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Não é novidade que a família Meneghel é cercada de antigas lendas, né? Mas Sasha Menegehel decidiu colocar ponto em uma delas. Desde que nasceu, a filha de Xuxa e Luciano Szafir é atormentada pelo rumor de que não teria ânus.

Sendo assim, durante entrevista ao podcast PodDelas, ela disparou: "Vamos esclarecer isso aqui de uma vez por todas: a galera cisma que eu não tenho c*. O que eles acham que eu faço? Existe uma doença, primeira vez que eu vi, questionei o que é isso, fui pesquisar. Se chama anomalia anorretal. E aí tem esse boato que falam que eu tive isso".

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E continuou: "E aí eu perguntei para a minha mãe e não é verdade: Mãe, você está me escondendo alguma coisa e o povo sabe de algo que eu não sei? Porque na minha cabeça eu sempre tive um c*', e ela falou: Não, está tudo certo".

E as revelações não pararam por aí. Sasha ainda entregou que desenvolveu bulimia durante a pré-adolescência por conta de comentários que recebia na web.

"Teve uma época da minha vida, eu tinha uns 12 para 13 anos [de idade], quando comecei a usar a internet, e pesquisava Sasha, para ver o que estavam falando de mim. Eu vi uns comentários que me marcaram, eu sempre tive muita bochecha, tenho o rosto quadrado, então, um comentário que ficou muito na minha cabeça foi quando me chamaram de rosto de Trakinas [a bolacha].Nessa idade, eu desenvolvi bulimia e nunca falei isso para ninguém. Porque eu não soube, de fato, lidar. [...] Eu citei esse comentário, mas eram vários. Eu escolhi focar no negativo por muitos anos da minha vida", contou.

"Eu demorei muito pra entender isso [bulimia], a minha bulimia não durou muito tempo. Acho que eu nem sabia o que eu estava fazendo, era muito nova, nem sabia o que era bulimia. Foi muito um papo com a minha mãe, com as pessoas que eu amo. Recebi um acolhimento muito grande. Foi realmente ter uma rede de apoio grande, de pessoas que me explicaram. [...] Foi por isso também que eu fugia muito da fama, eu não sabia olhar só para o positivo, e acho que por isso eu tive esses distúrbios", emendou.

Ao pôr em liberdade, neste sábado, 19, Marcelo Traça Gonçalves, preso desde julho na Operação Ponto Final, braço da Lava Jato no Rio, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes afirmou que ‘juízes não podem ceder à pressão do grupo de trêfegos e barulhentos procuradores nem se curvar ao clamor popular’.

"A liberdade é a regra no processo penal; a prisão, no curso do processo, justifica-se em casos excepcionais, devidamente fundamentados, e a via do habeas corpus é o instrumento precípuo desta tutela: a proteção da liberdade". A Procuradoria da República no Rio de Janeiro pediu a suspeição após a soltura de Jacob Barata Filho, preso preventivamente em 2 de julho.

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Os procuradores se apegam ao fato de Gilmar ter sido padrinho de casamento da filha de Barata Filho, Beatriz, em julho de 2013. E que sua mulher, Guiomar Mendes, trabalha num escritório de advocacia que defende investigados da Lava Jato, o escritório Sergio Bermudes.

Ao mandar soltar o empresário Marcelo Traça Gonçalves, Gilmar afirma que a prisão preventiva ‘continua a ser encarada como única medida eficaz de resguardar o processo penal’. "Mas esse abuso não pode mais ser admitido! Como dizia Rui Barbosa, ‘o bom ladrão salvou-se, mas não há salvação para o juiz covarde’".

"É preciso que o Judiciário assuma, com responsabilidade, o papel de órgão de controle dos pedidos do Ministério Público, em vez de se transformar em mero homologador dos requerimentos que lhe são encaminhados", afirmou.

Gilmar ainda defende que ‘alguns tribunais precisam, urgentemente, resgatar a dignidade perdida, sob pena de não merecerem o próprio nome’.

"Passam a ser departamentos da Polícia ou do Ministério Público. Envergonha, enfim, ver juízes extremamente acuados no seu dever de aplicação da legislação processual penal e da própria Constituição (especialmente do art. 5º, LXVI)", sustentou.

