Tópicos | Homs

A emissora oficial do regime sírio informou nesta terça-feira (17) que o país foi alvo de uma nova "agressão", com o bombardeio de uma base aérea em Homs. O canal não informou de onde teria partido o ataque. No início do mês, o regime de Bashar Assad culpou Israel por um ataque semelhante em Homs.

Na sexta-feira (13), uma força-tarefa formada por Estados Unidos, Reino Unido e França realizou um ataque com o objetivo declarado de destruir supostas fábricas e depósitos de armas químicas na Síria. O bombardeio foi uma retaliação ao suposto uso de armas químicas contra a cidade de Douma por tropas de Assad.

##RECOMENDA##

Insurgentes invadiram escritórios de segurança fortemente protegidos na cidade de Homs, na Síria, enfrentaram militares e explodiram a si mesmos em ataques sincronizados, matando um oficial sênior e pelo menos 31 outras pessoas, informaram a TV estatal e autoridades do país.

Os ataques rápidos contra os gabinetes de Inteligência Militar e de Segurança do Estado, entre os mais poderosos da Síria, foram reivindicados por uma coalizão insurgente ligada à Al-Qaeda, conhecida como Comitê de Libertação do Levante. Um legislador sírio disse em uma emissora de TV estatal que os ataques foram "forte golpe" contra os aparatos de segurança da Síria.

##RECOMENDA##

Os ataques ocorreram em um momento em que o governo sírio e delegados da oposição se reúnem em Genebra para conversas mediadas pela ONU, com o objetivo de construir um ímpeto para a paz, apesar das baixas expectativas de um avanço. O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, qualificou os ataques como "trágicos". "Toda vez que temos conversações ou negociações, sempre havia alguém que tentando arruiná-las. Estávamos esperando isso", disse. O embaixador da Síria nas Nações Unidas, Bashar al-Ja'afari, que lidera a delegação de Damasco a Genebra, disse que os ataques foram uma mensagem dos "patrocinadores do terrorismo" para as negociações de paz. Al-Ja'afari disse que os ataques não ficarão sem resposta.

Nenhuma foto ou vídeo surgiu do local. Ativistas disseram que a cidade está em alerta depois dos ataques, com as tropas do governo bloqueando estradas e forçando as lojas a fechar. O governo respondeu com uma intensa campanha contra o único bairro dos arredores da cidade ainda sob controle da oposição e outras partes da área rural de Homs.

O ataque na manhã de sábado foi o mais violento em uma cidade que tem sido palco de repetidos ataques suicidas desde que o governo recuperou o controle. O chefe dos Serviços de Inteligência Militar, o general Hassan Daeboul, morto no ataque do sábado, foi transferido da capital para Homs no ano passado para enfrentar falhas de segurança na cidade, segundo relatos da mídia local na época.

O governador da província de Homs, Talal Barzani, disse que três explosões no total mataram mais de 32 pessoas. Ele disse que os agressores estavam usando cintos suicidas, que foram detonados nos escritórios de segurança. As duas agências são separadas por dois quilômetros de distância, e, de acordo com ativistas da cidade, são fortemente protegidas e monitoradas com câmeras de segurança.

De acordo com a TV estatal al-Ikhbariya, pelo menos seis agressores atacaram os dois complexos de segurança nos bairros adjacentes a Homs de al-Ghouta e al-Mahata, entrando em confronto com agentes de segurança antes de pelo menos dois deles detonarem explosivos. Não ficou claro se havia civis entre as vítimas. O chefe do Observatório Sírio para os Direitos Humanos da Grã-Bretanha, Rami Abdurrahman, disse que os ataques sincronizados mataram pelo menos 42 agentes de segurança e funcionários dos escritórios. As diferentes estimativas de acidentes não puderam ser imediatamente confrontadas e não são incomuns após episódios de violência na Síria. Fonte: Associated Press.

Duas explosões na cidade de Homs, na Síria, mataram pelo menos 32 pessoas e feriram dezenas neste domingo, na mais recente onda de violência a atingir o local, informou a TV estatal.

As explosões em Homs ocorreram em meio a reportes de que forças do governo sírio teriam capturado 31 vilarejos na província de Alepo, no norte do país, que estavam sob controle do Estado Islâmico. As tropas sírias estão em ofensiva em diferentes partes do país sob ataques aéreos da Rússia.

##RECOMENDA##

A reportagem informou ainda que as explosões deste domingo atingiram o bairro pró-governo de Zahraa. A TV cita Talal Barrazi, governador provincial de Homs, confirmando que 32 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas, algumas com gravidade.

A maioria dos ataques a bomba em Homs durante os últimos meses foi reivindicada pelo Estado Islâmico, que controla partes da província de Homs, incluindo a cidade histórica de Palmyra.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha e uma rede de ativistas em toda Síria, disse que as explosões mataram 46 pessoas e feriram mais de 100. Segundo o observatório, as explosões foram causadas por dois veículos carregados de explosivos.

A TV estatal afirmou que as explosões ocorreram por volta das 8h15 do horário local (3h15 de Brasília) e resultaram de dois carros-bomba.

No norte do país, o exército sírio capturou 31 vilarejos neste domingo que eram controlados pelo Estado Islâmico, de acordo com a TV pró-síria Al-Mayadeen, com base no Líbano, e a rede Al-Manar, do Hezbollah. Fonte: Associated Press.

A explosão de dois carros-bomba nas proximidades de uma escola na Síria matou 22 pessoas nesta quarta-feira, dentre elas 10 crianças. Não é incomum que crianças estejam entre as vítimas dos ataques realizados durante a guerra civil no país, mas nesta quarta-feira elas eram, aparentemente, o alvo.

O primeiro carro explodiu quando as crianças estavam saindo da escola e o segundo quando os adultos carregavam corpos e levavam os feridos para o hospital.

##RECOMENDA##

As explosões aconteceram do lado de fora da escola fundamental Ekremah al-Makhzoumi, que fica numa área de Homs controlada pelo governo e dominada pela minoria alawita, o ramo do xiismo ao qual pertence a família do presidente Bashar Assad. Foi um dos piores ataques a atingir a região nos últimos meses.

"Corra! Corra!" Leve-o para o hospital", gritava um homem, enquanto outro levava uma criança nos braços, segundo imagens divulgadas por um grupo pró-governo no Facebook. As imagens parecem verdadeiras e são consistentes com os relatos de jornalistas da Associated Press.

Quando um menino puxou a mão de um homem, como que para correr do lugar, outra explosão foi ouvida. Uma menina cobriu os ouvidos enquanto outras pessoas gritavam e corriam.

Uma autoridade local confirmou o número de mortos e disse que 56 pessoas ficaram feridas. Ele falou em condição de anonimato porque não tem autorização para falar com meios de comunicação. A agência de notícias estatal Sana também relatou as explosões, assim como o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo ativista sediado em Londres.

Tanto a Sana quanto o Observatório fizeram relatos semelhantes sobre o número de mortos, embora não tenham dito quantas crianças foram atingidas.

O governador de Homs, Talal Barazi, descreveu as explosões como "um ato terrorista e uma tentativa desesperada de atingir crianças".

Nenhum grupo havia assumido a responsabilidade pelo ataque desta quarta-feira, mas rebeldes sírios que lutam para derrubar Assad já realizaram ações semelhantes durante a guerra civil.

Todos os lados do conflito têm realizado terríveis ataques contra civis durante o conflito, que agora está em seu quarto ano, mas aparentemente raras vezes tiveram crianças como alvo. Fonte: Associated Press.

Pela primeira vez em quase dois anos, milhares de sírios entraram no sábado em algumas partes da cidade de Homs destruídas pela guerra e muitos faziam planos para repovoá-la, poucos dias depois que os rebeldes entregaram suas posições às forças pró-Assad.

Homens, mulheres e crianças entraram nos antigos distritos de Homs, alguns de caminhonetes e bicicletas, enquanto a maioria o fez caminhando em um dia ensolarado.

##RECOMENDA##

Uma banda juvenil que tocava tambores e portava fotografias do presidente Bashar Assad marchou pela região, somando-se ao ânimo festivo dos que apoiam o regime no conflito que começou há três anos.

A população recuperou o que pôde de suas casas no sábado, principalmente roupa, colchões e tanques de gás.

"Minha casa ficou completamente destruída e queimada, porém achei algumas fotos", disse Sarmad Musa, de 49 anos, ex-moradora do bairro de Hamidiye. "Fiquei recordando os belos dias que tive aqui."

Algumas pessoas acusaram os rebeldes de saquear e queimar suas casas. Um grupo menor de pessoas entraram na cidade na sexta-feira. Outro moradores fizeram planos para voltarem às suas casas e aproveitaram o dia para limpar os escombros.

"Se Deus nos permitir, dormiremos em nossas casas nesta noite", disse um homem à emissora de TV libanesa al-Mayadin. "Ainda assim as casas não estão prontas, mas nos ajudaremos uns aos outros a reconstruir."

Centenas de rebeldes entregaram suas posições em Homs às forças armadas do governo de Assad em troca de um salvo-conduto para os insurgentes do norte como parte de um acordo que começou na quarta-feira.

O acordo é visto como uma vitória pessoal para Assad a algumas semanas antes das eleições presidenciais de 3 de junho, que muitos imaginam que selará a vitória do atual presidente e lhe dará mais um mandato para seguir lutando contra os insurgentes, em uma guerra civil que matou mais de 150 mil pessoas. Fonte: Associated Press.

A explosão de dois carros bomba matou 25 pessoas e deixou 107 feridos na Síria, incluindo mulheres e crianças, segundo a agência de notícias estatal Sana. O incidente ocorreu nesta quarta-feira (9) em uma rua movimentada na cidade de Homs, a terceira maior do país.

Ainda de acordo com a Sana, um dos fotógrafos da agência está entre os feridos. O grupo de oposição Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede em Londres, informou que o bairro Karm el-Loz, onde as explosões aconteceram, é habitado, em sua maioria, por membros da minoria Alauita, à qual pertence o presidente Bashar Assad. Fonte: Associated Press.

##RECOMENDA##

As negociações de paz entre o regime sírio e os rebeldes que tentam depor o presidente Bashar Assad produziram seu primeiro efeito concreto neste domingo. De acordo com o mediador internacional para a crise, Lakhdar Brahimi, os civis encurralados em Homs - cidade síria sob cerco das forças do governo há mais de um ano - poderão "a partir de agora" deixar a localidade, fugindo dos intensos combates da região.

Brahimi reconheceu que o acordo sobre Homs não alcançou suas próprias expectativas, de organizar um comboio de ajuda humanitária. Mas mulheres e crianças já podiam sair da cidade a partir de hoje.

##RECOMENDA##

"Vai levar tempo para retirar a Síria do fosso em que caiu", declarou.

Homs, uma das primeiras cidades sírias a se insurgir contra o regime, foi atacada granadas de morteiros neste domingo.

Brahimi defendeu o lento ritmo das conversas de paz em Genebra. As dúvidas sobre se a negociação chegará a tratar do futuro político da Síria. "Acho que ir devagar demais é uma maneira melhor do que rápido demais. Se você corre, pode ganhar uma hora - e perder uma semana."

De acordo com Brahimi, o tema mais espinhoso das conversas, um eventual governo interino de transição, não seria discutido ontem. "Acho que isso diminui a importância dessa conferência e o objetivo que traçado para ela", afirmou Bouthaina Shaaban, conselheiro de Assad.

Os negociadores da Coalizão Nacional Síria - que tem o apoio do Ocidente e reúne insurgentes exilados, em sua maioria - alegam que Assad perdeu legitimidade ao reprimir militarmente os protestos inicialmente pacíficos que pediam sua renúncia, há quase três anos. Para os opositores, Assad não pode mais governar, após ter ordenado ataques contra seu próprio povo.

Os representantes do governo, por sua vez, afirmam que os rebeldes que combatem as forças do governo são predominantemente "terroristas" e alegam que Assad é a única pessoa capaz de terminar com a guerra civil que já deixou mais de 130 mil mortos.

Além de estabelecer o acordo preliminar sobre Homs, os rivais sírios discutiram ajuda humanitária e libertação de prisioneiros na sessão que mantiveram na manhã de ontem - que tinha como objetivo construir algum tipo de confiança entre as partes.

Ambos os lados, porém, discordavam até nas questões mais básicas e Brahimi teve de se reunir separadamente com cada delegação. A intenção, segundo o delegado opositor Ahmed Ramadan, era abrir caminho para a discussão da aplicação do pacto Genebra 1, elaborado em 2012, que pede a implementação de um governo de transição na Síria por meio de mútuo acordo entre o regime e os rebeldes. Fonte: Associated Press.

A comunidade internacional deve pressionar o presidente Bashar al-Assad a aceitar uma trégua para o Ramadã na devastada Homs, no centro da Síria, indicou o líder da Coalizão opositora. "Nós, a Coalizão Nacional (opositora, NR), pedimos que a comunidade internacional pressione o regime e seus aliados para que aceitem uma trégua como esta, para fazer com que o derramamento de sangue sírio pare durante o mês sagrado" do jejum muçulmano, declarou Ahmad Assi Jarba, de acordo com declarações feitas em Istambul na segunda e divulgadas online nesta quarta.

Ahmad Assi Jarba também ressaltou que a prioridade da Coalizão é garantir aos rebeldes apoio humanitário e militar com o objetivo de "modificar o equilíbrio de forças no terreno" nos próximos meses. Jarba, eleito no sábado para a liderança da Coalizão, saudou na terça-feira o apelo por uma trégua na Síria em ocasião do Ramadã lançado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Homs, cidade simbólica da revolução síria, é alvo há cerca de duas semanas de uma intensa ofensiva do regime, que tenta reconquistar os bolsões rebeldes cercados há mais de um ano. A ONU estimou em mais de 2.500 o número de civis bloqueados nos bairros cercados da cidade, enquanto que organizações de defesa dos direitos humanos advertiram que começam a faltar comida e medicamentos, em uma situação que vem causando a morte de pessoas feridas nos bombardeios e em combates.

Tropas sírias invadiram neste domingo, 19, o centro de Qusayr, um reduto de rebeldes, na província de Homs, um reduto dos rebeldes na província de Homs (centro), e tomaram o controle da principal praça e do edifício do governo municipal, anunciou uma fonte militar. As informações são da Dow Jones.

Uma equipe de observadores da Organização das Nações Unidas (ONU) entrou nesta quinta-feira no vilarejo de Heffa, após tropas do governo sírio terem retomado a área perto da costa do Mediterrâneo, depois de combates que se alastraram por oito dias. A visita ocorreu algumas horas após um suicida detonar seu veículo cheio de explosivos em um subúrbio de Damasco, ferindo 14 pessoas e danificando um dos mais sagrados santuários da minoria xiita na Síria, informou a agência estatal de notícias Sana.

Sausan Ghosheh, uma porta-voz dos observadores, confirmou que a equipe da ONU conseguiu entrar em Heffa e testemunhas que viajam com os observadores confirmaram que viram cenas de destruição e combates pesados, incluídos prédios do governo queimados e um corpo largado em uma rua deserta.

##RECOMENDA##

Os observadores tentavam entre em Heffa, na província costeira de Latakia, há vários dias. Foi levantada a suspeita de que um assalto brutal das tropas do governo estava ocorrendo contra o vilarejo.

Ainda não está claro se o ataque a bomba desfechado nesta quinta-feira no subúrbio de Sayyida Zainab, em Damasco, tinha na mira o santuário xiita ou uma delegacia de polícia que fica a 15 metros do prédio religioso. Testemunhas dizem que o suicida detonou o artefato na van que dirigiu para um estacionamento a 50 metros do santuário, apesar de esforços feitos por guardas para parar o veículo. A explosão destruiu as janelas da mesquita e ruiu alguns dos mosaicos que decoram as paredes. Algumas partes do veículo detonado pelo agressor foram encontradas dentro do santuário.

A agência Sana disse que 14 pessoas ficaram feridas pela explosão em Damasco. Seis ônibus de turistas e mais de 30 automóveis, bem como um micro-ônibus da polícia, foram danificados. "Eu trabalhei 10 anos para poder comprar esse carro" disse Amin Daoud, um trabalhador de 35 anos que estava perto do local do atentado. "Eu estacionei o carro ali ontem à noite e agora ele foi totalmente destruído", disse o trabalhador.

Um segundo carro-bomba foi explodido nesta quinta-feira em Idlib, no norte do país. O alvo da explosão em Idlib foi um posto de verificação do Exército, informou o grupo Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, acrescentando que vários soldados foram mortos e feridos no ataque. O Observatório também informou que três civis foram mortos em um confronto entre soldados e insurgentes na entrada do bairro de Jouret el-Shayyah, em Homs, que está há dias sob fogo das forças do regime.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Mesmo com a equipe da ONU (Organização das Nações Unidas) no país, grupos de direitos humanos denunciaram mais um confronto em Homs, na Síria, nesta segunda-feira. Os observadores desembarcaram em Damasco, depois do cessar-fogo iniciado na semana passada. Mais 25 representantes das Nações Unidas irão chegar nos próximos dias.

Até o fim da semana, o Conselho de Segurança (CS) da ONU vota uma resolução para autorizar uma ida de 250 pessoas ao país, entre elas, ativistas de Direitos Humanos. O CS aprovou no sábado, por unanimidade, a primeira resolução sobre a Síria desde o começo dos combates há 13 meses.

##RECOMENDA##

A proposta do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, é de que a primeira missão prepare as bases para a chegada de um grupo maior. Mas a oposição anuncia que o cessar-fogo decretado na quinta-feira passada não está sendo cumprido a risca, com mais de 50 mortes nos últimos quatro dias.

O Plano de Paz prevê, além do fim de violência, a libertação dos presos, retirada das tropas das ruas, garantia de ajuda humanitária e o diálogo entre as partes. De acordo com a ONU, mais de 10 mil pessoas morreram desde março de 2011.

Os corpos de 47 mulheres e crianças foram encontrados na cidade síria de Homs, onde forças de segurança têm travado batalhas contra rebeldes armados, informaram opositores e ativistas nesta segunda-feira

Hadi Abdallah, ativista que mora em Homs, disse à agência France Presse que os corpos de 26 crianças e 21 mulheres, alguns com as gargantas cortadas e outros com marcas de facadas, foram encontrados após um "massacre" em nos bairros de Karm el-Zaytoun e Al-Adawiyeh.

##RECOMENDA##

"Algumas das crianças foram atingidas na cabeça por objetos pontudos, uma menina foi mutilada e algumas mulheres foram estupradas antes de serem mortas", disse ele.

O principal grupo opositor, o Conselho Nacional Sírio (CNS) pediu uma reunião emergencial do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir o "massacre", que aconteceu no domingo.

"O Conselho Nacional Sírio está fazendo os contatos necessários com todas as organizações e países que são amigos do povo sírio para que o Conselho de Segurança realize uma reunião emergencial", disse o CMS em comunicado.

O tema deve dominar as conversações durante um encontro de ministros dos 15 países integrantes do Conselho de Segurança que acontece nesta segunda-feira, na sede da ONU em Nova York. O encontro vai discutir a questão palestina e os desafios da Primavera Árabe.

Numa clara referência à Rússia e à Síria, o CNS disse que os aliados do presidente Bashar Assad compartilham a responsabilidade pelos "crimes" cometidos pelo regime.

A televisão estatal responsabilizou "gangues terroristas armadas" pelos assassinados, afirmando que os grupos sequestraram moradores de Homs, os mataram e fizeram imagens dos corpos, numa tentativa de desacreditar as forças sírias. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

O Exército da Síria enviou mais soldados para a província de Idlib, no noroeste do país, onde ativistas temem que os soldados lancem uma ofensiva semelhante à desfechada nas últimas semanas contra Homs. Muitos desertores estão escondidos na região montanhosa de Jabal al-Zawiya, perto da fronteira com a Turquia.

Rami Abdel Rahman, chefe do Observatório Sírio pelos Direitos humanos, em Londres, disse que o aumento de tropas parece indicar que uma grande operação militar é iminente, dados os relatos na imprensa estatal de que "grupos terroristas armados" estão atuando an região de Jabal al-Zawiya. Milad Fadl, integrante da Comissão Geral da Revolução Síria, um grupo da oposição, disse que tanques e tropas foram enviadas para o distrito de Jabal al-Zawiya na província. "Um grande número de habitantes de oito vilarejos fugiram", disse Fadl à agência France Presse (AFP). Ele também disse que muitos moradores da capital da província, Idlib, estão fugindo.

##RECOMENDA##

"As tropas do governo pediram aos desertores do Exército Livre da Síria que entreguem as armas. O pedido foi feito a partir dos alto-falantes nas mesquitas e por funcionários públicos locais", disse Fadl. "Eu acredito que eles primeiro atacarão a cidade de Idlib e depois decidirão o que fazer".

Fadl disse que um homem foi executado em Jabal al-Zawiya e cinco casas foram queimadas em punição ao apoio dado pela população aos insurgentes. Existem preocupações de que Idlib, que fica na fronteira com a Turquia, sofra o mesmo tipo de ofensiva militar contra o bairro de Baba Amr em Homs, que durou quase um mês e arrasou o local.

Na noite de quarta-feira, a chefe humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU), Valérie Amos, visitou o bairro de Baba Amr e diz que houve destruição no local. "A devastação que aconteceu lá é significativa. Aquela parte de Homs foi completamente destruída e estou preocupada em saber o que aconteceu com as pessoas que vivam no bairro", ela disse na capital Damasco, que é uma cidade relativamente pacífica que apoia Assad.

"Eu fiquei chocada com a diferença do que vi em Damasco e vi ontem em Baba Amr", disse Amos. Mas logo após ela falar nesta quinta-feira, tropas sírias abriram fogo contra o funeral de um soldado no subúrbio de Mazzeh, em Damasco. O soldado supostamente foi executado por ter se recusado a disparar contra civis em Homs no mês passado, durante o cerco ao bairro de Baba Amr. Não existem informações sobre vítimas em Mazzeh.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Tropas sírias bombardearam nesta terça-feira o vilarejo de Hirak, na província de Deraa, e entraram em confrontos com desertores, em choques que deixaram pelo menos seis mortos, incluindo cinco soldados regulares e um adolescente de 15 anos, informaram ativistas sírios nesta terça-feira. Após esmagar a rebelião em grande parte da província de Homs, o governo sírio parece dirigir a repressão à província sulista de Deraa, onde a revolta contra o presidente Bashar Assad começou há um ano.

"Os confrontos em Deraa foram muitos intensos nesta terça-feira e prosseguem desde a manhã", disse Rami Abdul-Rahman, diretor do Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres. Abdul-Rahman disse que o Exército luta contra um grande número de desertores em Hirak. Desertores emboscaram um veículo militar e mataram cinco soldados e feriram vários outros. Tanto ele quanto os Comitês de Coordenação Local, outro grupo de ativistas na Síria, confirmaram a notícia da morte do adolescente de 15 anos, que teria sido morto por francoatiradores.

##RECOMENDA##

Os Comitês de Coordenação Local afirmam que as tropas do governo conduzem buscas e reides aleatórios, não apenas em Homs e Deraa, mas em várias outras províncias sírias. O grupo de ativistas reportou pelo menos 21 mortes nesta terça-feira - o número não pôde ser confirmado por fontes independentes.

Segundo informações da Sky News, forças do governo bombardearam uma ponte perto da fronteira libanesa, na província de Homs, para cortar uma rota de fuga para os refugiados que tentam escapar para o Líbano. O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) informou ontem que pelo menos 2 mil refugiados sírios atravessaram a fronteira libanesa, a partir da província de Homs, entre sábado e segunda-feira.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Mais de dois mil refugiados sírios atravessaram a fronteira com o Líbano, carregando em sacolas plásticas os seus poucos pertences enquanto fogem da repressão do governo, que caça seus opositores pela Síria. O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) informou nesta segunda-feira que pelo menos duas mil pessoas cruzaram a fronteira vindas da Síria para o Líbano nos últimos dois dias. Repórteres da Associated Press, que foram ao vilarejo libanês de Qaa, viram várias famílias com crianças que fugiram da Síria apenas com poucos pertences.

"Nós fugimos dos bombardeios e dos ataques", disse Hassana Abu Firas, que fugiu para o Líbano. Ela veio com duas famílias que fugiram dos ataques do governo contra a cidade de al-Qusair, a apenas 22 quilômetros do outro lado da fronteira. A cidade, na província de Homs, é um dos centros da oposição e está sob pressão das tropas do governo há mais de um mês. A província de Homs fica na fronteira com o Líbano. "O que nós poderíamos fazer? As pessoas estão nas suas casas e os soldados atiram nelas com tanques. Quem pode foge. Quem não pode, morre em casa", ela disse.

##RECOMENDA##

Homs, capital da província e terceira maior cidade da Síria, com 1 milhão de habitantes, emergiu como o palco central da rebelião contra Bashar Assad, que está completando um ano neste mês. Ativistas afirmam que centenas de pessoas já foram mortas apenas na cidade no último mês, enquanto a ONU elevou para 7.500 o número de pessoas mortas na revolta contra Assad. Ativistas, contudo, dizem que o número de mortos passa de 8 mil.

A Cruz Vermelha disse que nesta segunda-feira obteve permissão do governo sírio para entrar no bairro de Baba Amr, o mais atingido pelos combates e pelas tropas do governo. O bairro foi controlado por desertores e insurgentes durante meses, até que na quinta-feira passada foi reconquistado pelas tropas de Assad. O regime proibiu a entrada de trabalhadores humanitários no bairro desde a quinta-feira. Ativistas denunciam que após a retomada do bairro, os soldados executaram dezenas de moradores e queimaram algumas casas em vingança contra a revolta. O governo sírio afirma que proibiu a entrada de trabalhadores humanitários por motivos de segurança.

As informações são da Associated Press.

Autoridades sírias impediram que trabalhadores humanitários da Cruz Vermelha entrassem no bairro de Baba Amr, na cidade de Homs, onde civis acompanharam vários dias de intensos confrontos, informou nesta sexta-feira o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

O grupo humanitário disse que recebeu permissão do governo na quinta-feira para entrar em Baba Amr, e um comboio de sete caminhões estava prestes a se encaminhar para o local nesta sexta-feira.

##RECOMENDA##

"É inaceitável que as pessoas que pessoas que precisam de assistência emergencial há semanas ainda não tenham recebido ajuda", disse o presidente do CICV, Jakob Kellenberger. "Nós ficamos em Homs esta noite na expectativa de entrar em Baba Amr em breve", disse ele em comunicado.

Enquanto isso, o grupo e uma organização síria vão ajudar as famílias que fugiram de Baba Amr, disse Kellenberger.

A Cruz Vermelha ainda está esperando que o governo sírio concorde com seu pedido para um cessar-fogo de duas horas na região para levar ajuda humanitária para regiões onde há confrontos e retirar os feridos. O grupo fez o pedido de cessar-fogo há mais de duas semanas. "A situação humanitária estava séria antes e está pior agora", declarou Kellenberger.

As informações são da Associated Press.

Dois jornalistas franceses que foram retirados da cidade síria de Homs, que ficou durante semanas sob o assalto das tropas do presidente sírio Bashar Assad, chegaram a Paris nesta sexta-feira, vindos de Beirute. O avião que transportou a repórter do Le Figaro, Edith Bouvier, e o fotógrafo William Daniels, chegou ao Aeroporto Militar da capital francesa. Bouvier sofreu ferimentos em uma perna. Os dois foram recebidos pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy.

Mais cedo, uma fonte disse que Edith Bouvier atravessou a fronteira entre a Síria e o Líbano até o Vale do Bekaa, no nordeste do Líbano, e foi levada para o hospital Hotel-Dieu de France, em Beirute, onde chegou logo após a meia-noite de quinta-feira (horário local).

##RECOMENDA##

A autoridade libanesa, falando sob condição de anonimato, afirmou que o comboio de ambulâncias e veículos da polícia percorreram as montanhas do Líbano em meio a uma forte tempestade de neve, a fim de levar Bouvier e Daniels para Beirute.

Bouvier foi ferida em um ataque com foguetes durante a ofensiva das tropas síria no bairro de Baba Amr, na cidade de Homs. O ataque também matou dois jornalistas ocidentais, a repórter norte-americana Marie Colvin, de 56 anos, e o fotógrafo francês Remi Ochlik, de 28, além de ferir o fotógrafo britânico Paul Conroy, de 47 anos. Conroy conseguiu chegar ao Líbano nesta semana com a ajuda de ativistas sírios, bem como o repórter espanhol Javier Espinosa, que escapou de Homs para o Líbano um dia depois.

No final da tarde desta sexta-feira pelo horário de Damasco, o porta-voz da Cruz Vermelha, Bijan Farnoudi, disse que a organização recebeu do governo os corpos de Ochlik e de Colvin e que eles serão transportados de Homs a Damasco.

Na quinta-feira, ativistas sírios postaram vídeos lúgubres na internet mostrando os enterros dos corpos de Colvin e de Ochlik em um cemitério em Baba Amr. Logo depois, o bairro foi ocupado pelas tropas regulares sírias. O governo do País disse que retirou os cadáveres das sepulturas e que eles serão entregues pela Cruz Vermelha às famílias.

As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Autoridades sírias encontraram os corpos dos jornalistas Marie Colvin e Remi Ochlik no bairro de Baba Amr em Homs, após os rebeldes se retirarem do local, informou o Ministério das Relações Exteriores da Síria na noite desta quinta-feira à agência France Presse (AFP). Marie Colvin, norte-americana de 56 anos, e Remi Ochlik, repórter fotográfico francês de 28, foram mortos quando o apartamento onde estavam em Homs foi atingido por um foguete em 22 de fevereiro. Mais cedo, ativistas sírios postaram na internet um suposto vídeo do enterro do corpo de Colvin em Baba Amr. A veracidade do vídeo não pôde ser confirmada.

As informações são da Dow Jones.

##RECOMENDA##

Homens armados mataram 68 pessoas nesta segunda-feira na área rural da província de Homs. Segundo Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres, as mortes foram provocadas por disparos de armas de fogo e pelo uso de facas.

"Sessenta e oito civis foram mortos hoje na área rural a oeste de Homs, região entre as vilas de Ram al-Enz e Ghajariyeh, e foram levadas para o hospital estatal da cidade de Homs", declarou ele.

##RECOMENDA##

Já os Comitês Locais de Coordenação Locais afirmaram que 124 pessoas foram mortas em todo o país nesta segunda-feira, incluindo 64 que perderam a vida ao tentar fugir de Baba Amr, bairro dominado pelos rebeldes em Homs, local que vem sendo fortemente bombardeado pelas forças do governo nas últimas semanas. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Enquanto as tropas regulares sírias mantinham seu assalto nesta quarta-feira contra as cidades rebeladas, o presidente Bashar Assad ordenou a realização de um referendo sobre uma nova Constituição que criará um sistema multipartidário no país, governado pela dinastia autocrática dos Assad pelos últimos 40 anos. Segundo a agência estatal de notícias Sana, o referendo ocorrerá em 26 de fevereiro. O governo dos Estados Unidos disse que o referendo convocado por Assad é "risível" e "zomba da revolução síria". Nesta quarta-feira, a revolução parecia ter chegado ao norte do país. Confrontos entre tropas regulares e desertores deixaram 14 mortos em Alepo, maior cidade da Síria. A oposição rechaçou o referendo.

"O povo hoje nas ruas tem várias demandas e uma delas é a renúncia de Assad e a partida do regime", disse Khalaf Dahowd, que integra o Conselho de Coordenação Nacional para uma Mudança Democrática na Síria, que reúne grupos locais e de sírios no exílio. Assad convocou o referendo mas não explicou como o governo fará uma votação desse alcance em um país onde ocorrem verdadeiras batalhas diárias entre tropas regulares, desertores e oposicionistas, mesmo nos subúrbios de Damasco.

##RECOMENDA##

A proposta de mudança constitucional do governo passa a permitir o multipartidarismo e diz que o presidente pode ter apenas dois mandatos, cada um de sete anos. Assad, que herdou o poder do seu pai Hafez, governa há 12 anos. Hafez governou durante 30 anos. O governo russo, aliado da família Assad, disse que as propostas apresentadas hoje fazem parte da alternativa que o mandatário sírio apresentaria para resolver o impasse político e a carnificina que já deixaram mais de 5.400 mortos, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta semana, a alta comissária dos direitos humanos da ONU, Navi Pillay, disse que existem indícios de que crimes contra a humanidade foram cometidos pelo governo sírio contra sua população civil. Centenas de crianças foram torturadas e algumas mortas pelo governo, que em Homs e em Hama não hesitou em usar artilharia pesada contra bairros civis controlados por desertores, matando mulheres e crianças nesses bombardeios.

Enquanto os Comitês de Coordenação Local, um grupo sírio, afirma que o governo matou hoje 13 pessoas ao redor do país, o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, outro grupo da oposição, mas sediado em Londres, afirma que foram mortas oito. Ocorreram manifestações contra o governo em Alepo, maior cidade do país e que até agora estava em grande parte apoiando Assad. Vídeos amadores publicados na internet mostravam colunas de fumaça subindo de algumas ruas - provavelmente pneus queimados por manifestantes. Segundo a Sky News, confrontos entre tropas regulares e desertores deixaram hoje 14 mortos em Alepo. Na província central de Homs, a violência continuou, com tropas do governo atacando bairros residenciais e a explosão de um oleoduto mais cedo.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando