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O mercado de renda fixa emergente voltou a perder recursos. Levantamento do mercado global feito pelo Royal Bank of Scotland (RBS) com dados da consultoria EPFR Global mostra que fundos de renda fixa emergente registraram saída líquida de US$ 1,6 bilhão na semana encerrada em 11 de dezembro. O ritmo de saída aumentou em comparação à média recente e mostra maior cautela dos investidores com a perspectiva de reversão da política monetária dos Estados Unidos.

Segundo o levantamento, a retirada de recursos equivaleu a 0,67% da carteira na semana, ritmo maior que a média de saída de 0,47% observada nas últimas 29 semanas. O movimento observado nos últimos dias reverte complemente o ingresso equivalente a 0,63% registrado na semana até 4 de dezembro. Segundo o RBS, carteiras de renda fixa emergente perderam recursos em 27 das últimas 29 semanas.

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A pesquisa mostra que a saída de recursos foi liderada pelas carteiras que têm títulos em moeda local - como o real brasileiro ou o rublo russo. Nesse segmento, houve saída líquida de US$ 1 bilhão na semana, valor equivalente a 0,95% da carteira. Esse foi o pior resultado em 15 semanas. Nos fundos que usam como referência moedas centrais - como o dólar norte-americano ou o euro - foi registrado fluxo negativo de US$ 534 milhões ou 0,53%. Também houve saída de investidores nas carteiras que usam cesta de moedas.

Por região geográfica, a Ásia liderou a saída de recursos, com captação negativa de 0,71%. Fundos na América Latina amargaram saques de 0,46% do total da carteira e a saída na Europa emergente somou 0,40%.

A sequência de três intervenções no câmbio do Brasil nesta quarta-feira, 31, sinaliza que o mercado pode estar testando o Banco Central (BC). A avaliação é da estrategista do Royal Bank of Scotland (RBS), Flavia Cattan-Naslausky. "É difícil interpretar os resultados dos leilões de swap, mas o fato de que não houve negócio na terceira operação de ontem aumenta a preocupação de que o mercado quer testar o BC", diz. De acordo com o RBS, caso o dólar suba muito acima de R$ 2,30 "aumenta significativamente" a chance de uma intervenção do BC no mercado à vista.

Numa análise enviada aos clientes, Flavia nota que, apesar de os fluxos cambiais para o Brasil estarem mais fracos, "não estimamos uma grande posição vendida dos bancos locais". Até o dia 26, o RBS estima que as instituições financeiras estavam, na posição líquida total, compradas em cerca de US$ 1 bilhão. "Não há escassez de dólares", afirma. Segundo o BC, bancos estavam comprados no mercado cambial em US$ 570 milhões no dia 19.

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Conforme a estrategista do RBS, o atual cenário do mercado cambial do País pode causar distorções. "Este é o problema da intervenção e de uma moeda que não funciona como uma válvula de escape", diz. "Em períodos de estresse, surge um cabo de guerra entre o governo e o mercado para encontrar um nível para o câmbio. Isso (essa disputa) fica cada menos relacionado à oferta e demanda", completa.

Para os próximos dias, Flavia afirma acreditar que o BC deve continuar atuando "de forma agressiva" para defender a moeda brasileira. "O intervalo psicológico entre R$ 2,20 e R$ 2,30 permanece e parece que agora o foco é R$ 2,30", afirma, sobre o preço do dólar no mercado nacional. "No entanto, o atual ritmo de desvalorização não pode persistir sem afetar, negativamente, a inflação e o crescimento", alerta.

Diante do quadro, a estrategista afirma que "seria de se esperar" que o BC passe para a "próxima linha de defesa" da moeda nacional com a oferta de linhas de crédito em dólares. "Depois, há a possibilidade de intervenção no mercado à vista, que foi usada pela última vez em fevereiro de 2009. Uma alta acentuada acima de R$ 2,30 aumenta significativamente a chance de uma ação no mercado spot", diz.

O Royal Bank of Scotland (RBS), sobre o qual o governo do Reino Unido possui controle de 81%, registrou prejuízo líquido de 1,38 bilhão de libras (US$ 2,22 bilhões) e receita de 4,86 bilhões de libras no terceiro trimestre deste ano. No mesmo período do ano passado, o banco teve lucro líquido de 1,23 bilhão de libras e receita de 8,6 bilhões de libras.

O resultado deste ano foi afetado pela reestruturação dos negócios do banco, que tem o objetivo de voltar à lucratividade e ser uma empresa privada. O prejuízo também foi consequência dos gastos com a própria dívida do RBS, que ficaram em 1,5 bilhão de libras.

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Além disso, o banco separou mais 400 milhões de libras em provisões para cobrir as vendas equivocadas de seguros para pagamentos, elevando para mais de 10 bilhões de libras o total separado pelos maiores bancos britânicos para esse objetivo.

O RBS também destinou mais 50 milhões de libras para cobrir indenizações a clientes em consequência de problemas técnicos ocorridos em meados deste ano e que deixaram muitas pessoas sem acesso a suas contas bancárias. O valor total de provisões para isso agora está em 175 milhões de libras.

Dando continuidade ao processo de enxugamento dos negócios não centrais, o RBS eliminou 7 bilhões de libras em ativos no terceiro trimestre e informou que está no caminho certo para atingir sua meta para 2013. No entanto, o banco alertou que a divisão de negócios não centrais terá mais perdas no quarto trimestre do ano.

O RBS precisa encontrar um comprador para 316 agências de suas agências depois que a unidade britânica do espanhol Banco Santander desistiu de comprá-las. As agências precisam ser vendidas até 2013 de acordo com as regras de ajuda da União Europeia. Nesta sexta-feira, o banco informou que retomou os esforços para vender as operações. As informações são da Dow Jones.

Quatro operadores do Royal Bank of Scotland foram demitidos no final de 2011 por participação na manipulação da taxa Libor, que os bancos cobram para emprestar uns aos outros, disseram fontes neste domingo. A revelação ocorre após o banco resgatado pelo governo confirmar que estava sendo investigado. O RBS, no qual o governo tem uma participação de 82%, não comentou quando contactado pela agência AFP.

O Reino Unido irá rever o processo de fixação da taxa, feito diariamente, e tentar criminalizar tentativas de manipulá-la, disse o Ministério das Finanças no sábado, depois de um escândalo revelado envolvendo o Barclays.

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Uma avaliação independente será conduzida para restabelecer a confiança na Libor, taxa utilizada internacionalmente como referência para vários outros empréstimos. As informações são da Dow Jones.

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