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Cientistas sequenciaram o genoma inteiro dos peixes dipnoicos (Neoceratodus forsteri), o mais próximo peixe ancestral dos humanos, segundo cientistas, tendo publicado os resultados do estudo na revista Nature.

A equipe do Instituto de Pesquisa de Patologia Molecular, Áustria, relatou que foi a primeira a conseguir sequenciar o DNA da espécie, o mais extenso de todos os códigos genéticos de seres vivos conhecidos, possuindo 43 bilhões de nucleotídeos, ou "letras" do código genético, segundo o portal New Scientist.

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Trata-se de um valor 30% superior ao detentor do recorde anterior, o axolotle, um anfíbio mexicano que a equipe sequenciou em 2018, e 14 vezes maior que o DNA humano, levando 100.000 horas de processamento com sequenciadores de computador de alta potência para ser realizado.

A analise genômica levou os pesquisadores a concluir que os peixes dipnoicos "estão estreitamente ligados à linha evolutiva que deu origem aos animais de quatro patas", devido à grande adaptação que tiveram de fazer após deixar o mar e passar a viver na terra, apesar de sua aparência mudar pouco desde que apareceram pela primeira vez.

"Quando se olha para ele de uma perspectiva genômica, ele está a meio caminho entre um peixe e um vertebrado terrestre", diz o biólogo Siegfried Schloissnigb.

"Para sair da água, você precisa se adaptar a um estilo de vida terrestre. Você tem que ser capaz de respirar ar, você tem que ser capaz de cheirar", explicou.

Da Sputnik Brasil

O cantor sertanejo Cauan, dupla com Cleber, segue internado após ser diagnosticado com Covid-19. O músico apresenta mais de 70% dos pulmões comprometidos pela doença. No último sábado (15), Cauan tinha 50% do órgão atingido por complicações da deonça.

Segundo a família, o músico foi transferido para UTI, após o agravamento no quadro de saúde ser constatado em tomografias que apresentaram comprometimento dos pulmões entre 70% a 75%.

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Através das redes sociais, os familiares do cantor agradeceram e pediram que os fãs continuem as orações: "Agradecemos a todos pelas orações, pela torcida, pelas mensagens positivas e pelo carinho e pedimos que continuem se lembrando dele em suas preces. Acreditamos que Deus vai tirar nosso Cauan dessa". 

A namorada do cantor, Mariana Moraes também testou positivo para a doença, mas está cuidando da saúde em casa, segundo informação do portal G1.

Após 54 dias internado com a versão mais grave do novo coronavírus, o pequeno Dom, de apenas cinco meses, vai ganhar uma festinha virtual para comemorar meio ano de existência. Já em casa, os pais, Wagner e Viviane, planejam os detalhes do encontro por videoconferência marcado com a família para o próximo dia 14.

Dom sofreu disfunções cardíacas e respiratórias, e chegou a ser colocado em coma induzido, como lembra o professor Wagner, de 34 anos. "Que período difícil! O caso era grave e estávamos perto de um óbito. Entramos em desespero, mas deu certo [...] A gente estava numa corda bamba. Não sabíamos se daria certo. Contávamos com um milagre, sequelas e até a morte".

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A economista Viviane, de 32 anos, também comentou sobre o período de internação do filho no hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. "Vivemos um momento mágico na hora da alta, porque por vezes a gente pensou que não traria mais ele para casa. Sair com nosso filho nos braços foi indescritível. Um misto de emoções: felicidade e medo, porque aqui (fora) está tudo muito tenso com esse negócio de Covid. Mas estou muito feliz. A equipe médica, técnica e de enfermagem foi maravilhosa!", relatou ao Extra.

Havia a possibilidade de uma cirurgia em razão dos pulmões que foram comprometidos, no entanto a coordenadora da UTI Pediátrica da unidade, a médica Cristiane Guimarães, descartou o procedimento e garante que o bebê não terá sequelas.

“[...] Com certeza, Deus ouviu nossas preces. Várias pessoas que eu nem conheço, minhas irmãs, meus tios, todos estavam orando. Aquela corrente foi se expandindo por outras religiões, tinha gente espírita, evangélica e do candomblé. O nome dele estava em todas as mesas, em todas as correntes. Tinha grupos no WhatsApp e no hospital. Na minha concepção, foi Deus que proporcionou essa vitória para a gente”, agradeceu o pai do pequeno.

Embora a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) ainda seja um mistério em muitos aspectos, o que médicos e pesquisadores do mundo todo já sabem é que o pulmão não é o único, mas é o órgão mais afetado pela doença. “Esse vírus, apesar de ter certa predileção pelo pulmão, pode acometer outros órgãos. O pulmão é o órgão mais afetado. A despeito disso, a gente não pode esquecer os outros órgãos. A gente coloca toda a nossa energia para dar oxigenação a esses pacientes, mas esquece de fazer um eletro e um ecocardiograma, explicou à Agência Brasil a médica Patricia Rocco, professora titular e chefe do Laboratório de Investigação Pulmonar do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (UFRJ) e membro da Academia Nacional de Medicina e Brasileira de Ciências.

A pesquisadora explicou que ao entrar no organismo – por meio de gotículas de saliva, de espirro ou ainda de mãos contaminadas levadas ao rosto – o vírus se liga a receptores distribuídos pelo corpo inteiro. Nos pulmões, ele infecta células dos alvéolos – onde ocorre a troca de gases entre o pulmão e corrente sanguínea – a partir daí esse vírus começa a se multiplicar, mata a célula hospedeira e é liberado para contaminar outras células. “Concomitantemente a isso você tem um estimulo das células do sistema imune. Elas começam a ficar ativadas e a liberar uma série de mediadores que geram a inflamação local no pulmão e no corpo inteiro também”, destacou. “Essa inflamação do pulmão gera pneumonia com várias partes do pulmão acometidas e, nos casos mais graves, pode gerar o que a gente chama de insuficiência respiratória", acrescentou.

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Sequelas

Sobre possíveis sequelas no pulmão, causadas pelo novo coronavírus, Patrícia Rocco disse que não há ainda nenhum trabalho no mundo que afirme categoricamente se isso acontece. Segundo ela, existem vários estudos feitos a partir de autópsias. Esses pacientes que faleceram da Covid-19 apresentaram um processo de fibrose pulmonar, que é um tipo de sequela. “O grupo da Europa, que está na nossa frente em relação à Covid-19, observou que os pacientes que ficam muito tempo na UTI podem evoluir com sequela, mas não podemos afirmar se a sequela é pela doença Covid-19 ou pelo fato desses pacientes estarem muito tempo ventilados mecanicamente. A ventilação mecânica por um tempo prolongado, também pode gerar fibrose pulmonar, que é o que a gente chamada de sequela”, esclareceu.

A especialista acrescentou que pessoas que saem desse processo infecioso grave, podem ficar mais cansadas a ponto de não conseguirem fazer suas atividades com tanta agilidade. Esses pacientes também apresentam falta de ar, mas ainda não é possível afirmar se essas consequências podem ser atribuídas ao vírus nem se os danos serão para sempre.

Tabagistas

A médica Patrícia Rocco fez ainda um alerta aos fumantes, que dividiu em dois grupos: o dos que ainda não têm alterações do pulmão importantes e os que têm a chamada doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) – que causa enfisema pulmonar e bronquite crônica. “O tabagismo, por si só, já causa um processo inflamatório nos pulmões. Se esse paciente tiver um enfisema pulmonar ou qualquer outra doença respiratória crônica pelo tabagismo está comprovado que a Covid-19 vai apresentar casos mais graves”, alertou.

Um estudo feito por cientistas da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins, nos Estados Unidos, constatou que comer três maçãs ou dois tomates frescos por dia retarda o envelhecimento natural dos pulmões e repara os danos causados pelo tabagismo.

Segundo a pesquisa, o consumo de uma dieta com alto teor de frutas e vegetais, especialmente tomate, maçãs e bananas, diminui o declínio da função pulmonar. No entanto, os efeitos "protetores" decorrem apenas de alimentos frescos - o que significa que produtos enlatados não funcionam.

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Os cientistas concluíram que os adultos que comiam dois tomates e três ou mais maçãs por dia registravam um declínio da função pulmonar mais lento que os participantes que apenas comiam uma porção de cada diariamente, o que sugere a possibilidade de reverter danos nos pulmões mesmo que estes tenham sido causados pelo tabaco.

"Este estudo mostra que a dieta pode ajudar a reparar o dano pulmonar em pessoas que pararam de fumar", ressaltou a autora principal da análise, a doutora Vanessa Garcia-Larsen.

O estudo, publicado no "European Respiratory Journal", analisou a dieta e a função pulmonar de mais de 650 adultos em 2002. Os mesmos testes pulmonares, que medem a capacidade de absorver oxigênio e expulsá-lo, foram repetidos nos voluntários uma década depois.

A cientista também conta que as descobertas sustentam as necessidades das recomendações dietéticas, especialmente para pessoas com risco de desenvolver doenças respiratórias como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).

Da Ansa

Febre, tosse por mais de duas semanas, produção de catarro e muito cansaço. Os sintomas podem ser confundidos com uma gripe forte ou uma virose. O diagnóstico da tuberculose, doença que atinge os pulmões, pode ser descoberto com um simples radiograma e exame de escarro. Atualmente, pode ser curada em quase 100% dos casos. Segundo dados do Ministério da Saúde, a taxa de incidência da doença teve uma redução de 21%, mas os números ainda são altos. 

A tuberculose atinge, em sua maioria, a população com sistema imunológico baixo. A arquiteta Mirella Dantas, de 23 anos, faz parte da estatística. “Senti uma dor muito forte nas costas, com muitas pontadas e febre. Quando o médico me examinou, percebeu que eu estava com muita água no pulmão direito. Foi feita uma punção de emergência, onde foram retirados 700 mililitros do líquido, que foi encaminhada para análise e confirmou a doença pleural”, relatou a jovem.

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Além disso, há outros fatores ainda mais iminentes à contaminação, que são a pobreza e má distribuição de renda. O fato ocorre devido ás más condições de saúde da população em determinados locais. A estatística em que a arquiteta faz parte inclui mais 70 mil novos casos. De acordo com os dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, a redução de pessoas com a tuberculose também foi perceptível em relação aos óbitos. A taxa de mortalidade de 2013 foi de 2,3 mortes por 100 mil habitantes, 23% menor que a taxa de três óbitos por 100 mil habitantes registrada em 2012.

De acordo com o pneumologista Joaquim Cunha, responsável pelo setor de tuberculose infantil do Hospital Otávio de Freitas – unidade hospitalar referência em Pernambuco – a doença ganglionar, mais comum em crianças, não é transmissível. “Esse tipo de tuberculose extrapulmonar não é capaz de transmitir a bactéria para outras pessoas, pois não há risco de contágio. Por mês, atendemos 50 crianças aqui no Otávio”, relatou. Diferentemente da ganglionar, a tuberculose pulmonar pode ser pega através dos sintomas mais comuns da doença.

Tratamento

O tratamento é baseado na medicação por seis meses. “Nos primeiros meses, são quatro tipos de remédios diferentes. Depois, os antibióticos são trocados, geralmente dadas uma única vez ao dia, por ser muito forte”, afirmou Cunha.

"Comecei a tomar os medicamentos e as reações são terríveis. O que eu mais senti foi enjoo, insônia e urticária - lesões de pele com vergões vermelhos e inchaço. Mas depois, o organismo se acostuma e a pessoa não sente tanto", afirmou Mirella Dantas. 

Cerca de seis milhões de novos casos são notificados no mundo anualmente, levando mais de um milhão de pessoas a óbito. O Brasil ocupa o 17º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo.

