Tópicos | Recopa Sul-Americana

Foi sofrido demais. Sob o comando do técnico Vítor Pereira, o Flamengo somou o terceiro fracasso em torneios disputados no ano, nesta terça-feira, ao perder nos pênaltis para o Independiente del Valle, no Maracanã, por 5 a 4, após vencer no tempo normal por 1 a 0. O time equatoriano ficou com o seu primeiro título da Recopa Sul-Americana, após vencer no Equador por 1 a 0.

O meia uruguaio Arrascaeta foi do céu ao inferno, pois marcou o gol no tempo normal, aos 50 minutos da etapa final, mas errou a cobrança de pênalti.

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Os mais de 71 mil torcedores presentes ao Maracanã cobraram muito o elenco e o treinador português, que somaram derrotas também na decisão da Supercopa do Brasil, para o Palmeiras, e na semifinal do Mundial de Clubes, diante do Al-Hilal. Gritos de 'time sem vergonha' foram ouvidos vindos das arquibancadas nos minutos finais do tempo normal.

O Flamengo foi melhor, principalmente no primeiro tempo, criou várias chances, falhou nas finalizações e não conseguiu superar o organizado time equatoriano.

Apesar da vantagem obtida no primeiro duelo no Equador, o Independiente del Valle começou o jogo com a intenção de tocar bastante a bola no campo do adversário, mesmo com o gramado molhado por causa da forte e constante chuva.

Com a necessidade da vitória, o Flamengo, empurrado pelo grande público presente ao Maracanã, foi intenso na marcação e, aos poucos, conseguiu empurrar o Del Valle para o seu campo.

A primeira oportunidade de gol só surgiu aos 14 minutos, com Pedro. O atacante cabeceou fraco para defesa do goleiro Ramírez, após cruzamento de Everton Ribeiro. Aos 16, Pedro chegou a marcar, mas estava em impedimento.

O Del Valle só foi incomodar o goleiro Santos, aos 29 minutos, em uma falta da intermediária cobrado por Alcivar no centro da meta. O Flamengo respondeu de forma imediata, com duas cabeçadas na trave em menos de um minuto: a primeira de Thiago Maia e a segunda de Ayrton Lucas.

Os últimos 15 minutos foram muito nervosos, com as equipes cometendo faltas ríspidas. Sem comando, o árbitro uruguaio Andrés Matonte Cabrera esteve prestes a perder o controle da partida. Pior para o Flamengo que viu quase todo o seu meio-campo - Thiago Maia, Éverton Ribeiro e Vidal - receber cartão amarelo.

Mais calmo nos minutos finais, o Flamengo criou mais duas grandes oportunidades. Uma com Varela, que o goleiro Ramírez defendeu, e outra com Arrascaeta - apagado nos primeiros 45 minutos -, que cabeceou perto da trave direita da meta equatoriana.

Depois de dominar o primeiro tempo, o Flamengo pressionou desde o primeiro minuto na etapa final, mas sem muita inspiração. A primeira finalização só saiu aos oito minutos, com Pedro cabeceando para fora. Aos poucos o nervosismo foi tomando conta dos atletas flamenguistas, que passaram a errar muitos passes.

Com isso, o Del Valle aproveitou para levar perigo ao gol de santos. Aos 13, Kevin Rodrigues escapou pela direita e cruzou para a finalização fraca de Sornoza.

Aos 26 minutos, Vitor Pereira colocou Gerson e Everton Cebolinha na tentativa de deixar o Flamengo mais agressivo. Aos 36, foi a vez de Matheuzinho e Matheus Gonçalves entrarem em campo. O Flamengo ficou com a bola quase o tempo todo, mas pouco produziu.

Em um dos raros momentos perigosos, David Luiz, de cabeça, teve a chance de levar a disputa para a prorrogação, mas errou o alvo. Mas ainda havia tempo para o milagre e ele veio aos 50 minutos, com Arrascaeta, um dos piores em campo.

O clima no Maracanã mudou completamente. A torcida ficou eufórica e o time do Flamengo ganhou confiança para ir ao ataque, deixando o Del Valle encurralado em seu campo. Apesar do domínio, a equipe rubro-negra não conseguiu furar o bloqueio equatoriano e disputa foi para os pênaltis.

Nos pênaltis, o Del Valle foi perfeito: Faravelli, Hoyos, Previtali, Schunke e Landázuri marcaram. Já pelo Flamengo, Arrascaeta perdeu, enquanto David Luiz, Everton Cebolinha, Gerson e Gabriel Barbosa marcaram.

FICHA TÉCNICA

FLAMENGO 1 (4) x 0 (5) INDEPENDIENTE DEL VALLE

FLAMENGO - Santos; Varela (Matheuzinho), David Luiz, Fabrício Bruno e Ayrton Lucas (Marinho); Thiago Maia (Gerson), Vidal (Everton Cebolinha), Éverton Ribeiro (Matheus Gonçalves) e Arrascaeta; Gabriel e Pedro (Mateusão). Técnico: Vítor Pereira.

INDEPENDIENTE DEL VALLE - Ramírez; Fernández, Caravajal, Schunke e García Basso; Caicedo (Cortez), Pellerano (Previtali), Faravelli, Alcívar (Kevin Rodríguez) e Sornoza (Hoyos); Díaz (Landázuri). Técnico: Martín Anselmi.

GOLS - Arrascaeta aos 50 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Andrés Matonte Cabrera (URU).

CARTÕES AMARELOS - Pellerano, Thiago Maia, Éverton Ribeiro, Vidal, Carabajal, Alcivar, Varela, David Luiz, Faravelli, Ramírez, Mateusão e Gerson.

RENDA - R$ 5.693.362,50.

PÚBLICO - 71.411 presentes (65.739 vendidos).

LOCAL - Maracanã.

O Flamengo tem uma nova oportunidade para esquecer de vez os fracassos na Supercopa do Brasil e no Mundial de Clubes. Nesta terça-feira, às 21h30, recebe o Independiente del Valle, do Equador, pelo jogo de volta da Recopa Sul-Americana. A partida será realizada no Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ), que deve receber um público superior a 60 mil torcedores.

No primeiro confronto, o Independiente del Valle levou a melhor ao vencer por 1 a 0, com gol de Carabajal. Assim, na volta, pode até mesmo empatar para levantar o título. O Flamengo precisa vencer por dois ou mais gols para ficar com a taça no tempo normal. Vitória brasileira por apenas um gol leva a definição à prorrogação e, caso o empate persista, aos pênaltis.

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O Flamengo quer usar a partida para se reencontrar na temporada. O time já perdeu o título da Supercopa do Brasil, ao ser derrotado pelo Palmeiras, por 4 a 3. No Mundial de Clubes, caiu nas semifinais para o Al-Hilal, da Arábia Saudita, por 3 a 2, e perdeu a chance de medir forças com o Real Madrid, que se sagrou campeão. Ao menos ficou com o terceiro lugar ao derrotar o Al Ahly, do Egito, por 4 a 2. Mas voltou ao Brasil com uma sensação de enorme frustração.

Mas para ser campeão, o Flamengo vai ter que mostrar um futebol bem mais efetivo do que apresentou no jogo de ida, em Quito, numa altitude de 2.850 metros, que serviu como desculpa. Para conquista o título vale tudo, inclusive, convocar a torcida para lotar o Maracanã.

Este trabalho ficou a cargo de Rodrigo Caio, perseguido por lesões e que vai ficar na reserva. Para ele a ‘força das arquibancadas’ pode ser fundamental como já aconteceu no passado. Ele citou como exemplo, a disputa com o Atlético-MG pela oitavas de final da Copa do Brasil de 2022, quando quase 70 mil torcedores empurraram o rubro-negro para a vitória por 2 a 0, superando os 2 a 1 favorável ao time mineiro em Belo Horizonte, no jogo de ida.

"Não vivemos o nosso melhor momento. Mas é quando a gente está desacreditado que a gente volta melhor e esta final pode ser a mudança na chave. Pedimos o apoio da torcida, do início ao fim, porque todos podem ter certeza que os jogadores vão se doar em campo, suando sangue para conquistar mais um título", disse Rodrigo Caio. Criticado e pressionado, o técnico Vítor Pereira não deve fazer nenhuma mudança em relação ao time que iniciou a primeira partida. O atacante Pedro e o volante Gerson se recuperaram de lesões e estão à disposição. Pedro será titular, mas Gerson não joga desde o dia 15 e deve iniciar no banco de reservas. Assim, o meio-campo será formado por Thiago Maia, Vidal e Everton Ribeiro.

O setor defensivo também segue o mesmo, com David Luiz e Fabrício Bruno. Isso porque o zagueiro Léo Pereira ainda se recupera de lesão, sofrida no começo do mês no Mundial de Clubes. Bruno Henrique, Filipe Luís e Victor Hugo são outros que estão no departamento médico.

Apesar da dificuldade do duelo, Vítor Pereira aposta na força da torcida para reverter o resultado. "Está tudo em aberto. Jogaremos em casa, confiantes e acreditando na nossa qualidade e na força da nossa torcida. Assim como eles nos venceram, temos todas as condições de reverter esse cenário", afirmou o português.

O técnico Martín Anselmi, apesar de fazer mistério na escalação, não deve fazer muitas mudanças no Del Valle. Entretanto, não poderá contar com o volante João Ortiz, expulso no confronto de ida. Ele começou o jogo como reserva, sendo o titular da posição Cristian Pellerano.

Há uma dúvida também se o ataque terá dois ou três nomes. O atacante Kevin Rodríguez e o volante Nicolás Previtali disputam uma vaga no time. No fim de semana, Anselmi poupou os titulares, mas mesmo assim o time venceu o Mushuc Runa, por 3 a 1, com direito a gol de Kendry Páez, de apenas 15 anos, que estreou no profissional.

Horas depois de o Palmeiras indicar à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) que pretendia mandar o segundo jogo da Recopa Sul-Americana no estádio Mané Garrincha, em Brasília, no dia 14 de abril, a entidade confirmou nesta terça-feira em suas redes sociais a realização da partida na capital do Brasil. O cenário de indefinição no Estado de São Paulo sobre a realização de atividades esportivas coletivas e a necessidade de cumprir um prazo para escolher o local da partida levaram o clube pedir que o duelo contra o Defensa y Justicia, da Argentina, seja no Distrito Federal.

A Conmebol exige que os times indiquem o estádio da partida com 15 dias de antecedência. Diante do cenário de São Paulo estar na fase emergencial de combate à covid-19, o Palmeiras indicou Brasília. A cidade foi a escolhida por uma questão logística, já que poucos dias antes de enfrentar o Defensa y Justicia, a delegação já precisa estar na capital federal para enfrentar o Flamengo, pela Supercopa do Brasil. Por decisão do governo paulista, o Estado não pode receber jogos de futebol até o dia 11 de abril.

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O calendário do Palmeiras prevê um jogo do time contra o Defensa y Justicia no dia 7, na Argentina, pela ida da Recopa Sul-Americana. No dia 11 será a vez de encarar o Flamengo, em Brasília. Logo depois, está marcado para o dia 14 o compromisso diante do time argentino. Nesse contexto, o clube avaliou que a melhor solução seria continuar na capital federal por uma questão logística.

A permanência em Brasília facilita ao Palmeiras em diminuir o desgaste e se fixar em um mesmo local, sem a necessidade de trocar de local de treino ou de hospedagem. A equipe tem treinado normalmente na Academia de Futebol, em São Paulo, enquanto aguarda principalmente a definição sobre o que será feito com o calendário do Campeonato Paulista. Por causa da pandemia do novo coronavírus, os jogos da competição estão suspensos.

As decisões marcadas em Brasília são as primeiras chances de título para o Palmeiras na temporada 2021. Por ter sido campeão da Copa Libertadores, a equipe tem o direito de enfrentar o Defensa y Justicia, que foi o campeão da Copa Sul-Americana. Como o clube alviverde foi o campeão da Copa do Brasil, encara o Flamengo, vencedor da última edição do Campeonato Brasileiro.

Enquanto o Flamengo segue sua caminhada sem igual na conquista de títulos, o atacante Gabriel Barbosa também vai brilhando. Com o gol, o primeiro da vitória por 3 a 0, em cima do Independiente Del Valle, o camisa 9 passou a ser o artilheiro do novo Maracanã com 30 gols. Mas ele fez questão de ressaltar que o importante são os títulos para o Flamengo, como este inédito da Recopa sul-americana.

"O importante é eu vestir esta camisa e o Flamengo ser campeão. Este é o terceiro título em dez dias, o que acho que é algo inédito na história", disse Gabigol, que se igualou a Fred na marca dos 30 gols, marcados pelo Fluminense e pela seleção brasileira, desde 2013 quando o então maior estádio do mundo foi reformado para a Copa de 2014.

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Para ser campeão, o artilheiro até se sacrificou, jogando mais recuado e tentado as jogadas em velocidade. Tudo por causa da expulsão de Willian Arão, ainda no primeiro tempo. Para ele, valeu a pena o sacrifício. "Eu saí das minhas características, porque tive que segurar mais a bola e dar assistências. Importante é que deu tudo certo", completou o atacante, que fez as principais jogadas ofensivas no Maracanã lotado, com quase 70 mil torcedores. Além disso, abriu o placar e depois deu o passe para o segundo gol, marcado por Gerson.

Coube ao volante mostrar muita tranquilidade para marcar os dois gols e fechar a vitória que valeu o título ao Flamengo. Ainda em campo, ele se mostrava bem tranquilo. "O jogo foi difícil, porque jogamos com um a menos. Mas o time todo se comportou muito bem, ajudando na marcação. Soube marcar para depois usar o contra-ataque para ampliar e ser campeão. Todos deram um pouquinho a mais e tivemos um final feliz, com mais um título", resumiu o goleador da noite.

Após o jogo, Willian Arão voltou ao campo e fez gestos de desculpas para a torcida ao receber sua medalha devido a expulsão, ainda no primeiro tempo. "Acertei o jogador deles, mas sem intenção. Tanto que o juiz tinha me dado o cartão amarelo. Depois ele foi chamado pelo VAR e me expulsou. Foi muito duro ficar lá fora, vendo meus companheiros lutarem até o final."

Outro que apareceu para a premiação foi o atacante Bruno Henrique, que estava no banco, mas sem condições de jogar devido a uma entorse forte no tornozelo, sofrida no jogo de ida, na Colômbia. A torcida reconheceu sua parte nesta conquista e gritou seu nome.

O Flamengo faz história. No período de 11 dias, levou três títulos. Antes da Recopa tinha já levado a Supercopa do Brasil, em cima do Athletico (3 a 0) e a final da Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Carioca, sobre o Boavista, por 2 a 1.

O carnaval para o flamenguista durou até a Quarta-Feira de Cinzas. Com um atuação impecável de Gabriel e Gerson, o Flamengo conquistou pela primeira vez a Recopa Sul-Americana, nesta quarta-feira (26), ao derrotar o Independiente Del Valle, por 3 a 0, em um Maracanã com quase 70 mil torcedores.

O Rubro-Negro soma o terceiro troféu no ano em apenas 11 dias, após conquistar a Supercopa do Brasil e a Taça Guanabara. O time da Gávea é o primeiro time carioca a ganhar o título da disputa entre o campeão da Libertadores e o da Sul-Americana.

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Sem poder contar com Bruno Henrique, Jorge Jesus escalou Gabriel pela esquerda, mas com liberdade para se movimentar bastante por todos os setores do campo, enquanto Pedro ficou fixo no meio, tentando abrir espaços na zaga equatoriana. Para o lugar de Rodrigo Caio, Léo Pereira fez dupla com Gustavo Henrique.

Logo aos 5 minutos, Gabriel já conseguiu uma bela escapada pela ponta-esquerda. Aos 17, o atacante Gabriel fez ótimo passe para Gerson, que surgiu diante do goleiro, mas perdeu o ângulo e devolveu para o camisa 9. A finalização só não se tornou gol porque Segovia desviou a bola com o ombro.

Mas o gol do Flamengo não demorou a sair. Aos 20, após duas falhas consecutivas da zaga equatoriana, o goleiro Pinos espalmou, mas a bola bateu no travessão e sobrou para Gabriel, que só teve o trabalho de empurrar a bola para dentro da meta.

Quando todos esperavam que o Flamengo iria deslanchar na partida, William Arão chutou o peito de Caicedo e recebeu o cartão vermelho, após o juiz argentino Fernando Rapallini consultar o VAR.

Com dez jogadores em campo, o Flamengo mudou sua forma de jogar. Jorge Jesus trocou Pedro por Thiago Maia e a equipe passou a esperar os contra-ataques. E levou perigo. Lançado por Everton Ribeiro, Gabriel enfrentou três zagueiros e bateu com perigo para a defesa de Pinos.

