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O real pode ser a moeda preferida dos investidores internacionais para os lucros de curtíssimo prazo, mas fica atrás de moedas do Peru, Malásia, Hungria e Croácia, além de vários países desenvolvidos, como refúgio seguro para o dinheiro em caso de estourar uma nova crise financeira. É o que mostra um estudo feito por analistas da corretora japonesa Nomura Securities, que elaborou um ranking de moedas mais seguras para os investimentos. Entre 43 países avaliados, o Brasil ficou em 29º lugar, prejudicado, principalmente, pelas medidas de controle de capital adotadas nos últimos anos.

O dólar americano, mesmo depois de os Estados Unidos terem perdido a nota máxima AAA de classificação de risco pela agência de rating Standard & Poor's (S&P), permanece no primeiro lugar como moeda mais segura para investir, seguida do iene japonês e do euro. O último lugar ficou com a coroa da Islândia, país símbolo da crise financeira mundial de 2008, que sucumbiu a uma dívida bancária dez vezes o tamanho da sua economia, resultando numa desvalorização da moeda superior a 80% e a adoção de rígido controle cambial.

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Na América Latina, a melhor colocação coube ao peso do Chile, seguido pelo novo sol do Peru e o peso do México, enquanto que o peso argentino teve a pior avaliação na região. As moedas latinas, no geral, tiveram avaliação fraca em razão de problemas com inflação, classificação de risco da dívida soberana e critérios de governança, apontou o estudo.

"Apesar de ter um balanço de pagamentos ainda sólido, o Brasil perdeu várias posições quando avaliamos a questão da flexibilidade e da conversibilidade do real em razão das medidas adotadas recentemente (de controle cambial) e que amedrontam os investidores, que temem o risco de medidas adicionais no futuro", disse em entrevista à Agência Estado Peter Attard Montalto, um dos analistas que assinam o estudo da Nomura Securities. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O real pode ser a moeda preferida dos investidores internacionais para os lucros de curtíssimo prazo, mas fica atrás das moedas do Peru, Malásia, Hungria e Croácia, além de vários países desenvolvidos, como refúgio seguro para o dinheiro em caso de estourar uma nova crise financeira. É o que mostra um estudo feito por analistas da corretora japonesa Nomura Securities, que elaborou um ranking de moedas mais seguras para os investimentos. Entre 43 países avaliados, o Brasil ficou em 29º lugar, prejudicado, principalmente, pelas medidas de controle de capital adotadas nos últimos anos.

O dólar americano, mesmo depois de os Estados Unidos terem perdido a nota máxima AAA de classificação de risco pela agência Standard & Poor's (S&P), permanece no primeiro lugar como a moeda mais segura para investir, seguida do iene japonês e do euro. O último lugar do ranking ficou com a coroa da Islândia, país símbolo da crise financeira mundial de 2008, que sucumbiu a uma dívida bancária de dez vezes o tamanho da sua economia, resultando numa desvalorização da moeda superior a 80% e adoção de rígido controle cambial.

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Na América Latina, a melhor colocação coube ao peso do Chile, seguido pelo novo sol do Peru e peso do México, enquanto o peso argentino teve a pior avaliação. As moedas latinas, no geral, tiveram avaliação fraca em razão de problemas com inflação, classificação de risco da dívida soberana e critérios de governança, segundo o estudo, divulgado ontem.

"Apesar de ter um balanço de pagamentos ainda sólido, o Brasil perdeu várias posições quando avaliamos a questão da flexibilidade e da conversibilidade do real em razão das medidas adotadas recentemente (de controle cambial) e que amedrontam os investidores, que temem o risco de medidas adicionais no futuro", disse em entrevista à Agência Estado Peter Attard Montalto, um dos analistas que assinam o estudo da Nomura Securities, em Londres. "Moedas consideradas porto seguro devem ser flexíveis, abertas e praticamente com total conversibilidade. Nesse sentido, o Brasil e o real se parecem cada vez menos com esse tipo de moeda considerada como refúgio de investidores."

