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Há muito tempo que o Independiente não ganha um título - desde a Copa Sul-Americana de 2017. Depois de mais uma decepção na edição passada do Campeonato Argentino, no qual terminou somente no 23º lugar, o clube resolveu ousar e contratou o ex-atacante Carlitos Tevez como novo treinador. A missão será reerguer o maior campeão da América - dono de sete títulos da Libertadores.

""Carlos Tevez é o novo treinador do plantel profissional do Independiente. Bem-vindo e todos os êxitos nesta etapa", oficializou o clube neste terça-feira. O comandante, com passagem somente pelo Rosário Central, substitui Ricardo Zielinski, que pediu demissão após derrota para o Colón, em casa, por 1 a 0.

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O antigo treinador saiu após somente 18 jogos, com cinco vitórias, cinco empates e oito derrotas. Tevez chega e já dirigirá a equipe no domingo, pela segunda rodada do Argentino, novamente em casa, contra o Vélez Sarsfield.

Será a primeira aventura de Tevez como treinador em um dos cinco gigantes da Argentina. Depois que se despediu do Boca Juniors em 2021 e aceitou encarar a carreira de treinador, ele somou somente um trabalho no currículo: dirigiu o Rosário Central em 2022.

O desempenho de Tevez em 24 partidas no Rosario Central não foi bom, com somente seis vitórias. O clube ainda empatou 10 vezes e perdeu em oito oportunidades. Os números fracos deixaram muitos torcedores do Independiente ressabiados com a contratação. Uma parte, porém, optou por desejar sorte ao ídolo da seleção argentina.

Assim como o arquirrival Fortaleza na Copa Libertadores, o Ceará também fez história na noite desta quarta-feira, quando venceu com o Independiente (ARG), por 2 a 0, no estádio de Avellaneda, em Buenos Aires, e garantiu vaga nas oitavas de final da Copa Sul-Americana.

O Ceará se classificou com a melhor campanha da fase de grupos, já que venceu os seis jogos disputados e terminou na liderança isolada do Grupo G, com 18 pontos ganhos. O Independiente ficou em segundo, com 12, e está eliminado da competição.

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Além da classificação histórica, o Ceará também garantiu premiação de US$ 500 mil, o equivalente a cerca de R$ 2,4 milhões, por chegar às oitavas de final, acumulando montante de US$ 1,4 milhão (R$ 6,75 milhões) na Sul-Americana.

O primeiro tempo foi bastante tenso e com o Ceará não se intimidando como visitante. Tanto é que o time brasileiro teve duas boas chances com o atacante Vina, a melhor aos 40 minutos, quando Mendoza deu assistência e o jogador finalizou fraco nas mãos do goleiro Sebastián Sosa.

O Independiente teve dificuldades de passar pela defesa do Ceará e antes do intervalo viu os brasileiros abrirem o placar. Aos 49 minutos, Victor Luís cobrou falta, a marcação desviou e Rodrigo Lindoso finalizou na saída do goleiro.

No segundo tempo, como esperado, o Independiente foi para o tudo ou nada e precisou se expor mais no ataque. Logo aos três minutos, Fernández fez jogada individual e arriscou chute de fora da área, contudo, sobre o travessão do goleiro João Ricardo.

O Ceará jogou com o regulamento e administrou a excelente vantagem em campo para confirmar a classificação. Num dos poucos lances que chegou com perigo, aos 31, Vina cobrou falta na área e encontrou o zagueiro Luiz Otávio, que cabeceou para defesa de Sebástian Sosa.

Na reta final do segundo tempo, o Ceará foi fatal no contra-ataque e selou a classificação. Aos 45 minutos, Richardson saiu em velocidade, tocou para Erick e o atacante cruzou para Mendoza, que finalizou forte, sem chances de defesa.

FICHA TÉCNICA

INDEPENDIENTE (ARG) 0 X 2 CEARÁ

INDEPENDIENTE (ARG) - Sebastián Sosa; Vigo (Rodrigo Márquez), Barreto, Insaurralde e Lucas Rodríguez (Togni); Lucas Romero, Blanco, Soñora, Roa (Leandro Fernández) e Batallini (Pozzo); Benegas. Técnico: Eduardo Domínguez.

CEARÁ - João Ricardo; Nino Paraíba, Messias, Luiz Otávio e Victor Luís (Lucas Ribeiro); Richardson (Wescley), Rodrigo Lindoso e Richard Coelho (Bruno Pacheco); Lima (Erick), Mendoza e Vina (Cléber). Técnico: Dorival Júnior.

GOLS - Rodrigo Lindoso, aos 49 minutos do primeiro tempo. Mendoza, aos 45 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Chrystian Ferreira (URU).

CARTÃO AMARELO - Vigo, Rodrigo Márquez, Insaurralde e Benegas (Independiente); Richardson, Rodrigo Lindoso, Lima e Vina (Ceará).

PÚBLICO E RENDA - Não divulgados.

LOCAL - Estádio de Avellaneda, em Buenos Aires (ARG).

A partida entre Bahia e Independiente, da Argentina, prevista pela Copa Sul-Americana para esta terça-feira, no estádio de Pituaçu, em Salvador, pela terceira rodada do Grupo B, foi adiada. O adiamento foi decidido pelo Conmebol após jogadores do time argentino testarem positivo para a covid-19 ao chegarem ao Aeroporto Internacional Antônio Carlos Magalhães, na capital baiana, na noite de segunda.

No aeroporto, a Anvisa barrou Insaurralde e os reservas Adrián Arregui e Pablo Hernández por testarem positivo no exame PCR a que toda a delegação do Independiente se submeteu. Só que o trio já havia testado negativo nos exames feitos dias antes da viagem, como recomenda o protocolo da Conmebol.

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O clube argentino apelou à confederação sul-americana e a dirigentes do Bahia para resolver o imbróglio, que se estendeu pelo menos até a madrugada, sem liberação dos atletas.

Após mais de seis horas de espera, uma parte do time foi descansar em um hotel e outros jogadores continuaram no aeroporto. No Twitter, o perfil oficial do time argentino afirmou que estava sendo "maltratado sem motivo". "O que aconteceu, alheio ao Independiente, gerou um atraso insustentável, alterando a rotina e o resto da nossa equipe antes de um jogo", escreveu o perfil oficial.

O Independiente disse ainda que espera que a situação ajude a evitar situações como esta no futuro. "Esperamos que este tipo de inconvenientes não volte a acontecer e que sirva de precedente para futuras ocasiões que envolvam tanto a nossa instituição como quem participa de um campeonato internacional", completou.

Em um comunicado oficial, a Conmebol disse que a partida será disputada nesta quarta-feira, com horário ainda a ser confirmado.

O Independiente é o líder da chave na Copa Sul-Americana, com seis pontos. O Bahia está em segundo, com quatro. O Montevideo City Torque, do Uruguai, ocupa a terceira posição, com um ponto, e o Guabirá, da Bolívia, está zerado.

O Fortaleza esteve muito perto de conquistar resultado histórico na noite desta quinta-feira n(27). Até os 47 minutos do segundo tempo, vencia o tradicional Independiente por 2 a 0, placar suficiente para avançar na Copa Sul-Americana. Mas o time argentino conseguiu balançar as redes, em lance improvável, nos acréscimos e acabou causando a eliminação da equipe brasileira na primeira fase do torneio internacional.

Mesmo vencendo por 2 a 1, o Fortaleza se despediu da sul-americana porque perdera o jogo de ida por 1 a 0. E o gol do Independiente marcado fora de casa, no Castelão, acabou selando a classificação dos argentinos à segunda fase. O time argentino é o recordista de títulos da Copa Libertadores, com sete troféus.

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Mas toda a tradição do Independiente não foi o suficiente para conter o ímpeto do Fortaleza durante a maior parte do jogo, no embalo de sua empolgada torcida. O apoio das arquibancadas acabou compensando as limitações do time brasileiro, que não fez grande apresentação, mas foi mais eficiente que o rival durante a maior parte do duelo.

O Independiente, contudo, fez valer a maior experiência em duelos de mata-mata e Copas para avançar. Este confronto marcou a estreia do Fortaleza em competições internacionais oficiais.

O JOGO - O Fortaleza foi para cima do rival argentino assim que o árbitro apitou pela primeira vez. E deu um sufoco no adversário, mais na base da empolgação do que no futebol. O clima de euforia nas arquibancadas contagiava o gramado e nem mesmo a experiência do Independiente conseguia evitar esta motivação extra dos anfitriões.

O time cearense, contudo, estava atrás no placar agregado em razão da derrota no jogo de ida. Até que Osvaldo, que já havia sido o destaque do time na primeira partida, disparou pela esquerda, entrou na área e foi derrubado pela defesa. O árbitro confirmou a penalidade, convertida por Juninho, em chute certeiro no canto direito do goleiro Campaña, aos 26 minutos.

O gol empatou o confronto e, ao mesmo tempo, esfriou o ímpeto do Fortaleza. Com este placar, o duelo seria decidido na prorrogação. A sensação de alívio dos donos da casa permitiu ao Independiente enfim entrar no jogo, equilibrando as ações.

Os lances ofensivos, no entanto, seguiam rareando, nos dois lados. Num dos melhores momentos da etapa inicial, Fernández acertou lindo chute de fora da área e exigiu grande defesa do goleiro Felipe Alves, evitando o gol argentino.

No segundo tempo, o Fortaleza continuava ligeiramente melhor que o rival. Tinha mais iniciativa e objetividade, mas falhava nas finalizações. Depois de duas chegadas perigosas com David, o técnico Rogério Ceni mudou o ataque, trocando Romarinho por Marlon.

E, apenas um minuto após entrar em campo, Marlon balançou as redes. Aos 33, Gabriel Dias cruzou rasteiro da direita para trás e o atacante chutou rasteiro, da entrada da área, para marcar o segundo gol dos anfitriões.

O duelo parecia definido, com grande festa da torcida cearense no Castelão. Até que o Independiente surpreendeu com um gol inesperado aos 47 minutos. O lateral Bustos investiu pela direita, foi até a linha de fundo e bateu cruzado. A bola desviou na zaga do Fortaleza e morreu no fundo das redes, diante do desespero da torcida local.

O gol fora de casa acabou classificando os argentinos, que ficaram com a vantagem nos critérios de desempate, apesar do empate em 2 a 2 no confronto geral.

FICHA TÉCNICA:

FORTALEZA 2 x 1 INDEPENDIENTE

FORTALEZA - Felipe Alves; Gabriel Dias, Jackson, Paulão e Bruno Melo; Felipe, Juninho, Mariano Vazquez (Tinga); David, Osvaldo (Wellington Paulista) e Romarinho (Marlon). Técnico: Rogério Ceni.

INDEPENDIENTE - Campaña; Bustos, Franco, Barboza e Silva; Lucas Romero, Blanco (Roa) e Togni (Domínguez); Braian Romero (Velasco), Silvio Romero e Leandro Fernández. Técnico: Lucas Pusineri.

GOLS - Juninho (pênalti), aos 26 minutos do primeiro tempo. Marlon, aos 33, e Bustos, aos 47 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Felipe, Lucas Romero, Wellington Paulista, Gabriel Dias.

ÁRBITRO - Roberto Tobar (CHI).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 52.552 torcedores.

LOCAL - Arena Castelão, em Fortaleza (CE).

Matéria com spoilers do filme, leia por sua conta e risco.

O diretor Andy Muschietti elevou o clubismo ao nível máximo no seu mais novo filme, o horror IT: Capítulo 2. Uma cena em especial pegou os fãs de futebol de surpresa, principalmente os que conhecem o time argentino Club Atlético Independiente.

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Eu um dos vários ester eggs do longa, o escritor Stephen King, autor do livro que deu origem ao filme, faz uma participação especial. Ele interpreta o dono de uma loja de antiguidades e faz brincadeiras com o personagem de James McAvoy.

Entre os vários objetos presentes na cena, uma cuia de chimarrão com o escudo do Independiente deixou os espectadores com uma pulga atrás da orelha. O fato, porém, tem uma explicação óbvia: o clube é o time de coração de Andy Muschietti, que aproveitou para fazer a homenagem.

Foto: Reprodução/Twitter

A Conmebol anunciou nesta terça-feira que o Santos foi punido com um placar desfavorável de 3 a 0 no jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores, em Avelllaneda, contra o Independiente, em função da escalação irregular do meio-campista Carlos Sánchez. Além disso, o uruguaio está suspenso do duelo de volta, marcado para esta terça, às 19h30, no Pacaembu. Com a punição, o Santos precisará vencer o confronto de volta por quatro gols de diferença - triunfo por 3 a 0 leva o duelo aos pênaltis.

O tribunal determinou "como perdedor o Santos da partida disputada contra o Independiente, pela ida das oitavas de final da Libertadores e, consequentemente: determina o resultado de 3 a 0 a favor do Independiente, de acordo com o artigo 19 do Regulamento de Disciplina da Conmebol", afirma. "Confirma a suspensão do jogador Carlos Sánchez por uma partida, que deverá ser cumprida na próxima partida da Libertadores".

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O julgamento do Santos pela escalação de Sánchez se iniciou na segunda-feira, quando o clube se defendeu na sede da Conmebol, em Luque, nas proximidades de Assunção. Mas o clube não teve êxito em sua argumentação, sendo punido pela entidade.

O Santos, porém, ainda pode recorrer da punição. E a tendência de que a diretoria do clube leve o caso até a instância máxima, a Corte Arbitral do Esporte, caso não tenha êxito na própria Conmebol. Nesse momento, porém, apenas uma goleada no Pacaembu, nesta terça-feira, classificará o time às quartas de final da Libertadores.

A partida, realizada em Avellandeda, na semana passada, terminou empatada em 0 a 0, mas a Conmebol abriu ação disciplinar para investigar o caso de Sánchez, recém-contratado pelo Santos e que havia sido expulso em sua última partida em um torneio sul-americano de clubes antes do confronto de terça, ainda pelo River Plate, em 2015. Ele tinha um jogo de suspensão a cumprir, mesmo após a anistia promovida pela Conmebol em 2016, quando reduziu pela metade a pena em vigor aos jogadores em competições continentais.

Sánchez havia sido punido com três jogos de suspensão, o que o impossibilitava de encarar o Independiente. O Santos, por sua vez, garante que o sistema eletrônico da Conmebol classificava o uruguaio como apto a entrar em campo na terça.

O Santos, que contratou o advogado Mário Bittencourt para defendê-lo, pedia que o jogador cumprisse o jogo restante de suspensão no confronto de volta diante do Independiente pelas oitavas de final da Libertadores e citava um precedente envolvendo o River Plate.

O volante Bruno Zuculini atuou de forma irregular em todas as sete partidas do clube argentino nesta Libertadores, graças a uma punição sofrida ainda em 2013, quando atuava pelo Racing, da qual sobravam dois jogos restantes a serem cumpridos no torneio deste ano.

Sem ter conhecimento da situação de seu jogador, o River consultou a Conmebol e ouviu que Zuculini estava apto a jogar. A entidade alegou "erro administrativo", liberou o clube argentino de qualquer punição e ordenou que o atleta cumpra as partidas restantes na sequência do torneio. E é exatamente este tratamento que o Santos esperava da confederação em seu caso.

Apesar desse argumento, o Santos defendia que escalou Sánchez de forma regular. O clube alega que o sistema eletrônico da Conmebol, bem como as informações passadas pela Fifa e pelo Monterrey, time anterior do volante, davam conta de que o jogador poderia estar em campo.

O Independiente divulgou comunicado nesta segunda-feira em seu site oficial pedindo aos seus torcedores que não se manifestem de maneira racista no Pacaembu, contra o Santos, no jogo de volta das quartas de final da Libertadores.

O aviso veio depois de torcedores do clube argentino terem sido flagrados imitando macacos para ofender os brasileiros durante o jogo de ida. Torcedores do Santos filmaram os argentinos com tal atitude racista.