O empresário Jacob Barata Filho e o ex-presidente da Fetranspor Lélis Teixeira deixaram na manhã deste sábado, 19, o presídio de Benfica.

Gilmar Mendes ainda estendeu o benefício dado ao ‘rei do ônibus’ a Cláudio Sá Garcia de Freitas, Enéas da Silva Bueno e Octacílio de Almeida Monteiro, presos preventivamente.

A Ponto Final mira as relações escusas entre autoridades e o setor de transporte rodoviário. A investigação mira propina de ao menos R$ 260 milhões.

A passagem de Milton Mendes pelo Arruda parece ter tido um fim. De acordo com informações publicadas pelo Diario de Pernambuco, o técnico coral que conquistou os títulos da Copa do Nordeste e do Campeonato Pernambucano não resistiu ao péssimo primeiro turno da equipe tricolor na Série A, chegando, inclusive, a afirmar na última entrevista que o ano na primeira divisão seria de sofrimento. A reportagem do LeiaJá tentou entrar em contato com o presidente Alírio Morais, a diretoria de futebol e a assessoria de imprensa do clube, mas não obteve nenhum retorno das partes.

Milton teve um início avassalador no Santa logo quando chegou, recuperando a equipe que não vinha bem sob o comando de Marcelo Martelotte e conduzindo-a a dois títulos. Foram 18 jogos sem derrotas na sua sequência inicial. Porém após a derrota para o Sport, na 5ª rodada do Brasileiro fizeram os números do técnico caírem. Ao todo ele deve deixar o Santa Cruz com 12 vitórias, nove empates e 11 derrotas. Um total de 46,87% de aproveitamento.

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Parece história repetida, mas não é. O Sport, novamente, teve a confirmação de que o título do Campeonato Brasileiro de 1987 é somente seu. Nesta sexta-feira (4), um despacho do Ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), inadmitiu um recurso apresentado pelo Flamengo, que queria ser reconhecido como o vencedor daquele ano.

O time carioca apresentou um recurso ao STF, em que reivindicava o título. Porém, com a negativa do Supremo, o clube pernambucano comemora, mais uma vez, a reafirmação do Leão como único e legítimo campeão brasileiro de 1987. 

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O Flamengo apresentou um recurso que foi um um “agravo de instrumento”, nos autos de um “recurso extraordinário”. Entretanto, o Ministro Marco Aurélio, ao analisar a situação, entendeu que se tratava de um recurso extraordinário e por isso o considerou inadmitivo. Com a decisão do STF, a discussão está encerrada em definitivo, vetando possibilidade de novas tentativas do Flamengo.

 

Cinco vereadores suplentes de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, tomam posse nesta segunda-feira (19). Os parlamentares assumem o mandato após o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) afastar, no último dia 15, afastando os dez vereadores envolvidos com a Operação Ponto Final I e II. A posse será realizada às 16h, na sede da Câmara da cidade. 

Passam a assumir os mandatos, os vereadores Jaelcio Tenório (PRB), Rosimery da Apodec (DEM), Antônio Carlos (DEM), Carlinhos da Ceaca (PPS) e Alecrim (PSD).  Eles se somam a outros cinco suplentes que já estão em exercício: Carlos Santos (PRB), Rodrigues da  Ceaca (PRTB), Tenente Tiburcio (PMN), Duda do Vassoural (DEM) e Nino do Rap (DEM), já que a outra metade dos envolvidos com as irregularidades investigadas pela Polícia Federal já estão afastados desde o ano passado. 

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Com a convocação dos suplentes, o gasto da Câmara de Caruaru quase dobra. A Casa passará a pagar o salário de 33 vereadores, dez além do normal, já que a notificação do TJPE determina apesa o afastamento e não a cassação dos mandatos. Os vereadores envolvidos com a Ponto Final são: Sivaldo Oliveira (PP), Cecílio Pedro (PTB), Eduardo Cantarelli (SDD), Louro do Juá (SDD) e Jajá (sem partido), Jadiel Nascimento (PROS), Neto (PMN), Evandro Silva (PMDB), Val Lima (DEM) e Val das Rendeiras (PROS).

Nesta terça-feira (22), sete testemunhas de acusação referentes ao processo judicial da Operação Ponto Final foram ouvidos em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Vereadores e ex-secretários foram chamados para contar a sua versão sobre as investigações que levaram dez vereadores à prisão por formação de quadrilha e concussão.

Entretanto, apenas os parlamentares Rozael do Divinópolis (PROS) e Ricardo Liberato (PSC), foram ouvidos pela Justiça. Estavam previstas as ouvidas dos ex-secretários municipais Carlos Veras, da Fazenda, e Davi Cardoso, Executivo de Relações Institucionais, além dos edis Gilberto de Dora (PSB), Ranilson Enfermeiro (PTB) e Edjailson da Caruforró (PT do B), todos dispensados pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

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As ouvidas continuam nesta quarta-feira (23), com seis testemunhas de acusação. Em seguida a defesa chamará as suas testemunhas e por ultimo serão ouvidos os vereadores investigados.

Na manhã desta segunda-feira (12), a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Caruaru, no Agreste pernambucano, ouviu o último dos dez vereadores investigados pela Operação Ponto Final, da Polícia Civil.

O vereador Eduardo Cantarelli (SDD) prestou esclarecimentos por quase uma hora, no Salão Nobre Vereador Leonardo Chaves. Ao sair da oitiva o vereador disse que estava tranqüilo e que estava contribuindo para que o assunto fosse devidamente esclarecido. A partir de hoje os parlamentares ainda têm um prazo de cinco dias para apresentar alegações ou recorrer das decisões.

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A partir de agora a Comissão de Ética focará na confecção do relatório das atividades que será encaminhado para o presidente da Casa Jornalista José Carlos Florêncio, vereador Leonardo Chaves, que apresentará ao plenário, onde acontecerá a votação sobre punição ou não dos vereadores investigados.

O presidente estadual do Partido da Solidariedade, deputado federal Augusto Coutinho, encaminhou para o Conselho de Ética da nacional do partido, um pedido de investigação de dois membros da legenda em Pernambuco.

Os vereadores Eduardo Cantarelli e Lourinaldo Florêncio de Moraes, conhecido como Louro de Juá, aparecem em um suposto esquema de corrupção no legislativo de Caruaru, onde os vereadores são acusados de cobrar propina do Poder Executivo para a aprovação de projetos. Eles estão sendo investigados pela Operação Ponto Final I e II, da Polícia Civil. 

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No ofício enviado ao presidente nacional, Paulinho Pereira da Silva, Coutinho diz que o assunto é "relativo à conduta política dos filiados", razão pela qual encaminhou o pedido de investigação  à Comissão de Ética Partidária, "visando à necessária análise e, se for o caso, a aplicação de sanções previstas no estatuto desta agremiação", avisa Coutinho. 

Nesta sexta-feira (31), o vereador Louro do Juá (SDD), falou sobre os áudios divulgados pela Operação Operacao Ponto Final 2, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, que mostra conversas com os parlamentares Eduardo Cantarelli (SDD) e Jaja (sem partido), sobre dinheiro.

No trecho exibido o vereador fala para Cantarelli que o dinheiro não sairá e que eles vão "comer papel no Natal". Louro explicou que, com a expressão quis dizer que havia "muitos projetos de leis para serem votados e que tinha que limpar a pauta por causa do recesso", esclareceu.

Sobre o dinheiro o parlamentar explicou que referia-se a solicitação de pagamentos retroativos referente ao aumento votado na legislatura anterior. Os 23 vereadores fizeram um questionamento ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para saber se poderiam receber legalmente o benefício.

Nesta sexta-feira (31), o vereador Louro do Juá (SDD), falou sobre os áudios divulgados pela Operação Ponto Final 2, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, que mostra conversas com os parlamentares Eduardo Cantarelli (SDD) e Jaja (sem partido), sobre dinheiro.

No trecho exibido o vereador fala para Cantarelli que o dinheiro não sairá e que eles vão "comer papel no Natal". Louro explicou que, com a expressão quis dizer que havia "muitos projetos de leis para serem votados e que tinha que limpar a pauta por causa do recesso".

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Sobre o dinheiro, o parlamentar explicou que referia-se a solicitação de pagamentos retroativos referente ao aumento votado na legislatura anterior. Os 23 vereadores fizeram um questionamento ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para saberem se poderiam receber legalmente o benefício.

