Tópicos | rainhas

Ancestralidade, cultura negra e vivências femininas, é o mote do espetáculo Rainhas!, que tem sua estreia marcada para a próxima sexta (23). A obra baseada em dramaturgias pessoais conta a história de quatro entidades que apresentam suas lutas e suas vitórias no decorrer da vida, ocupando o lugar que sempre lhes foi tomado, o de rainhas. O espetáculo será apresentado também no dia 30 de abril e 1º de maio, sempre exibido às 20h, no YouTube.

A peça perpassa por monólogos de quatro orixás: Iemanjá, Oxum, Obá e Iansã, trazendo ao público uma representação de vivências reais. Observa-se em sua costura elementos ancestrais e da cultura negra, como a capoeira e a dança dos orixás, entranhadas nos corpos das atrizes que revelam também processos de suas caminhadas pessoais.

##RECOMENDA##

Elas dão vozes aos relatos de opressões que se cruzam em vários pontos das suas vidas, principalmente em pautas raciais e de gênero, mas também trazem a leveza e o dengo do povo preto, que não é só resistência, é existência. O processo do projeto começou de forma muito natural, do desejo do diretor de ter mulheres pretas como rainhas, como protagonistas, espaço este muito comum quando se trabalha com o grupo O Poste Soluções Luminosas.

Resgatando memórias pessoais através da tessitura das dramaturgias que foram construídas por Camila Mendes, Diniz Júnior e Samuel Santos, o público vai conhecer um pouco da cultura do povo preto e refletir sobre os muitos anos de invisibilidade e descaso político com essa parcela da população, principalmente mulheres.

Durante a vivência na Escola e nos anos que se seguiram, as atrizes iniciaram a pesquisa artística, baseada na antropologia teatral (direcionada ao feminino), na negritude e na ancestralidade, tendo como mote de estudo o fragmento que havia sido construído.

Trabalhando nos seus corpos a vivência antropológica adquirida na escola e trazendo à cena o olhar cuidadoso e certeiro do diretor que acrescenta suas vivências mostrando o que há de mais belo e forte em cada uma das atrizes, o espetáculo que a princípio era presencial, teve de se adaptar às plataformas virtuais, diante da pandemia da Covid-19.

O espetáculo revela ainda o espaço que foi tirado das mulheres pretas, mostrando a força ancestral que cada uma delas possui e passa a mensagem de respeito e empoderamento, tão necessária diante dos momentos difíceis que estão passando há tantos séculos.

A gravação foi realizada dentro no Ilê Axé Oxum Ipondá de Mãe Inajá, localizado no bairro de Fragoso – Olinda, tomando assim proporções indizíveis, pois pisar num terreiro, lugar de tanta energia e ancestralidade e trazer ao corpo essas personagens, é como estar de volta em casa. O espetáculo tem apoio do Ilê Axé Oxum Ipondá e Grupo O Poste Soluções Luminosas e conta com o incentivo da Lei Aldir Blanc, por meio da Fundarpe, Secretaria Estadual de Cultura, Governo de Pernambuco e Governo Federal.

*Da assessoria

O XII Concurso Nacional de Quadrilhas e Rainhas Juninas, este ano, será realizado em Belém, nos dias 19, 20 e 21 deste mês. O evento, que terá a participação de grupos de quadrilhas de todo o Brasil, é organizado pela Associação de Quadrilhas Juninas e Núcleo de Toadas do Pará (Aquanto) e pela Confederação Brasileira de Quadrilhas (Confebraq), em parceria com a Prefeitura Municipal de Belém (PMB).

O Concurso Nacional de Rainhas Juninas ocorrerá no Pará Clube, bairro do Marco, na sexta-feira (19). Já no sábado (20) e domingo (21), a festa será na Aldeia Amazônica, bairro da Pedreira. Duas quadrilhas belenenses foram classificadas e irão representar a cidade no evento: Sedução Ranchista, do Jurunas, e Rainha da Juventude, do bairro da Cremação. Duas rainhas irão representar a capital paraense na disputa. São elas: Keila Barros, representante da Aquanto; e Lorena Gouveia, da Sedução Ranchista.

##RECOMENDA##

Mais de 120 pessoas são responsáveis por cuidar de todos os detalhes e garantir o sucesso dos três dias de atrações. Este ano, Belém ganhou a disputa como cidade sede do concurso e a escolha demorou cerca de quatro anos. A cidade passou por análise de vários critérios exigidos pela organização, entre eles infraestrutura da região e o fato de o Pará ter o maior número de grupos de quadrilha, em comparação com municípios de outros Estados.

De acordo com a organização do evento, o grupo vencedor receberá R$ 14 mil como prêmio; o segundo lugar levará R$ 11 mil; e o terceiro, R$ 8 mil. Além disso, todos os grupos de quadrilha participantes receberão um certificado e mais R$ 2.500 a título de participação. O júri será composto por 22 profissionais da dança de várias regiões do país. Além dos prêmios, outro benefício do concurso é o reconhecimento nacional que será adquirido pelos grupos participantes.

SERVIÇO:

XII Concurso Nacional de Quadrilhas e Rainhas Juninas

Local/Data: Pará Clube (travessa Lomas Valentinas, 1507, bairro do Marco) – sexta-feira, dia 19. Aldeia Amazônica (avenida Pedro Miranda, bairro da Pedreira) – sábado, dia 20 e  domingo, 21. Horário: às 22h. A entrada é gratuita durante toda a programação.

Com informações de Agência Belém.

 

 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando