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A polícia antidistúrbios da ilha grega de Lesbos usou gás lacrimogêneo contra os migrantes que lançavam pedras contra os agentes durante uma manifestação para exigir um local de proteção após os incêndios que devastaram o gigantesco campo de Moria, onde estavam precariamente refugiados.

Centenas de demandantes de asilo protestaram depois que passaram a quarta noite consecutiva a céu aberto. Os esforços para encontrar um novo refúgio demoram e a tensão aumenta em Lesbos.

As autoridades da ilha, que se negam a construir um novo campo, desejam transferir os migrantes para barracas de campanha que começaram a ser instaladas na sexta-feira em uma zona próxima do porto. Mais de 11.000 pessoas, incluindo muitas crianças, não têm um local de abrigo.

"As famílias serão prioritárias, com barracas para seis pessoas. O projeto de realojamento começa hoje, sábado", declarou à AFP o porta-voz do ministério da Imigração, Alexandros Ragavas.

A polícia grega anunciou nesta sexta-feira (27) que desmantelou, com o apoio da Europol, duas redes de atravessadores que, a partir de Atenas, realizavam o transporte de migrantes na UE, enquanto 65 refugiados e migrantes provenientes da Turquia foram interceptados perto de Creta.

Após uma investigação de vários meses no âmbito do programa europeu Empact de luta contra o crime organizado internacional, 16 cidadãos estrangeiros residentes em Atenas foram detidos na quarta-feira (25), incluindo os líderes da quadrilha, um bengalês e um sírio.

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A polícia portuária também informou a interceptação durante a madrugada, ao largo da costa sudeste da ilha de Creta, de uma embarcação conduzida por dois supostos atravessadores, um ucraniano e um egípcio, que transportava 65 sírios, afegãos e paquistaneses, acolhidos temporariamente no porto cretense de Sitia.

Dezessete crianças, a mais nova com nove meses de vida, e duas mulheres grávidas estavam entre os passageiros, que afirmaram ter partido da costa turca.

Em Atenas, uma investigação foi aberta contra os suspeitos detidos - oito bengaleses, seis sudaneses, um paquistanês e um sírio - por pertencerem a uma organização criminosa, tráfico de migrantes, falsificação e uso de documentos falsos.

Quarenta e oito outras pessoas residentes na Grécia, todas estrangeiras, e 51 supostos cúmplices residentes em vários outros países são procurados.

 

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