A vinda do ex-ministro e pré-candidato a presidente do Brasil Ciro Gomes (PDT), neste sábado (10), ao Recife foi repleta de frases polêmicas e críticas pesadas à atual conjuntura do Brasil e ao quadro de políticos brasileiros. O ex-governador do Ceará disse que a presidência do país foi “usurpada a serviço de uma ditadura” com uma “agenda anti-povo”.

Ciro disse ainda que o Judiciário não está fazendo o seu serviço e que todo esse panorama encontrado traz ameaças muito graves para o Brasil. “Estamos a caminho da barbárie. Hoje, estamos num estado de anarquia e o único elemento estabilizador do agravamento é o povo, que por sua vez anda ainda muito catatônico”.

“Essa é a parte que mais me angustia. Eu entendo que você chamar um povo sofrido como o nosso para defender a democracia não é razoável, mas eu estou falando agora de concretudes. A greve do dia 28 tinha uma concretude que era o avanço sobre os direitos trabalhistas e na constituição”, falou. 

Para uma plateia formada, em sua maioria por estudantes, em evento realizado na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o pedetista comparou o Congresso Nacional a 'casa da mãe Joana'. “O Congresso brasileiro virou a Casa da Mãe Joana, para não falar de um puteiro, com todo respeito às putas que merecem muito mais do que eles [parlamentares]”, disparou, afirmando que ainda há "boas pessoas" na Casa.  

“Eu só via o país crescendo e evoluindo e agora está tudo dando para trás de um jeito absolutamente agressivo. O Brasil caiu 19 pontos no ranking de IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] em um ano. Não é brincadeira não. A renda do povo brasileiro caiu 9,2% em 24 meses. As instituições não estão funcionando”.