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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu no Palácio do Planalto nesta segunda-feira, 11, duas familiares do brasileiro Michel Nisembaum, desaparecido em Israel, apontado como um dos reféns do Hamas. Mary Shohat (irmã de Michel) e Hen Mahluf (filha) foram ao encontro acompanhadas do senador Jaques Wagner (PT-BA) - que é judeu e próximo à comunidade israelense.

"Expressei minha solidariedade e falei dos esforços que o governo brasileiro tem feito, junto aos países da região, para a libertação dos reféns", disse o presidente em seu perfil no X, novo nome do Twitter.

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"Acho que a conversa foi muito boa, elas as familiares perceberam que o presidente Lula está completamente inteirado do assunto. Eu diria que a preocupação número um dele é exatamente com os reféns, e particularmente com o Michel por ser o refém que tem a nacionalidade brasileira", disse Wagner depois da conversa.

De acordo com o senador, Michel Nisembaum tem 56 anos e trabalhava como socorrista.

Wagner também disse que Lula aproveitou sua viagem para o Oriente Médio para pedir ajuda a autoridades de países árabes no esforço pela libertação do refém. O Catar, principalmente, tem boas relações com Hamas.

Cinquenta e seis políticos e familiares foram mortos no País nos primeiros nove meses deste ano, de acordo com dados do Grupo de Investigação Eleitoral (Giel), da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). Assassinado a tiros na porta de casa na noite desta terça-feira, 7, o vereador de São Gonçalo (RJ), Aldecyr Maldonado (PL), de 61 anos, é a vítima mais recente de crimes cometidos contra ocupantes de cargos públicos no Estado.

O parlamentar, conhecido como Cici Maldonado, foi atingido na cabeça por criminosos logo após ser deixado em casa por assessores. De acordo com a Polícia Militar do Rio, policiais foram acionados ao local após o registro dos disparos. O vereador foi levado ao Pronto-Socorro Central de São Gonçalo já sem sinais de vida.

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A equipe do vereador divulgou um comunicado nas redes sociais em que atribui a morte do vereador a uma tentativa de assalto. O caso, no entanto, ainda está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNISG).

"Informamos que, na noite de hoje, o nosso amigo vereador Cici Maldonado nos deixou de uma forma prematura, fruto de uma tentativa de assalto, aonde ceifaram a vida do homem que amava São Gonçalo e doou grande parte da sua vida para ajudar as pessoas", diz o comunicado.

De acordo com os dados do Giel, o Rio de Janeiro já registrou oito homicídios de políticos e familiares somente neste ano, 15% dos casos de todo o País. Outros 19 Estados também tiveram assassinatos de ocupantes ou ex-ocupantes de cargos públicos.

O grupo de pesquisadores da Unirio leva em consideração ex-políticos, candidatos, pré-candidatos, ex-candidatos e funcionários da administração pública no levantamento.

Além dos homicídios registrados neste ano, foram levantados 249 casos de algum tipo de violência (agressão, ameaça, atentado ou sequestro) contra lideranças políticas e familiares.

Ex-vereador do Rio assassinado neste ano

O ex-vereador Jair Barbosa Tavares, conhecido como Zico Bacana, também foi uma das vítimas de homicídio neste ano no Rio de Janeiro. Ele foi morto a tiros no início de agosto no bairro de Guadalupe, Zona Norte da cidade.

Zico Bacana já foi citado como chefe de milicianos em relatório da CPI das Milícias, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Ele também depôs em 2018 na investigação da morte da ex-vereadora Marielle Franco. A Polícia Militar informou que os disparos de arma de fogo partiram de um veículo não identificado que havia parado em frente a um estabelecimento comercial onde estava o ex-vereador.

Casa de vereador alvejada

A Polícia Civil do Rio investiga um ataque com arma de fogo contra o vereador Marcelo Diniz (Solidariedade), na comunidade da Muzema, na Zona Oeste da capital fluminense, no fim de agosto. A área é dominada pela milícia e fica dentro de uma região que se tornou alvo de disputa entre milicianos e traficantes.

Marcelo Diniz relatou que "por volta das 17h", foram disparados "mais de uma dezena de tiros de fuzil aqui na minha casa". O ataque foi registrado na 16ª delegacia da Barra da Tijuca.

O vereador filmou a entrada de um estabelecimento comercial e mostrou marcas de tiros nas paredes e de sangue no chão. Diniz afirmou que um funcionário da Prefeitura do Rio estava no local, "tomando café, conversando" e "recebeu dois tiros nas pernas". A Secretaria Municipal de Saúde informou, na ocasião, que o paciente foi atendido e recebeu alta hospitalar no mesmo dia.

"Todo mundo sabe que está tendo guerra aqui entre facções por disputa aqui do poder paralelo nessa região", disse o vereador. "Além da guerra do poder paralelo, isso aqui para mim está caracterizando um ataque contra a minha família, contra o vereador."

A tradicional celebração do Dia de Finados, neste 2 de novembro, é uma data importante para que as pessoas possam velar e se lembrar dos que já se foram. Entre lágrimas e sorrisos, as memórias de pessoas queridas e amadas permanecem, deixando a vida dos que ficam cheia de saudades. No Cemitério da Várzea, localizado na zona Oeste do Recife, as visitas foram tomadas pela emoção. 

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Cemitério da Várzea visto de cima. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

É o caso de Tereza Carla de Santana, enfermeira e moradora do bairro da Várzea, e que todos os anos vai homenagear seu pai, falecido há 46 anos, no jazido da família, comprado por ele mesmo, muito antes de morrer. “Meu pai morreu com 39 anos, antes disso ele já tinha [o jazigo]. A gente, de criança, ele já trazia aqui no cemitério”, relatou Tereza à reportagem. 

 

Tereza Carla de Santana. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

Além de Tereza, pessoas da família também visitam o túmulo do patriarca, não apenas no Dia de Finados, mas em outros momentos do ano também. No entanto, a frequência e quantidade de pessoas que continuam seguindo a tradição é cada vez menor. “Hoje em dia tá ficando mais escasso. Eu ainda venho, minha irmã vem, mas o restante da família, meus filhos, por exemplo, não vêm. Eu tenho um irmão mais velho que também não vem pra cemitério, não gosta”, disse. 

“Meu pai era tão adorador de cemitério que meu irmão nasceu no Dia de Finados. Minha mãe dizia que no dia, meu pai andou nu, e só não saiu pelas ruas porque ela trancou as portas”, comentou Tereza, dando risadas ao se lembrar do falecido pai. 

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Quando o luto é interminável 

Todos os anos, a viúva Lindalva Rodrigues Costa, de 80 anos de idade, moradora do bairro do Cordeiro, também na zona Oeste da capital pernambucana, vai ao Cemitério da Várzea acender velas aos familiares que se foram, incluindo seu esposo, falecido há 47 anos, no jazigo da família. “Tá aí meu pai, minha irmã, minha neta, minha bisneta, meu cunhado, muita gente. Já tem umas 35 ossadas aí”, afirmou, fazendo uma conta breve de cabeça. 

Lindalva Rodrigues Costa. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá 

Lembrando especialmente de seu esposo, Gilberto Rodrigues, dona Lindalva conta que um acidente de carro causou seu óbito, em agosto 1976. “Ele chegou de viagem, me buscou na maternidade e registrou o nome do nosso filho no cartório. À noite foi a serviço para Palmares e bateu em uma carreta”, relatou com tristeza. 

Apesar do passar do tempo, dona Lindalva nunca esqueceu do seu amor que se foi, deixando com ela oito filhos e as memórias de um casamento que durou apenas 16 anos. “Eu hoje de manhã conversei com meu marido, quando estava colhendo essas flores [disse apontando para um pequeno buquê de flores em cima do jazigo], e disse ‘olha Beto, eu vou levar as flores do jardim da nossa casa pra botar lá [no jazigo]’”, disse com a voz falha e os olhos marejados. 

O luto de dona Lindalva é compartilhado por uma de suas filhas, Aurian Costa, que a acompanha todos os anos no Dia de Finados, e percebe a morte como uma continuação da vida. “Na minha concepção não acaba quando morre, porque fica na mente e no coração pro resto da vida. Até hoje eu sinto, então pra mim não morreu, vive dentro de mim, na minha mente. Eu vejo a morte dessa forma”, contou, de forma reflexiva.

Eita, que essa deve ter doído em algumas pessoas da família de Eduardo Costa. A mãe do cantor, Maria Costa, publicou uma frase que soou como indireta para alguns familiares que hoje tentam se aproximar por conta de dinheiro.

Assim, a influenciadora de 64 anos de idade resolveu alfinetar alguns parentes que não lhe ajudaram no passado e tentam se aproveitar da boa situação que ela e o filho têm hoje em dia.

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"Esta é minha família, conquistada a duras penas. Nenhum parente ajudou. Deixou passar fome, mas hoje muitos querem se achegar e até lembrar que é parente", escreveu ela em um post feito no Instagram com a foto.

Maria Costa tem cerca de 73 mil seguidores em seu perfil e a postagem repercutiu entre os fãs que ela possui na rede social. Na imagem, ela aparece com os três filhos, Eduardo, Weliton e Sara Costa, além do netinho, Vitor, que é filho de Sara.

"Sua história é de superação. Muitos riem, fazem piada! Mas só quem é mãe sabe o que uma mãe enfrenta para criar os filhos com princípios e dignidade. Deus conhece sua história, isso basta. Quem tem Deus tem tudo", declarou uma seguidora.

"A senhora é uma guerreira, está de parabéns. Criou seus filhos com caráter e todos eles são essa grandeza de espetáculo. Querem se aproximar e aproveitar, isso mesmo, não deixe, parentela que lute", brincou outro.

O secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, afirmou nesta sexta-feira (15), que o homem que matou dois policiais militares na última quinta-feira (14), em Camaragibe, município da Região Metropolitana do Recife, não possuía antecedentes criminais, e que era portador de licença de colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC). Segundo o chefe da pasta, a arma de Alex Silva, conhecido como "Samurai", responsável pelos disparos contra os PMs, era registrada no nome dele. 

A confirmação foi dada durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, onde a governadora Raquel Lyra (PSDB) se pronunciou sobre o caso das oito mortes, se solidarizando pelas famílias dos policiais mortos em serviço. 

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O que aconteceu 

Na noite da quinta-feira (14), os PMs foram atender a um chamado no bairro de Tabatinga, em Camaragibe, de uma denúncia anônima que algumas pessoas estavam em uma laje fazendo disparos com arma de fogo. Ao chegar ao local, eles foram recebidos com tiros, sendo atingidos na cabeça. Na troca dos disparos, uma mulher grávida foi atingida, e está hospitalizada. Alex fugiu. 

"Ao chegar no local, na escada, os policiais estavam chegando, ele de cima da escada, efetuou os disparos. E tiros precisos, atingiram as cabeças dos dois policiais. Havia mais pessoas sobre a laje, e com a confusão, se evadiram todos, então, uma das coisas que a investigação irá esclarecer é quem eram as pessoas que estavam lá”, relatou Alessandro. 

Durante a madrugada, três irmãos de Alex foram mortos, mas não se sabe ainda quem são os responsáveis pelos assassinatos. Na manhã desta quinta-feira, os corpos de duas mulheres foram encontrados em um matagal no município de Paudalho, na zona da Mata. Uma foi identificada como Maria José, de 58 anos, mãe de Alex, e a outra seria a companheira dele, mas a informação ainda não foi confirmada pelos peritos. 

Alessandro Carvalho afirmou ainda que as investigações, até o momento, não descartam nenhum possível suspeito. “Nós não temos como descartar nenhuma hipótese. O que nós temos é: dois policiais foram assassinados ao atender a uma ocorrência; cinco pessoas ligadas à vítima foram mortas em menos de 12 horas. Existe uma correlação, e é isso que nós vamos investigar. O delegado Erivaldo Pereira e equipe dele vai investigar. Seja qual for a hipótese, ela será checada, confirmada ou descartada”, declarou. 

Carvalho ressaltou que há uma linha de trabalho que já está sendo apurada para chegar aos verdadeiros responsáveis. “O que a gente quer é o resultado final, o que todos nós queremos aqui é o resultado final. Que se determine quem foram os autores, quais foram as pessoas que estavam em cima da laje, e que são coautores do homicídio dos policiais, e quem foram os autores dos homicídios contra os familiares do criminoso que matou os policiais. Então essa é a resposta que a polícia tem que dar no final”, disse. O secretário não soube informar se algum familiar de Alex vai receber algum tipo de suporte ou indenização por parte do estado. 

Programa que gera dúvidas 

O governo do estado lançou, ainda no final de julho, o programa “Todos Pela Segurança”, tendo como primeiro passo um período de escuta da população para entender as principais demandas em relação à segurança pública em Pernambuco. Alessandro Carvalho reforçou o calendário apresentado no dia do lançamento, cujo plano final deverá ser divulgado no dia 28 de setembro.

“A escuta da população também está em curso e irá terminar agora no sábado, dia 23. Eu cheguei [à chefia da Secretaria de Defesa Social] na semana passada e não participei de nenhuma etapa do ‘ouvir para mudar’. Então o que acontece? Eu cheguei, já fui secretário de 2014 a 2016, executivo antes, conheço um pouco da realidade do estado [em relação à] segurança. Porém de 2016 pra cá, sete anos se passaram, e muita coisa deve ter mudado. Então estou em processo ainda de conversa com as operativas para que eu me entregue o mais rápido possível aí que a gente tenha uma implementação e a medidas que possam melhorar a segurança no estado”, prometeu. 

 

Luciana Cardoso, esposa de Faustão, usou as redes sociais para prestar apoio aos familiares de MC Marcinho. Assim como o apresentador, o funkeiro estava na lista de espera do transplante de coração, mas não resistiu e morreu no último sábado (26).

Ao compartilhar uma foto do marido ao lado do cantor, Luciana gentilmente escreveu:

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"Nosso carinho aos familiares do Mc Marcinho".

Fausto Silva está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele foi diagnosticado com um quadro de insuficiência cardíaca e acabou entrando para a lista do transplante.

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para flexibilizar regras de impedimento de juízes e liberar magistrados para julgar casos em que as partes sejam clientes de escritórios de cônjuges, parceiros e parentes. Até a noite de ontem o placar estava em 6 a 3 no plenário virtual. A decisão beneficia os próprios ministros do STF. Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes são casados com advogadas. Já os ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Edson Fachin, por exemplo, são pais de advogados.

A restrição foi criada na reforma do Código de Processo Civil para garantir a imparcialidade nos julgamentos e valia inclusive para processos patrocinados por outras bancas de advogados. Isso quer dizer que, se o cliente tivesse alguma causa no escritório do parente do juiz, o magistrado estaria impedido de julgar qualquer ação dele.

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O ministro Gilmar Mendes, decano do STF, apresentou o voto predominante. Ele defendeu que a restrição à atuação dos magistrados viola os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade.

O argumento é que não dá para exigir que os juízes conheçam a carteira de clientes dos escritórios de seus parentes. "O fato é que a lei simplesmente previu a causa de impedimento, sem dar ao juiz o poder ou os meios para pesquisar a carteira de clientes do escritório de seu familiar", criticou.

O julgamento estava em curso no plenário virtual do STF. Nesta modalidade, não há debate, reunião dos ministros ou transmissão pela TV Justiça. Os votos são registrados em uma plataforma online. A votação termina na segunda.

'INTEGRIDADE'

O economista Bruno Brandão, diretor executivo da Transparência Internacional - Brasil, classificou como "lamentável" a decisão do STF. Na avaliação do especialista, a regra de impedimento contribuía para "aprimorar a integridade" da Justiça. "A decisão produz uma percepção na sociedade ainda pior por ter sido tomada por juízes cujas esposas e filhos advogados são sócios de escritórios diretamente afetados."

Brandão discorda do argumento de que os juízes não têm instrumentos para controlar se estão julgando causas de clientes de parentes. "O argumento de que a medida é inexequível é altamente questionável, considerando as possibilidades atuais dos processos digitais. Empresas privadas fazem, há anos, esse tipo de checagem de vínculos societários, de maneira automatizada, para detectar riscos de compliance."

O Código de Processo Civil determina que os magistrados devem se declarar impedidos para o julgamento dos clientes das bancas de seus maridos, esposas e parentes de até terceiro grau. A regra de impedimento se aplica mesmo para processos que estiverem a cargo de outros escritórios, ou seja, o juiz não podia analisar nenhuma ação de quem tivesse contratado serviços de advocacia com bancas de seus familiares.

ASSOCIAÇÃO

A ação em julgamento no STF é movida pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). A entidade de classe afirma que os juízes precisariam exigir dos parentes uma lista diária da relação de seus clientes e poderiam ser penalizados por "informações que estão com terceiros".

"O dispositivo ora impugnado se presta apenas para enxovalhar alguns magistrados, pois quando há o interesse de atingi-los ou maculá-los, certamente para constrangê-lo em razão de já ter proferido decisão(ões) contrária(s) aos seus eventuais detratores, esses se prestam a fazer pesquisas extra-autos para obter a informação necessária a apontar o impedimento que o magistrado desconhece", argumentou a AMB ao dar entrada no processo em 2018.

Ao votar para derrubar a regra, Gilmar também argumentou que, na prática, a restrição é "inviável", por causa da rotatividade entre os escritórios de advocacia. "Sociedades de advogados são formadas, desmembradas e dissolvidas. Advogados empregados são contratados e demitidos", afirmou. "Para observar a regra de impedimento, não basta verificar o nome do advogado constante da atuação. É indispensável verificar as peças do processo, checando o papel timbrado no qual são veiculadas as petições."

O voto afirma ainda que a distribuição dos processos é aleatória e que o impedimento deve ser "excepcional". "O trabalho do juiz é julgar. Aceitar que as partes usem a recusa como meio para manchar a reputação do julgador é diminuir não só a pessoa do juiz, mas a imagem do Poder Judiciário", acrescentou.

O decano foi acompanhado por Cristiano Zanin, Luiz Fux, Dias Toffoli, Kassio Nunes Marques e Alexandre de Moraes.

Em seu voto, Zanin afirmou que o controle das partes do processo é "praticamente impossível" e que a regra poderia prejudicar parentes de magistrados. "Tanto os clientes quanto os advogados não são obrigados a permanecer no mesmo escritório. É a regra da iniciativa privada. Os vínculos se alteram tanto entre os advogados e os escritórios como entre os escritórios e os seus clientes", defendeu.

O ministro Edson Fachin, relator do processo, votou para manter a regra de impedimento. Ele defendeu que ela foi criada para "garantir um julgamento justo e imparcial". "Ainda que em alguns casos possa ser difícil identificar a lista de clientes do escritório de advocacia, a regra prevista no Código de Processo Civil está longe de ser de impossível cumprimento", rebateu. Ele foi seguido por Rosa Weber e Luís Roberto Barroso.

CÓDIGO

Base da mudança de entendimento, a reforma do Código de Processo Civil (CPC) ocorreu em 2015. O rascunho que deu origem ao novo CPC foi elaborado por uma comissão de juristas que concluiu os trabalhos cerca de cinco anos antes. O coordenador da equipe está hoje no STF e participa do julgamento em curso: o ministro Luiz Fux, que agora votou contra o impedimento.

Quando começou a trabalhar na reforma, Fux era ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele entregou pessoalmente o anteprojeto da reforma no Senado, onde o texto começou a ser votado. A versão original do projeto não previa a regra de impedimento que hoje vigora no texto. A norma proposta pela comissão coordenada por Fux era mais modesta: os juízes só não poderiam despachar em ações patrocinadas por escritórios de seus familiares, mesmo que os parentes não estivessem diretamente envolvidos no caso.

O texto ganhou uma versão ainda mais restritiva a partir de um substitutivo. O artigo 144 passou a prever que o juiz não pode atuar em processos "em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório". Regra agora flexibilizada.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin votou para derrubar uma lei que prevê o impedimento de juízes nos casos em que seus cônjuges ou parentes atuem por meio de escritório de advocacia. A ação foi apresentada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e é julgada no plenário virtual da Corte que vai até segunda-feira, 21. Com o voto de Zanin, o placar empatou em 3 a 3.

Zanin argumentou que a relação entre o advogado e o seu cliente é sigilosa e disse que a regra é difícil de aplicar. "Tanto os clientes quanto os advogados não são obrigados a permanecer no mesmo escritório. É a regra da iniciativa privada. Os vínculos se alteram tanto entre os advogados e os escritórios como entre os escritórios e os seus clientes. O controle, então, por parte do magistrado é praticamente impossível", afirmou.

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Ele também afirmou que o impedimento cria uma pressão sobre os advogados parentes de magistrados. "Por outro lado, impedir o parente do magistrado de atuar como advogado, além de ser juridicamente impossível, restringe as oportunidades de terceiro, em afronta à liberdade de iniciativa e ao direito ao trabalho e à subsistência", concluiu o ministro.

A esposa de Zanin, Valeska Martins, é advogada no escritório fundado pelo casal. Os dois atuaram juntos na defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos processos da Lava Jato. Ao ser nomeado ministro, Zanin se desligou das ações, mas o nome de sua esposa continuou nos autos. Ela atua em pelo menos 14 processos em tramitação no Supremo.

Além de Valeska, as esposas dos ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Dias Toffoli também atuam em escritórios de advocacia, e os ministros Luiz Fux e Edson Fachin tem filhos advogados.

Familiares desolados reuniram-se neste domingo (18) em um necrotério de Uganda à procura de notícias dos seus entes queridos, após o ataque de um grupo rebelde que deixou 41 mortos em uma escola, a grande maioria estudantes.

O papa Francisco condenou o "ataque brutal" e disse que estava orando pelos jovens neste domingo, quando se encontrou com os fiéis na Praça de São Pedro, no Vaticano.

Pelo menos 41 pessoas morreram na noite de sexta-feira (16) em uma escola de ensino médio do oeste do país, localizada muito perto da República Democrática do Congo (RDC), o reduto da milícia jihadista a quem as autoridades atribuíram o ataque.

As vítimas foram mortas a facadas, baleadas ou queimadas na escola Lhubiriha, na cidade de Mpondwe.

O exército e a polícia acusaram as Forças Democráticas Aliadas (ADF), um grupo rebelde ligado ao grupo jihadista Estado Islâmico. A milícia levou seis pessoas sequestradas para a RDC.

Muitas das vítimas morreram queimadas quando os agressores incendiaram um dormitório coletivo, o que complica a identificação e contagem dos desaparecidos.

No necrotério de Bwera, perto de onde ocorreu o ataque, as famílias choravam quando os corpos de seus parentes foram colocados em caixões e levados para o enterro.

Outras continuam sem notícias de seus entes queridos. Muitas das vítimas que morreram queimadas foram levadas para a cidade de Fort Portal, onde passarão por exames de DNA para serem identificadas.

No ataque, 17 estudantes do sexo masculino morreram queimados em seu dormitório. Vinte alunas foram mortas a facadas, de acordo com a primeira-dama e ministra da Educação de Uganda, Janet Museveni. Um segurança também foi morto, segundo as autoridades.

O ataque de sexta-feira foi o mais sangrento em Uganda desde 2010, quando 76 pessoas foram mortas em um duplo ataque em Kampala realizado pelo grupo jihadista somali Al Shabab.

- Um ato "terrível" -

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, denunciou o ato "terrível", e tanto os Estados Unidos quanto a União Africana também condenaram o massacre e enviaram suas condolências.

Ao mesmo tempo, foram levantadas questões sobre como os milicianos evitaram ser detectados em uma área de fronteira sujeita a uma forte presença militar.

O general Dick Olum disse à AFP que os elementos de inteligência coletados apontam para a presença de milicianos da ADF na área pelo menos dois dias antes do ataque, e especificou que será necessária uma investigação para esclarecer os erros.

A milícia ADF começou como um grupo insurgente em Uganda, de maioria muçulmana, e se estabeleceu no leste da RDC em meados da década de 1990. Desde então, foi acusada de matar milhares de civis.

Em 2019, eles juraram lealdade ao grupo Estado Islâmico, que apresenta os combatentes da ADF como um ramo local na África Central. São acusados de ataques jihadistas na RDC e em solo ugandense.

Uganda e a República Democrática do Congo lançaram uma ofensiva conjunta em 2021 para expulsar a ADF de seus redutos congoleses, mas essas operações não conseguiram conter os ataques do grupo.

Depois de confessar ter usado um cartão falso de vacinação da Covid-19, a mulher do tenente-coronel Mauro Cid, Gabriela Santiago Ribeiro Cid, foi envolvida em uma segunda investigação da Polícia Federal: a que mira uma trama golpista para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder após a derrota nas eleições.

Uma perícia no celular dela recuperou conversas golpistas com Ticiana Villas Bôas, filha do general Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército, após o segundo turno.

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Elas defendem uma nova eleição, com voto impresso, e a destituição do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que segundo Gabriela 'tem que cair'.

"Estamos diante de um momento tenso onde temos que pressionar o Congresso", escreve Gabriela. A filha do general responde: "Ou isso ou a queda do Moraes."

Gabriela também sugere uma mobilização de caminhoneiros, que na época estavam obstruindo rodovias federais em protesto contra a vitória de Lula. "Invadir Brasília como no 7 de setembro e dessa vez o presidente, com toda essa força, agirá."

A mulher de Mauro Cid também parece mobilizar doações aos manifestantes bolsonaristas e convocar amigos para os protestos. "Não estamos mais em tempo de brincadeira", escreve. "As Forças Armadas estão ao nosso lado."

Gabriela chega a sugerir a confecção de cartazes com mensagens como 'senadores covardes', 'Rodrigo Pacheco culpado' e 'impeachment AM' (Alexandre de Moraes).

COM A PALAVRA, A DEFESA DO EX-PRESIDENTE JAIR BOLSONARO

"O presidente Bolsonaro jamais participou de qualquer conversa sobre um suposto golpe de Estado.

Registramos, ainda, que o ajudante de ordens, pela função exercida, recebia todas as demandas - pedidos de agendamento, recados etc - que deveriam chegar ao presidente da República. O celular dele, portanto, por diversas ocasiões se transformou numa simples caixa de correspondência que registrava as mais diversas lamentações."

Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fábio Wajngarten, advogados do ex-presidente

COM A PALAVRA, A DEFESA DE MAURO CID E GABRIELA CID

"Por respeito ao Supremo Tribunal Federal, todas as manifestações defensivas serão feitas apenas nos autos do processo."

Bernardo Fenelon e Bruno Buonicore

COM A PALAVRA, TICIANA VILLAS BÔAS

A reportagem busca contato com Ticiana. O espaço está aberto para manifestação (rayssa.motta@estadao.com).

Uma mulher foi presa nesta segunda-feira, 22, sob a suspeita de ter pagado pelo assassinato do pai e do irmão em Votuporanga, no interior de São Paulo. Viviane Moré e o marido, Carlos Ramos, que também foi preso, são acusados de também terem encomendado a morte da mãe dela, mas a genitora havia viajado e não foi encontrada em casa pelos assassinos.

Segundo a Polícia Civil, Viviane planejou eliminar a família para herdar sozinha o patrimônio dos pais, avaliado em R$ 2 milhões. Ela e o marido Carlos Ramos pagariam R$ 30 mil para os autores dos crimes - R$ 10 mil por morte.

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O duplo homicídio aconteceu na madrugada de 11 de maio, no sítio da família. Policiais militares foram ao local depois de receber um pedido de socorro, através de um grupo de vigilância solidária, via WhatsApp. Eles encontraram o proprietário Wladmyr Ferreira Baggio, de 56 anos, e seu filho Vitor Moré Baggio, de 22, amarrados em cadeiras e com os olhos vendados na cozinha do sítio.

Os dois tinham marcas de tiros na cabeça e sinais de espancamento. Wladmyr estava morto e Vitor chegou a ser levado para a Santa Casa da cidade, mas morreu no hospital.

A suspeita inicial foi de latrocínio, pois o carro do sitiante foi carregado com objetos retirados da propriedade. Com a chegada rápida da polícia, os criminosos fugiram por uma mata levando apenas dinheiro e o celular de Wladmyr. Horas depois do crime, dois suspeitos foram presos. Um deles foi visto por testemunhas rondando o sítio no dia anterior.

De acordo com o delegado Rafael Latorre, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), o suspeito, de 29 anos, acabou confessando o crime e revelando onde havia escondido um revólver calibre 38, luvas e as roupas usadas na ocasião. Ele apontou também o comparsa, de 34 anos. "O plano era forjar um roubo, mas a polícia chegou muito rápido e não deu tempo. Uma tenente da PM viu a palavra 'socorro' na mensagem enviada pelo Wladmyr e avisou o 190 (telefone de emergência da PM)", disse.

