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A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), braço do Ministério da Justiça e Segurança Pública, fechou, na quarta-feira (29), a primeira etapa de leilões de bens confiscados do tráfico superando a expectativa de arrecadação, que era de R$ 400 mil e foi a quase R$ 2 milhões. Os leilões fazem parte da estratégia do ministro Sérgio Moro (Justiça) para sufocar as finanças das organizações criminosas, inclusive por meio do confisco patrimonial.

Segundo o Ministério da Justiça, no primeiro ano da nova estrutura da Senad, foram viabilizados os instrumentos necessários para que um "salto expressivo" ocorresse na gestão de ativos em 2020, como a contratação de leiloeiros em todo o Brasil, que deve ser concluída em março.

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Só em Mato Grosso, o valor arrecadado com a venda do patrimônio apreendido de traficantes foi de R$ 1.153.680,00. Já em São Paulo, foram alcançados R$ 760.950,09.

Mato Grosso e São Paulo levantaram quase cinco vezes mais do que era estimado. Além de carros, motos e caminhões, uma casa e um avião de pequeno porte foram vendidos em Mato Grosso. Os novos proprietários desses bens serão isentos de eventuais multas retroativas à data da retirada do bem.

O diretor de Gestão de Ativos (Senad/MJ-SP), Igor Montezuma, reafirma "a importância da cooperação dos Estados, que dão suporte aos leiloeiros, e aos agentes das polícias que apreendem os bens".

Os policiais devem informar à Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, por meio do Projeto Check In, os dados referentes aos itens apreendidos, para que sejam localizados e, assim, disponibilizados aos leilões.

Ao logo deste ano, a Secretaria pretende realizar no mínimo 100 leilões, em todos os Estados e no Distrito Federal. O próximo pregão está confirmado para o dia 12 de fevereiro, em Minas, aberto à participação online, para todo o País, e presencial.

Até 40% do valor arrecadado retorna às polícias que apreenderam o patrimônio, para o fortalecimento das ações que resultam nas apreensões. Os outros 60% são destinados ao Fundo Nacional Antidrogas (Funad) e serão destinados a políticas de combate às drogas no país.

As informações detalhadas podem ser acessadas na página da Senad, no site do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) quer ampliar a identificação e localização de bens confiscados do tráfico para agilizar leilões por todo o País. Por meio do Projeto CheckIn, a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) passa a autorizar agentes policiais a inserirem informações e dados para atualização dos patrimônios apreendidos em operações e que ainda estão armazenados nos pátios das delegacias pelo País.

Atualmente, do acervo de 12.823 bens apreendidos e que ocupam pátios policiais de São Paulo, 3.695 (29%) estão com a documentação incompleta. A maioria é de produtos eletrônicos (1.538), em seguida veículos (1.673).

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O Projeto CheckIn é uma plataforma que permite aos policiais fazerem a inclusão de dados de bens recolhidos no âmbito de operações contra organizações do tráfico.

Em 2019, a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas arrecadou cerca de R$ 4,5 milhões com o leilão de bens apreendidos do tráfico. Somente em São Paulo, a arrecadação foi a quase R$ 1,5 milhão.

Até 40% do valor, que é destinado ao Fundo Nacional Antidrogas, retorna para as polícias que fizeram o confisco. O dinheiro é revertido em investimentos em estrutura, equipamentos e aquisição de outros instrumentos de repressão ao tráfico.

Para a Senad, a definição da localização exata dos bens tomados do tráfico é fundamental para direcioná-los à venda por meio de leilões. A meta de Moro é evitar a rápida desvalorização dos patrimônios e a geração de custos de manutenção para o Estado.

Nessa linha, a Senad está concluindo o cadastramento de leiloeiros em todo o Brasil. O Ministério da Justiça planeja realizar leilões mensais em todos os Estados.

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