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O Instituto Internacional de Finanças (IIF, na sigla em inglês), formado pelos maiores bancos do mundo, prevê que o dólar pode continuar forte e se valorizar nas próximas semanas, principalmente em relação às moedas de países emergentes como o Brasil. O real foi a divisa que mais perdeu valor ante o dólar desde o fim de agosto até agora, de acordo com um relatório do Instituto.

A pressão para novas altas do dólar pode vir de mudanças nas expectativas dos investidores sobre quando o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) vai elevar as taxas de juros, destaca o IIF. O relatório da instituição ressalta que o comunicado da última reunião de política monetária dos dirigentes do BC norte-americano mostrou continuidade por "tempo significativo" dos juros próximos de zero, mas o que preocupa é a previsão divulgada para as taxas em 2015 e 2016, mais fortes so que o esperado.

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"A diretoria do Fed sinaliza agora um aperto em ritmo mais rápido do que o mostrado em junho e ainda muito mais intenso do que quando a redução das compras de ativos foi anunciada, em dezembro", comentam os economistas do IIF. A mediana das projeções de juros dos dirigentes do Fed estava em 0,75% para o final de 2015 na reunião de dezembro de 2014. No encontro deste mês, subiu para 1,37%. Para 2016, aumentou de 1,75% para 2,87% no mesmo período de comparação.

Os economistas do IFF ressaltam que, em um cenário de maior incerteza, a volatilidade nos mercados de câmbio e juros aumentou nas últimas semanas, depois de alguns meses de calmaria nos mercados. O real brasileiro se desvalorizou em quase 7% em relação ao dólar desde o final de agosto até agora, a maior queda entre as moedas de emergentes. África do Sul e Colômbia aparecem em seguida. As únicas divisas destes países que se valorizaram foram o yuan da China e a moeda da Ucrânia.

Eleições

No geral, as moedas de emergentes caíram 5% ante o dólar este mês, nível menor do que em outros momentos de maior estresse nos mercados internacionais. Mas o IIF destaca que os dados de cada país mostram números mais discrepantes, com os mais vulneráveis sofrendo mais. No caso brasileiro, o relatório ressalta que, além do fortalecimento do dólar por causa do cenário externo, o real tem se enfraquecido também por causa das incertezas em relação às eleições presidenciais.

O mês de setembro vem sendo marcado por um aumento da aversão ao risco, destaca o IIF, que atribui a maior cautela dos investidores a vários fatores. O principal é a expectativa de alta de juros nos Estados Unidos, mas a piora da tensão no Oriente Médio e na Ucrânia e o referendo da Escócia também contribuíram. As bolsas mundiais já caíram 3% este mês, puxadas pelas ações de empresas de países emergentes, com perda média de 6%.

As quedas consecutivas no Índice de Preços ao Produtor (IPP) entre março e julho deixaram o índice com uma alta acumulada de apenas 0,61% neste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para o mês de julho, o resultado nesta comparação é o menor desde 2011, quando acumulou alta de 0,59%. "São dois momentos em que o real está bastante valorizado, e isso faz com que a taxa acumulada do IPP seja baixa", explicou o técnico Alexandre Brandão, gerente do IPP.

Em 2011, a valorização do real foi mais intensa. A divisa brasileira ganhou 7,6% frente o dólar entre janeiro e julho daquele ano, segundo o IBGE. Agora, a apreciação do real foi de 4,7% em sete meses. "O índice tem um atrelamento grande com o dólar", reforçou Brandão, citando setores bastante influenciados pela cotação da moeda norte-americana e que estão até mais baratos no acumulado de 2014, como madeira (-3,95%) e papel e celulose (-1,05%).

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Em 12 meses, o alívio também é significativo. Após atingir, em fevereiro deste ano, o pico da série (iniciada em janeiro de 2010), a taxa recuou dos 8,24% até chegar a 3,45% em julho. As cinco deflações consecutivas entre março e julho de 2014, algo até então inédito, foram decisivas para este movimento. "De março para cá, o IPP acumulou queda de 1,94%", calculou Brandão.

Apesar disso, o gerente do índice refuta a ideia de que a redução nos preços tem relação direta com a menor atividade. "Os preços podem cair devido a um impacto da matéria-prima, não necessariamente por atividade menor. Seria leviandade dizer isso", afirmou Brandão. Segundo ele, os aumentos em veículos no âmbito da indústria, mesmo com a queda observada na produção, mostram que alguns setores têm poder para enfrentar uma crise recompondo preços.

Veículos

Os preços de veículos e de refino de petróleo e produção de álcool impediram que a deflação fosse ainda mais intensa no atacado em julho. O Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou queda de 0,29% no mês passado, mas os dois segmentos tiveram alta nos preços, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os veículos ficaram 0,22% mais caros na porta de fábrica em julho, segundo o instituto.

"Automóveis vêm aumentando os preços de forma tímida ao longo do tempo, assim como outros produtos. Mas, no momento em que o IPP está caindo, e eles têm um peso muito grande, isso sobressai. Mas não tem nada muito diferente do que era o quadro no mês passado", explicou o técnico Alexandre Brandão, gerente do IPP.

"Depende da estratégia de cada empresa, mas o que vemos é que estão aumentando. O setor, mesmo com dificuldade, tem conseguido repassar alguns preços", acrescentou, referindo-se à redução na produção de veículos observada desde o início do ano.

No caso de petróleo e álcool, a alta de 0,51% em julho tem como pano de fundo o represamento de estoques por parte de produtores de álcool. À espera de preços mais vantajosos, a retenção diminuiu a oferta, mesmo num período em que a safra de cana-de-açúcar geralmente irriga o mercado. "Com essa restrição na oferta, houve aumento de preços", disse Brandão.

Além disso, as naftas também ficaram mais caras no período, contribuindo para a alta no segmento. "Não é algo particular do Brasil. Isso espelha a situação mundial, que está ligada a problemas na Síria e no Oriente Médio. O fluxo de comércio está um pouco abalado, então os preços voltaram a subir", explicou o gerente do índice.