Uma moeda considerada refúgio último de segurança é aquela que conseguirá manter seu valor a médio prazo, e não uma moeda para a qual migra o investidor apenas em períodos de volatilidade de curto prazo e de aversão ao risco nos mercados financeiros globais, segundo os analistas da Nomura Securities.

Para refletir um horizonte de médio e longo prazo, a classificação da corretora japonesa levou em conta cinco critérios com peso igual na avaliação final: estabilidade macroeconômica e política; solidez do balanço de pagamentos; tamanho e liquidez do mercado financeiro doméstico; flexibilidade e conversibilidade cambial; e resiliência da economia doméstica a choques externos. É, portanto, um julgamento não somente da moeda e do mercado cambial de um determinado país, mas principalmente da economia como um todo. Segundo os autores do estudo, a busca por novos portos seguros apenas começou e deverá ser um tema recorrente à medida que os desafios para as economias da zona do euro e dos Estados Unidos não deverão ter uma solução ao longo do próximo ano.

Se no ranking geral o dólar americano manteve a liderança, graças a critérios como tamanho e liquidez do mercado financeiro dos Estados Unidos, em particular a demanda por títulos do Tesouro norte-americano, a situação muda quando o quesito é de estabilidade macroeconômica e política: os Estados Unidos caem para 9º lugar, enquanto o Brasil desce para a 33ª posição. No fator liquidez do mercado doméstico financeiro, o Brasil sobe para o 8º lugar. No critério resiliência da economia doméstica a choques externos, o Brasil fica em 13º lugar, enquanto o Japão, a Suíça e a China encabeçam a lista.

"Como não colocamos ênfase apenas no tamanho da moeda, alguns países cujas moedas são pequenas (em termos de quantidade em circulação) apresentaram um menor grau de vulnerabilidade macroeconômica ou foram bem em outro fundamento, como a resiliência a choques externos no passado, que serviu de parâmetro para nós, daí a boa colocação de moedas como a do Peru", explicou Montalto. Mas a resiliência da economia peruana a choques externos deve-se na realidade ao fato de que o Peru é uma economia com pequena abertura comercial e baixa correlação ao risco, ressaltaram os analistas da Nomura.

A China, e a sua moeda yuan, tem potencial para subir várias posições no ranking geral - do atual 13º lugar - e ser vista como refúgio seguro de investidores nos próximos anos, se o governo chinês adotar maior flexibilidade cambial. Com uma maior flexibilidade cambial, a China poderá ficar em posição melhor do que as moedas atreladas a commodities, como os dólares do Canadá e da Austrália, e até mesmo do que as coroas suecas e norueguesas, segundo o estudo da Nomura.

O real valorizado está aqui para ficar e as empresas têm de se acostumar com esse novo ambiente, disse o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, em entrevista concedida a correspondentes estrangeiros em São Paulo.

"O câmbio não vai mudar no curto prazo e teremos uma moeda forte por um longo período; o Brasil mudou para o grupo de países com moeda forte e com contabilidade fiscal equilibrada", afirmou Pimentel. "Os empresários terão de se acostumar a isso", acrescentou.

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Pimentel afirmou ainda que os indicadores recentes sobre a produção industrial foram "muito ruins" e causaram profunda preocupação no governo.

Pimentel rejeitou acusações de que a regulamentação sobre as compras governamentais, parte do Plano Brasil Maior, seja protecionista. Segundo ele, países vizinhos membros do Mercosul também serão beneficiados pelo plano, o qual prevê o pagamento pelo governo de 25% a mais nas compras de bens que contenham 40% de produtos nacionais ou de qualquer país do Mercosul.

"As críticas de protecionismo são fáceis de serem feitas e podem ser atribuídas a qualquer medida", disse Pimentel. "Estamos implementando, com muitos anos de atraso, o ato Buy America. Isso não é protecionismo." O ato Buy America foi transformado em lei nos Estados Unidos pelo presidente Franklin Roosevelt em 1933.

"Protecionismo seria se proibíssemos as importações. Por exemplo, não vamos proibir as importações de carros, mas vamos encorajar os que produzem localmente", disse. As informações são da Dow Jones.

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