Tópicos | Pouco mais de um mês

Com pouco mais de um mês para finalizar o prazo de existência, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga as irregularidades nos contratos entre a Petrobras e empreiteiras como a Odebrecht vai aproveitar os próximos dias para buscar ouvir envolvidos no caso que estejam dispostos a contribuir com o colegiado. De acordo com o vice-presidente, deputado federal Kaio Maniçoba (PHS), a intenção é aproveitar ao máximo o período de oitivas que ainda resta antes da construção do relatório final.  

“Vamos fazer mais algumas acareações importantes, alguns requerimentos foram colocados em votação. Vamos buscar agora quem já fez delação premiada ou quem esteja realmente disposto a falar, mas infelizmente é [o direito de ficar calado] uma coisa que acontece e a gente não pode prever. O habeas corpus muitas vezes chega na hora, como aconteceu na semana passada em Curitiba”, observou em conversa com o Portal LeiaJá. 

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Indagado sobre quais os nomes importantes no escândalo que estavam em discussão para o convite, o parlamentar não deu detalhes. “Quem está de fora acha que não queremos investigar A ou B, mas o que a gente não pode é pegar o dedo e ficar apontando”, disse. “Não temos nada de concreto sobre a presidente ou o ex-presidente. De que eles tenham se envolvido diretamente com os escândalos”, acrescentou, negando a possibilidade de a CPI convocar a presidente Dilma Rousseff ou o ex-presidente Lula.  

Os trabalhos do grupo se encerram em outubro e, segundo Maniçoba, o prazo da CPI não deve ser mais esticado. “Vamos acabar no prazo normal. Um pouco antes vamos sentar e construir o relatório. A CPI teve algumas divisões importantes para que construíssemos um relatório com muitas mãos. É uma CPI importante que envolveu o maior escândalo do Brasil em números financeiros e no mal que se causou. Temos por obrigação dar uma resposta à sociedade”, argumentou.

Os curtas brasileiros Pátio e Pouco mais de um mês marcaram presença em mostras paralelas do Festival de Cannes, concorrendo com outras oito produções. Pátio, de Ali Muritiba, retrata o cotidiano de presos que jogam futebol, dançam capoeira e falam sobre liberdade. A filmagem é feita de trás das grades do presídio. A produção compete com outras oito na Semana da Crítica do festival.

O Brasil também está representado na Quinzena dos Realizadores, com Pouco mais de um mês, de André Novais Oliveira, que explora jogos de luz para contar a história de um casal que se conheceu recentemente, na vida real e na ficção. O cineasta prepara seu primeiro longa, Ela volta na quinta.

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Apesar de não haver nenhum representante da América Latina entre os nove curtas que disputam a Palma de Ouro neste domingo, o Festival de Cannes exibiu criações de vários autores latinos em várias seções. Além do Brasil, há filmes de Colômbia, Chile e Argentina. Em alguns casos, são prévias de projetos cinematográficos mais ambiciosos.

Além dos filmes que passaram pelas seleções oficial e paralela, há em Cannes o Short Film Corner, um fórum de discussões e contatos em estão inscritos centenas de curtas-metragens do mundo inteiro.

A Quinzena dos Realizadores, mostra paralela à programação oficial do Festival de Cannes, vai apresentar na Croisette 21 filmes de 16 a 26 de maio, com uma forte presença da comédia francesa, mas também uma pitada de suspense e terror. O Brasil estará representado por André Novais Oliveira, com o seu curta-metragem Pouco mais de um mês, uma produção de 22 minutos que mistura ficção e realidade.

As atrizes Robin Wright, Isabelle Huppert, Sandrine Kimberlain, e os atores Harvey Keitel, François Damiens, Guillaume Gallienne e Samy Naceri, de volta a Cannes, estão presentes nos créditos do evento, bem como Yolande Moreau, que irá apresentar o seu mais recente filme como diretora, Henri. Esta mostra, criada pela Sociedade de Cineastas após maio de 1968, não é competitiva. O objetivo é apresentar filmes de jovens diretores e saudar as obras de cineastas reconhecidos.

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A seleção, anunciada terça-feira pelo seu diretor-geral Edouard Waintrop, inclui dezessete filmes em primeira exibição e três documentários, entre eles a autobiografia Um viajante assinada por Marcel Ophuls (85 anos) e seu filho Max Ophuls. O cineasta franco-chileno Alejandro Jodorowsky (84 anos), cujo mais recente filme La danza de la realidad apresenta um retorno à cena de sua infância, será homenageado. Jodo também estará presente em um documentário de Franck Pavich.

A Quinzena, que costuma revelar grandes talentos (Werner Herzog, Nagisa Oshima, George Lucas, Martin Scorsese, Jim Jarmusch e Michael Haneke), estreará com O Congresso do diretor israelense Ari Folman.

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