Por outro lado, há setores que inverteram a alta no mês passado, como foi o caso da metalurgia. Após subir 1,12% em junho, o segmento registrou queda de 0,27% nos preços, segundo o IBGE. O mesmo ocorreu com impressão (2,73% para -2,15%), outros equipamentos de transporte (0,63% para -0,12%), farmacêutica (0,47% para -0,52%) e máquinas e equipamentos (0,34% para -0,23%).

O real é a moeda que registrou a segunda maior valorização do mundo em 2014. Dados do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) compilados pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, mostram que a divisa brasileira teve alta real de 9,17% no primeiro semestre na comparação com uma cesta de moedas. A alta do real só ficou atrás do bolívar da Venezuela. O fortalecimento do real acontece em meio ao processo de alta do juro brasileiro e a busca dos investidores globais por rentabilidade.

Mensalmente o BIS - instituição que funciona como um banco central dos bancos centrais - coleta dados sobre 61 moedas. A evolução de cada divisa é comparada com uma cesta formada pelas demais 60 moedas ponderadas conforme o comércio exterior de cada país. Assim, quanto maiores forem as transações comerciais com determinada economia, maior será o peso da respectiva divisa nessa cesta.

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Os dados do BIS revelam um lugar de destaque para o real. No primeiro semestre, o real foi a segunda moeda que mais se fortaleceu no mundo. Uma consequência desse fenômeno aparece nas cotações do dólar. Mesmo com o ritmo cada vez mais lento da economia, inflação alta e proximidade das eleições presidenciais, o preço do dólar caiu quase 15 centavos no Brasil em seis meses e passou de R$ 2,3560 no fim de 2013 para R$ 2,2120 no último dia de junho.

"O baixo juro pago nos EUA e o excesso de liquidez explicam esse fenômeno. Nos últimos meses, investidores migraram para mercados em busca de rentabilidade. O retorno de dois dígitos com risco praticamente zero oferecido pelo Brasil tem atraído muita gente", diz o economista da Oxford Economics, Marcos Casarin, ao lembrar que nenhum outro grande país emergente oferece juro tão alto. Ele diz que as intervenções do BC no câmbio também influenciaram.

"Desde agosto, o BC colocou quase US$ 90 bilhões no mercado, o que também ajudou", disse. As intervenções do BC acontecem com a oferta de swap cambial - que equivale à venda de dólares no mercado futuro.

A subida de quase 10% do real superou com folga o desempenho de outras divisas que registraram recuperação, como o dólar australiano (+4,25%), rupia indiana (+4,21%), won coreano (+3,89%), libra esterlina (+3,49%) e iene japonês (+3,27%). No mesmo período, o dólar norte-americano teve alta de 1,03% na comparação com a cesta de moedas e o euro, ao contrário, sofreu desvalorização de 2,71%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Banco Central (BC) lançou, nesta quarta-feira (11), o aplicativo Dinheiro Brasileiro, que fornece informações sobre os elementos de segurança do real. Também foi lançada a nova versão do aplicativo Câmbio Legal, que localiza pontos de compra e venda de moeda estrangeira. Os aplicativos para celular e tablet estão disponíveis em português, inglês e espanhol e podem ser baixados gratuitamente na App Store e na Google Play.

Para usar o aplicativo Dinheiro Brasileiro é preciso aproximar a cédula da câmara do aparelho. O aplicativo indica onde ficam os elementos de segurança para que a população brasileira ou turista estrangeiro possa verificar se a nota testada é verdadeira. Segundo o BC, a ideia é que o próprio usuário faça a verificação em caso de dúvida, pois o aplicativo não tem a capacidade, nem a finalidade, de verificar automaticamente a autenticidade das notas.

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Segundo o chefe do Departamento do Meio Circulante, João Sidney Figueiredo Filho, esse tipo de iniciativa segue uma tendência internacional. Há aplicativos como esse no México, no Japão e na zona do euro. “Achamos por bem trazê-lo para o Brasil, aproveitando o momento em que turistas vêm para a Copa do Mundo”, disse.

Este ano, até maio, foram recolhidas 132,3 mil notas de real falsificadas. A de R$ 100 da segunda família foi a mais copiada, com 37,7 mil unidades. A orientação do BC para quem recebeu uma cédula falsificada, sem perceber, é entregá-la a um banco.

Hoje, o BC também divulgou a nova versão do aplicativo Câmbio Legal (App Store e Google Play), criado no ano passado. A ferramenta para dispositivos móveis, que localiza pontos de compra e venda de moeda estrangeira, tem agora novas funcionalidades. O aplicativo permite a identificação de 13 mil pontos de atendimento cadastrados, sendo que desse total, 10 mil são caixas eletrônicos. Esses dados de pontos de atendimento são atualizados pelas próprias instituições financeiras.

O aplicativo também faz a conversão de mais de 160 moedas diferentes e mostra o histórico das cotações. Outra novidade é que o usuário pode consultar o Valor Efetivo Total (VET) cobrado nas operações de câmbio nas instituições desejadas. O VET reúne, em um único indicador, a taxa de câmbio, o tributo incidente e as tarifas eventualmente cobradas.

O VET, no entanto, é baseado na média de valor oferecido pela instituição financeira com dados do mês anterior. Ou seja, não é exatamente o valor que será cobrado do cliente na hora da compra da moeda. Entretanto, o chefe adjunto do Departamento de Regulação Prudencial e Cambial do BC, Augusto Ornelas Filho, considera que a informação serve de referência para quem vai comprar ou vender a moeda no banco ou na casa de câmbio. “[Isso] não dá garantia para o cliente que for ao banco, mas ele vai ter a referência para argumentar”.

Os feriados nos Estados Unidos e no Reino Unido nesta segunda-feira (26) encurtam a liquidez nos mercados globais, o que se reflete no mercado doméstico de câmbio. Há pouco, o dólar abriu com ligeiro viés de baixa ante o real no mercado à vista, cotado a R$ 2,2220 (-0,09%) no balcão, e assim se mantém. A previsão do leilão de swap do Banco Central das 9h30 ajuda a sustentar o viés negativo de preço nos primeiros negócios. A autoridade monetária ofertará até 4 mil contratos (US$ 200 milhões) com vencimento em 01/12/2014 e 02/02/2015. Às 9h30, o dólar futuro para junho tinha queda de 0,02%, a R$ 2,2260.

Na pesquisa Focus, do Banco Central, o mercado financeiro elevou a previsão de alta do IPCA em 2014 e encostou a estimativa para o teto da meta oficial de inflação, passando de 6,43% para 6,47%. Para 2015, a projeção do IPCA seguiu em 6,00%. Já a previsão para a taxa Selic seguiu em 11,25% neste ano, o que ainda vislumbra um aumento de 0,25pp no juro básico até dezembro, mas reduziu de 12,25% para 12% a carga total de aperto monetária prevista para 2015. Em relação ao crescimento econômico, os analistas consultados pelo BC elevaram a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014, de 1,62% para 1,63%, mas reduziram a previsão para o PIB em 2015, de 2,00% para 1,96%.

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No exterior, apesar do feriado nos EUA e no Reino Unido, o noticiário político é agitado, com destaque para o desfecho das eleições para o Parlamento Europeu e na Ucrânia no fim de semana. Mesmo com o avanço de partidos de extrema direita, anti-União Europeia e contrários às medidas de austeridade ganharem força no pleito, os partidos pró-UE ainda foram maioria. Já na Ucrânia, a vitória deve ficar com o bilionário Petro Poroshenko, que é anti-Moscou. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, tem afirmado que respeitará o que for decidido nas urnas.

Corte no orçamento do Banco Central e atrasos nos lançamentos impediram a substituição total de cédulas antigas pelas novas notas da segunda família do real. Os turistas que vierem ao Brasil para assistir à Copa do Mundo têm, portanto, grande possibilidade de sair do País sem conhecer o novo modelo da moeda brasileira, principalmente as notas de menor valor.

A ideia inicial do governo era trocar todas as cédulas pelas novas, com tamanho diferente dependendo do valor, antes do Mundial. Seria uma forma de mostrar aos estrangeiros que, duas décadas depois de criado, o real se consolidou como uma "moeda forte". Também se evitaria confusão para os turistas de adaptação a dois modelos distintos de notas do mesmo valor. A expectativa, porém, é que quase 100% das cédulas da antiga família só sejam substituídas antes da Olimpíada de 2016.

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Como foram lançadas por último, as notas novinhas de R$ 2 e R$ 5 são as mais difíceis de se encontrar. Hoje, a chance de pegar uma cédula da segunda família do real de R$ 2 é de três em dez vezes e a de R$ 5 deve ser recebida em quatro de dez tentativas. Os dados são do Departamento de Meio Circulante do BC e computam todo o dinheiro em circulação no País: no bolso das pessoas, nos caixas dos comerciantes e nos cofres dos bancos, por exemplo.

No lançamento dessas novas cédulas, no fim de julho de 2013, o diretor de Administração do BC, Altamir Lopes, admitiu que o corte de R$ 600 milhões do valor para fabricação de dinheiro em 2013 poderia interferir na substituição das notas antigas e a solução seria deixar as cédulas do modelo anterior circulando por mais tempo.

"Isso não trará evidentemente falta de dinheiro. O que pode ocorrer é um pouco mais de atraso no recolhimento do dinheiro antigo, do dinheiro em condições um pouco piores. Mas, sem dúvidas, sem perda de segurança", argumentou.

Copa. O projeto para a mudança das cédulas do real começou em 2003 numa parceria entre BC e Casa da Moeda, responsável pela impressão do dinheiro. No início de 2010, quando o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou o lançamento da segunda família do real, o então diretor de Administração, Anthero Meirelles, informou que a previsão para o lançamento das novas notas de R$ 2 e R$ 5 era no primeiro semestre de 2012, o que daria condições para que as cédulas fossem totalmente trocadas até a Copa do Mundo, levando-se em conta que a vida útil de cada uma dessas notas de menor valor é de 14 meses.

No entanto, o lançamento só ocorreu um ano depois, no início do segundo semestre de 2013. Agora, o BC espera que todas as notas de menor valor sejam trocadas até meados do ano que vem. Lopes informou que o BC mandou imprimir 75 milhões de cada denominação, o que atenderia às necessidades a princípio. Segundo o BC, circulam atualmente 32 milhões de cédulas novas de R$ 2 e 21,5 milhões de notas de R$ 5. Para aumentar a vida útil dessas cédulas de baixo valor, a Casa da Moeda passa uma camada de verniz nos dois lados da nota para diminuir a absorção de sujeira.

O governo esperava que as cédulas de R$ 100 e R$ 50, lançadas em 2010, fossem trocadas até o fim do ano passado. De acordo com o BC, 82,6% das notas de R$ 100 e 76,8% das de R$ 50 que circulam no País são da segunda família. Já as notas novas de R$ 10 e R$ 20, que deveriam ter sido lançadas no primeiro semestre de 2011 mas só começaram a circular em julho de 2012, respondem por quase 70% (no caso das de R$ 10) e 60% (nas de R$ 20) do dinheiro em circulação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A moeda brasileira é uma das mais sensíveis às mudanças no mercado financeiro global. A conclusão é de um estudo inédito feito pelo Insper, que analisou o comportamento de 27 moedas de países emergentes e desenvolvidos entre 2001 e 2013.

O estudo conduzido pelo professor e pesquisador do Insper José Luiz Rossi Júnior mostrou, por exemplo, que o real é a moeda mais afetada quando há alteração na política monetária dos Estados Unidos. Para chegar a tal conclusão, Rossi analisou os impactos da mudanças nos títulos de dez anos do governo americano na cotação das moedas.

