornal La Stampa que "conceder direitos diferentes às pessoas é chamado de apartheid".

Vendola pediu que o prefeito da cidade de pouco mais de 10.000 habitantes reconsidere sua decisão.

Uma responsável pelos Direitos Humanos no PD, Micaela Campana, indicou que o partido tinha avisado a Gambino "que a marginalização nunca é uma solução" e que "responder à violência pela exclusão não vai ajudar em nada."

No entanto, a proposta do prefeito foi recebida favoravelmente pela Liga do Norte, partido anti-imigração, cujo deputado Roberto Calderoli dirigiu seus "elogios" ao prefeito da comuna.

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