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A polícia do Paquistão matou uma pessoa nesta sexta-feira, ao abrir fogo contra manifestantes que atearam fogo em um cinema durante protestos contra o filme que ridiculariza o Islã e o profeta Maomé. O governo declarou feriado nacional para que a população possa participar de marchas pacíficas contra o vídeo.

Mohammad Amir, motorista de uma emissora de TV, foi morto quando balas atingiram seu veículo, afirmou Kashif Mahmood, repórter que estava no mesmo veículo. O canal mostrou imagens da vítima no hospital, na cidade de Peshawar, norte do país.

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Há quase uma semana, o Paquistão está sendo palco de protestos contra o filme "A inocência dos muçulmanos". Três pessoas morreram até agora.

O cinema onde a polícia disparou contra os manifestantes foi um dos dois incendiados por centenas de pessoas em Peshawar. Em Islamabad, capital do Paquistão, as forças de segurança formaram uma barreira de contêineres em volta da área que abriga as embaixadas estrangeiras.

O governo também derrubou os serviços de telefonia celular em 15 grandes cidades, para impedir que militantes utilizem celulares para detonar bombas durante os protestos, afirmou um oficial do Ministério do Interior, que falou em condição de anonimato pois não tem autorização para falar com a imprensa. As linhas devem voltar a funcionar por volta das 18h (horário local, 10h no horário de Brasília). As informações são da Associated Press.

O 81º aniversário da invasão japonesa deu combustível a uma nova onda de protestos contra o Japão nesta terça-feira. Milhares de pessoas protestaram hoje diante da Embaixada do Japão em Pequim, em uma manifestação que misturou o ressentimento do passado colonial à atual disputa por um grupo de ilhas no Mar do Leste da China.

Reunidas diante da representação diplomática japonesa na capital chinesa, milhares de pessoas entoavam gritos patrióticos e exigiam boicote a produtos comprados do Japão. Algumas pessoas chegaram a atirar, frutas, garrafinhas d'água e ovos contra a embaixada.

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A polícia chinesa protegeu a embaixada com três cordões de isolamento formados por uma força paramilitar e barricadas de metal. Os chineses protestavam contra a invasão da Mandchúria pelo Japão em 1931.

Segundo a agência de notícias Kyodo, manifestantes atiraram pedras e tijolos contra o consulado japonês em Shenyang, no nordeste chinês. Houve protestos similares nas cidades de Xangai, Guangzhou e Wenzhou, entre outras.

Inúmeras fábricas e lojas japonesas na China não puderam operar ou abrir nesta terça-feira em meio à onda de protestos. Em jogo estão bilhões de dólares em investimentos e o vasto comércio entre Japão e China, a terceira e segunda maiores economias do mundo, respectivamente. As duas nações são tão intimamente ligadas que estão sujeitas a graves prejuízos na hipótese de qualquer ruptura de longo prazo.

Embora as autoridades chinesas tenham aparentemente se mobilizado para conter as manifestações, o governo japonês vem pressionando Pequim para que adote mais medidas que garanta a integridade de instalações japonesas no país, disse o chefe de gabinete do Japão, Osamu Fujimura.

"As empresas japonesas têm um importante papel para a economia e emprego na China", disse Fujimura. "Acreditamos que devemos ter calma e fazer julgamentos racionais a partir de uma ampla perspectiva", completou, ressaltando que alguns encontros dos setores privado e público, além de eventos envolvendo os dois países, foram adiados ou cancelados.

O sentimento antijaponês na China parece estar afetando com mais força as grandes marcas do Japão, poupando parcialmente as companhias de perfil mais discreto.

O fechamento das fábricas e das lojas coincidiu hoje com o 81º aniversário da invasão japonesa. A disputa também chegou a Tóquio, desacelerando os negócios de lojistas que atendem turistas chineses. As informações são da Associated Press.

Centenas de pessoas se reuniram ontem para novos protestos contra o presidente Vladimir Putin, determinados a mostrar que o sentimento de oposição à sua figura continua forte apesar dos esforços do Kremlin de desfazê-lo.