Há vários grupos de pessoas que tem um risco maior de desenvolver a doença. Dentre elas estão os idosos, alcoólatras, quem possui problema de insuficiência renal crônica, além de doentes com neoplasias ou quimioterapia, portadores de HIV e transplantados. O diagnóstico precoce ainda deve ser a melhor forma de tratar a doença. Caso os sintomas como tosse e febre persistam, o recomendável é procurar um médico. "Quanto mais cedo, melhor para que a doença seja curada logo. Não pode deixar que a doença se agrave para procurar um médico. Quanto antes, melhor", finaliza o pneumologista, Joaquim Cunha.

Imagem: campanha do Governo Federal

O anúncio recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que a contaminação do ar exterior é cancerígena pode fazer esquecer que o inimigo dos pulmões para milhões de pessoas está dentro de casa. "A contaminação do ar interior é o quarto fator de risco mais importante" para a redução da expectativa de vida, à frente da má alimentação, da hipertensão e do tabagismo, explicou Ross Anderson, professor de epidemiologia e saúde pública da Universidade de Londres.

A contaminação externa provocada por finas partículas liberadas pela indústria, pelo tráfego de veículos ou pela calefação aparece apenas na nona posição deste ranking de fatores de morte precoce e incapacidade, correspondente a 2010 em escala mundial no âmbito do projeto "Global burden of disease" (GBD, sob a égide da OMS).

"A contaminação interior é causada principalmente pelo uso doméstico de combustíveis sólidos", como lenha e carvão, lembrou Anderson em uma conferência organizada na semana passada pela União Internacional contra a Tuberculose e as Doenças Respiratórias.

Cerca de 3 bilhões de pessoas, sobretudo nos países pobres, utilizam "combustíveis sólidos" para cozinhar com fornos rudimentares ou fogo aberto, lembrou a União, uma organização fundada em 1920 para lutar contra a tuberculose. Esses fornos rudimentares emitem partículas finas de monóxido de carbono - gás muito tóxico para o homem - e outros contaminantes em níveis "até cem vezes superiores aos limites recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS)", segundo a União.

Cozinhas ecológicas - A OMS avalia que anualmente dois milhões de pessoas morrem devido a sistemas deficientes de calefação ou cocção. Deles, a metade contraiu alguma doença pulmonar obstrutiva crônica (MPOC), que afeta as mulheres, em particular.

Os estudos apontam três tipos de doenças respiratórias "altamente relacionadas" com a exposição à fumaça produzida pela combustão de lenha ou carvão: infecções agudas das vias respiratórias em crianças, broncopneumonias crônicas obstrutivas e câncer de pulmão nas mulheres expostas à fumaça do carvão.

Calcula-se que cerca da metade das mortes de crianças com menos de cinco anos por infecções respiratórias agudas se deva à contaminação do ar interior.

"Estamos todos vinculados pelo ar que nos rodeia. Devemos considerar a contaminação do ar ambiente como um sério problema de saúde em nível mundial e exigir dos governos que criem uma legislação adaptada, em particular para proteger as crianças", disse a diretora científica da União, Paula Fujiwara.

Mas não há receita mágica para resolver o problema do ar interior contaminado por lenha ou carvão, afirmou o professor Anderson. "Não é como os cigarros que podem ser proibidos, já que as pessoas precisam cozinhar. O processo será gradual para desenvolver técnicas mais eficazes para cozinhar e melhorar o habitat e a ventilação interna", explicou.

A Aliança Global para as Cozinhas Ecológicas (Global alliance for Clean Cookstoves), co-fundada pela OMS, pretende equipar 100 milhões de lares até 2020 com equipamentos de cozinha "limpos". Essa organização, que conta com financiamento público-privado, não propõe uma solução única de "cozinha ecológica" aos países pobres, mas várias tecnologias apropriadas às culturas das diferentes regiões do planeta.

Nos países ricos, onde a contaminação das moradias se deve, principalmente, aos cigarros e em menor medida à umidade, as soluções são imediatas, como "se livrar dos fumantes", propôs Anderson.

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