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"É crime racial fazer gestos ou dizer macaco a torcedores locais. É crime no Brasil associar uma pessoa a um animal. Os policiais entram em ação quando presenciam tais atitudes e prendem os torcedores visitantes. Em partidas anteriores já houve detenções. Há câmeras no estádio que registram tais ofensas raciais, razão pela qual é fácil provar o delito", informou o comunicado.

Os santistas que filmaram os gestos racista registraram boletim de ocorrência em São Paulo e estiveram acompanhados do vice-presidente do Santos, Orlando Rollo. O clube paulista pretende formalizar reclamação à Conmebol.

O duelo de ida terminou empatado sem gols. Nesta segunda-feira, no entanto, o placar da partida pode ser alterado, pois o volante do Santos Carlos Sanchez será julgado na Conmebol por suposta escalação irregular. Se punido, o time paulista será declarado perdedor por 3 a 0 da partida contra o Independiente. O jogo de volta está marcado para terça-feira, às 19h30, no Pacaembu.

A Conmebol abriu procedimento disciplinar para investigar possível irregularidade na escalação do volante uruguaio Carlos Sánchez, do Santos, na partida contra o Independiente, na noite desta terça, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores.

O time argentino alega que o jogador uruguaio não poderia ter entrado em campo nesta terça por estar suspenso. A punição se devia à expulsão sofrida em novembro de 2015, quando ainda defendia o River Plate na semifinal da Copa Sul-Americana daquele ano, contra o Huracán.

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Como Sánchez não entrou mais em campo por competições organizadas pela Conmebol desde então, ele teria que cumprir a suspensão nesta terça. O Santos, contudo, argumenta que o jogador foi beneficiado pela "anistia" que a entidade aplicou em 2016, no ano de seu centenário.

"O atleta Carlos Sánchez foi anistiado quando do Centenário da Conmebol, motivo pelo qual se encontra apto a realizar partidas pela Libertadores", informou o clube, em comunicado divulgado na manhã desta quarta. Na terça, Sánchez começou como titular, mas foi substituído no segundo tempo por Bryan Ruiz.

Segundo o Regulamento Disciplinar da Conmebol, as infrações cometidas durante um jogo prescrevem num prazo de dois anos. A data de início de cálculo para avaliar a possível prescrição de uma punição tem como referência o dia da infração, no caso de Sánchez, trata-se do dia do jogo em que foi expulso em novembro de 2015. De acordo com a entidade, no mesmo regulamento, só não prescrevem as infrações "de suborno e corrupção".

Apesar disso, a Conmebol decidiu abrir o procedimento disciplinar para investigar possíveis infrações do clube brasileiro nos artigos 7.2 (escalar jogador não elegível para disputar a partida e cumprir as decisões diretivas ou ordens de órgãos disciplinares) e 19 (determinação de resultado de um jogo por responsabilidade ou negligência de uma das equipes).

O Santos segurou um empate sem gols com o Independiente nesta terça-feira, em Avellaneda, na Argentina, no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores. A partida foi bastante truncada, com muitas faltas e também de baixa qualidade técnica.

O time alvinegro terminou o duelo com um jogador a menos por causa da expulsão do lateral-esquerdo Dodô aos 36 minutos do segundo tempo. E, apesar de ter feito um atuação sólida na parte defensiva, o setor ofensivo teve uma péssima apresentação e não chutou uma bola sequer nos 90 minutos com mais seis de acréscimo no segundo tempo.

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Bruno Henrique foi o mais fraco do trio de ataque. Foi discreto enquanto esteve em campo, errou muitos passes e não acertou um drible. Rodrygo tentou a movimentação pelos lados do campo, mas faltava um centroavante para empurrar para a rede. Gabriel brigou bastante no meio, reclamou com o árbitro, mas faltou a presença dentro da área. O empate sem gols ao menos deixa o Santos em boa situação para o segundo jogo.

A partida de volta acontece na próxima terça-feira, às 19h30, no estádio do Pacaembu. A assessoria informou que até o final do dia desta terça-feira foram vendidos 11 mil ingressos. Antes, o time alvinegro encara o Bahia no sábado, às 16h, na Vila Belmiro, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O JOGO - O Independiente tentou pressionar o Santos no início e criou três boas chances, sempre com o meio-campista Meza. Na primeira, ele cobrou escanteio e o centroavante Gigliotti apareceu livre para cabecear com perigo.