O Portal LeiaJá teve acesso a representação pela prisão preventiva de vereadores de Caruaru, nesta sexta-feira (10), e o motivo pelo qual o parlamentar José Evandro Francisco da Silva (PMDB) voltou a prisão nessa quinta (9). No documento, que faz parte da “Operação Ponto Final” da Polícia Civil, é exposto à necessidade da manutenção da ordem pública porque os crimes indiciados da investigação chegam ao montante de 56 anos de prisão.

A apresentação pela prisão preventiva datada de 27 de dezembro de 2013 e assinada pelo delegado à frente do caso, Erick da Silva Lessa, cita os dez vereadores envolvidos na operação da Polícia Civil, mas até agora apenas dois tiveram o pedido acatado pelo Juiz Pierre Souto Maior e um deles já foi preso: José Evandro Francisco da Silva (PMDB), enquanto Averaldo Ramos da Silva Neto (PMN) está foragido. 

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No documento é informado que apesar de saber da interceptação da polícia nas ligações telefônicas, Evandro Silva tem um diálogo com um homem não identificado com conotação de ameaça às testemunhas Marcos Casé e até ao prefeito José Queiroz (PDT) e os chamam de bandidos como comprova as fotos do documento (na galeria do LeiaJá).  A conversa do vereador afastado ocorreu no último dia 26 de dezembro.

Conheça o caso – Dez vereadores de Caruaru estão sendo investigados por cobrar propina no valor de R$ 2 milhões a empresários e a Prefeitura de Caruaru em troca da aprovação de projeto enviado pelo Poder Executivo. Os parlamentares foram presos no dia 18 de dezembro, mas posteriormente foram soltos, sendo que dois deles tiveram a prisão preventiva decretada novamente nessa quinta (9): Evandro Silva (PMDB) e Averaldo Neto (PMN), este último está foragido. 

*Com informações de Monicky Araújo

Trechos de conversas dos vereadores de Caruaru, Agreste do Estado, envolvidos na “Operação Ponto Final”, foram divulgadas nessa quinta-feira (9), pela TV Asa Branca, afiliada da Rede Globo. Na reportagem foram transcritos diálogos sobre a possibilidade de aprovação de um projeto do Poder Executivo que resultou na prisão preventiva de dez parlamentares.

Na veiculação da TV Asa Branca, as conversas foram transcritas na íntegra, inclusive, com os erros de português cometidos. Um vídeo mostra os políticos Eduardo Cantarelli (SDD) e Jajá (PPS) tratando sobre valores, que variam de R$ 150 mil a R$ 250 mil. Na conversa, o representante da prefeitura diz que o prefeito descartou a negociação.

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Confira a divulgação dos trechos exibidos:

Eduardo Cantarelli: Veja, não foi isso que eu falei pra você, ontem?

Representante da Prefeitura de Caruaru: 250? [R$250 mil]

Eduardo Cantarelli: Não foi isso?

Representante da Prefeitura de Caruaru: Foi.

Eduardo Cantarelli: Você leva pra ele… Se ele a chegar a isso… Ou a isso aqui. A gente vê…

Representante da Prefeitura de Caruaru: 250 [R$ 250 mil], pode ser 200, 150.

Jaja: Veja bem… ‘Bora’ ver? [Corte]

Jaja: E aí? Já resolveu?

Representante da Prefeitura de Caruaru: Não. É o que eu já disse a Eduardo. O prefeito descartou. Ele disse ‘Não vou fazer isso não’. Então…

Jaja: Nada.

Representante da Prefeitura de Caruaru: É.

Trecho Transcrito do vídeo 2:

Neto: Se reunimos ontem e tá firmado os oito? Se for pra ir pro presídio, vai os oito, se for pra ir pro céu vai os oito, ninguém abre mão. A gente tivemos uma reunião ontem e fizemos uma votação. Que tem organização. A gente já dividiu que tá organizado. Se amanhã… Hoje a gente pegar o projeto… Se for pra segunda votação e se pedirem à gente pra aprovar, a gente vai botar a cara à tapa. Tem que ter uma emenda e é dobrado. A gente já disse: ‘A gente vai inflacionar pra poder decidir hoje’.