As primeiras manifestações ocorreram após as eleições parlamentares, em dezembro, vencidas pelo partido de Putin, de modo fraudulento, segundo observadores. Os protestos aumentaram antes das eleições presidenciais de março. Mais de 100 mil pessoas se reuniram em várias ocasiões durante tais protestos, sob intenso frio, na esperança de mudanças democráticas.

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"Temos de defender os direitos que nos foram tirados, o direito de termos eleições. Perdemos o direito de eleições e um governo honesto", afirmou o ativista ontem, Alexander Shcherbakov. Esquerdistas, liberais e nacionalistas junto a estudantes, professores e ativistas gays caminharam pelas ruas de Moscou gritando slogans como "Rússia sem Putin" e "Nós somos o poder aqui". A manifestação foi observada por 7 mil policiais e por helicópteros.

Putin tem demonstrado menor tolerância com movimentos oposicionistas desde que assumiu a presidência pela terceira vez, em maio. Novas leis foram aprovadas para evitar a participação das pessoas em protestos e líderes da oposição foram interrogados e vasculhados. Em agosto, a justiça condenou à prisão por dois anos três cantoras de uma banda punk chamada Pussy Riot por cantarem uma canção contra Putin dentro da principal catedral de Moscou. Na manifestação deste domingo, grandes balões pintados com as máscaras bavaclavas características da banda ilustravam a marcha. As informações são da Associated Press.

Dezenas de milhares de russos foram às ruas de Moscou neste sábado (15), determinados a mostrarem que a oposição ao presidente Vladimir Putin continua, apesar dos esforços do Kremlin em abafar o descontentamento. Os protestos começaram em dezembro passado, após as eleições parlamentares, e cresceram após a eleição de Putin em março para um terceiro mandato.

A manifestação deste sábado reuniu grupos bastante diferentes, de esquerdistas e saudosos do comunismo a nacionalistas de direita, ativistas gays, feministas e estudantes. Cerca de sete mil policiais foram destacados para conter os manifestantes. Mas a marcha, que atravessou várias avenidas, foi pacífica.

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Putin tem mostrado menos tolerância com a oposição desde maio, quando assumiu a presidência. Novas leis repressivas foram aprovadas no Parlamento e líderes opositores foram submetidos a interrogatórios. Em agosto, um tribunal sentenciou a dois anos de prisão três roqueiras feministas da banda Pussy Riot, por terem cantado uma música contra Putin na Catedral de Moscou.

A manifestação deste sábado pareceu tão grande quanto o protesto de junho que também atraiu dezenas de milhares. Grande parte das pessoas que foram às ruas, contudo, não fazia parte de partidos e grupos políticos, mas foram convocadas ao protesto por meio das redes sociais na internet.

Gleb Pavlovsky, um ex-consultor político do Kremlin e que participou do protesto de hoje, estima que até 500 mil pessoas tomaram parte no ato político em Moscou, uma cidade com 11,5 milhões de habitantes. Ele disse que o Kremlin não sabe como lidar com os protestos. "Eles alternam a repressão com a inatividade", disse Pavlovsky. "Para o Kremlin, é muito preocupante que Moscou não apoie mais Putin, mas é importante ressaltar que essas manifestações são um fenômeno puramente moscovita", disse.

Embora tenham ocorrido algumas demonstrações neste sábado em São Petersburgo e em algumas outras grandes cidades russas, elas reuniram somente algumas centenas de pessoas e não dezenas de milhares. Em Novgorod, ocorreu uma manifestação de apenas 100 pessoas, das quais 20 foram detidas.

Na sexta-feira, o Parlamento russo expulsou o parlamentar da oposição Gennady Gudkov, que se juntou aos manifestantes neste sábado. "A Rússia não tem mais uma Constituição", disse Gudkov à multidão. "A Rússia não tem mais direitos e não tem mais um Parlamento digno de respeito. Vergonha a esse parlamento e a esse governo", disse o político. As informações são da Associated Press.

O governo de Barack Obama está preparando-se para mais um dia de protestos em países islâmicos contra o filme "A inocência dos muçulmanos", produzido nos Estados Unidos e que ridiculariza Maomé. Na quarta-feira, manifestantes invadiram o consulado do país em Benghazi, Líbia, e mataram o embaixador Christopher Stevens.