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De acordo com a pesquisa, usando outros parâmetros, a moeda brasileira também é mais afetada quando há alteração no humor dos investidores por apetite ao risco, e a segunda mais prejudicada nos casos de mudanças de volatilidade nos mercados globais - nesse caso, fica atrás somente da Turquia. "Do ponto de vista de curto prazo, de influência global na taxa de câmbio, o Brasil é um dos países que mais sentem as mudanças dessas variáveis. É possível perceber claramente a fuga do investidor", afirma o professor do Insper. De acordo com ele, os países escolhidos para compor a pesquisa são considerados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) como tendo regime de taxa de câmbio flexível.

Desde a recente crise financeira internacional, iniciada em 2008, fundamentos macroeconômicos, como inflação e crescimento, por exemplo, se tonaram insuficientes para explicar a variação das moedas. Por isso, a necessidade de entender qual a sensibilidade das moedas diante de alterações nas finanças mundiais.

Nos últimos 12 meses, com a normalização da política econômica dos Estados Unidos, o real deu mostras de como é sensível aos movimentos da economia global. A moeda brasileira acumula desvalorização de 18,16% no período até sexta-feira.

O mercado tem se mostrado mais desconfiado da condução da economia brasileira, sobretudo na área fiscal. Recentemente, o Brasil foi colocado no grupo dos chamados "Cinco Frágeis", ao lado da África do Sul, Índia, Indonésia e Turquia. O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) também apontou o Brasil como um dos emergentes mais vulneráveis atualmente. No documento enviado ao Congresso americano, o "índice de vulnerabilidade" colocou o País na segunda posição de um total de 15 países. Nesse caso, a economia brasileira também ficou atrás novamente da Turquia.

Lado oposto

O levantamento do Insper também mostra que, do lado oposto do Brasil, estão o franco suíço e o iene (do Japão), o que mostra que nem sempre é possível explicar a variação da moeda brasileira com base apenas na liquidez atribuída ao real. "O franco suíço e o iene também são moedas líquidas e, na tabela, estão do lado oposto do real", afirma Rossi.

Segundo o professor do Insper, o que de fato ajuda a deixar o Brasil mais sensível está em algum fundamento da economia brasileira. "O investidor vê o Brasil como um país arriscado. A gente tem de entender qual é o motivo. É preciso olhar qual fundamento pesa nessa decisão do investidor de colocar o Brasil como o mais vulnerável", diz Rossi. Na avaliação dele, os fatores que pesam para essa forte sensibilidade da moeda brasileira são uma economia fechada e os desequilíbrio que estão aparecendo na área fiscal. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O dólar até ensaiou ganhos ante o real nesta segunda-feira, 14, em um ambiente de baixíssima liquidez, mas a moeda americana acabou encerrando o dia em leve baixa de 0,23% no balcão, cotada a R$ 2,1750. Este é o menor patamar de fechamento em quase quatro meses, desde 17 de junho deste ano. Com os investidores à espera de novidades sobre o impasse fiscal nos EUA, o feriado do Dia de Colombo, que manteve alguns mercados fechados no exterior, contribuiu para reduzir os negócios no Brasil. Pela manhã, a moeda chegou a subir de forma consistente, após notícia publicada no Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, de que o Banco Central pode não rolar, de forma integral, os contratos de swaps que vencem em 1º de novembro. À tarde, a moeda americana voltou a oscilar em território negativo, com as mesas de operação discutindo se o BC fará ou não a rolagem integral.

Na cotação mínima do dia, vista às 10h03, logo após o leilão diário de swaps do BC, o dólar atingiu R$ 2,1660 (-0,64%). Na máxima, verificada às 10h21, pouco depois da informação de que a rolagem pode não ser integral, a moeda marcou R$ 2,1930 (+0,60%). Da mínima para a máxima, o dólar oscilou +1,25%. No mercado futuro, o dólar para novembro mostrava estabilidade, a R$ 2,1850.

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Conforme uma fonte da equipe econômica ouvida pelo Broadcast, dependendo das condições de mercado, a rolagem do vencimento de swap cambial de 1º de novembro de 2013 poderá não ser integral. Esse vencimento soma cerca de US$ 8,9 bilhões. Na prática, se não rolar os swaps, o BC promoverá a retirada de dólares no mercado futuro, o que se traduz em um impulso de alta para a moeda americana. A antecipação a esta possibilidade fez o dólar avançar e no mercado de balcão, renovar cotações máximas mais cedo.

Para Sidney Nehme, economista da NGO Corretora, a redução da rolagem pode ser positiva. "Isso porque estamos tendo uma especulação dos vendidos (que apostam na baixa do dólar) no Brasil. Como há oferta diária de moeda, por meio dos leilões, o BC pode reduzir a rolagem dos antigos contratos que estão vencendo, dando algum suporte para os preços", defendeu.

Nesta segunda-feira em sua estratégia de leilões diários, o BC vendeu mais 10 mil contratos de swap cambial para 5/3/2013, numa operação equivalente à venda de dólares no mercado futuro. Foram injetados US$ 497,6 milhões no sistema.

À tarde, a moeda americana acabou voltando para o território negativo. Além das discussões sobre a rolagem, os investidores observavam com atenção as negociações nos EUA para resolver a questão fiscal do país. Na próxima quinta-feira, dia 17, os EUA podem atingir seu teto de endividamento. Assim, o dólar oscilava em baixa ante boa parte das moedas ligadas a commodities, o que também contribuía para a queda no Brasil.

Milhares de britânicos foram às agências de apostas nesta segunda-feira para tentar adivinhar o nome do primeiro filho da duquesa de Cambridge, Kate Middleton, e do príncipe William. O terceiro na linha sucessória da Grã-Bretanha nasceu nesta segunda-feira às 16h24, no horário local (12h24 em Brasília).

Nas primeiras horas do dia, após a duquesa ingressar no hospital, o número de apostas chegava a 50 mil. De acordo com o porta-voz da Ladbrokes, Alex Donohue, o público foi rápido para fazer suas apostas. "Nunca subestime a obsessão do público britânico com a família real", disse.