Val: E numa questão de entendimento, a gente pode até acatar… Mas se tiver entre a gente um desacordo…

Neto: A gente se reuniu ontem, como eu disse a você, pra votar contra. Val, Louro, Evandro… E também tem o seguinte… Se o prefeito quiser por unanimidade, a gente aprova por unanimidade. Agora, só que vai dar na cara que teve o dinheiro, e você não quer demonstrar isso pra sua base. Quer?

Louro do Juá: O pensamento nosso foi esse. Nesse valor. Agora, se por acaso não quiserem a gente derrotar… Que a gente derrota! Se derrotar e depois vir arrependido, chamar a gente… A gente só vem em dobro. Tem que ter uma mudança no projeto, pra gente se pegar.

Trecho Transcrito vídeo 3:

Não identificado: Alô, Jadiel? Jadiel?

Jadiel Nascimento: Diz, homem.

Não identificado: E aí, alguém ligou pra você?

Jadiel Nascimento: Não. Até agora não. E pra tu? Eu me encontrei com Val das Rendeiras, agora. E ele, o prefeito, parece que não tem interesse de conversar com ninguém. Ele disse: ‘Ó… O homem até agora não conversou com ninguém. Amanhã já entra o projeto e até agora não conversou. Então, amanhã, ele não ache ruim o resultado’. Aí ele [Val das Rendeiras] disse: ‘Só dá certo se for o grupo todo junto. Porque se for conversar um por um…’ Eu mesmo não vou garantir o voto não.

Após a prisão dos dez vereadores, em Caruaru, o chefe do Executivo municipal, José Queiroz (PDT), decidiu retirar os projetos que havia encaminhado para a Câmara. A posse dos vereadores suplentes foi nesta quinta-feira (19) e a medida tomada pelo governo visa dar "melhores condições de tempo para a devida avaliação" das propostas, sem que volte a ocorrer chantagens.

Os projetos retirados dispõem sobre a reestruturação do Conselho Tutelar do município e sobre o perímetro escolar nos estabelecimentos de ensino localizados no município.  A Polícia Civil realizou a operação Ponto Final na última quarta (18), os presos são acusados de cobrar propina do Executivo Municipal e de empresários, em troca da aprovação de Projetos de Lei, na Câmara de Vereadores. A Prefeitura também emitiu uma nota sobre o assunto, onde afirma que não aceitou nenhuma das propostas dos parlamentares, contribuiu para as investigações e que confia na Polícia Civil.

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Confira o texto na íntegra:

Considerando os recentes acontecimentos que tanto chocaram a opinião pública da cidade, o Governo Municipal vem a público esclarecer sua posição a respeito da cena política local, tendo em vista as responsabilidades do Poder Executivo para com o povo de Caruaru.

1. A entrevista coletiva do delegado da Polícia Civil, Erich Lessa, no Recife, na manhã desta quinta, (19), deixou claro que a Prefeitura não aceitou, hora nenhuma, as pressões de vereadores para negociar vantagens em troca da aprovação de projetos encaminhados pelo Executivo;

2. Conforme a mesma autoridade, a Prefeitura colaborou com as investigações e continuará a colaborar com a Justiça, com o Ministério Público e com a Polícia, sempre no interesse de combater a corrupção e as práticas não republicanas na política.

3. Vale destacar, ainda, que a Polícia Civil vem investigando as condutas suspeitas de parlamentares municipais há mais de seis meses, a partir de denúncias e declarações amplamente divulgadas na imprensa local.

4.  Por último, a Prefeitura de Caruaru afirma sua confiança no trabalho da Polícia Civil e  da Justiça, reservando-se o direito de só se pronunciar sobre o assunto após o encerramento de todos os procedimentos legais cabíveis.

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A Polícia Civil de Pernambuco detalhou, na manhã desta quinta-feira (19), no Recife, a “Operação Ponto Final” que resultou na prisão de dez vereadores de Caruaru, Agreste do Estado. Os parlamentares presos nessa quarta-feira (18) cobravam propina do Executivo Municipal e de empresários, em troca da aprovação de Projetos de Lei, na Câmara de Vereadores. Durante coletiva, também foi levantada a possibilidade de envolvimento de outras pessoas no esquema. 

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Segundo o chefe geral da Polícia Civil em Pernambuco, Osvaldo Morais, as investigações foram iniciadas há seis meses por meio de informações recebidas de pessoas não identificadas. “Através de denúncias anônimas que nos chegaram aqui, nós passamos a fazer um procedimento preliminar e chegamos às informações que as elas procediam”, confirmou frisando que as investigações não irão parar por aí. 