De tanto ficar com a bola, o Independiente levou perigo ao gol de Diego Alves. Com problemas de entrosamento na marcação de Gerson e Thiago Maia, Sánchez aproveitou para invadir a área e dividir a bola com Filipe Luís. A bola passou perto, aos 39 minutos. O veterano Pellerano, de 38 anos, arriscou de longe, e o goleiro flamenguista fez grande defesa.

O segundo tempo começou muito tenso. O Independiente, com um jogador a mais, tomou postura para dominar o jogo e pressionou o Flamengo. Aos 9 minutos, Faravelli apareceu sozinho dentro da área teve tempo até para parar a bola, mas Diego Alves fez grande defesa.

Ao perceber o momento difícil da equipe, a torcida do Flamengo passa a incentivar muito nas arquibancadas. O time respondeu com vontade em campo. Gabriel partiu pela ponta-direita e cruzou para o chute de Gerson, que, antes de entrar, tocou na trave: 2 a 0, aos 17 minutos.

Os equatorianos sentiram o segundo gol e viram o Flamengo assumir novamente o comando do jogo, apesar de ter um jogador a menos em campo. A situação ficou igual aos 40 minutos, quando Cabeza foi expulso.

Jorge Jesus aproveitou para colocar o veloz Michel, que iniciou a jogada do terceiro gol, marcado por Gerson, aos 43 minutos, além de outros momentos importantes.

A partir daí, o clima foi festa total no Maracanã, com a torcida cantando músicas clássicas de carnaval.

FICHA TÉCNICA

FLAMENGO 3 X 0 INDEPENDIENTE DEL VALLE

FLAMENGO - Diego Alves; Rafinha, Gustavo Henrique, Léo Pereira e Filipe Luís; Willian Arão, Gerson, Arrascaeta (Vitinho) e Everton Ribeiro (Michel); Pedro (Thiago Maia) e Gabriel. Técnico: Jorge Jesus.

INDEPENDIENTE DEL VALLE - Pinos; Preciado, Schunke, Segovia (Cabeza) e Beder Caicedo (Guerrero Vásquez); Franco, Pellerano, Faravelli (Nieto) e Jhon Sánchez; Murillo; Gabriel Torres. Técnico: Miguel Ángel Ramírez.

GOLS - Gabriel, aos 20 minutos do primeiro tempo. Gerson, aos 17 do segundo.

ÁRBITRO - Fernando Rapallini (ARG).

CARTÕES AMARELOS - Gerson, Franco e Gustavo Henrique.

CARTÃO VERMELHO - Willian Arão, Cabeza.

RENDA - R$ 5.396.997,50.

PÚBLICO - 64.504 pagantes (69.986 total).

LOCAL - Maracanã.

O Grêmio foi à Argentina encarar o Independiente e voltará ao Brasil com sensações bem distintas. O empate por 1 a 1 desta quarta-feira, no jogo de ida de decisão da Recopa Sul-Americana, está longe de ser um mau resultado, mas as circunstâncias deixaram um gosto amargo para o torcedor gremista. Afinal, o time saiu na frente e ficou com um jogador a mais - Gigliotti foi expulso com ajuda do árbitro de vídeo - por mais de uma hora.

A verdade é que o Grêmio voltou a exibir alguns erros deste início de ano, muito em função do começo tardio da pré-temporada, graças à disputa do Mundial de Clubes do ano passado. O time pareceu perdido na marcação e na saída de bola e chegou a ser dominado pelo Independiente mesmo quando tinha um jogador a mais. O gol de Luan foi construído em um lance de esperteza do jogador diante de uma falha rival.

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Mas se a atuação ficou longe de agradar, o resultado deixa o Grêmio em ótima situação para definir o título em casa, na próxima quarta-feira, quando precisará de uma vitória simples. Antes, o time volta as atenções para o Campeonato Gaúcho, pelo qual visita o Veranópolis no sábado.

O Independiente mostrou desde o início o plano de encurralar o Grêmio nesta quarta, marcando no campo de ataque e aproveitando os erros do adversário. Em falhas na saída de bola brasileira, os argentinos criaram as primeiras chances, a maioria em chutes de longe. Aos 11 minutos, Domingo tentou e jogou rente ao travessão.

Os donos da casa sofriam para invadir a área gremista, e a jogada aérea também passou a ser uma arma. Aos 16, Gastón Silva cobrou escanteio da esquerda, Meza subiu sozinho e acertou o travessão. Três minutos depois, nova chance argentina. Após ótima triangulação pela esquerda, Menéndez foi acionado e cruzou para Benítez, que perdeu na pequena área.

Mas foi justamente em uma rara pressão na marcação ofensiva do Grêmio que o primeiro gol saiu. Aos 21 minutos, Amorebieta tentou o toque para Alan Franco, mas jogou no pé de Luan. Ele mostrou qualidade para arrancar e finalizou na saída do goleiro.

O cenário do jogo, que era todo do Independiente, começava a mudar. E pareceu pender completamente para o lado gremista aos 27 minutos, quando Gigliotti acertou o cotovelo no rosto de Kannemann. O árbitro Roddy Zambrano Olmedo mostrou o cartão amarelo inicialmente, mas, avisado pelos auxiliares de vídeo, revisou a jogada e expulsou o atacante.

Só que o Grêmio se mostrou perdido em campo e foi dominado por um Independiente em desvantagem numérica. Aos 32 minutos, Gaibor cobrou falta pela esquerda, Cortez subiu para tentar o corte, mas desviou de leve, o suficiente para tirar Marcelo Grohe da jogada e selar o empate.

A torcida cresceu e, com isso, o time argentino também. Mesmo com um a menos, voltou a marcar no ataque, pressionando a defesa gremista, que se complicava. Só que a desvantagem numérica faria diferença no segundo tempo, e o Independiente cansou.

No primeiro ataque que construiu em todo o jogo, o Grêmio quase marcou o segundo. Aos sete minutos, Everton foi lançado em contra-ataque, ganhou de Gastón Silva e tocou para Cícero. No bate-rebate, Luan teve a chance, mas foi travado por Amorebieta com o gol vazio.

Cícero ainda teria um último bom momento, que jogou em cima de Campaña. Mas diante do cansaço do Independiente e da clara falta de ritmo do Grêmio, a partida perdeu em intensidade e transcorreu morna, deixando a disputa em aberto para o jogo de volta.

FICHA TÉCNICA:

INDEPENDIENTE 1 X 1 GRÊMIO

INDEPENDIENTE - Campaña; Bustos (Figal), Alan Franco, Amorebieta e Gastón Silva; Gaibor (Jonás Gutiérrez), Domingo, Meza e Martín Benítez (Leandro Fernández); Menéndez e Gigliotti. Técnico: Ariel Holan.

GRÊMIO - Marcelo Grohe; Leonardo Moura, Pedro Geromel, Kannemann e Cortez; Jaílson, Maicon, Lima (Alisson), Luan e Everton (Maicosuel); Cícero (Jael). Técnico: Renato Gaúcho.

GOLS - Luan, aos 21, e Cortez (contra), aos 32 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO - Roddy Zambrano Olmedo (Fifa/Equador).

CARTÕES AMARELOS - Domingo, Leandro Fernández, Amorebieta (Independiente); Leonardo Moura, Pedro Geromel, Alisson (Grêmio).

CARTÃO VERMELHO - Gigliotti (Independiente).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Libertadores de América, em Avellaneda (Argentina).

Pouco mais de cinco meses depois, a Chapecoense reencontra o cenário da maior tragédia da história do futebol. O palco é novamente Medellín; a ocasião é a decisão de um título continental; e o adversário, o Atlético Nacional. As lembranças dos 71 mortos no acidente aéreo de 29 de novembro são inevitáveis, mas os jogadores e o técnico Vagner Mancini pregaram que a partir das 21h45 (de Brasília) desta quarta-feira, o foco estará todo no gramado do Estádio Atanásio Girardot e na disputa da segunda partida da decisão da Recopa Sul-Americana.

Depois de receber o adversário - que se transformou em irmão diante das trágicas circunstâncias no fim do ano passado - com justas homenagens para a partida de ida, a Chapecoense chegou a Medellín com as mesmas honrarias e reencontrando o carinho do povo colombiano.

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O elenco todo foi recebido com muita festa, mas as homenagens ganharam tons especiais para os quatro brasileiros sobreviventes. Jackson Follmann, Neto, Alan Ruschel e o jornalista Rafael Henzel viajaram com a delegação, reencontraram o palco do acidente que lhes tirou tantos colegas e se emocionaram com a recepção.