Segundo o delegado, o fato de o suspeito ter assumido sozinho e rapidamente a autoria dos crimes, inclusive confessando ter feito os disparos sem razão para isso, já que os dois estavam amarrados, levantou suspeita. "Fomos à cadeia ouvi-lo novamente e ele acabou dando todos os detalhes, inclusive sobre um encontro que tiveram com os mandantes, três dias antes, em um posto de combustível."

O delegado requisitou as imagens de câmeras do posto e não teve mais dúvidas. "O casal se encontrou com os dois executores no posto e não teve o cuidado de disfarçar, pois nem abasteceu o veículo. Foram até lá só para combinar o crime, que incluía também a morte da mãe dela, mas a senhora tinha viajado para Aparecida do Taboado, no Mato Grosso do Sul, para visitar sua genitora, que estava doente", disse.

Os executores receberiam R$ 30 mil pelos crimes - R$ 10 mil por assassinato, incluindo o da mãe de Viviane.

Segundo o delegado, o homem assassinado tinha um estabelecimento comercial na cidade e morava com o filho e a esposa na chácara, próxima ao aeroporto de Votuporanga. O patrimônio do casal, entre bens e dinheiro, foi avaliado em cerca de R$ 2 milhões.

"O que o criminoso preso disse é que a mulher tinha desentendimentos com a família e queria eliminar os pais e o irmão para ficar como única herdeira de todo o patrimônio. Houve problema porque a mãe sobreviveu", contou.

O mandado de prisão do casal foi expedido pela justiça de Votuporanga, que também autorizou a conversão da prisão temporária em preventiva. Os dois autores diretos do crime, presos em flagrante, também já tiveram a prisão preventiva decretada. Eles tinham passagens por furto e roubo.

O casal não tinha passagens pela polícia. Os quatro acusados vão responder por latrocínio duplo com agravantes.

Em redes sociais, circula uma postagem feita por Viviane logo após o assassinato do irmão. "Sua jornada infelizmente veio ao fim, que iansã tenha lhe acompanhado em sua passagem e que seja recebido com muitas festas no Orum. Sempre terei contigo somente as boas lembranças", escreveu, citando termos de cultos de matriz africana.

A advogada Mariflavia Peixe de Lima, que assumiu a defesa do casal Viviane e Carlos, disse que os investigados, seus clientes, têm direito à ampla defesa e ao contraditório. "Qualquer afirmação sobre a situação antes de uma sentença transitada em julgado, essa defesa abomina", disse, em nota.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos outros dois acusados.

Um grupo de torcedores do AZ Alkmaar atacou familiares de jogadores do West Ham durante partida pela Liga Conferência, em que o West saiu classificado e disputará a final. A atitude da torcida, que invadiu a área destinada às famílias dos atletas, irritou alguns jogadores do West Ham, entre eles, o brasileiro Lucas Paquetá, que saíram em defesa dos parentes. 

Em imagens que circulam nas redes sociais, é possível ver torcedores organizados do AZ rompendo uma grade da arquibancada e entrando no espaço reservado para os familiares do time rival. Na ocasião, os atletas da equipe inglesa comemoravam no gramado a classificação. 

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No entanto, ao perceberem a ação dos torcedores, foram até o local na tentativa de defesa dos familiares. Além de Paquetá, participaram do confronto o meia Flynn Downes, o lateral Ben Johnson, o zagueiro Aaron Cresswell, e os atacante Antonio e Benrahma, cujos parentes estavam acompanhando a partida nessa área.

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Após a partida, durante coletiva de imprensa, o técnico do West Ham, David Moyes,  falou sobre o episódio. "Não consigo explicar o que aconteceu e por que aconteceu. Os jogadores estavam envolvidos porque era a seção familiar. Esse provavelmente foi o motivo da reação. Não quero que isso estrague a noite de forma alguma, porque os torcedores do West Ham não estavam procurando problemas. Espero que eles investiguem isso. Minha família estava lá e eu tinha amigos naquela seção",disse

A 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça analisa na tarde desta terça-feira, 18, um pedido dos familiares da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes para terem acesso aos autos da investigação sobre os mandantes do duplo assassinato ocorrido em abril de 2018. Apesar de os executores do crime terem sido identificados e colocados no banco dos réus, a pergunta 'quem mandou matar Marielle e Anderson' segue sem resposta, mesmo cinco anos após os homicídios.

O pedido de acesso às apurações tramita em segredo de Justiça, sob relatoria do ministro Rogério Schietti. A partir das 14h desta terça, os magistrados que integram a 6ª Turma começam a avaliar recurso das famílias de Marielle e Anderson.

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O assunto chegou ao STJ após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negar aos familiares da vereadora e do motorista o acesso aos autos da investigação sobre os mandantes do crime.

Em primeira instância, a Justiça fluminense também negou o pedido, feito em dezembro de 2021 por meio de uma carta.

Representantes do Comitê Justiça por Marielle e Anderson, do Instituto Marielle Franco, entidades e familiares da vereadora e do motorista vão acompanhar o julgamento em Brasília.

O assassinato de Marielle e Anderson ocorreu em 2018, quando o carro em que ambos estavam foi alvejado por tiros na região central do Rio, após deixarem um evento do PSOL. Uma assessora da então vereadora sobreviveu ao atentado.

Dois ex-policiais estão presos e são réus pelo assassinato de Marielle e Anderson. Ronnie Lessa, PM reformado, é apontado como executor dos disparos. Élcio Queiroz seria o motorista do carro que perseguiu o veículo ocupado por Marielle que foi alvejado por tiros naquela noite.

Lessa e Élcio foram mandados a júri popular, com o reconhecimento de qualificadoras nos crimes de homicídio - 'motivo torpe', 'outro meio que dificultou a defesa da vítima' e 'para assegurar a impunidade de outro crime'.

Em fevereiro, após requisição do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a Polícia Federal no Rio abriu um inquérito para apurar o assassinato, em parceria com as autoridades fluminenses. De acordo com o Ministério da Justiça, o inquérito é um procedimento interno, sem prazo para conclusão.

A portaria de abertura dessa investigação diz que a PF vai investigar 'todas as circunstâncias' do crime. O texto destaca que é atribuição da corporação 'apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme'.

O documento cita o princípio da razoável duração do processo.

Por meio das redes sociais, familiares de Norma Dapaz de Figueiredo Falcão, de 61 anos, pedem ajuda para encontrá-la. De acordo com a postagem, Norma, que reside em Carpina, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, está desaparecida desde a tarde última quarta-feira (8).

A família prestou queixa do desaparecimento na Delegacia de Polícia Civil de Carpina, que já investiga o caso. Além disso, foi disponibilizado o número de telefone - (81) 98976-9553 - para qualquer informação que possa ajudar a encontrar a mulher.

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Um grupo de 42 famílias de vítimas do incêndio na Boate Kiss estuda ir à Justiça contra a Netflix. O motivo é a série ficcional Todo Dia a Mesma Noite, que retrata a história do desastre do dia 27 de janeiro de 2023, quando 242 pessoas morreram após a boate em Santa Maria (RS) pegar fogo. Os parentes afirmam que não foram consultados e dizem estar incomodados com parte das cenas e com o que classificam como comercialização da tragédia.

O empresário Eriton Luiz Tonetto Lopes é um dos líderes do movimento, e alega ter sido pego de surpresa pela obra audiovisual. "A maioria não foi ouvida, então me achei no direito de protestar", conta ele que perdeu a filha Evelin, com 19 anos na tragédia. De acordo com ele, os responsáveis pela série não procuraram os familiares de outras vítimas além das retratadas nas obras.

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Lopes garante que os pais não vão procurar qualquer indenização da empresa. "Não queremos dinheiro da Netflix, a gente quer que parte desse valor arrecadado seja usado para ajudar os sequelados", diz. Lopes é bastante crítico pelas ações comerciais que envolvem a memória da tragédia, como venda de camisetas, canecas e garrafas d'água.

Segundo ele, uma empresa já estuda a criação desses produtos com imagens ligadas à tragédia. "Nosso intuito é parar por aí, que não seja mais comércio. Estão lucrando com a tragédia desses pais. "Não queremos dinheiro. Queremos justiça e que parem de comercializar nossos filhos", afirma.

'Minissérie é diferente do que já foi produzido até agora'

Advogada que representa as famílias, Juliane Korb, diz que as medidas legais ainda estão sendo avaliadas, já que é necessário avaliar as queixas dos familiares em relação à lei. "Ainda estamos estudando a o que podemos fazer juridicamente a respeito de algumas informações desses pais." De acordo com ela, o principal motivador para esse movimento dos pais foi a surpresa e falta de comunicação sobre a produção da Netflix.

"Uma minissérie é muito diferente de tudo que foi produzido até hoje de conteúdo jornalístico. Muitos pais não tiveram estrutura psicológica de entrar naquele ginásio para fazer o reconhecimento dos seus filhos, e muitos até hoje não tiveram coragem de se deparar com essas imagens", afirma. "E a série traz no trailer imagens desse momento."

A cena do ginásio onde os corpos foram levados no dia tragédia é uma das que compõem o trailer da minissérie de cinco episódios que estreou em 25 de janeiro. Juliane diz que o primeiro pedido a ser feito diretamente à Netflix é uma adequação desse trailer pois, de acordo com ela e com Lopes, as imagens já despertaram problemas psicológicos em alguns familiares que conseguirem "se blindar" de cenas que remetessem ao ginásio.

"Faltou muita sensibilidade, porque os familiares envolvidos de forma direta com a associação tinham conhecimento. Mas faltou sensibilidade da plataforma aos demais pais serem pelo menos comunicados que estava acontecendo", diz Juliane. Segundo ela, esses pais são favoráveis que a história siga sendo contada, mas defendem que isso seja feito por meio de conteúdos jornalísticos e documentários.

Em nota publicada nas redes sociais no domingo, 29, a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) declarou apoio à produção, disse estar ciente e afirma que se sentiu representada pela minissérie. Acrescenta ainda que a obra retrata as famílias que chegaram a ser processadas por críticas ao trabalho do Ministério Público na época.

A reportagem não conseguiu contato com a Netflix até a publicação deste texto.

Na manhã desta terça-feira (27.12), a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil prendeu, em flagrante, um homem de 37 anos e seu amigo, de 31 anos, suspeitos do crime de extorsão contra familiares de um deles.

O suspeito de 37 anos estava, supostamente, desaparecido desde o domingo, 25 de dezembro, quando estava na casa de um amigo e foi visto entrando em um veículo desconhecido. Familiares registraram um boletim de ocorrência n 1a Delegacia de Cuiabá relatando o desaparecimento.

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Posteriormente, de acordo com familiares, o rapaz entrou em contato, por meio de aplicativos de mensagem, afirmando que estaria em um cativeiro, sendo brutalmente agredido, e que criminosos exigiram a quantia de R$ 1.500,00 para que fosse libertado. Outras pessoas da família receberam áudios com um som de choro da suposta vítima.

Logo após a suposta libertação do cativeiro, o rapaz retornou a sua residência no Jardim Florianópolis. Os investigadores da GCCO, que se encontravam em diligências nas redondezas para apurar informações do desaparecimento, chegaram poucos instantes depois, e encontraram o homem sem nenhuma lesão visível, o que contradizia as agressões que teria sofrido. Ele também se contradisse ao relatar o que havia ocorrido.

Diante disso, ele acabou admitindo que forjou um suposto sequestro para obter dinheiro de seus familiares e que durante todo o tempo estava na residência de seu amigo, que tinha conhecimento dos fatos e o auxiliara a se esconder. Inclusive, quando a equipe policial esteve na residência para apurar o que havia ocorrido, ele disse que se escondeu no banheiro da casa. O amigo ainda afirmou aos policiais que a 'vítima' foi até casa dele, deixou uma motocicleta e teria saído em um veículo branco.

O falso desaparecido e o amigo foram conduzidos à sede da GCCO e autuados em flagrante pelo crime de extorsão, sem arbitramento de fiança. Após o procedimento, ambos foram colocados à disposição do Judiciário, devendo ser submetidos à audiência de custódia em data a ser determinada.

Da assessoria.

Laços familiares unem pelo menos 27 parlamentares eleitos neste ano para o Congresso. Da esquerda ao Centrão, há políticos da mesma família que chegarão ao Legislativo por diversos partidos. Os eleitores escolheram casais, irmãos e pais e filhos para vagas na Câmara e no Senado. Entre eles está o casal Sérgio Moro (União Brasil), futuro senador pelo Paraná, e Rosângela Moro (União Brasil), que vai ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados por São Paulo.

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Moro afirmou que ele e Rosângela trabalharão em parceria no Congresso. "Temos pautas comuns, mas também pautas específicas. Ela deve focar em pautas sociais. Eu, em pautas econômicas. Ambas anticorrupção e segurança pública", disse o ex-juiz da Lava Jato ao Estadão.

Nas redes, tanto Moro quanto Rosângela pregam a criação de uma "bancada da Lava Jato" no Congresso. Além dos dois, o ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que coordenou a força-tarefa da operação em Curitiba, foi eleito deputado federal.

Detinha (PL-MA) e Josimar Maranhãozinho (PL-MA) serão outro par no Congresso. Os dois foram eleitos para a Câmara. Maranhãozinho ganhou o segundo mandato. Alvo da Polícia Federal por suspeita de desvio de recursos públicos, o parlamentar sempre negou irregularidades.

Calheiros

Existem, ainda, casos em que pai e filho serão colegas. O Senado terá dois "Renans". Renan Calheiros (MDB-AL), eleito em 2018 para um mandato de oito anos na Casa, terá a companhia do ex-governador de Alagoas Renan Filho (MDB-AL).

"Cada um guardará a sua individualidade. Nunca esqueça que filho é uma geração certamente melhorada", afirmou Renan pai ao Estadão.

Outro Calheiros no Congresso é Renildo, deputado federal pelo PCdoB de Pernambuco, que foi reeleito neste ano. Renildo é irmão de Renan pai.

No Salão Verde da Câmara também será possível encontrar uma dobradinha doméstica. O deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), conhecido como Dudu da Fonte, obteve novo mandato e conseguiu eleger seu filho Lula da Fonte (PP-PE), de 21 anos. Os dois fizeram campanha juntos em Pernambuco, mas o pai disse que Lula da Fonte terá um mandato autônomo.

"Ele tem vida própria na política. Foi presidente do PP jovem e do PP do Recife e hoje é vice-presidente do partido (em Pernambuco). Sempre participou das minhas campanhas e agora tem vida própria na política. Tem as bandeiras dele, como a causa animal e a segurança alimentar", destacou Dudu da Fonte.