À frente da investigação da “Operação Ponto Final”, o delegado e gerente de Controle Operacional do Interior I, Erick Lessa, informou que havia informações do esquema desde o mês de junho de 2013. “O foco da investigação existiu a partir de um Projeto de Lei encaminhado pelo Executivo a Câmara Municipal de Caruaru, solicitando a aprovação de um pedido de empréstimo a Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 250 milhões”, disse, referindo-se ao projeto de BRT para a mobilidade Urbana na cidade. 

O delegado informou que os parlamentares utilizavam o esquema de solicitação de dinheiro para outros projetos e também solicitavam propinas as empresas vencedoras das licitações. “Nós temos informações de que haveria possíveis solicitações tanto ao Executivo Municipal, quanto a empresários da cidade, pelos próprios vereadores de só aprovar ou reprovar projetos, se tivesse barganha financeira”, acrescentou.  

De acordo com a Polícia Civil, todos os dez mandados de prisão preventiva foram realizados nessa quarta (18) em Caruaru, porém, outros três vereadores (Severino Porfírio, Ranílson dos Santos e Gilberto Silva) e o secretário municipal, Davi Queiroz, foram conduzidos coercivamente para prestar depoimentos. 

Ainda segundo Lessa, os valores exigidos chegavam a R$ 2 milhões, mas apesar da solicitação ou exigência de propina, o executivo não atendeu as exigências. “Os valores chegavam a R$ 2 milhões para serem divididos entre todos os vereadores, mas a Prefeitura de Caruaru não aceitou isso”, afirmou, detalhando a participação dos vereadores. “Seis vereadores da oposição e cinco da situação solicitavam de forma criminosa, valores para aprovação de projetos”, explicou. 

Conheça os vereadores – Até agora, a Polícia Civil divulgou dez nomes envolvidos com o caso, mas outro parlamentar que não teve o nome relevado, também está em investigação, além de empresários locais. Conheça os vereadores: 

José Evandro Francisco da Silva (DEM) – “Evandro Silva” – Além do Mandato de Prisão Preventiva foi autuado em fragrante por posse ilegal de arma de fogo. Na sua propriedade, foram encontradas duas espingardas sendo calibre 36 e outra 32 e um revólver calibre 38;

Aníbal Eduardo de Miranda Barros Cantarelli (PSDB) – Conhecido como Eduardo Cantarelli;

Erivaldo Soares Florêncio (PROS) – Chamado de Val das Rendeiras;

Jadiel José do Nascimento (PROS) – Popularmente conhecido como pastor Jadiel;

Jaílson Soares de Oliveira (PPS) - "Jajá"

Lorinaldo Florêncio de Morais (Solidariedade) – Conhecido como “Louro de Juá”;

Averaldo Ramos da Silva (PMN) - Chamado de Neto;

Joseval Lima Bezerra (DEM) – Val de Cachoeira Seca – Além do Mandato de Prisão Preventiva foi autuado em fragrante por posse ilegal de armas de fogo (um revólver calibre 38, uma espingarda calibre 32, um rifle calibre 38, e uma espingarda calibre 12);

José Givaldo Francisco de Oliveira (PP) – Sivaldo Oliveira;

Cecílio Pedro da Silva (PTB) - Além do Mandato de Prisão Preventiva também foi autuado em fragrante por posse ilegal de armas de fogo – um revólver calibre 38.

Crimes – Os parlamentares são suspeitos de envolvimento com corrupção passiva – por solicitar dinheiro; concussão – por exigir vantagem indevida e organização criminosa por se dividirem entre líderes e organizadores. 

Estatísticas – A “Operação Ponto Final” segue em segredo de justiça e deverá ser concluída em dez dias com possibilidade dos vereadores ficarem inelegíveis. Segundo a Polícia Civil foram aprendidos durante a operação oito armas, 167 munições e cumprido 13 Mandatos de Busca e Apreensão Domiciliar, além dos dez de Prisão Preventiva. Também foram recolhidos R$ 50.625,50 e 55 euros (em dinheiro) e R$ 165.137,50 (em cheque). Os valores ainda serão analisados se provém de forma lícita ou ilícita.  

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