Se fora de campo as feridas pelo ocorrido ainda estão abertas e dificilmente serão apagadas, dentro dele, a Chapecoense tenta se reerguer. E o reinício do clube não poderia ser mais promissor, já que no último domingo a equipe conquistou o título do Campeonato Catarinense.

Por isso, a partida desta quarta representa a chance de a Chapecoense viver uma semana histórica, com dois títulos conquistados em quatro dias, mas também de honrar o caminho que começou a ser construído pelas vítimas do acidente. Afinal, o time catarinense está na disputa da Recopa por ter sido declarado campeão da Copa Sul-Americana do ano passado, torneio que nunca teve sua decisão disputada, justamente por causa da tragédia.

Na partida de ida, em Chapecó, os donos da casa levaram a melhor e venceram por 2 a 1. Por isso, a Chapecoense depende apenas de um empate nesta quarta-feira para comemorar o título. Ao Atlético Nacional, resta vencer por dois gols de diferença para levar o troféu no tempo normal.

Além dos caminhos que se cruzaram desde o ano passado, Atlético Nacional e Chapecoense têm em comum as campanhas ruins na Libertadores deste ano. Atual campeão, o time colombiano venceu pela primeira vez somente na última rodada e não depende apenas de si para se classificar às oitavas de final, situação semelhante à dos brasileiros, que também têm apenas um triunfo no torneio.

Para ser campeã novamente, a Chapecoense deve manter a base do time que conquistou o título catarinense no domingo. Já o Atlético Nacional chega para a decisão com um importante desfalque: o meio-campista Matheus Uribe, que sofreu uma lesão muscular e foi vetado pelo departamento médico.

Mais de cinco meses depois da tragédia do ano passado, a Chapecoense voltou a Medellín para decidir um título continental diante do Atlético Nacional. Os jogadores no gramado eram outros, mas era impossível esquecer dos colegas que perderam a vida e deram ao clube a Copa Sul-Americana de 2016. Dessa vez, o título não veio. O time catarinense perdeu por 4 a 1, nesta quarta-feira (10), e viu os colombianos ficarem com a taça da Recopa.

Em uma noite de tantas emoções, a Chapecoense foi valente e, depois de ser completamente dominada e levar dois gols no primeiro tempo, foi para cima na etapa final e incomodou o adversário. Mas os erros no ataque foram fatais, e o Atlético Nacional aproveitou os contragolpes para confirmar o título.

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Apesar da perda do título, a Chapecoense deixa o confronto orgulhosa pela vitória na ida, por 2 a 1, em casa, e com a relação de "irmandade" com o Atlético Nacional fortalecida. Os clubes, que se uniram diante do trágico cenário do fim do ano passado, protagonizaram mais uma série de gentilezas que mostraram que aquele sentimento não foi passageiro.

Agora, a Chapecoense foca no início do Campeonato Brasileiro. Depois de ser campeã catarinense no último fim de semana, o time volta as atenções para uma outra competição, já que estreia diante do Corinthians neste sábado, às 19 horas, no Itaquerão.

O JOGO - Até pelas homenagens dos últimos dias, era impossível esquecer do trágico acidente aéreo de novembro do ano passado, quando 71 pessoas morreram na queda do avião que levava a Chapecoense para a decisão da Sul-Americana com o Atlético Nacional. Vagner Mancini e os jogadores, no entanto, garantiam que o foco estaria dentro de campo.

Mas o fato é que a Chapecoense começou devagar. E antes mesmo que pudesse acordar, o Atlético Nacional foi preciso para acabar com a vantagem do adversário. Com apenas um minuto, Dayro Moreno recebeu de Macnelly Torres em uma rápida escapada pela direita, nas costas de Grolli, e bateu. A bola foi em cima de Artur Moraes, mas o goleiro caiu mal e viu ela passar sob ele.

Somente com o passar do tempo, os catarinenses foram se ambientando ao confronto e passaram a chegar na base dos contra-ataques. A ausência de meias, no entanto, prejudicava a equipe, que dependia de lançamentos e cruzamentos para levar perigo.

Como em diversas partidas neste início de temporada, a Chapecoense apresentou falhas defensivas infantis e foi punida por isso. Aos 30 minutos, Díaz cobrou lateral e encontrou Rodríguez sozinho na linha de fundo pela esquerda. O atacante tocou para Macnelly Torres, que deixou Ibargüen em ótimas condições na área. Ele ainda teve calma para cortar a marcação e bater firme, desta vez sem chances para Artur Moraes.

Como no primeiro tempo, o Atlético Nacional demorou segundos para levar perigo ao gol da Chapecoense na etapa final. Em lançamento longo, Dayro Moreno saiu de frente para Artur Moraes, que fechou bem o ângulo e bloqueou. Mas desta vez, a resposta foi imediata. João Pedro fez grande jogada antes de cruzar para Arthur Caike, que dominou e bateu no canto direito. O zagueiro Henríquez se jogou na bola e evitou o gol em cima da linha.

A equipe brasileira mudou completamente e chegava como queria até a intermediaria adversária. Mas aí, tomava as decisões erradas. Chutes precipitados de João Pedro e Apodi e passes mal dados de Wellington Paulista e Osman minavam os melhores momentos dos visitantes.

Só que depois de tanto errar no campo ofensivo, a Chapecoense minguou. E aí, o Atlético Nacional matou o jogo. Aos 22 minutos, Ibargüen fez o que quis com Apodi na lateral e cruzou. Arley Rodríguez ajeitou para o meio e Dayro Moreno completou de cabeça para a rede.

Aos 35, o mesmo Ibargüen entortou Grolli antes de bater e contar com a sorte. A bola pegou em seu próprio pé de apoio e encobriu Artur Moraes, que já havia caído. Mas seria injusto, por tudo que aconteceu, se a Chapecoense deixasse o gramado sem o gol de honra, e ele veio aos 38. Após confusão na área, Túlio de Melo finalizou e deu um alento ao time brasileiro.

 

FICHA TÉCNICA:

ATLÉTICO NACIONAL 4 X 1 CHAPECOENSE

ATLÉTICO NACIONAL - Armani; Bocanegra, Nájera, Henríquez e Díaz; Aldo Ramírez (Elkin Blanco), Farid Diego Arias e Macnelly Torres; Dayro Moreno, Ibargüen e Arley Rodríguez. Técnico: Reinaldo Rueda.

CHAPECOENSE - Artur Moraes; João Pedro, Nathan, Dogulas Grolli e Reinaldo; Moisés Ribeiro, Andrei Girotto e Luiz Antonio (Apodi); Osman, Wellington Paulista e Arthur Caike (Túlio de Melo). Técnico: Vagner Mancini.

GOLS - Dayro Moreno, a um minuto, e Ibargüen, aos 30 minutos do primeiro tempo. Dayro Moreno, aos 22, Ibargüen, aos 35, e Túlio de Melo, aos 37 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Roberto Tobar (Fifa/Chile).

CARTÕES AMARELOS - Ibargüen (Atlético Nacional); Reinaldo, Moisés Ribeiro, Arthur Caike, Nathan (Chapecoense).

CARTÃO VERMELHO - Andrei Girotto (Chapecoense).

RENDA E PÚBLICO - Não disponível.

LOCAL - Estádio Atanásio Girardot, em Medellín (Colômbia).

Em noite marcada por homenagens e pelo "show da gratidão" ao Atlético Nacional, a Chapecoense deixou de lado as gentilezas no gramado e venceu o time colombiano por 2 a 1, nesta terça-feira (4), na Arena Condá, no jogo de ida da decisão da Recopa Sul-Americana. A partida da volta está marcada para o dia 10 de maio, no estádio Atanásio Girardot, em Medellín.

O estádio deveria ter recebido o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, em novembro do ano passado. Mas a tragédia aérea com o time da Chapecoense impediu a realização deste jogo e da partida da volta. Mesmo sem a disputa daquele confronto, a Chapecoense ficou com o título, a pedido do Atlético, como homenagem às vítimas do acidente aéreo que vitimou 71 pessoas.

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O troféu acabou definindo mais um duelo entre a equipe catarinense e o time colombiano. Isso porque a Recopa reúne os campeões da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana. E o Atlético foi justamente o campeão da primeira.

E o primeiro jogo deste novo confronto foi realizado nesta noite de terça, em meio a muita homenagem e agradecimentos ao próprio Atlético - por sinal o jogo só foi disputado na Arena Condá nesta terça a pedido da equipe colombiana, porque as regras da Conmebol impedem a disputa de um jogo decisivo como este num estádio com capacidade menor de 40 mil torcedores.

As homenagens tiveram início horas antes da partida, quando torcedores da Chapecoense fizeram caminhada do centro da cidade até a Arena Condá, que foi alvo de um abraço coletivo. Dentro do estádio, a Chapecoense deu início ao "show da gratidão" por volta das 18 horas, com discursos de dirigentes das duas equipes. A gratidão era endereçada ao Atlético Nacional, pelas homenagens que fez ao time brasileiro e pelo acolhimento aos familiares e aos amigos das vítimas após o acidente aéreo, em solo colombiano.

Quatro dos seis sobreviventes do acidente, Rafael Henzel, Alan Ruschel, Jackson Follmann e Neto participaram do grande evento. Eles entraram de mãos dadas no gramado e fizeram discursos de agradecimento ao Atlético e àqueles que deram suporte aos jogadores e vítimas diante da tragédia. Em seguida, o cantor Duca Leindecker foi até o centro do gramado para cantar uma música, enquanto bandeiras gigantes dos dois times ocupavam boa parte do gramado.

O JOGO - Depois das homenagens, Chapecoense e Atlético Nacional não corresponderam às expectativas da torcida em campo, no primeiro tempo. Foram quase 20 minutos de jogo morno, concentrado no meio-campo, sem qualquer chance de gol para os dois lados.

O primeiro bom momento do jogo aconteceu aos 17 minutos, em belo drible de Reinaldo sobre o zagueiro e finalização que parou na defesa do goleiro Armani. A resposta do Atlético veio aos 21, com chute de Dayro Moreno para as redes. Mas a arbitragem assinalou o impedimento.

Buscando o ataque sem muita organização, mas empurrado pela torcida, a Chapecoense chegou ao gol num lance inesperado. Após troca de passes ao redor da área, João Pedro demorou para finalizar, mas bateu rasteiro. A bola passou por baixo do defensor, que acabou desviando com a mão no meio do caminho. O árbitro anotou a penalidade e Reinaldo bateu no canto direito do goleiro Armani, abrindo o placar aos 23 minutos.

Foi a jogada mais elaborada até o final da primeira etapa. Antes do intervalo, a equipe da casa ainda mandou para as redes aos 45, em cabeçada de Túlio de Melo. Mas o juiz marcou falta do ataque sobre o goleiro Armani, na pequena área.

Para o segundo tempo, a Chapecoense voltou com mudança na defesa. Douglas Grolli, com dores musculares, deu lugar a Luiz Otávio. Na sequência, o técnico Vagner Mancini trocaria Luiz Antônio por Moisés Ribeiro.

E, sem a mesma lentidão do início do primeiro tempo, a equipe catarinense mostrou maior iniciativa no começo da etapa final. Criou duas boas chances de gol, aos 9 e aos 12 minutos, com Rossi e Apodi, respectivamente.

Mas foi o Atlético quem marcou, aos 13 minutos. Macnelly Torres, perto da entrada da área, deu belo corte para a esquerda e bateu direto. Moraes chegou na bola, mas não conseguiu evitar o empate

Depois do empate, os dois times desaceleraram em campo. E a torcida só voltou a fazer barulho aos 26, que marca o 71º minuto da partida, em referência ao número de mortos na tragédia aérea na Colômbia.

Dois minutos depois, o time catarinense recorreu à bola parada para voltar a liderar o placar. Foi aos 28 minutos, quando Reinaldo cobrou escanteio na área e o zagueiro Luiz Otávio surgiu com velocidade entre a marcação para cabecear com força para as redes. Nos minutos finais, o Atlético pressionou, mas a defesa da Chapecoense se segurou bem e, no ataque, ainda quase marcou o terceiro.

Com o resultado, o time catarinense garante o título da Recopa se empatar no jogo da volta, em maio. A Chapecoense vive momento favorável na temporada, com cinco vitórias seguidas no Campeonato Catarinense. A equipe lidera o segundo turno e ainda briga pela classificação na fase de grupos da Copa Libertadores.

FICHA TÉCNICA:

CHAPECOENSE 2 x 1 ATLÉTICO NACIONAL

CHAPECOENSE - Artur Moraes; Apodi, Douglas Grolli (Luiz Otávio), Nathan e Reinaldo; Andrei Girotto, Luiz Antonio (Moisés Ribeiro) e João Pedro; Rossi, Túlio de Melo (Wellington Paulista) e Arthur. Técnico: Vágner Mancini.

ATLÉTICO NACIONAL - Franco Armani; Daniel Bocanegra, Felipe Aguilar, Alexis Henríquez, Farid Díaz; Bernal (Jhon Mosquera), Diego Arias, Macnelly Torres; Dayro Moreno (Aldo Ramírez), Luis Ruiz e Ibargüen (Arley Rodríguez). Técnico: Reinaldo Rueda.

GOLS - Reinaldo, aos 23 minutos do primeiro tempo. Macnelly Torres, aos 13, e Luiz Otávio, aos 28 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Bocanegra, Apodi, Henríquez, Arias.

ÁRBITRO - Mario Díaz de Vivar (Fifa/Paraguai).

RENDA - R$ 547.330,00.

PÚBLICO - 19.005 pagantes.

LOCAL - Arena Condá, em Chapecó (SC).

A delegação do Atlético Nacional foi recebida em Chapecó, na tarde desta segunda-feira (3), com muitas homenagens preparadas por autoridades e torcedores da cidade catarinense. O time colombiano disputará a primeira partida da Recopa Sul-Americana contra os brasileiros nesta terça-feira (4), às 19h15, na Arena Condá. O segundo jogo será realizado no dia 10 de maio, no estádio Anastasio Girardot, em Medellín.

Na pista do Aeroporto Serafim Enoss Bertaso, em Chapecó, a descida da aeronave da Avianca que transportava os colombianos - um voo comercial que partiu de São Paulo, fez escala em Florianópolis e chegou a Chapecó às 13h45 - foi recepcionada com um portal de jatos d´água feito por dois caminhões do Corpo de Bombeiros, em um tipo de homenagem comum na aviação. Em seguida, os integrantes da comissão técnica, jogadores do clube e o prefeito de Medellín, Federico Gutiérrez, passaram por um corredor de jogadores da base do time brasileiro com camisas e bandeiras das duas agremiações.

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Todos foram cumprimentados pelo prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, e pelo presidente da Chapecoense, Plínio Davi De Nês Filho. Um dos sobreviventes do acidente aéreo ocorrido em novembro do ano passado, o radialista Rafael Henzel distribuiu medalhas especiais com a mensagem "campeões do mundo em respeito e solidariedade".

Houve muita emoção na festa programada para agradecer o carinho dos rivais após a tragédia do dia 29 de novembro do ano passado. O avião da empresa Lamia que levava a delegação para a disputa da primeira partida da final da Copa Sul-Americana caiu a poucos quilômetros do aeroporto de Medellín, matando grande parte do elenco e comissão técnica da Chapecoense, além de jornalistas e membros da tripulação.

Após deixar o terminal do aeroporto, a delegação da equipe colombiana seguiu de ônibus para o hotel onde está hospedada e foi recepcionada por centenas de torcedores da Chapecoense. O Atlético Nacional também faz, nesta segunda-feira, um treino de reconhecimento na Arena Condá.

O estádio foi confirmado como palco da decisão da Recopa Sul-Americana na semana passada pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). A entidade concedeu uma "autorização excepcional" para o clube brasileiro. De acordo com o regulamento geral das competições da Conmebol, uma arena precisa ter capacidade mínima de 40 mil lugares para receber uma decisão de torneio organizado pela entidade. A arena de Chapecó possui apenas 20.089 assentos disponíveis.

A Conmebol confirmou nesta segunda-feira (27) a Arena Condá como sede da primeira partida da final da Recopa Sul-Americana. Na terça da semana que vem, dia 4 de abril, a Chapecoense receberá o Atlético Nacional no estádio em partida que colocará frente a frente os clubes que criaram um laço especial após a tragédia do time catarinense na Colômbia, em novembro do ano passado.

A entidade explicou que concedeu uma "autorização excepcional" à Chapecoense para utilizar seu estádio. O clube brasileiro pediu que a exceção fosse aberta para "render, em sua cidade, uma homenagem muito especial ao Atlético Nacional pelas ações de solidariedade e respaldo oferecidas na ocasião do acidente aéreo", explicou a Conmebol em comunicado.

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De acordo com o regulamento geral de competições da entidade, uma arena precisa ter capacidade para pelo menos 40 mil pessoas para receber uma decisão de torneio sul-americano. A Arena Condá comporta apenas 20.089 pessoas e não poderia sediar a partida se não fosse a concessão feita pela Conmebol.

Como acontece anualmente, a Recopa começa a ser disputada na casa do campeão da Copa Sul-Americana e tem a grande decisão realizada com mando do vencedor da Libertadores, no caso, o Atlético Nacional. A ida, na Arena Condá, será realizada às 19h15 do dia 4 de abril, enquanto a volta será disputada no Estádio Atanasio Girardot, dia 10 de maio, às 21h45 (de Brasília).

Foi justamente no Atanasio Girardot que o Atlético Nacional prestou homenagens à Chapecoense no dia em que as equipes decidiriam a Copa Sul-Americana do ano passado. O clube colombiano também manifestou sua solidariedade ao time catarinense imediatamente após o acidente aéreo que matou 71 pessoas e pediu que o adversário fosse considerado campeão do torneio, o que acabou acontecendo.

Desde então, Chapecoense e Atlético Nacional passaram a exaltar esta irmandade entre os clubes. Por isso, o time catarinense preparou uma festa especial aos colombianos em seu estádio para a semana que vem. "A decisão da Conmebol (de liberar a Arena Condá para o confronto) se baseia nos acontecimentos tão lamentáveis e excepcionais que evitaram a disputa das finais da Sul-Americana nos meses finais de 2016", explicou a entidade.

Neste 24 de julho, o Atlético Mineiro comemora um ano do título da Libertadores. O torcedor, porém, não imaginava que o dia fosse começar de forma tão sofrida. Já madrugada a dentro desta quinta-feira, no Mineirão, a equipe perdeu do Lanús no tempo normal, com um gol aos 48 minutos do segundo tempo, mas fez 2 a 0 na prorrogação, com dois gols contra (um deles anotado para Luan), e faturou pela primeira vez o título da Recopa Sul-Americana.

Diego Tardelli marcou para o Atlético logo no início da partida e saiu aos 42 minutos do segundo tempo para ser ovacionado, quando o placar apontava 2 a 2. Acosta, porém, faria 3 a 2 para os argentinos, levando o jogo para a prorrogação, uma vez que o Atlético havia vencido por 1 a 0 na Argentina, quarta-feira passada. Diante de um Mineirão assustado, sem Tardelli quem decidiu para os mineiros foi Luan, num cruzamento que desviou na zaga. Mesmo assim o gol foi marcado para ele. No segundo tempo, Ayala encobriu o próprio goleiro e, com um gol contra, definiu o jogo.

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A Recopa é o quarto título internacional do Atlético, que também venceu duas vezes a Copa Conmebol em 1992 e 1997. Agora, se quiser jogar novamente uma competição continental, precisa vencer a Copa do Brasil ou ficar entre os quatro primeiros do Brasileiro. No domingo pega o Sport, no Recife.

Em má fase, Ronaldinho foi substituído aos 19 minutos do segundo tempo, apagado, e foi direto para o vestiário, sem assistir ao restante da partida no banco. Ele é esperado sexta em Portugal para um jogo festivo de Deco e, de acordo com a imprensa argentina, é desejado pelo Boca Juniors.

O JOGO - A partida ainda era morna quando, aos 5 minutos, Leonardo Silva cabeceou na área e a bola bateu na mão de Carlos Araujo. Diego Tardelli conversou com Ronaldinho e pegou a bola para bater o pênalti. Ao deslocar Marchesín, fez 1 a 0 para o Atlético e fez seu 100.º gol com a camisa do clube.

Parecia, porém, que era o gol do título - ou que, por outro lado, o jogo era amistoso. Tardelli pegou uma camiseta promocional deixada na beirada do gramado, a vestiu mesmo sabendo que levaria o amarelo faltando pelo menos 84 minutos de uma final, e festejou com a torcida.

O Lanús estragou a festa em seguida. Aos 8 minutos, Ayala recebeu livre na área, dominou e bateu sem chances para Victor. Era o aviso dos argentinos de que o jogo ainda não havia acabado. Pelo contrário: só estava começando.

Aos 25, Veláquez bateu falta na área, Victor se esticou todo para salvar depois de resvalo na bola no meio do caminho, mas Santiago Silva fez no rebote, marcando 2 a 1 para o Lanús. O resultado levaria o jogo para a prorrogação, mas o Atlético tratou de empatar. Doze minutos depois, Marcos Rocha cruzou com perfeição e Maicosuel apareceu no primeiro pau para completar para o gol.

Na segunda etapa, o Atlético tentou manter o ritmo do primeiro tempo e matar o jogo. Com Ronaldinho apagado, Tardelli chamou a responsabilidade de armar o time e deixou o meia na cara do gol aos 6. Ronaldinho tirou de Marchesín, mas Braghieri salvou antes de bola chegar no gol.

Aos poucos, o Lanús passou a dominar o jogo e ameaçar principalmente com Santiago Silva. Aos 17, ele foi desarmado por Marcos Rocha na hora do chute. Dois minutos depois, longo bate-rebate na área deixou o Atlético em perigo três vezes, mas Victor salvou.

O desafogo veio com Tardelli, o melhor em campo na final. O atacante quase fez o 101.º dele numa pancada de fora da área, mas Marchesín não deixou a bola entrar no ângulo. No finalzinho, saiu ovacionado, para dar lugar a Dátolo. Levir, porém, não imaginava que o Lanús faria o terceiro. Já com 48 minutos passados, Rever deixou Santiago Silva cabecear, Victor pegou, e Emerson Conceição marcou bobeira, permitindo a Acosta marcar.

O gol calou o Mineirão, surpreendido assim como quando viu a Alemanha fazer 7 a 1 no Brasil, na Copa. Logo aos 3 minutos da prorrogação, porém, Réver mandou uma bola no travessão e acordou a torcida, que explodiu com o gol de Luan, aos 12. O atacante recebeu na ponta esquerda e tentou cruzar, sem ângulo para o chute. Mas bola bateu em Gómez e foi direto para o gol.

O Lanús lutou como deu, mas sucumbiu a si mesmo. Aos 6 minutos do segundo tempo, Ayala foi ajeitar de cabeça uma bola para o goleiro e não viu que Marchesín estava ao seu lado. Acabou encobrindo o companheiro e mandando direto para o gol.

Só para não deixar sem emoção o final do jogo, Victor fez duas grandes defesas aos 14 minutos. Pouco antes, Acosta recebeu o vermelho e pegou o árbitro pelo colarinho. Mas nada que estragasse a enorme festa atleticana.

FICHA TÉCNICA:

ATLÉTICO-MG 4 X 3 LANÚS

ATLÉTICO-MG - Victor; Marcos Rocha, Réver, Leonardo Silva e Emerson Conceição; Pierre, Leandro Donizete e Ronaldinho Gaúcho (Luan); Diego Tardelli (Dátolo), Maicosuel (Guilherme) e Jô. Técnico - Levir Culpi.

LANÚS - Marchesín; Carlos Araujo (Melano), Braghieri, Gustavo Gómez (Oscar Benítez) e Velázquez; Ayala, Diego Gonzalez, Somoza e Ortiz; Acosta e Santiago Silva. Técnico - Guillermo Schelotto.

GOLS - Diego Tardelli, de pênalti, aos 6, Ayala, aos 8, Santiago Silva, aos 25, e Maicosuel, aos 37 minutos do primeiro tempo; Acosta, aos 48 minutos do segundo tempo; Luan, aos 13 minutos do primeiro tempo da prorrogação; Ayala, contra, aos 6 minutos do segundo tempo da prorrogação.

ÁRBITRO - Roberto Silvera (Fifa/Uruguai).

CARTÕES AMARELOS - Réver, Pierre e Diego Tardelli (Atlético-MG); Diego Braghieri, Gustavo Gómez, Ayala, Diego Gonzalez, Somoza, Acosta e Ortiz (Lanús).

CARTÃO VERMELHO - Acosta (Lanús).

RENDA - R$ 5.732.930,00.

PÚBLICO - 54.786 pagantes.

LOCAL - Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte (MG).

Com a força máxima em campo, o Atlético Mineiro luta nesta quarta-feira (23) por mais um título internacional. Contra o Lanús, a partir das 22 horas, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, pela partida de volta da Recopa Sul-Americana, o time alvinegro quer a conquista de sua quarta taça no âmbito sul-americano - as outras foram a Copa Libertadores do ano passado, que levou o clube a esta disputa, e a extinta Copa Conmebol de 1992 e 1997.

Para o jogo desta quarta, o Atlético tem vantagem. No duelo de ida, na semana passada, na Argentina, ganhou por 1 a 0 dos atuais campeões da Copa Sul-Americana - gol de Diego Tardelli - e agora pode empatar para ficar com o título. O Lanús, se quiser levar a taça já no tempo normal, precisa vencer por dois ou mais gols de diferença. E como o gol fora de casa não tem peso para o desempate, qualquer triunfo argentino por um gol de vantagem levará a decisão para uma prorrogação e, se necessário, para a disputa por pênaltis.

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Com este risco, o técnico Levir Culpi não pensou duas vezes e colocou os jogadores para treinar penalidades nesta terça, na última atividade antes da decisão. No trabalho realizado na Cidade do Galo, o CT atleticano, em Vespasiano (região metropolitana de Belo Horizonte), com a presença do presidente Alexandre Kalil, um dos pontos trabalhados pelo treinador foram as jogadas de bola parada e o posicionamento dos jogadores.

Desfalque no jogo de ida por causa de uma lesão no tornozelo direito que vinha tratando durante o período de disputa da Copa do Mundo, Réver estará de volta ao time. E o capitão atleticano agora destaca a grande chance de voltar a "fazer história" com a camisa da equipe, pela qual conquistou o título da Libertadores no ano passado.

"Estava na hora. Depois de um longo tempo sem poder treinar, até mesmo jogar, estou de volta. Não senti nada no treinamento e espero que, na quarta-feira, seja da mesma forma, sem dor, para que eu possa ajudar meus companheiros dentro de campo", ressaltou o defensor, que depois completou: "Essa volta representa muita coisa, ainda mais voltando em uma decisão, onde vale um título. Isso representa muita coisa pelo fato de você ficar marcado na história. Espero que, mais uma vez, eu possa ficar marcado na história do clube com mais um título".

Ronaldinho Gaúcho minimizou, nesta terça-feira (22), a polêmica criada pela sua evidente insatisfação com o técnico Levir Culpi por ter sido substituído na primeira partida da final da Recopa Sul-Americana, quarta passada, contra o Lanús, na Argentina. O craque, porém, não negou que não gostou de dar lugar a Guilherme na vitória atleticana por 1 a 0.

"Nenhum jogador gosta de ser substituído, não sou diferente. Tenho que procurar estar cada vez melhor para jogar o máximo de tempo possível, mas o treinador é quem decide", comentou Ronaldinho, em entrevista coletiva.

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Apesar do entrevero com o treinador, o meia está garantido no time titular que vai entrar em campo nesta quarta, no Mineirão, jogando por um empate para ficar com o título inédito para o Atlético. "Espero poder jogar o tempo todo, pois estou bem melhor fisicamente e agora o pensamento é na conquista de mais um título."

Na coletiva, Ronaldinho também foi perguntado se atenderá ao convite de Deco para participar do jogo festivo da aposentadoria do ex-jogador do Flu, sexta, em Portugal, em partida reunindo Barcelona e Porto, além de amigos de Deco. O craque do Atlético se esquivou. "Agora o pensamento é o jogo de amanhã (quarta-feira)."

Deco, Ronaldinho e Messi jogaram juntos na temporada 2005/2006 e fizeram história com a camisa do Barcelona. Há duas semanas, o brasileiro disse, pelo Facebook, que marcou um encontro com o argentino na despedida de Deco. O problema é que o Atlético joga domingo contra o Sport, em Recife, e conta com seu principal jogador.

TREINO - Com a presença do presidente Alexandre Kalil na beira do gramado da Cidade do Galo, o técnico Levir Culpi comandou nesta terça o último treino antes da decisão da Recopa. Pierre foi poupado, mas está confirmado no time que vai jogar no Mineirão. A equipe terá: Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Réver e Emerson Conceição; Pierre, Leandro Donizete, Ronaldinho, Tardelli e Maicosuel; Jô.

O elenco do Atlético Mineiro vai assistir, de dentro da casa do rival, uma possível final de Copa do Mundo entre Brasil e Argentina. Isso porque o elenco atleticano chegou neste domingo (6) em Ezeiza, nos arredores de Buenos Aires, onde ficará treinando até a final da Recopa Sul-Americana, contra o Lanús, no dia 16, primeira quarta-feira depois da final do Mundial.

A diretoria fez uma parceria com a Associação de Futebol da Argentina (AFA) e ficará treinando no CT da seleção argentina enquanto esta equipe trabalha na Cidade do Galo, CT do Atlético em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte.

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Assim, serão pelo menos 10 dias dentro de um CT de primeiro nível. "A opção por vir para cá foi, em primeiro lugar, pelas condições de treinamento. E você economiza uma viagem também. Poderíamos treinar em Ipatinga ou Uberlândia e, depois, se movimentar até Belo Horizonte e vir até aqui. Agora, você está em um centro de treinamento que oferece todas as condições", elogiou o técnico Levir Culpi.

O elenco atleticano chegou neste domingo em Buenos Aires desfalcado do seu capitão, Réver, que ainda está em tratamento de lesão no tornozelo. Assim, Edcarlos é que deverá ser titular diante do Lanús.

Outro desfalque é o goleiro Lee, que seria reserva de Giovani (Victor está com a seleção) mas foi negociado com o Acadêmica de Coimbra, de Portugal. Por outro lado, o atacante Luan e o lateral-esquerdo Pedro Botelho, que se lesionaram no comecinho da temporada, têm chances de serem utilizados. "O Réver não pôde vir, mas esse elenco está bem, em condição de participar bem desse primeiro jogo", garantiu Levir.

O Atlético Mineiro vai fazer na Argentina o término de sua preparação para o primeiro jogo da Recopa sul-americana contra o Lanús, marcado para o próximo dia 16, em Buenos Aires. A delegação com elenco e comissão técnica parte de Belo Horizonte para a capital argentina no próximo domingo e treinará no CT da Associação Argentina de Futebol (AFA) até o dia do confronto contra o Lanús.

Como a seleção da Argentina está utilizando as instalações da Cidade do Galo durante a Copa do Mundo, o Atlético não tem seu CT à disposição para trabalhar antes do fim do recesso de competições por causa do Mundial. Além da Recopa - que termina na partida de volta contra o Lanús no dia 23, em Belo Horizonte - o clube vai dar continuidade no segundo semestre à disputa do Campeonato Brasileiro e vai iniciar participação já nas oitavas de final da Copa do Brasil.

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O clube esteve em excursão de intertemporada na China entre 16 de junho e o último domingo, ganhando os três jogos que fez na viagem - vitórias sobre o Guizhou Renhe por 3 a 0, o Jiangsu Shuntian por 5 a 3 e o Guangzhou Evergrande por 4 a 3. O elenco está de folga desde que voltou de viagem e se reapresentará no sábado à noite.

O grupo que foi à China deve ser reforçado do zagueiro Emerson, do lateral-esquerdo Pedro Botelho e do atacante Luan, que estavam se recuperando de lesões, e mais tarde do atacante Jô e do goleiro Victor, que disputam a Copa do Mundo pelo Brasil.

O clássico entre Corinthians e São Paulo deu tanto peso à Recopa Sul-Americana que a final desta quarta-feira no estádio do Pacaembu, a partir das 21h50, vale muito mais do que o título em si e a pífia premiação de US$ 100 mil para o campeão. Primeiro pela rivalidade, aflorada pelos caminhos opostos que trilharam as equipes nos últimos anos. Desde que emergiu do fosso da Série B do Campeonato Brasileiro, o Corinthians tem sido bem sucedido na maioria dos confrontos contra o São Paulo.

Além disso, foi campeão da Copa Libertadores, do Mundial de Clubes da Fifa e nesta quarta pode dar um outro passo rumo à tal "internacionalização" que o clube tanto projetava, algo que o São Paulo havia conquistado no início dos anos 90. "Ao longo da história, só sete equipes conquistaram essa sequência de títulos - Libertadores, Mundial e Recopa. O São Paulo fez isso em 92, é um feito extraordinário. E queremos fazer agora", afirmou o técnico Tite.

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Essa sequência vitoriosa dá ao Corinthians uma certa tranquilidade e seu momento é melhor apesar da derrota do último domingo, pelo Campeonato Brasileiro, para os reservas do Atlético Mineiro. E o time, que vai jogar em casa com o estádio cheio, ainda pode empatar para ser campeão graças à vitória no jogo de ida por 2 a 1, no Morumbi. O gol fora de casa não tem peso. Se o São Paulo vencer por 1 a 0 no tempo normal, haverá prorrogação e, se preciso, pênaltis.

Tite disse que gostaria de vencer o jogo no tempo normal. Por isso, ele mudou a equipe e confirmou os retornos do meia Danilo e do atacante Emerson, sacando Alexandre Pato.

No São Paulo, a realidade é dura e cruel. Ou vence o Corinthians e fatura o título da Recopa ou a panela de pressão que virou o Morumbi tende a explodir com consequências difíceis de serem medidas. Já são nove partidas sem vitória e com um futebol incapaz de agradar até quem não tem um padrão muito exigente. Ney Franco sucumbiu à crise e foi substituído por Paulo Autuori, que estreou com derrota e percebeu que terá uma missão dura para colocar o time nos trilhos.

Ele espera uma equipe mais aguerrida mesmo no momento de adversidade e entoa o mantra de que o time tricolor precisa ser competitivo durante os 90 minutos. Mas mudar a atitude apenas não basta; a equipe tem deixado seus torcedores de cabelo em pé pelos erros crassos de posicionamento no sistema defensivo. Contra o Vitória, por exemplo, levou um gol em um contra-ataque quando vencia o jogo. E Rogério Ceni tem dado sinais cada vez mais claros de irritação com a postura de alguns companheiros, o que ajuda a expor o ambiente conturbado que cerca o clube.

"É o momento de nos fecharmos e tentar resolver, perguntar um para o outro o que está acontecendo. Precisamos dialogar, não adianta um botar a culpa no outro, isso não vai levar a lugar nenhum", disse Denilson, que volta à equipe para formar dupla com Wellington na marcação pelo meio. Luis Fabiano e Rafael Toloi também estão à disposição de Paulo Autuori, que não deve fazer alterações muito profundas. Jadson participou do último treino e tem boas chances de estar em campo.

Apesar de tudo parecer jogar contra, o grupo acredita que sair do Pacaembu com o troféu enterrará a péssima fase. E por isso promete entrar com ânimo revigorado para encarar o rival. Nem mesmo a necessidade de vencer para levar o duelo para a prorrogação parece ser problema. "Se vencermos vai mudar muita coisa, vamos trazer a torcida para o nosso lado, a confiança ressurge, ainda mais se vencermos um rival. É tudo o que queremos", disse Osvaldo.

São Paulo e Corinthians poderiam decidir nesta quarta-feira uma semifinal de Copa Libertadores. Era um cruzamento possível caso tivessem avançado na competição. Como ambos foram eliminados na fase de oitavas de final, só restou aos rivais o título da Recopa Sul-Americana. O primeiro jogo da final acontece às 21h50, no estádio do Morumbi.

Esse torneio menor, fruto de campanhas vitoriosas do ano passado na Copa Sul-Americana e na Libertadores, simboliza ainda mais o momento de cada um dos times. É a chance de um recomeço no meio da temporada. Para o São Paulo, a final serve para apagar um primeiro semestre que passou sem deixar saudades e que teve um triste e repetitivo roteiro para o torcedor.

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Na mesma semana, o time foi eliminado na semifinal do Campeonato Paulista pela sétima vez consecutiva. Três dias depois caiu na Libertadores pela sexta vez seguida diante de um clube brasileiro. Após os resultados trágicos, a diretoria listou jogadores para transferência e a comissão técnica colocou o elenco em ritmo de concentração para se preparar para a sequência da temporada. "O primeiro semestre não foi bom, mas temos a oportunidade na Recopa de conquistar um título contra um rival nosso e isso é muito importante para o clube e para os torcedores", disse o meia Jadson.

O Corinthians afogou as mágoas da eliminação na Libertadores vencendo o Paulistão. Mas iniciou muito mal o Campeonato Brasileiro e pior: perdeu o volante Paulinho, seu principal jogador. O atacante Jorge Henrique também saiu e podem seguir o mesmo caminho o zagueiro Chicão e o atacante Emerson. O campeão mundial vive um momento de transição.

Neste ponto, porém, os rivais se diferem. E muito. O técnico Ney Franco ainda não sabe o que quer ou ainda não descobriu qual a melhor forma de o São Paulo jogar. Ele não se decide se joga com Paulo Henrique Ganso e Jadson juntos no meio ou se saca o primeiro e escala Aloísio. Fechou o último treino à imprensa e vai levar essa dúvida até momentos antes da partida.

O ponto de interrogação sobre o esquema tático do time tem sido recorrente no clube ao longo da temporada. E isso pode ser fatal para a sobrevivência dele no cargo até o final do ano. A equipe começou no 4-3-3, formação usada no fim do ano passado, mas depois trocou pelo 4-4-2, quando Paulo Henrique Ganso subiu de produção e deu mais consistência ao meio de campo.

Em meio a inconstâncias nas escalações e nos resultados, o time e o treinador estão pressionados e sabem que um título internacional em cima do rival é capaz de marcar uma reação na temporada. O primeiro passo dessa tarefa é conquistar um resultado positivo na partida da ida, no Morumbi, onde o São Paulo não derrota o Corinthians há seis anos.

Já Tite não titubeou e nomeou Guilherme como substituto de Paulinho no Corinthians. No último treino, coube ao novo titular dar o ritmo do time no meio de campo e criando jogadas pelo lado direito, com Edenílson e também tabelando com Danilo. Guilherme também arriscou longos cruzamentos para Emerson, que vai jogar aberto pela esquerda. O time vai jogar no seu conhecido esquema 4-2-3-1, com o peruano Guerrero na frente. A repetição dessa formação é a melhor arma da equipe.

Contra o São Paulo, Guilherme será o substituto de Paulinho, negociado com o Tottenham, da Inglaterra. No último treino antes do clássico, nesta terça-feira à tarde no CT do Parque Ecológico, foi ele quem herdou a posição no meio de campo de segundo volante.

Tite não fez mistérios e montou um meio de campo com três jogadores para o primeiro jogo da final da Recopa, nesta quarta-feira, no Morumbi. O setor foi escalado com Ralf, Guilherme e Danilo. Pelo posicionamento em campo, as saídas de bola pelo lado direto passam por Guilherme, que tem bom passe e pode criar jogadas com Edenilson - Alessandro está fora.

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No ataque, também não houve surpresas. Treinaram juntos Romarinho, Guerrero e Emerson. Alexandre Pato fica na reserva. Paulo André se recuperou e treinou entre os titulares. Joga ao lado de Gil.

Renato Augusto deve ficar no banco de reservas. O curioso é que o meia foi inscrito na Recopa com a camisa 8, a que pertencia a Paulinho, e não Guilherme. Por enquanto esta numeração vale apenas para a Recopa, e não no Brasileiro.

Como já é tradição na véspera de jogos decisivos, o presidente Mario Gobbi foi ao treino para incentivar os jogadores corintianos. O primeiro jogo da final da Recopa é nesta quarta-feira, às 21h50, no Morumbi.

O São Paulo conseguiu regularizar o lateral-esquerdo argentino Clemente Rodríguez a tempo de inscrevê-lo para atuar na Recopa Sul-Americana pelo clube, contra o Corinthians. O jogador, porém, tem que cumprir suspensão automática por conta da expulsão diante de Newell's Old Boys, pela Libertadores, quando ainda jogava pelo Boca Juniors. Por isso, só poderá jogar a partida de volta, no dia 17.

Rodríguez tinha contrato com o Boca até domingo e nesta segunda assinou com o São Paulo, a custo zero. O clube correu com a documentação e conseguiu registrá-lo na CBF. Mas ele só vai se juntar ao grupo do técnico Ney Franco na próxima segunda-feira.

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"Vou me dedicar para conquistar o meu espaço e manter a grandeza do São Paulo. O clube já conquistou muitas coisas e quero ajudar em novos desafios. Então, vou fazer de tudo para que essa passagem aqui seja maravilhosa",, afirmou o jogador argentino, que tem no currículo o tri da Libertadores (2001, 03 e 07) e o bicampeonato mundial de clubes (2001 e 03), sempre pelo Boca.

Nesta segunda-feira, o São Paulo também conseguiu regularizar a situação de Denilson, cujo contrato de empréstimo do Arsenal venceu também no dia 30. Ele foi contratado em definitivo pelos paulistas e assinou contrato até dezembro de 2017.

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