O presidente do Egito, Mohammad Morsi, foi à TV nesta sexta-feira para pedir que a população interrompa os atos de violência contra representações diplomáticas dos Estados Unidos. Ele afirmou que é dever dos muçulmanos proteger embaixadas e diplomatas estrangeiros que são hóspedes no país. A Irmandade Muçulmana retirou a convocação para um grande protesto.

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No Iêmen, forças de segurança dispararam tiros de aviso e utilizaram canhões de água para dispersar centenas de manifestantes que tentavam chegar até a embaixada norte-americana em Sana. A multidão parou a cerca de 500 metros da embaixada, pedindo a expulsão do enviado do EUA enquanto queimavam uma bandeira do país.

Em Bangladesh, cerca de 10 mil pessoas queimaram bandeiras de Israel e dos EUA e tentaram manchar até a embaixada. A polícia bloqueou o caminho dos manifestantes quando ainda faltavam mais de um 1 km para chegarem. Na Malásia e na Indonésia, multidões também foram para a rua demonstrar sua indignação com o filme, mas de forma pacífica.

A Alemanha também anunciou que está reforçando a segurança de suas representações diplomáticas em países islâmicos. As informações são da Dow Jones e Associated Press.

Uma pessoa morreu e 26 ficaram feridas em uma longa noite de distúrbios no Chile por causa do aniversário do golpe de Estado de 11 de setembro de 1973, informaram autoridades locais nesta quarta-feira. Houve 255 detenções, sendo que 83 dessas pessoas eram menores de idade. Cinco ônibus foram incendiados em Santiago e houve saques em diversas partes da capital chilena.

A pessoa morta foi identificada como Cristian Márquez, um policial de 27 anos. Ele aparentemente foi morto com um tiro quando tentava impedir um saque a um supermercado. O presidente do Chile, Sebastián Piñera, assegurou que o governo faria todo o possível para identificar os responsáveis pela morte. Luis Váldez, comandante da polícia metropolitana de Santiago, disse que os suspeitos do crime estão presos.

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Os distúrbios ocorreram durante os protestos que costumam marcar o aniversário do golpe que derrubou o presidente democraticamente eleito Salvador Allende e alçou o general Augusto Pinochet ao poder. As informações são da Associated Press.

Dezenas de jovens que protestavam contra a corrupção nesta sexta-feira provocaram uma confusão ao final do desfile de Sete de Setembro em Porto Alegre. Misturados a cerca de 13 mil pessoas que assistiam à passagem dos 4,8 mil participantes da parada comemorativa à Independência do Brasil, eles exibiram cartazes pedindo o fim da corrupção e mais verbas para educação.

Alguns se fantasiaram de palhaço e outros pintaram seus rostos. Ao final do desfile, parte dos manifestantes tentou avançar para perto do palanque das autoridades. A Brigada Militar deteve três participantes e os levou para uma delegacia de polícia para assinatura de termo circunstanciado.

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Agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal rejeitaram a última chance de acordo e decidiram manter a greve, deflagrada em 7 de agosto e enfrentar o governo em busca do reconhecimento como categoria de nível superior. O calendário de protestos nos próximos quatro meses, organizado nesta quinta em assembleia dos 27 sindicatos da categoria, inclui boicote às ações de inteligência da PF, como infiltração, campana, interceptações telefônicas e investigação de organizações criminosas.

Segundo o comando de greve, essas atividades exigem habilidades de nível superior. "Como não recebemos por ações de inteligência e planejamento, vamos nos abster de realizá-las até que o governo entenda o absurdo da situação", avisou o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcos Wink. Essas atividades são exercidas quase exclusivamente por agentes, um exército de mais de 8 mil policiais, 60% de todo o efetivo da PF.

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Sem reajuste há três anos, eles recebem hoje entre R$ 7.500 e R$ 13 mil. Com a reestruturação, querem ser equiparados às demais carreiras de estado, cujos salários vão de R$ 11,5 a R$ 19 mil. Mas sofrem resistência dentro da própria corporação - os delegados e dirigentes da PF são contra - e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, avisou que não vai comprar a briga. A entidade vai editar uma cartilha de procedimentos funcionais orientando a categoria a só exercer funções de nível médio como protesto.

Os federais não estão sozinhos na ameaça de boicote. Outras categorias de peso decidiram recusar o índice de reajuste dado pelo governo - 15,8% fatiados em três parcelas anuais - e manter a paralisação das atividades até que as negociações sejam reabertas. Elas somam mais de 50 mil pessoas, cerca de 10% do total de servidores ativos da União. Os demais 90% fecharam o acordo e já começaram a retornar ao trabalho. Seu próximo passo é negociar a reposição das horas não trabalhadas e a consequente revogação do corte de ponto dos faltosos.

O bloco dos insatisfeitos saiu nesta quinta mesmo às ruas, com manifestantes fantasiados de preto. Em sinal de luto, grevistas da carreira de analistas e especialistas de infraestrutura do governo fizeram o enterro simbólico da presidente Dilma Rousseff e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Sinalizaram com isso que devem boicotar obras do PAC, como a transposição do Rio São Francisco, usinas hidrelétricas, o programa Minha Casa Minha Vida e o Plano Nacional de Banda Larga.

Entre as categorias que continuam de braços cruzados, conforme o balanço final do Ministério do Planejamento, fechado nesta quinta, estão a dos servidores das agências reguladoras, que também têm papel relevante no PAC e o pessoal da Receita Federal, incluindo auditores e analistas, cuja paralisação vem causando embaraços ao setor de importação e exportação, com danos à economia.

Negociações

Todas as categorias que não assinaram acordo ficarão sem reajuste em 2013. Ficaram de fora, por exemplo, os servidores do Instituto Nacional de Política Industrial (INPI), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e de alguns ministérios, como o do Desenvolvimento Agrário.

O governo informou que vai continuar negociando com o funcionalismo, mas reajuste salarial só será possível em 2014. A última esperança dos rebelados é reverter a situação no Congresso, durante a votação do Orçamento da União de 2013. Mas para isso terão de enfrentar a base aliada do governo, que está sendo orientada a não permitir mudanças que elevem os gastos.

O governo do presidente da Bolívia, Evo Morales, tem enfrentado uma série de protestos contra seu governo. Greves e mobilizações de setores essenciais, como o de saúde e o de segurança pública, assim como a perda de apoio de parte de lideranças indígenas, obrigaram Evo a ceder para não perder apoio. Essa estratégia, dizem analistas e pesquisas de opinião, fortaleceu o corporativismo do funcionalismo e aumentou a percepção dos conflitos sociais no país.

"Evo está atravessando um momento difícil. Cada vez tem encontrado menos possibilidades de implementar seu projeto de governo", disse ao Estado, por telefone, o cientista político Roberto Laserna, do Centro de Estudos da Realidade Econômica e Social (Ceres). "O governo mantém o controle dos aparatos institucionais por meio do incentivo ao corporativismo. Cada grupo pressiona Evo para obter vantagens."

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Neste ano, os médicos bolivianos cruzaram os braços por 52 dias em protesto por melhores salários. Houve também uma greve de policiais, um protesto de mineiros, além da segunda marcha dos indígenas do Parque Nacional Isiboro Secure (Tipnis), que caminharam da Amazônia boliviana a La Paz para protestar contra a construção da estrada.

"Esses protestos são imediatistas e corporativistas, mas é curioso que até agora não houve uma queda na popularidade do presidente", explica Laserna. "Isso acontece porque a economia está num bom momento, as exportações estão em alta e o governo tem caixa para manobrar."

Ainda de acordo com o analista, a polêmica em torno do Tipnis deriva do caráter fragmentado da esquerda boliviana, que constitui o Movimento ao Socialismo (MAS), o partido de Evo. Com a oposição de direita desmobilizada, a cisão no governo entre desenvolvimentistas e ecológicos tornou-se evidente.

"Há diversas esquerdas na Bolívia, e principalmente no governo. Há a esquerda estatista, que tenta impulsionar o projeto da estrada no Tipnis, que defende o desenvolvimentismo e a redução da pobreza, e há a esquerda ecológica, representada pelos movimentos indígenas, da qual Evo toma muito de sua legitimidade e é contra o projeto por violar área indígena. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Entoando frases de protesto como “Povo negro unido e povo negro forte não teme a luta, não teme a morte”, e “O povo quilombola: Tem direito à terra”, cerca de 150 pessoas ligadas a movimentos sociais da Bahia realizaram um ato público nesta quarta-feira (1°), no Quilombo Rio dos Macacos, no município de Simões Filho, em defesa da comunidade que corre o risco de ser despejada do seu território pela Marinha do Brasil.

