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São Paulo - A Comic Con Experience 2018 (CCXP) recebeu uma verdadeira comitiva pernambucana no estande F22 do Artist’s Alley. Cerca de 20 quadrinistas, ilustradores e roteiristas marcaram presença na maior feira de cultura pop do mundo mostrando a força dos quadrinhos do Nordeste. Entre eles, Eron Villar que aproveitou a feira para fazer o lançamento da segunda edição de Cérebro.

Eron deu uma rápida pausa nos autógrafos ao público para falar com a reportagem do LeiaJá. Ele celebrou a presença do estado na CCXP 2018: “É muito especial porque Pernambuco vive um momento de efervescência muito grande em sua produção e é uma produção de qualidade”, disse. O quadrinista fez o lançamento de Cérebro 2, na feira, e também trouxe a São Paulo, pela primeira vez, a HQ Noiva 4.

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O estande dos pernambucanos teve grande visitação nesta quinta (6), primeiro dia da feira. Eron celebrou a recepção dos visitantes da feira, muitos já conhecedores dos quadrinhos pernambucanos. Além de Villar, outros nomes como Rafael SAN, Fábio Paiva, Luciano Félix, Tony Silas e Roberta Cirne, marcaram presença no evento.

 

Luciano Félix, Eduardo Schloesser, Thony Sillas, Nilson Marins, Eron Villar. Estes são os nomes de alguns dos vários roteiristas e ilustradores que estão produzindo a todo vapor em Pernambuco. Os quadrinistas locais estão vendo o mercado crescer e, com ele, as oportunidades que viabilizem o seu trabalho e os leitores também crescem.

O 'boom' no meio aconteceu após a Comic Con Experience, realizada no Recife, em abril de 2017. Segundo Thony Sillas, quadrinista que acabou de lançar o título, A Noiva, foi a partir dali que os profissionais do meio, na cidade, passaram a se organizar no sentido de 'colocar o trabalho na rua': "Dali começou-se a fazer uma agenda. A Bienal também foi outro impulso com o oferecimento de quatro eventos por parte do empresário João Janguiê Diniz". Empolgado, o quadrinista espera que os próximos eventos sejam frutíferos para os quadrinhos pernambucanos: "A gente começar a ter uma agenda fixa é um marco. Estamos todos muito felizes com essa perspectiva".

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A animação de Thony tem uma explicação fácil, fazer a produção local escoar e circular é a maior dificuldade para quem produz quadrinhos. Nilson Marins, desenhista e editor da revista Prismarte, membro da P.A.D.A. (Produtora Artística de Desenhistas Associados) há 30 anos, confirma isso mas  revela que o mercado em melhorado: "Com a abertura desses 'becos de artista' que estão surgindo os autores ficam contentes. Quando chegam nas feiras os meninos escoam os produtos deles".

Mão na Massa

Os quadrinistas locais estão se juntando para fazer acontecer. Muitos deles, como Adriano dos Anjos, produz de forma artesanal, na própria impressora multifuncional da casa dele. Criador do selo Brabo Magazine, o quadrinista e ilustrador tem aproveitado o aumento de feiras e espaços para as HQ's para oferecer sua produção: "Tendo espaço você tem como divulgar o seu trabalho. Tem que botar a cara", diz. Israel Pereira, criador do High Power, um super-herói brasileiro que "tira sarro dos heróis americanos", concorda que com visibilidade o trabalho flui: "A gente tem que mostrar que a gente é bom também, tanto quanto aqueles que já são famosos".

O público tem aprovado a produção local e tem prestigiado os quadrinhos pernambucanos. Prova disso foi o sucesso do Espaço Geek, na última Bienal do Livro de Pernambuco, e da quarta edição da Feira Asgardiana, realizada neste sábado (21), na Avenida Guararapes. Para o ilustrador Rafael Patrício, atrair o público é tarefa fácil: "Só falar em quadrinhos que a galera corre atrás".  

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