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O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse que o presidente da Síria Bashar Assad precisa renunciar por causa da violenta repressão aos manifestantes. Nesta terça-feira, mais cinco pessoas, incluídas quatro crianças, foram mortas pela repressão na Síria. "Para o bem-estar do seu povo e da região, apenas deixe o poder", disse Erdogan. O presidente turco Abdullah Gul, que está em Londres, fez comentário semelhantes, pedindo o fim do regime da família Assad na Síria.

Os Comitês de Coordenação Local, uma rede de ativistas da Síria, e o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que funciona em Londres, disseram que quatro crianças, com idades entre 10 e 15 anos, foram mortas a tiros em um posto de controle militar perto de Houla, na província de Homs, Síria central. Uma quinta pessoa, um adulto, foi morto a tiros no distrito de Khaldieh, disseram os dois grupos.

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Os Comitês disseram que soldados sírios, apoiados por tanques, atacaram a região de Houla e também cercaram o bairro de Bayada na cidade de Homs. O governo sírio impôs uma série de restrições ao trabalho dos jornalistas estrangeiros no país e por isso não é possível confirmar os relatos e números de maneira independente.

O pedido de Erdogan para que Assad renuncie ocorre dois dias após forças sírias terem atacado a tiros pelo menos três ônibus com peregrinos turcos que voltavam de Meca. Duas pessoas ficaram feridas e foram levadas para o hospital estatal de Antioquia, já em território turco. "Proteger viajantes, especialmente os que voltam do hajj, é uma honra para um país", disse Erdogan, referindo-se à peregrinação anual islâmica para Meca, na Arábia, o hajj.

Os pedidos de Erdogan para que Assad renuncie significam um fim definitivo aos outrora amigáveis laços entre os governos de Ancara e Damasco. A Turquia é um parceiro comercial importante para a Síria e Erdogan cultivou uma amizade próxima com Assad no passado. Mas a Turquia está crescentemente frustrada com o regime de Damasco por causa da violenta repressão que esse conduz contra os opositores.

Nesta terça-feira, o governo da Arábia Saudita disse que um dos seus cidadãos, Hussein bin Bandar al-Anzi, foi morto em Homs quando visitava parentes na segunda-feira. O governo da Arábia pediu ao governo sírio uma explicação oficial sobre a morte de al-Anzi. A agência estatal de notícias da Síria, Sana, disse hoje que na segunda-feira as forças de segurança fizeram um reide no bairro de Bayada, confiscando armas e matando quatro terroristas. Segundo a Sana, um "terrorista perigoso" apelidado de Bandar, estava entre os mortos.

As informações são da Associated Press.

A Turquia advertiu o presidente da Síria, Bashar Assad, que ele não pode continuar a oprimir seu povo com tanques e armas para sempre. O alerta do governo turco ocorre após três ônibus que transportavam cidadãos turcos terem sido atacados a tiros perto de Homs, na Síria central. Os ataques a tiros deixaram dois cidadãos turcos feridos e parecem ter sido uma retaliação do regime sírio às críticas e ameaças de sanções de Ancara a Damasco. Mas ainda não está totalmente claro se foram soldados regulares ou desertores que atiraram nos ônibus. O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse a Assad que os dias dele no poder estão contados.

"Você pode ficar no poder com tanques e armas até um certo ponto. Mais cedo ou mais tarde, os oprimidos irão vencer", disse Erdogan durante uma conferência religiosa em Istambul. Erdogan denunciou novamente o uso da brutalidade do regime contra "aqueles na Síria que desejam apenas uma vida decente", disse à agência France Presse (AFP). Segundo ele, "nós nunca consideraremos algo humano as matanças dos sírios com tanques e canhões".

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A Turquia permitiu que milhares de civis sírios se refugiassem na sua província de Hatay, que confina com a província síria de Idlib. O governo turco também permitiu que centenas de soldados desertores encontrassem abrigo na Turquia.

Um desses militares desertores é o coronel Riad al-Asaad, que afirma comandar o Exército Livre da Síria, uma força militar de desertores que supostamente teria milhares de combatentes em território sírio e na Turquia. Nesta segunda-feira, o coronel Riad negou que seus combatentes tenham lançado um ataque sem precedentes contra a sede do Partido Baath, do governo, em Damasco.

"Nós não atacamos nenhum prédio civil, mesmo do Partido Baath, e jamais faremos isso", disse Riad, que culpou o governo do presidente sírio pelas acusações.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O líder exilado da Irmandade Muçulmana da Síria, Mohammad Riad Shakfa, disse nesta quinta-feira que seus compatriotas deveriam aceitar a "intervenção" da Turquia no país para solucionar meses de massacre sangrento. Shafka fez o pedido em Istambul, no mesmo dia em que primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, insistiu para que a comunidade internacional tome um papel mais forte contra o regime sírio.

"Nós poderemos pedir mais à Turquia, como um país vizinho", disse Shakfa, sem entrar em detalhes. O diário pró-governamental Sabah reportou nesta quinta-feira que o Conselho Nacional da Síria, que reúne grupos opositores na Turquia, ao lado da Irmandade Muçulmana Síria, poderá pedir ao governo turco que imponha uma zona de exclusão aérea sobre a Síria para proteger civis sírios na região de fronteira com a Turquia.

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"O povo sírio deveria aceitar uma intervenção vinda da Turquia, em vez do Ocidente, se seu objetivo é proteger as pessoas", afirmou Shafka numa coletiva de imprensa.

Já Erdogan disse, em outro evento, que o mundo precisa "ouvir os gritos" da Síria urgentemente e "fazer algo para acabar com o derramamento de sangue". Erdogan fez as declarações em uma conferência internacional sobre energia em Istambul. Ele acrescentou serem necessárias medidas segurança para o fornecimento de energia e para a paz mundial.

Apesar de não especificar que ações seriam estas, ele pediu que a comunidade internacional se sensibilize com a condição do povo sírio da mesma forma com que fez com a Líbia. Ele disse que "a falta de reação aos massacres na Síria estão causando feridas irreparáveis na consciência da humanidade".

A Turquia cancelou na terça-feira a exploração de cinco poços de petróleo na Síria, um trabalho que seria conjunto com a estatal petrolífera síria, e ameaça cortar o fornecimento de energia elétrica ao país vizinho. Além disso, militares sírios que desertaram atravessaram a fronteira e se refugiaram na Turquia.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

A Turquia cancelou nesta terça-feira seus projetos para explorar petróleo na Síria, em meio a um aumento nas tensões entre Ancara e Damasco por causa da escalada na repressão do regime sírio aos manifestantes. Segundo ativistas, pelo menos 90 pessoas foram mortas em episódios violentos ao redor da Síria na segunda-feira, grande parte na província sulista de Deera, onde ocorreram confrontos entre soldados desertores e regulares. A Turquia também ameaça cortar seu fornecimento de eletricidade à Síria, em retaliação aos ataques de partidários do presidente Bashar Assad contra o consulado turco na cidade de Latakia.

O ministro da Energia da Turquia, Taner Yildiz, anunciou que seu país arquivou os planos da petrolífera turca Tpao, de explorar petróleo na Síria em seis poços. Yildiz também ameaçou cortar o fornecimento turco de eletricidade à Síria se as tensões continuarem.

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"Até agora, fornecemos eletricidade à Síria. Mas se o regime (sírio) continuar neste curso, poderemos reconsiderar essas decisões", disse Yildiz.

O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, criticou o presidente sírio Bashar Assad pelo ataque ao consulado turco no sábado. Erdogan afirmou que a Turquia não confia mais no regime de Assad e alertou que a sangrenta repressão desfechada pelo autocrata ameaça colocá-lo na lista de líderes que se "alimentaram de sangue". No sábado, partidários de Assad queimaram uma bandeira da Turquia no consulado turco em Latakia, no Mediterrâneo.

As informações são da Associated Press.

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