O ato, organizado pelas lideranças quilombolas de Rio dos Macacos e pela Comissão da Pastoral da Terra (CPT), contou com o apoio de outros movimentos como a Quilombo X, o Coletivo Blacktude, Associação de advogados de Trabalhadores Rurais do Estado da Bahia (AATR), Núcleo Akofena, Movimento dos Pescadores da Bahia (MopeBa) e Campanha Reaja.

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Após a manifestação, ocorrida em frente à Base Naval de Aratu, os manifestantes caminharam pelos fundos até as imediações do quilombo, onde foi realizada uma plenária com falas de apoio e denúncias dos casos de violência sofridas pelos moradores. “Já morreram seis pessoas aqui desde 2009, quando eles começaram a tentar nos expulsar. Essa terra é tudo que nós temos, e dormimos e acordamos com medo de perder o que é nosso e o que foi de nossos ancestrais. A gente nem tem mais medo da morte, por que daqui só saimos mortos”, emociona-se Rosimere dos Santos, liderança comunitária.

Após a manifestação, os militantes seguiram até o bairro de Periperi, em Salvador, a poucos quilômetros do quilombo, onde ficarão acampados em vigília até o fim da semana. Hoje (2) e amanhã (3) a agenda do movimento segue no evento chamado "Seminários dos Quilombolas em Defesa do Quilombo Rio dos Macacos", que abordará temas como Disputas entre quilombolas e Forças Armadas pelo Brasil, com representantes do Quilombo Marambáia (RJ) e Alcântara (MA), que passaram por processos parecidos com o Exército e a Marinha, respectivamente. O seminário também trará formação sobre direitos territoriais e quilombolas, discussões e encaminhamentos sobre o caso de Rio dos Macacos.

Na última terça-feira (31), integrantes do quilombo e representantes do governo fizeram uma reunião sobre a posse da terra, mas não chegaram a um consenso. Outro encontro foi marcado para daqui a duas semanas e, até lá, o governo garantiu que não haverá ações de reintegração de posse, mas os moradores afirmam não se sentirem assegurados, pela não existência de um documento que comprove este acordo.

O Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID), que reconhece a região como quilombo, já foi concluído pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) mas não foi enviado para o Diário Oficial da União ou ao Diário Oficial do Estado, medida que daria valor legal ao estudo.

Vários Movimentos sociais, personalidades políticas e artistas já aderiram a campanha em pró do quilombo. Nesta quarta-feira (1°), o Coletivo Mães de Maio (SP) divulgou em sua página no Facebook, fotos dos rappers Helião, da banda Rzo, e Mano Brown, do Racionais Mc, segurando o banner da campanha.

Entenda o caso
A comunidade Rio dos Macacos é formada por cerca de 60 famílias, que reivindicam a posse da área e defendem que estão no local há mais de 200 anos, tendo registros de uma moradora com 112 anos, que nasceu no local e teve os pais e avós também nascidos ali. A Marinha afirma ter oferecido uma área para que os moradores fossem alocados, mas eles não demonstraram sinal de aceitação.

Em meados de 1960, as terras pertencentes aos quilombos foram doadas pela prefeitura de Salvador à Marinha do Brasil, tendo ficado registrada na ocasião a existência de moradores e a ressalvada sobre a responsabilidade da Marinha por quaisquer indenizações por transferência de terra.

Nos últimos três anos, com a construção da base naval e a intensificação do contingente de oficiais no local, a tensão e o medo se instauraram na comunidade.

O presidente do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), Nélio Botelho, afirmou que a greve dos caminhoneiros será suspensa imediatamente. O grupo acaba de fechar acordo com o ministro dos Transportes, Paulo Passos.

"Haverá desmobilização gradativa, que deve perdurar até amanhã de manhã", afirmou, ao ser questionado sobre quando os caminhões devem desbloquear as rodovias.

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Associações de caminhoneiros e de empresários do setor de transportes são contrários à manifestação liderada pelo Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), iniciada na última semana. O protesto é contra a lei que regulamenta a jornada de trabalho dos caminhoneiros.

Nesta terça-feira, a Unicam (União Nacional dos Caminhoneiros) - entidade que reúne autônomos e microempresários - divulgou nota à imprensa em que critica a greve. O texto afirma que a nova lei e novas regulamentações da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) atendem a "pleitos de mais de dez anos" da categoria.

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Assim como o MUBC, a Unicam se define como representante dos caminhoneiros autônomos, os que trabalham recebendo comissão. Há ainda outras federações que congregam o mesmo tipo de trabalhadores e que se posicionaram contra a greve. É o caso da Federação dos Caminhoneiros Autônomos dos Estados do RS e SC (Fecam), que reúne sindicatos da região, e da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA).

A CNTT (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes), ligada à CUT, também se opôs aos grevistas. A posição é semelhante à da entidade patronal, a NTC&Logística.

Em nota, a CNTT acusou o movimento de não representar os interesses dos trabalhadores, mas dos empresários. Mesmo a entidade patronal defende esse ponto. "Nossa associação reúne donos de empresas e somos contra a greve", diz o presidente da NTC&Logística, Flávio Benatti. "O movimento grevista tem alguns poucos empresários não alinhados, que se recusaram a participar da discussão dos novos regulamentos junto à ANTT".

Benatti ainda afirma que o MUBC tem forçado os caminhoneiros a bloquear rodovias. "Os caminhoneiros estão sendo coagidos". Mais cedo, em entrevista à Agência Estado em Brasília, o presidente da CNTA, Diumar Bueno, disse o mesmo: "A maioria dos caminhoneiros está sendo obrigada a parar nos bloqueios, sob ameaças e agressões".

Impacto na inflação

O desabastecimento de alimentos por conta da greve de caminhoneiros não deve ocasionar aumento de preços. Economistas acreditam que a influência sobre os indicadores de inflação deve ser momentânea, apenas em alguns dias do mês de agosto.

"Parte dos produtos transportados é perecível, têm data para ser entregue. A greve não deverá durar muito tempo. Se acabar na próxima semana, a repercussão na inflação será de poucos dias e deverá ser nula no fechamento do mês", prevê o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) André Braz.

O prazo para que o abastecimento seja restabelecido, no entanto, deve considerar também o tempo necessário de transporte de um novo carregamento, ressalta o economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC) Bruno Fernandes. Como a maioria dos produtos é de hortaliças e legumes, que estragam com facilidade, é provável que a logística tenha que ser reiniciada após o fim da greve. "Ainda assim, não é esperado grande impacto sobre a inflação", afirmou.

Em ato de mobilização para tentar evitar a perda do emprego, os funcionários da linha de Montagem de Veículos Automotores da General Motors, em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, começaram a trabalhar hoje (31) uma hora depois do previsto para o início da jornada do primeiro turno, marcado para as 5h50. Segundo a GM, logo após uma assembleia, os metalúrgicos retomaram as atividades nesse setor. Nas demais unidades, onde atuam 7,2 mil empregados, o expediente está normal.

Está prevista para as 14h30 de hoje (31) uma assembleia na unidade de produção da pick-up S10, que fica no mesmo polo industrial. A expectadora dos trabalhadores é a de que até lá alguma medida sobre a desativação parcial da produção da GM em São José dos Campos já tenha sido definida no encontro marcado para a manhã desta terça-feira entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o vice-presidente da Associação Nacional dos Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan Yabiku Júnior, que também é o diretor de Assuntos Institucionais da GM.

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A montadora deixou de produzir três dos quatros modelos que eram fabricados na Montagem de Veículos Automotores de São José dos Campos: o Corsa Hatch, Meriva e Zafira, apenas foram mantidas as atividades em relação ao Classic. Porém, a empresa informou ter aumentado a produção da pick-up S10, no complexo industrial.

Por meio de nota divulgada ontem (30), o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região defendeu a necessidade de uma ação por parte do Governo Federal contra as demissões. A entidade afirma que apesar dos estímulos fiscais por meio de reduções do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) tem ocorrido corte de pessoal.

Com base em estudos feitos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, o sindicato da categoria informou que a GM cortou 1.189 vagas, entre julho de 2011 e junho de 2012 e que só na unidade de São José dos Campos foram eliminados 1.044 postos. Esse total, segundo a entidade, exclui os 356 trabalhadores que aderiram ao Programa de Demissão Voluntária ocorrido em duas etapas, recentemente.

Após o caos provocado com o bloqueio de várias estradas na sexta-feira, a Justiça Federal em Minas Gerais proibiu caminhoneiros de fazer interdições totais de rodovias federais que cortam o Estado. A categoria, que está em greve desde a quarta-feira (25), havia planejado novas manifestações nesta segunda-feira em Minas, Estado com maior malha viária do País, mas, com a determinação judicial, a situação ficou tranquila durante todo o dia, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A decisão contra o Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), responsável pela organização nacional da paralisação da categoria, foi expedida pelo juiz Pedro Pereira Pimenta, da 17ª Vara Federal em Minas, que atendeu a pedido do Ministério Público Federal (MPF) e determinou multa diária de R$ 10 mil, além da possibilidade de responsabilização administrativa e penal dos envolvidos, em caso de descumprimento. O magistrado também proibiu os caminhoneiros de parar os veículos durante as manifestações próximo a viadutos e pontes, em curvas e outros locais "que dificultem a visão dos motoristas".

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Na sexta-feira passada, segundo a PRF, pelo menos 40 quilômetros de congestionamentos foram registrados em estradas federais em Minas por causa dos protestos.

Sem-terra

Apesar de os caminhoneiros não terem promovido interdições de estradas em Minas na segunda-feira, quem passou pela BR-262 próximo a Córrego Dantas, no Triângulo Mineiro, precisou de paciência. Nesse caso, a interdição dos dois sentidos da rodovia foi feita, segundo a PRF, por cerca de 100 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que protestavam contra a lentidão da reforma agrária na região. O grupo queimou pneus para interditar a rodovia, que foi liberada no início da tarde após negociação com representantes da PRF, Polícia Militar e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

O governo está atento às paralisações dos caminhoneiros que estão se disseminando pelas estradas do País, mas, segundo o ministro do Trabalho, Brizola Neto, não há espaço para retroceder à legislação que garante melhores condições de trabalho para a categoria e também mais segurança.

"A lei da jornada de trabalho dos caminhoneiros tem sofrido resistência, mas é inegável que a lei é um avanço", disse o ministro, em evento promovido pelo Lide, em São Paulo.

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A lei prevê intervalo de 11 horas de descanso entre jornadas de trabalho, além de paradas de descanso de, pelo menos, meia hora a cada quatro horas ao volante. Os caminhoneiros estão protestando, pois são profissionais liberais e temem por uma redução sensível na remuneração com a diminuição da jornada de trabalho.

"Para solucionar o conflito, nós vamos conversar com o setor. É possível flexibilizar, mas não retroagiremos na legislação", disse, reforçando que a lei é uma conquista e que em todo o mundo desenvolvido o transporte de cargas respeita regras restritas por questões de segurança.

A tropa de choque da polícia madrilena disparou balas de borracha para dispersar uma multidão de espanhóis que protestava contra um rigoroso programa de corte de gastos aprovado hoje pelo Parlamento da Espanha. Além dos disparos de bala de borracha, os policiais usaram porretes contra os manifestantes reunidos na Porta do Sol, uma imensa praça situada no coração de Madri. Não há informações iniciais sobre feridos.

Segundo a agência Dow Jones, as manifestações reuniam centenas de milhares de pessoas na noite de hoje e transcorriam pacificamente. No fim da noite, alguns manifestantes teriam tentado romper o perímetro imposto pela polícia em torno do Parlamento, cercado há dias por manifestantes, o que teria desencadeado a reação da polícia, segundo algumas testemunhas.

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O Parlamento espanhol aprovou nesta quinta-feira cortes de 65 bilhões de euros a serem implementados no decorrer dos próximos dois anos e meio. Pouco depois da aprovação, milhares de pessoas tomaram as ruas de Madri e de cerca de 80 cidades do país em protesto contra o pacote. "Mãos ao alto, isto é um assalto" era um dos lemas dos manifestantes na capital espanhola.

O programa de austeridade aprovado pelos legisladores prevê cortes nos salários dos funcionários públicos e a elevação do imposto sobre valor agregado, entre diversas outras medidas. Trata-se do maior corte no orçamento desde o restabelecimento da democracia na Espanha, no fim da década de 1970. As informações são da Dow Jones.

O Parlamento espanhol aprovou nesta quinta-feira cortes de 65 bilhões de euros a serem implementados no decorrer dos próximos dois anos e meio. Pouco depois da aprovação, milhares de pessoas tomaram as ruas de Madri e de dezenas de outras cidades em protesto contra o pacote.

O programa de austeridade aprovado pelos legisladores prevê cortes nos salários dos funcionários públicos e a elevação do imposto sobre valor agregado, entre diversas outras medidas. Trata-se do maior corte no orçamento desde o restabelecimento da democracia na Espanha, no fim da década de 1970.

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Dos 312 votos contabilizados, 180 deputados votaram a favor, 131 contra. Houve uma abstenção. O primeiro-ministro Mariano Rajoy contou somente com os votos de seu Partido Popular, que dispõe de maioria no Parlamento, para aprovar as impopulares medidas de austeridade, informa o jornal El País.

Protestos contra os cortes de despesas governamentais têm ocorrido quase diariamente na Espanha. Segundo a agência de notícias Reuters, o Parlamento espanhol está praticamente cercado por manifestantes há pelo menos uma semana.

Hoje, milhares de pessoas saíram às ruas de Madri em protesto contra as medidas de austeridade aprovadas mais cedo pelo governo. Organizações sindicais convocaram manifestações em mais de 80 cidades espanholas, reunindo trabalhadores e artistas para ruidosos protestos contra o governo. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

A organização das Olimpíadas restringiu condutores da capital inglesa de utilizar as faixas consideradas olímpicas, a partir do dia 25 de julho. Por isso, mais de 200 taxistas bloquearam o centro de Londres em forma de protesto na manhã desta terça-feira (17). As “faixas olímpicas” só poderão ser usadas para as delegações, atletas e veículos autorizados. Outras manifestações estão marcadas para a próxima segunda-feira (23) e para o dia 27.

Os motoristas que invadirem as faixas, incluindo os taxistas, receberão multa de 130 libras (cerca de R$ 400), segundo informaram as autoridades. Os motoristas dos tradicionais táxis pretos londrinos pararam o trânsito e fizeram um “buzinaço” durante 1h30min em frente ao Parlamento, no distrito de Westminster.

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Essas faixas foram criadas pra melhorar o transporte durante os Jogos. Os primeiros 48,2 km dessas rotas foram pintados rapidamente nos últimos dias, quando muitas delegações já começavam a desembarcar em Londres.

Jonathan Myers, do sindicato dos taxistas, lamentou a restrição e justificou os problemas que a manifestação causou no trânsito da região. “Os táxis foram excluídos, o que é inaceitável e errado. Esta é uma cidade de gente trabalhadora e precisamos continuar com nossos trabalhos. (Durante as Olimpíadas) Londres vai estar parada e hoje estamos mostrando o que é estar parado”, explicou.

Benghazi,Líbia, 08/07/2012 - Instalações petrolíferas no leste da Líbia retomaram suas operações neste domingo após três dias de protesto contra a quantidade de cadeiras da região nas eleições do país, disse o superintendente do terminal petrolífero de Haruj, Milud Mohammed Ali.

"Começamos a trabalhar normalmente nesta manhã nos terminais de Haruj e Al-Sidra", disse. Líderes da oposição haviam reivindicado mais assentos no congresso. As informações são da Dow Jones. (Equipe AE)

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O novo presidente do Egito, Mohammed Morsi, ordenou uma nova investigação sobre o assassinato de manifestantes contra o regime durante os últimos 16 meses, no início do levante que derrubou o ditador Hosni Mubarak. Um decreto presidencial emitido no fim dessa quinta-feira (5) ordena uma revisão das investigações e julgamentos relacionais à morte de cerca de mil manifestantes.

A agência oficial de notícias do Egito informou que uma comissão de inquérito de 16 membros, um promotor, policiais, militares e seis representantes das famílias das vítimas vão se reportar ao presidente dentro de dois meses. Mubarak e seu ministro do Interior foram sentenciados à prisão perpétua pelo papel deles na morte dos manifestantes contra o regime.

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As informações são da Associated Press.

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