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Apesar de toda disputa entre o PT e o PMDB no Congresso Nacional, o senador Humberto Costa (PT) reforçou, nesta segunda-feira (15), que a legenda petista não tem pretensão de “estabelecer uma disputa” com o presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O peemedebista chegou a afirmar, recentemente, que “não daria trégua ao PT” diante das matérias em análise na Casa Legislativa. 

“Não temos nenhuma pretensão de estabelecer uma disputa com o presidente da Câmara. Queremos garantir a governabilidade de Dilma, a posição do PT é preservar a aliança com o PMDB, não temos nenhuma ação de hostilidade com o presidente da Câmara”, garantiu Humberto.  

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A estratégia, que aparenta não ser das melhores, reforça o que foi firmado pelo PT durante o Congresso Nacional da legenda no último fim de semana. Eles votaram pela manutenção da aliança com o PMDB. “A posição do governo e do partido é de manutenção da aliança. Não temos interesse em romper”, disse.

Sob a ótica do líder do PP na Câmara, o deputado federal Eduardo da Fonte, a disputa entre PMDB e PT “faz parte da política”. Questionado se esse embate não prejudicaria a Câmara, Da Fonte minimizou. “São questões que a casa vai discutir. Quem tiver mais voto vai ganhar. Não podemos ter é uma casa submissa ao Palácio”, frisou. “Temas importantes serão votados, se vai passar ou não é outra questão”, acrescentou. 

Para o progressista, as movimentações entre as duas legenda não são culpadas pela perca da popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT). "A questão é o momento econômico do país. A baixa na popularidade de Dilma não é por causa de Eduardo Cunha. São essas questões do ajuste fiscal, ela tomou decisões impopulares que colaboraram bastante para a baixa da popularidade dela", argumentou.  

O embate entre o Executivo e o Legislativo federal teve continuidade nesta semana. Mesmo tentando uma reaproximação com o PMDB, a presidente Dilma Rousseff foi alvo de duras críticas da oposição e até da base aliada, especialmente dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RN), e Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).  Ambos têm colocado em votação matérias que desagradam o Palácio do Planalto.

A semana começou com uma derrota para o governo, avaliado negativamente por quase 65% da população. Essa foi a pior avaliação medida pela pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT)/MDA desde outubro de 1999. O Datafolha também mostrou que para 84% dos entrevistados, a presidente Dilma Rousseff sabia de corrupção na Petrobras, tema da investigação da Operação Lava Jato. Inclusive, a crise na estatal é apontada como um dos motivos para a queda da popularidade da chefe do Executivo federal.

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Depois da demissão de Cid Gomes da pasta da Educação, outro ministro deixou o governo. Thomas Traumann pediu demissão na última quarta (25), após o vazamento de um documento, supostamente elaborado pela Secom, que reconhece as falhas de comunicação do governo. No lugar dele, quem assumiu foi o ex-deputado Edinho Silva, que atuou como tesoureiro da campanha de reeleição de Dilma no ano passado. O nome dele recebu críticas da oposição. Já para o MEC foi nomeado o professor doutor Renato Janine Ribeiro.

A CPI da Petrobras, que agora passa a ter dois representantes de Pernambuco, deu continuidade aos depoimentos nesta semana. Na última quinta (26), a ex-presidente da estatal. Graça Foster, esteve no colegiado e negou ter conhecimento sobre esquemas de corrupção. Ela disse ter sido pega de surpresa pela Operação Lava Jato. "O potencial da nossa companhia é grande e eu tenho certeza que vamos superar as dificuldades encontradas", salientou ela, que está aposentada. Para o deputado Mendonça Filho (DEM-PE), a Petrobras foi aparelhada politicamente.

Enquanto os parlamentares apuravam as denúncias, a Polícia Federal instaurou a 10ª fase da Operação Lava Jato. Entre os presos está o presidente da Queiroz Galvão.  Enquanto isso, foi veiculado um vídeo na internet, em que um ex-executivo da estatal afirma ter assinado dois cheques nominativos para as construtoras do cartel destinados à campanha de Humberto Costa ao governo de Pernambuco, em 2006. Valor repassado seria de R$ 14 milhões.

Nesta semana, a presidente Dilma se reuniu com os nove governadores do Nordeste. Eles conseguiram garantias do governo federal para investimentos, especialmente em obras e programas em andamento. Na ocasião, os gestores também entregaram a chamada Carta da Paraíba, assinada por todos eles em dezembro, que demonstra preocupação com uma possível diminuição de crédito subsidiado. Novos encontros estão marcados para abril e maio.

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