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Antes de revelarem o sexo do bebê, Alexandra era o nome feminino favorito, enquanto James e George dividiam a preferência do público. Fonte: Associated Press.

Mesmo com o Federal Reserve acenando com a possibilidade de injetar liquidez no mercado financeiro em breve, o câmbio não tende a sair do lugar no Brasil. Isso porque os agentes domésticos seguem atentos a eventuais novas atuações do Banco Central, o que deixa o dólar praticamente estável em relação ao real, sempre um pouco acima do piso informal de R$ 2,00, mas também não muito distante desse nível. Mas o dia é de agenda cheia nos Estados Unidos, após dados desanimadores sobre o desempenho da atividade na China e na Europa, o que pode trazer maior volatilidade aos negócios.

Às 9h45, na BM&F Bovespa, o contrato futuro do dólar para setembro subia 0,22%, a R$ 2,0255, na máxima, depois de oscilar até uma mínima a R$ 2,0215 (+0,02%). No mercado de balcão, o dólar à vista avançava 0,05%, a R$ 2,021, na máxima, após atingir a mínima de R$ 2,018, em queda de 0,10%.

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Segundo um operador da mesa de câmbio de um banco local, o dólar deve seguir lateral, sem muito fôlego para se afastar do piso informal de R$ 2,00, mas também sem razões para testar essa marca. Para ele, permanece a percepção de que o BC brasileiro pode intervir no mercado doméstico. Ainda assim, o profissional, que falou sob a condição de não ser identificado, acredita que o câmbio local seguirá oscilando entre margens estreitas. Tanto que na quarta-feira não participou da movimentação nas bolsas, no euro e nos demais ativos de risco, em reação à divulgação do viés mais brando da ata da última reunião de política monetária do Fed.

O documento, divulgado na tarde de quarta-feira, diz que os integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) "julgaram que uma acomodação monetária adicional provavelmente será justificável muito em breve". Para a diretora de câmbio da AGK Corretora, Miriam Tavares, essa foi a indicação mais clara até agora de que o Fed pretende comprar mais bônus do Tesouro ou adotar outras medidas de estímulo.

Com isso, afirma Miriam, em relatório, todas as expectativas se voltam para o discurso que o presidente do Fed, Ben Bernanke, fará no encontro de Jackson Hole (EUA), previsto para o fim da próxima semana. Ela lembra que, em outras ocasiões, neste mesmo evento, Bernanke acenou medidas de estímulo.

Por enquanto, os investidores seguem atentos aos números da economia dos EUA, já que a autoridade monetária norte-americana condicionou, na ata, a necessidade de novos estímulos, "a não ser que as informações a serem divulgadas apontem para um fortalecimento substancial e sustentável no ritmo da recuperação econômica". Segundo a rede de notícias CNBC, o presidente da unidade de Saint Louis do Fed, James Bullard, disse não ter certeza de que os dados econômicos dos EUA justifiquem uma grande ação do Fed.

Na agenda econômica do dia, foi informado que os pedidos de auxílio-desemprego contrariaram a previsão de queda ao subirem 4 mil na semana passada. Às 11 horas, é a vez de números sobre o setor imobiliário, com o anúncio das vendas de moradias novas em julho e o índice de preços de moradias em junho. Logo mais, às 10 horas, sai o índice preliminar de agosto da atividade industrial.

O desempenho da manufatura na China e na Europa no início deste mês já foi anunciado e decepcionou. O índice PMI chinês, medido pelo HSBC, caiu ao menor nível em nove meses, a 47,8, de uma leitura final a 49,3 em julho. O PMI composto da zona do euro, por sua vez, ficou praticamente estável, passando de 46,5 para 46,6, em base mensal, mas manteve o bloco dos 17 países europeus à beira da recessão.

As principais moedas mundiais ganham valor em relação ao dólar esta manhã, com exceção do iene e da libra britânica. As principais moedas correlacionadas com commodities também caem ante o dólar norte-americano.

O mercado doméstico de câmbio está bem mais tranquilo na manhã desta quarta-feira, em contraste com a agitação do pregão da véspera. Desde a abertura do pregão, o dólar exibe ganhos ante o real, em linha com o comportamento da moeda norte-americana no exterior, o que afasta, temporariamente, a possibilidade de intervenção do Banco Central, conforme verificada ontem.

Pouco depois das 11 horas, o dólar à vista no balcão subia 0,20%, cotado a R$ 2,0210, depois de subir até 0,25%, a R$ 2,0220, na máxima. Na mínima, a moeda norte-americana testou o campo negativo, ao ceder ligeiro 0,05%, a R$ 2,0190. No mesmo horário, em Nova York, o dólar norte-americano subia ante os dólares australiano, canadense e neozelandês. Já o euro estava de lado.

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A despeito do avanço do dólar no pregão doméstico, operadores não afastam a chance de nova atuação do BC, semelhante à ocorrida na terça-feira, quando foram ofertados contratos de swap cambial reverso.

Porém, um operador de uma corretora paulista acha difícil o mercado financeiro testar novamente uma mínima abaixo de R$ 2,01, como visto na terça-feira, até porque o resultado do leilão realizado na terça-feira foi fraco, com um volume muito pequeno. "Não era o momento de testa (o piso informal de R$ 2,00)", avalia.

Para esse profissional, que falou sob a condição de não ser identificado, é preciso haver uma maior confiança de entrada de recursos no País, para que o piso informal seja novamente testado. Essa percepção pode surgir tanto por uma eventual melhora do cenário doméstico quanto pela adoção de novas ações dos bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa, elevando a liquidez.

Brasília - Depois de lançar as novas notas de R$ 10 e R$ 20, o Banco Central confirmou para o próximo ano o lançamento das notas de R$ 2 e R$ 5. As cédulas de R$ 50 e R$ 100 estão em circulação desde 2010.

O BC informou também que a população não precisa se preocupar em trocar as notas. “O processo de substituição será gradativo, na medida em que o Banco Central for recolhendo as antigas notas. As cédulas novas e antigas continuarão a circular harmonicamente por tempo indeterminado”, explicou o presidente do BC Alexandre Tombini. De acordo com o chefe do departamento de meio circulante da instituição, João Sidney Figueiredo, serão emitidas 116 milhões de cédulas de cada família, totalizando R$ 3,4 bilhões. A previsão é de que as novas cédulas estejam disponíveis nas capitais brasileiras em até 48 horas.

SEGUNDA FAMÍLIA - As novas cédulas possuem diversos elementos de segurança, que facilitam a identificação da nota. A maior novidade é o número que muda de cor, no canto superior direito: ao movimentar a nota, a cor do numeral muda do azul para o verde, enquanto uma barra brilhante parece rolar sobre ele

As novas notas mantêm as cores predominantes da primeira família, porém possuem tamanhos diferentes. Essa não é a primeira vez que notas têm dimensões distintas no Brasil. A primeira família do Cruzeiro, lançada em 1970, possuía seis tamanhos.  A modernização das notas também visa integrar elementos gráficos que promovam a acessibilidade aos portadores de deficiência visual, oferecendo recursos táteis para facilitar o reconhecimento das cédulas.

A expectativa de que, como resultado do encontro do G-20, os líderes globais sinalizem que vão priorizar as ações de incentivo ao crescimento da economia para combater a crise internacional, ao contrário de manter o foco nas questões fiscais, como tem ocorrido até agora, invadiu os mercados e criou uma onda de otimismo. Nas negociações internacionais com moedas pesou mais a perspectiva de que, como parte dessa guinada, o Federal Reserve (Fed) adote alguma medida de estímulo já no encontro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, da sigla em inglês), marcado para quarta-feira. O resultado foi a queda generalizada do dólar que, no mercado doméstico, levou a moeda norte-americana a visitar o nível de R$ 2,02, encerrando o pregão em exatos R$ 2,030 no mercado à vista de balcão. A queda foi de 1,41%.

Na BM&F, o dólar spot cedeu 1,37%, a R$ 2,0337. Frente a uma cesta de seis moedas fortes, o dólar recuava 0,69%, às 17h22. No mesmo horário, o euro valia US$ 1,2689, ante US$ 1,2577 no final da tarde de ontem. E o dólar futuro para julho era cotado a R$ 2,0325, com perda de 1,53%.

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"Hoje o dólar firmou-se em trajetória de queda principalmente porque os analistas estão considerando que o Fed vai, no mínimo, estender a operação twist por meio da qual substituiu títulos de longo prazo por papéis de vencimento mais curto", disse um experiente operador. Porém, em seguida, ele ressaltou que, internamente, a percepção é de que o clima de otimismo deve ter duração curta.

Segundo esse profissional do mercado de câmbio doméstico, ainda que o Federal Reserve e outros bancos centrais venham a adotar medidas para permitir a retomada econômica, "haverá momentos de ressaca, pois as soluções não são simples, nem os resultados surgirão de imediato".

Enquanto pensam e operam com olho na destino da economia global e o dólar perde fôlego ante o real, os investidores domésticos esquecem-se, temporariamente, das medidas cambiais. Depois que o governo flexibilizou a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), reduzindo de cinco para dois anos o prazo das operações de empréstimos externos diretos sujeitos à tributação, o mercado especulou com a possibilidade de outras mudanças. Porém, de lá para cá, houve a eleição grega com um resultado favorável e a sinalização de que os líderes globais vão tomar medidas, o que mudou o humor.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que é preciso estabelecer limites para que a valorização do real não prejudique o País. Durante palestra para alunos do curso de Jornalismo Econômico do Grupo Estado, o ministro disse que o Brasil se tornou mais sólido ao longo dos anos e que a valorização da moeda foi uma consequência natural disso. "Mas temos que estabelecer limites para essa valorização não prejudicar o País", afirmou.

Mantega assegurou que não faltará munição do governo caso haja falta de dólares e crédito no mercado. "Um importante instrumento do Banco Central é o depósito compulsório. Temos R$ 430 bilhões, caso haja falta de crédito", disse, citando que esse foi um expediente que o País já usou na crise iniciada em 2008.

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O ministro reiterou também que as reservas internacionais são hoje superiores ao endividamento externo do País. "Se faltar crédito em dólar no País, podemos gerar uma oferta de dólares para o mercado interno."

Mantega disse ainda que o País já cumpriu 93% da meta do superávit primário de janeiro a outubro deste ano e deve atingir a meta cheia até novembro. "A economia brasileira está muito sólida para enfrentar a crise, mesmo que ela se agrave, e o governo dispõe dos instrumentos necessários para neutralizar os efeitos negativos de forma que possamos manter um crescimento sustentável", disse.

O ministro acrescentou que o governo, após retirar parte as medidas macroprudenciais e reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) da linha branca, estuda novas medidas para fomentar a indústria. O setor cresceu menos que o esperado em 2011, disse o ministro. Ele não adiantou quais seriam as medidas para a indústria, nem quando pretende adotá-las.

Mantega estimou que o País vai crescer "pouco mais de 3%" neste ano. Segundo ele, o País já está respondendo aos estímulos, cresceu mais em novembro e deve continuar nessa trajetória em dezembro, comparativamente aos meses de setembro e outubro. "A contração monetária que colocamos desde o fim de 2010, com o aumento dos compulsórios, acabou causando uma desaceleração da economia principalmente no terceiro trimestre", afirmou.

"Agora, estamos na posição inversa e devemos continuar com uma política de flexibilização monetária." De acordo com o ministro da Fazenda, o salário mínimo deve injetar mais de R$ 23 bilhões na economia, e somado às desonerações tributárias e aos investimentos públicos, vai ajudar o País a crescer "pelo menos 4% em 2012".

Mantega disse também que é contra o protecionismo e a favor do livre mercado, mas disse que o Brasil não pode ficar "desprevenido, enquanto outros países fazem o diabo para exportar". Um dos exemplos citados por ele foi o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos importados. Segundo ele, essa é uma forma de garantir que as empresas instaladas no País façam mais investimentos.

A Uefa sorteou, na manhã desta sexta (16/12), os confrontos para a primeira rodada de mata-mata da Liga dos Campeões da Europa. O confronto que mais chama a atenção nas oitavas de final é Milan x Arsenal. O time italiano, sete vezes campeão do torneio (perde apenas para o Real Madrid, que já levantou 10 vezes a taça), decidirá a vaga fora de casa, já que foi o segundo colocado na fase de grupos, enquanto o Arsenal ficou em primeiro em sua chave. 

Principais favoritos ao título, Barcelona e Real Madrid vão enfrentar equipes intermediárias. O Barça, atual campeão, vai jogar contra o Bayer Leverkusen, da Alemanha. Já os merengues encaram o CSKA Moscou. O time de José Mourinho fez a melhor campanha na fase de grupos, vencendo os seis compromissos. Outro duelo interessante é entre Chelsea e Napoli, com o segundo jogo sendo disputado em Stamford Bridge, em Londres.

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Os jogos de ida das oitavas serão disputados nos dias 14, 15, 21 e 22 de fevereiro, enquanto os de volta acontecem em 6, 7, 13 e 14 de março. Os campeões na fase de grupos jogarão em casa a segunda partida.

Confira os confrontos:

Barcelona x Bayer Leverkusen
Bayern de Munique x Basel
Internazionale x Olympique de Marselha
Benfica x Zenit
Real Madrid x CSKA Moscou
Chelsea x Napoli
Arsenal x Milan
Apoel x Lyon

Parecia que o dia seria do Real Madrid. Mas ficou na ameaça. Mesmo levando um gol com menos de um minuto de jogo, o Barcelona virou para 3x1, no clássico realizado neste sábado (10/12), no estádio Santiago Bernabéu, pela 16ª rodada do Campeonato Espanhol. Com a vitória, o Barça alcançou os mesmos 37 pontos do Real. Ambos lideram o certame, mas os merengues têm um jogo a menos. Os catalães se concentram agora no Mundial de Clubes da Fifa, quando estreiam na quinta-feira, contra o vencedor de Esperance-TUN x Al Sadd-CAT.

Emoção foi o que não faltou no clássico. Antes do primeiro minuto, a torcida anfitriã foi ao delírio com o gol de Benzema. O goleiro Victor Valdes errou na saída de bola, que ficou com Di  Maria. O argentino chutou e a bola sobrou para Ozil, que tocou para Benzema abrir o placar aos 23 segundos.

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O Barcelona só conseguiu criar alguma situação de perigo aos seis minutos. Messi roubou a bola de Sergio Ramos, invadiu a área e bateu rasteiro pra grande defesa de Casillas. Mesmo em vantagem, o Real Madrid continuou marcando pressão no campo de defesa do Barça, que não conseguia trocar passes como de habitual.

Se Messi já tinha aparecido, Cristiano Ronaldo deu as caras aos 17. O português arriscou da intermediária e Victor Valdes espalmou. A resposta do Barcelona veio com Xavi, de falta, defendida por Casilas.   

O jogo era lá e cá. Aos 24, Cristiano Ronaldo recebeu de Ozil, mas de frente para o gol, chutou para fora. E no superclássico, não dá para perder gol. Aos 29, Messi deu uma de suas arrancadas tradicionais e tocou para Alexis Sanchez. O chileno ganhou de Pepe na velocidade e tocou com categoria na saída de Casillas: 1x1.

Com o empate, o Barcelona pôde controlar mais a partida, tocando a bola de um lado para o outro. Mas nem catalães nem merengues criaram lances de perigo no restante do primeiro tempo.

Mas no segundo tempo, o Barça logo chegou ao vira vira. Se a sorte beneficiou a equipe da capital no gol de Benzema, o imponderável também se fez presente a favor dos catalães. Aos sete, Xavi arriscou de fora da área, a bola seguia para as mãos de Casillas, mas desviou em Marcelo, tocou na trave e entrou.

Em vantagem no placar, o Barcelona começou a ter mais a posse de bola. Para tentar retomar as rédeas do jogo, José Mourinho sacou Ozil para a entrada de Kaká.O brasileiro deu um gás maior para o Real, que teve uma grande chance de empatar com Cristiano Ronaldo, mas o português cabeceou para fora.

Quem não errou foi o Barça. Iniesta lançou Daniel Alves, que cruzou para Fábregas cabecear inapelável para Casillas: 3x1. Sem forças, o Real só assustou aos 39, com Kaká, mas Victor Valdes fez grande defesa. E ficou nisso, Barça 3x1.

Real Madrid 1x3 Barcelona

Real Madrid

Casillas; Coentrão, Pepe, Sergio Ramos e Marcelo; Xabi Alonso, Lass Diarra (Khedira) e Ozil (Kaká); Cristiano Ronaldo, Benzema e Di Maria (Higuain). Técnico: José Mourinho.

Barcelona

Victor Valdes; Daniel Alves, Piqué, Puyol e Abidal; Busquets, Xavi, Iniesta (Pedro) e Fábregas (Keita); Messi e Alexis Sanchez (David Vila). Técnico: Pep Guardiola.

Local: Estádio Santiago Bernabéu, em Madri-ESP.

Árbitro: Fernández Borbalán

Gol: Benzema, aos 23 segundos, e Alexis Sanchez aos 29 do 1º tempo;  Xavi aos 7 e 20 Fábregas do 2º tempo

Amarelos: Xabi Alonso, Pepe, Sergio Ramos e Diarra (R); Messi, Piqué e Alexis Sanchez (B)

Depois de perder para o Getafe no fim de semana e conhecer sua primeira derrota na temporada, o Barcelona se reabilitou. Os catalães golearam o Ray Vallecano por 4x0, pelo Campeonato Espanhol. Alexis Sanchez (duas vezes), Messi e Davd Villa anotaram os gols do Barça, que chegou aos 31 pontos, diminuindo a desvantagem para o Real Madrid, que lidera o certame com 34 pontos e um jogo a menos.

Na Itália, em um jogão, Napoli e Juventus empataram por 3x3. Hamsik e Pandev fizeram 2x0 para os napolitanos. Matri diminuiu, mas Pandev pôs os anfitriões novamente com dois tentos de vantagem. Porém, Estigarribia e Pepe igualaram o placar. A Juve lidera o Campeonato Italiano com 26 pontos, dois a mais do que o Milan. O Napoli é o sétimo, com 17 pontos.

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Na Inglaterra, o Liverpool venceu o Chelsea por 2x0 no Stamford Bridge, gols de Maxi Rodriguez e Kelly, e avançou para a semifinal da Copa da Liga Inglesa. O Manchester City, também fora de casa, despachou o Arsenal, 1x0, gol de Aguero.  

O Governo do Estado e a Federação Pernambucana de Futebol confirmaram que o Real Madrid não fará uma pré-temporada no Recife no ano que vem. Essa possibilidade foi ventilada no começo deste ano, através de uma empresa de marketing esportivo MSC Inter Sports, que estava intermediando o evento. Porém, esta semana, os merengues deram uma resposta oficial alegando que a proposta era boa, mas eles preferiram aceitar uma outra oferta, dos Estados Unidos.

 

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A taxa de câmbio no Brasil não deve se sustentar nos níveis recentes depois que passar a atual maré de turbulências internacionais. Essa é a avaliação interna na área econômica do governo, que, apesar de considerar desejável um real mais desvalorizado, avalia que o Brasil tem muitos elementos que o colocam como um dos destinos favoritos do capital internacional, o que se traduz em tendência de valorização da moeda nacional.

Apesar de achar negativo o movimento súbito de alta da moeda, como o ocorrido em setembro, o governo considera que o nível recentemente alcançado é bem melhor do que o que vinha sendo praticado, embora não haja um objetivo de se defender um novo piso para o dólar.

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A taxa de câmbio está buscando agora um nível de ajuste. A volatilidade deverá continuar por causa dos desdobramentos da crise global, que trazem pressão altista ao câmbio. Mas a avaliação é de que o governo conseguiu acabar com a tendência baixista, que indicava cotação do dólar abaixo de R$ 1,50.

Por enquanto, a incerteza comanda os movimentos do câmbio, o que não autoriza previsões enfáticas de flutuação no curto prazo. Mas, no médio prazo, a visão do governo é de que "não há crise que dure indefinidamente" e o diferencial de rendimento dos títulos brasileiros em comparação com o mundo, junto com investimentos previstos, deve prevalecer e trazer de volta a tendência de valorização da moeda nacional.

IOF. Esse raciocínio baliza a visão de que deve ser mantida a medida que criou o IOF sobre capitais estrangeiros e deu superpoderes ao Conselho Monetário Nacional (CMN). Se não pretende defender um novo piso para o real, o governo também não quer que a tendência de valorização seja acentuada por movimentos especulativos, que distorcem a taxa e minam a competitividade do produto nacional. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em até três semanas deve ocorrer um desfecho positivo para a crise da Grécia, o que deve fazer com que caia a volatilidade no mercado de câmbio no Brasil, a ponto de levar a cotação para um patamar mais apreciado, que deve fechar em R$ 1,65 no final do ano, afirmou o economista-chefe para América Latina do banco HSBC, André Lóes. Segundo ele, esse cenário tem como hipótese principal que as autoridades daquele país conseguirão realizar uma reestruturação da dívida capaz de evitar um colapso junto aos credores, que eventualmente culminaria num default soberano. "Neste contexto, a volatilidade da cotação do real ante o dólar vai diminuir de forma expressiva e o movimento do câmbio deve voltar a se normalizar", comentou.

Para Lóes, o movimento internacional de investidores à busca de ativos seguros e com baixo risco deve diminuir as variações mais abruptas do câmbio nas próximas semanas. "Como já está ocorrendo o flight to quality há algum tempo, fica menor o potencial de oscilações bruscas dos valores de ativos relativos ao Brasil, como o câmbio", destacou. "Além disso, nos últimos dias ocorreu um movimento de investidores institucionais e sobretudo de exportadores que aproveitaram a cotação mais alta para fechar a cotação do câmbio num patamar mais favorável", disse.

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Segundo André Lóes, caso se confirme seu cenário principal sobre os desdobramentos da crise da Grécia, o nervosismo dos mercados internacionais deve diminuir bem, pois os investidores perceberão que vai cair muito a possibilidade de contágio para outras economias europeias maiores, como a Espanha e Itália. "Desta forma, o mercado ficará com uma avaliação de que as autoridades da Europa conseguiram limitar bem os efeitos da crise sobre a Grécia, o que não deve provocar impactos muito negativos sobre outros membros da zona do Euro", afirmou.

O economista esteve recentemente em contato com clientes de renda fixa nos EUA e verificou que há uma percepção não muito favorável sobre as recentes decisões do Poder Executivo da gestão da economia, com destaque para mudança súbita da administração da política monetária no dia 31 de agosto. De acordo com Lóes, investidores passaram a avaliar que o governo não quer o ingresso de capitais de curto prazo, e que somente tem interesse em investimentos estrangeiros diretos, o IED.

"Mas passado o período mais agudo da crise, o fluxo de capitais de portfólio pode retomar de alguma forma o fôlego", comentou Lóes. Um dos fatores que devem estimular este tipo de investidores é a rentabilidade de títulos públicos brasileiros, dado que os juros reais ex-ante estão em 4,54%, patamar diferente das taxas negativas registradas nos EUA, Zona do Euro, Japão e Reino Unido. Além de esperar que o câmbio chegará ao final do ano no patamar de R$ 1,65, ele estima que esta cotação será repetida no encerramento de 2012. No seu cenário, o Brasil não deve ser muito afetado pela crise internacional, pois estima que o subirá 3,5% em 2011 e avançará 4% no próximo ano, enquanto a Selic deve encerrar este ano em 11% e atingir 10% no ano que vem.

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