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O papa Francisco retomou, nesta quarta-feira (20), sua audiência semanal na Praça de São Pedro, pela primeira vez desde o início da pandemia de coronavírus no início de 2020, diante de milhares de peregrinos de todo mundo.

Pouco antes das 9h locais (4h em Brasília), o "Papamóvel", escoltado por seus seguranças, percorreu a praça.

"Viva o Papa!", gritou a multidão ao ver o pontífice, em meio a um mar de celulares e bandeiras. Centenas de pessoas se aglomeram ao redor das barreiras para saudá-lo.

"Embora sejamos ortodoxos, para nós, era importante vir. Deus é o mesmo para todos", disse Dan Stella, originário da Romênia, à AFP.

Todas as quartas-feiras, durante a audiência geral, o papa lê um trecho da Bíblia e um comentário em italiano, traduzido para vários idiomas.

Desde fevereiro de 2020, devido à crise sanitária, este encontro semanal deixou de acontecer na famosa praça de Roma.

Os fiéis presentes expressaram sua alegria com o retorno desta "tradição". Muitos guardam na lembrança a imagem do papa andando sozinho na praça deserta da basílica no final de março de 2020, então auge da pandemia.

O papa, de 85 anos, abençoou os fiéis com um sorriso, mas parecia continuar a sofrer de dores no joelho.

Um sem-teto foi encontrado morto na manhã desta quarta-feira (20) na Praça São Pedro, no Vaticano. Carlo Santoro, voluntário da Comunidade de Santo Egídio, disse à ANSA que o indivíduo se chamava Edwin. Além disso, afirmou que ele é o 10º sem-teto a morrer em Roma nos últimos três meses.

"Seu nome era Edwin, era muito reservado. Estamos muito tristes com o que aconteceu. Ele é o décimo que morre em Roma nestas circunstâncias desde novembro", comentou Santoro.

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Edwin tinha 46 anos de idade e era afrodescendente. A suspeita é que ele ficava na região e morreu de hipotermia ou de alguma doença relacionada ao seu estado.

As autoridades sanitárias do Vaticano também iniciaram hoje (20) a vacinação anti-Covid de moradores de rua que frequentam as estruturas de acolhimento do país.

O papa Francisco se irritou com uma peregrina que o puxou durante encontro com fiéis que se reuniam na Praça São Pedro, no Vaticano, na noite desta terça-feira (31). Após visitar o presépio montado no centro da praça, o líder da Igreja Católica caminhou para cumprimentar as pessoas e deu atenção especial às crianças. 

Em determinado momento, no entanto, uma mulher agarrou sua mão direita e o puxou para perto de uma grade que o separava dos fiéis. O Papa reclamou da abordagem e chegou a dar um leve tapa na mão da peregrina para se soltar, saindo visivelmente irritado.

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A visita à Praça São Pedro aconteceu após a liturgia do "Te Deum", hino cristão de agradecimento pelo ano que passou. A homilia é tradicionalmente dedicada à cidade de Roma, da qual o Pontífice também é bispo.

"Roma não é apenas uma cidade complicada, com tantos problemas, desigualdade, corrupção e tensões sociais. Roma é uma cidade à qual Deus envia sua palavra, que se aninha em meio ao coração de seus habitantes e os incentiva a acreditar, apesar de tudo, e a lutar pelo bem de todos", disse.

Segundo Francisco, o "coração pulsante" de Roma é formado pelo "povo dos menores e dos pobres que a habitam". "Penso nas tantas pessoas corajosas, crentes ou não crentes, que encontrei nestes anos", acrescentou.

No último dia de 2019, Jorge Bergoglio também participou, de forma privada, do funeral da professora e amiga Maria Grazia Mara, realizado na paróquia de San Giuseppe al Nomentano, também em Roma. A docente faleceu na última segunda-feira (30) e publicou diversos livros sobre a história do cristianismo.

Da Ansa

No segundo domingo sem a presença do papa, a Praça São Pedro, no Vaticano, está vazia e em silêncio. Não há missa na Basília de São Pedro, nem Hora do Angelus (quando são feitas orações recordando o momento em que o anjo Gabriel anunciou a Maria que estava grávida do Cristo). Tradicionalmente, o papa participa da Hora do Angelus e envia mensagens para os fiéis em vários idiomas.

Poucos turistas estão no local, a maioria deles interessada em fotografar verdadeiros cartões postais de Roma, como a Basília de São Pedro, a própria praça e o Coliseu, que fica bem próximo. O Vaticano não marcou para este domingo (10) reuniões preparatórias do conclave, deixando o próximo e último encontro para esta segunda-feira (11). O conclave (reunião, a portas fechadas, para eleição do papa) será terça-feira (12).

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O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, informou que os cardeais que participaram nos últimos dias das reuniões estavam liberados hoje para celebrar missas. As igrejas ao redor do Vaticano e as dos bairros de Roma celebraram missas ressaltando o período da Quaresma e a necessidade de lembrar os ensinamentos bíblicos.

Em dois dias, começa o conclave. Apesar de a votação ser apenas na tarde de terça-feira, os 115 cardeais com direito a voto – todos os que têm menos de 80 anos – estarão preparados desde cedo. Cinco deles são brasileiros. No dia, haverá missa, momento de juramento (quando todos se comprometem com o sigilo) e o ritual de deixar o alojamento em direção à basílica.

Às vésperas do conclave, Roma parece ter recebido mais turistas que o habitual, e os preços de alguns serviços foram reajustados. Os estrangeiros que optaram pelo táxi como meio de transporte têm de se preparar para gastar, em média, 20 euros (pouco menos de R$ 30) entre o Vaticano e áreas próximas a ele. A garrafa de água sai por 2,50 euros (cerca de R$ 7) e a diária de um hotel três estrela vai de 100 a 200 euros (cerca de R$ 600) .

Nas ruas, os turistas, na sua maioria, são alemães, franceses e norte-americanos. Apesar de a América Latina ter um elevado número de católicos, eles estão mais presentes entre os religiosos – freiras e padres – que circulam em grande quantidade pelas ruas de Roma e do Vaticano.

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