Os irmãos petistas Jilmar e Nilto Tatto também serão colegas de Câmara. Nilto já era deputado federal e foi reeleito. Secretário nacional de Comunicação do PT, Jilmar estava sem mandato e retornará à Casa a partir de 2023.

"Vou trabalhar para criar o Sistema Único de Mobilidade, assim como tem o Sistema Único de Saúde. A pauta do Nilto é diferente: são temas da agenda ambiental, dos povos originários, dos quilombolas e agricultura familiar", declarou Jilmar, ex-secretário municipal de Transportes em São Paulo.

O petista disse que atuará como articulador político dentro do Congresso. "O meu perfil é mais pró-mobilidade, mais de articulação política. Até pelo fato de eu ser da direção nacional do PT, (o foco) é mais a relação com os partidos", disse Jilmar.

Famílias

Nas fileiras evangélicas, o missionário R. R. Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus, emplacou dois filhos como deputados federais, embora ele mesmo não tenha disputado nenhum cargo. David Soares (União-SP) e Marcos Soares (União-RJ) conquistaram cadeiras na Câmara.

Para algumas famílias, no entanto, a disputa de 2022 significou distanciamento. A deputada Angela Amin (PP-SC) não foi reeleita e estará fora do Congresso, que ainda terá seu marido, o senador Esperidião Amin (PP-SC). Eleito em 2018, ele tem mais quatro anos de mandato.

Caso parecido é o de Kátia Abreu (PP-TO), que não teve o mandato renovado. Ex-ministra da Agricultura, ela não será mais colega do filho, o senador Irajá Abreu (PSD-TO), que foi eleito em 2018.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Aproveitando-se da fragilidade emocional e do momento delicado, é cada vez mais comum criminosos se passarem por médicos ou funcionários de hospitais na tentativa de conseguirem dinheiro de familiares que têm algum parente internado. Recentemente, o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) alertou todos os hospitais privados sobre o conhecido golpe aplicado por estelionatários envolvendo pacientes internados.

"Golpistas têm adentrado o sistema informativo de estabelecimentos de saúde e emitido cobranças às famílias com pacientes internados sobre a necessidade de cirurgias ou compra de medicamentos", afirmou o SindHosp. "Foram emitidos vários comunicados aos estabelecimentos de saúde, sugerindo que todos os hospitais alertem os familiares dos pacientes no ato da internação para que não deem qualquer valor solicitado em nome do hospital. Solicitações financeiras que anônimos façam a familiares devem ser comunicadas à administração do hospital para a tomada de medidas policiais."

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No comunicado intitulado "Golpe na saúde é alerta para proteção de dados", a entidade pede que, entre as ações, os hospitais revejam os processos de segurança interna para prevenir a invasão e o uso indevido de dados.

O presidente do Sindhosp, Francisco Balestrin, afirma que as informações pessoais ficam protegidas porque existem níveis de acesso diferentes a informações do paciente para a administração, enfermagem, equipes de suporte e médicos. No entanto, vazamentos criminosos podem ocorrer. Ele orienta ainda que os serviços de saúde providenciem a divulgação de informativos para colaboradores, pacientes, visitantes e acompanhantes.

Em abril, a entidade já havia sinalizado que a pandemia da covid-19 influenciou a retomada dessa prática ilegal antiga envolvendo o ecossistema da saúde. De forma ilícita, bandidos conseguem descobrir informações sobre o paciente, desde dados médicos até contato de familiares mais próximos que poderiam transferir valores para quitar procedimentos.

"Nem os hospitais nem as clínicas pedem qualquer tipo de complementação para qualquer procedimento, para qualquer medicação. Isso não existe. Imediatamente deve dispensar essa conversa, entrar em contato com a administração do hospital, do laboratório ou clínica, para que possam ser tomadas todas as medidas, não só administrativas, mas, na maioria parte delas, também policiais e legais em relação à busca desses meliantes que tentam se aproveitar desses momentos das pessoas", afirma Balestrin.

Em depoimento ao Estadão, o filho de uma paciente que esteve internada no Hospital Santa Catarina, na Avenida Paulista, na Bela Vista, relata que recebeu uma ligação durante o momento delicado. "Disseram que era da enfermaria e queriam falar com algum parente", disse ele, que preferiu não se identificar.

Imediatamente, ele ligou para o hospital e soube que ninguém de lá havia telefonado. "Ou seja, continua a ação de quadrilhas junto a pacientes de hospitais. É um golpe antigo. Eles se aproveitam do estado emocional dos familiares em um momento muito delicado. O que me assusta é como sabem que minha mãe está lá e qual o número da minha casa", questionou. No momento da internação, ele recebeu um folder com as informações de alerta sobre o golpe telefônico.

Em nota, o Hospital Santa Catarina - Paulista afirma que não faz ligações para o paciente ou familiares. "Como medida de segurança, no momento da internação, todos os pacientes recebem um informativo sobre possíveis golpes relacionados à instituição. Durante toda a estadia do paciente em nossa rede, a comunicação é feita pela equipe assistencial responsável diretamente para o acompanhante ou a pessoa responsável pelo paciente", afirmou.

Nas redes sociais, também há relatos recentes de familiares que receberam ligação de golpistas pedindo dinheiro referente a tratamento de paciente internado em hospital. Nesta quinta-feira, 11, a influencer digital Bic Müller, que está com o pai na UTI, contou ter sido alvo de golpistas. Em resposta, vários usuários do Twitter contaram suas experiências.

Em abril deste ano, Diogo Mussi, irmão de Rodrigo Mussi, que sofreu um acidente de carro, divulgou nas redes sociais uma mensagem que recebeu enquanto o ex-BBB estava internado. "Tentaram se passar por um médico do Hospital das Clínicas. Me pediu R$ 7 mil para que meu irmão tivesse remédios que não possuem no HC. O pior é se passar por um médico do HC, dando informação sobre a gravidade do estado de saúde do Rod. Meu coração quase parou. Já passei tudo para a polícia", publicou ele.

Na ocasião, a assessoria de imprensa do Hospital das Clínicas esclareceu que é um hospital público e que não solicita depósitos para realização de procedimentos ou para aquisição de medicamentos de pacientes em tratamento no complexo."Se qualquer paciente ou familiar receber uma ligação desta natureza, a orientação, que está disponível no site e nos canais telefônicos do complexo, é não fazer o depósito e reportar imediatamente o caso para a Central de Monitoramento e Segurança do HC pelo número (11) 2661-7050. O HCFMUSP informa ainda que, até o momento, não foi identificado nenhum profissional do seu corpo clínico a partir das informações postadas nas redes sociais da família do paciente", informou, em nota.

O que dizem a polícia e o Procon

Com os dados dos pacientes em mãos, os criminosos procuram ligar para o familiar em um momento em que não está com o doente, afirmando que há custo em aberto para a realização de um procedimento que o convênio médico não cobre. Em seguida, pedem depósitos bancários para que o mesmo seja realizado com urgência.

Para evitar que familiares caiam no golpe, hospitais devem disponibilizar informativos na recepção, assim como entregar folhetos aos pacientes e familiares. Até mesmo no telefone, podem conter avisos. Nas alas de internação, profissionais devem requerer a assinatura do responsável em um termo que contenha a informação que o serviço de saúde não requer nenhum tipo de pagamento extra durante a recuperação do paciente.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP) afirma que as forças de segurança paulistas estão empenhadas diuturnamente no combate à todas as modalidades criminosas, incluindo o estelionato - independentemente do meio em que aconteça.

"A Polícia Civil esclarece que é essencial o registro da ocorrência em uma delegacia territorial ou pela Delegacia Eletrônica, para que o crime seja devidamente investigado e os autores punidos", disse, em nota.

A denúncia, no entanto, ainda gera receio na maioria, em razão de ter o familiar internado ou mesmo depender do plano futuramente. Vítimas do golpe procuradas pelo Estadão preferiram não participar da reportagem e disseram ainda ter receio até mesmo de realizar um boletim de ocorrência, ou seja, o número de ocorrências pode ser ainda maior que o registrado oficialmente.

De acordo com Guilherme Farid, diretor executivo do Procon-SP, é importante ainda que os consumidores fiquem muito atentos a qualquer tipo de ligação que não solicitada, principalmente em situações em que se encontram mais vulneráveis. "Todas as tratativas financeiras devem ser feitas presencialmente no hospital. Nada deve ser feito por telefone", afirma ele.

Sobre a prática ilegal, ele reforça que os dados dos consumidores estão disponíveis para venda em ambientes ilícitos da internet. "Por esta razão, o consumidor deve desconfiar de qualquer ligação que receba utilizando seu nome e dados. Geralmente, o criminoso se utiliza disso para dar credibilidade para a ligação", reforçou o especialista.

Conforme Farid, se o familiar foi vítima do golpe, ele pode pedir a devolução dos valores pagos junto ao hospital e ao plano de saúde (se for o caso), principalmente se os criminosos tiverem fornecido informações do paciente que apenas o hospital e a operadora tenham conhecimento como é o caso de dados pessoais e informações sobre a internação do mesmo.

"O hospital e a operadora de plano de saúde têm responsabilidade mesmo que não haja como saber quem foi o responsável pelo vazamento desses dados. O consumidor deve procurar, primeiramente, os fornecedores (hospital e operadora). Se o caso não for resolvido diretamente com as empresas, pode registrar reclamação no Procon. Entendemos que o hospital é responsável solidário por este tipo de problema", afirma Farid. Para reparação de danos morais a questão deve ser levada ao poder judiciário.

Confira algumas dicas preventivas:

- Fique atento ao número que realizou a chamada, se é o mesmo do hospital. Anote-o;

- Anote também a conta bancária beneficiária do correntista falso;

- No dia da internação, procure dar um telefone do familiar menos emocional, que possa perceber rapidamente que se trata de um golpe;

- Entre em contato com a administração do hospital ou tesouraria para ter informações sobre possíveis cobranças, a maioria já informa que não liga para solicitar transferências bancárias;

- O consumidor não deve efetuar o pagamento antes de verificar a veracidade junto ao hospital;

- Além do hospital, também entre em contato com o plano de saúde para saber sobre o procedimento médico;

- Considerado estelionato, se possível, faça um boletim ocorrência para denunciar o crime. Procure a Delegacia de Polícia mais próxima de sua casa ou realize o registro pela Delegacia Eletrônica;

Jamais repasse informações por internet ou telefone sem confirmar se está falando com um canal oficial.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está cumprindo agenda em Pernambuco nesta quarta-feira (20). Na manhã de hoje, o presidenciável do PT visitou a réplica da casa da onde viveu com a mãe dele, Dona Lindu, em Garanhuns, no Agreste do Estado. O local foi construído por dirigentes petistas.

Segundo publicações do senador Humberto Costa (PT) no Twitter, familiares do ex-presidente estiveram no local para recepcioná-lo.

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No início da tarde, Lula participa de um ato político na cidade, que reúne diversas lideranças políticas, entre elas os pré-candidatos ao Governo de Pernambuco, Danilo Cabral (PSB), a vice, Luciana Santos (PCdoB), e ao Senado, Teresa Leitão (PT).

Acompanhe ao vivo:

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Ainda nesta quarta-feira, Lula cumpre agenda em Serra Talhada, no Sertão do Estado, às 17h. O ex-presidente ficará hospedado em Boa Viagem e, nesta quinta-feira (21), comanda um encontro com representantes da cultura, no Teatro do Parque, no Recife, e um ato no Classic Hall, em Olinda. 

Nove anos depois do incêndio que matou 242 jovens e deixou mais de 600 feridos na Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, familiares das vítimas consideram que a justiça começou a ser feita. No último mês de dezembro, quatro pessoas acusadas pelo Ministério Público (MP) pelos 242 homicídios e 636 tentativas de homicídio por dolo eventual, foram condenadas em júri popular a penas de 18 a 22 anos, a serem cumpridas em regime fechado, inicialmente.

“O que a gente entende é que nesse processo em que os réus responderam pelos homicídios, isso aí ficou, sem dúvida nenhuma, justiçado. Consideramos que foi feita justiça, mas sabemos que isso vai ser decidido nos tribunais superiores mais à frente, porque eles devem recorrer. A gente entende que a justiça teve seu início, a condenação deles é sinal de justiça”, destacou o presidente da Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Flávio Silva. 

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Os sócios da Boate Kiss, Elissandro Calegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, foram condenados a penas de 22 anos e 6 meses, e 19 anos e seis meses, respectivamente; o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, que acendeu o artefato pirotécnico que causou o incêndio, foi condenado a 18 anos; e o produtor do grupo musical, Luciano Augusto Bonilha Leão, que comprou os fogos, a 18 anos também.

“Houve vitória da sociedade, nós não ganhamos nada, a sociedade conquistou sim o início da punição desse tipo de crime. [A condenação deles] prova que esse tipo de crime começa a ser punido no Brasil. Mas a gente entende que só à base de muita luta, muito esforço, que a justiça acontece”, ressaltou Flávio, pai de Andrielle Righi da Silva, que morreu no incêndio quando tinha 22 anos. 

Os quatro condenados já começaram a cumprir pena. Na Justiça Militar, dois bombeiros foram condenados a penas de reclusão, mas as punições não começaram a serem cumpridas em razão de recursos no Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

Quatro bombeiros também já haviam sido condenados anteriormente pela Justiça Comum a penas sem reclusão, em razão de irregularidades no processo de concessão de alvará da boate. “A gente não entende isso como condenação, porque as responsabilidades deles são graves, pelos crimes que cometeram. Eles foram condenados a pagar multa”, disse Flávio. De acordo com ele, os familiares já recorreram ao STJ e aguardam novo julgamento.

Tragédia

O incêndio teve início na madrugada de domingo, 27 de janeiro de 2013, durante apresentação da banda Gurizada Fandangueira. O evento havia sido organizado por estudantes dos cursos de agronomia, medicina veterinária, zootecnia, técnico em agronegócio, técnico em alimentos e pedagogia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

O fogo teve início no teto da boate, após um dos integrantes da banda acender um artefato pirotécnico no palco. A espuma, utilizada para abafar o som do ambiente, era inapropriada para uso interno. Ao queimar, produziu substâncias tóxicas que causaram a maioria das mortes. O recinto funcionava com documentação irregular e estava superlotado.

De acordo com sobreviventes, uma fumaça preta tomou conta do local em questão de segundos, e impediu as pessoas de encontrar rota de fuga. A maior parte dos corpos foi achada em um dos banheiros da boate, confundido com a saída do local.

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