Na sequência, Meza fez boa jogada e bateu cruzado de fora da área para boa defesa de Vanderlei. Mais uma vez, Meza bateu falta, Burdisso desviou de cabeça e a bola sobrou para Romero, que bateu na rede pelo lado de fora.

Aos poucos o Santos entrou no jogo, acertou a marcação no setor defensivo e começou a chegar mais ao ataque. Rodrygo foi quem chegou mais perto de criar a única chance de gol. Ele desceu pela direita, invadiu a área, mas em vez de tentar um chute cruzado, rolou para o meio da área e a zaga afastou.

Na etapa final, logo aos dez minutos, Rodrygo levou uma pancada no tornozelo esquerdo de Gastón Silva e deixou o campo de maca. Derlis González entrou em seu lugar. A partida ficou mais aberta, mas as equipes erravam muitos passes.

O técnico Cuca então trocou Bruno Henrique, apagado, para a entrada de Eduardo Sasha. No entanto, quem quase marcou foi o Independiente. Após cruzamento na área, Braian Romero escorou de cabeça para a pequena área e Gigliotti isolou por cima do gol.

O duelo seguia brigado no meio-campo e o árbitro deixava o jogo seguir. O Independiente parecia mais forte na marcação, ganhava a maioria das disputas e, por consequência, chegava ao gol do Santos. Meza arriscou de fora da área para boa defesa de Vanderlei. Na sequência, Burdisso cabeceou, o goleiro do time alvinegro soltou e depois dividiu com três atletas do time adversário para salvar o gol. Mas houve falta do Independiente no lance.

Para complicar as coisas para o Santos, Dodô cometeu falta dura em Pablo Hernández e recebeu o segundo cartão amarelo, deixando o time com um jogador a menos aos 36 minutos do segundo tempo. O panorama da partida, no entanto, não mudou. O Independiente encontrava dificuldade para chegar ao gol e o Santos seguiu até o final da partida sem conseguir chutar uma bola à meta adversária.

FICHA TÉCNICA:

INDEPENDIENTE X SANTOS

INDEPENDIENTE - Campaña; Bustos, Burdisso, Brítez e Gastón Silva; Francisco Silva, Pablo Hernández, Cerutti (Verón), Meza e Braian Romero (Pizzini); Gigliotti. Técnico: Ariel Holan.

SANTOS - Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, Gustavo Henrique e Dodô; Alison, Diego Pituca e Carlos Sánchez (Bryan Ruiz); Rodrygo (Derlis González), Gabriel e Bruno Henrique (Eduardo Sasha). Técnico: Cuca.

ÁRBITRO - Diego Haro (Peru)

CARTÕES AMARELOS - Francisco Silva, Bustos, Cerutti e Gastón Silva (Independiente); Carlos Sánchez, Lucas Veríssimo, Dodô e Gabriel (Santos).

CARTÃO VERMELHO - Dodô (Santos)

PÚBLICO E RENDA - Não disponíveis

LOCAL - Estádio Libertadores de América, Avellaneda (ARG).

Sete títulos da Copa Libertadores de um lado e outros três do outro. O número de conquistas de Independiente e Santos, respectivamente, da principal competição por equipes do futebol sul-americano indica o peso da série válida pelas oitavas de final que se inicia nesta terça-feira, às 21h45, em Avellaneda. Mas os dois clubes passam por momentos distintos antes de um confronto importante para a equipe paulista na busca pela reconquista da confiança.

Após uma pausa de cerca de três sem compromissos na Libertadores, o Santos está de cara nova. O time trocou de técnico, com a demissão de Jair Ventura e a contratação de Cuca, que agora fará a sua estreia na competição, após comandar o time em compromissos da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro.

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E ainda que o momento não seja dos melhores, o Santos chega para o duelo na Argentina esboçando uma recuperação, tanto que emplacou duas vitórias consecutivas, ainda que tenha sido eliminado da Copa do Brasil. E ao menos conseguiu deixar a zona de rebaixamento do Brasileirão. "A gente espera dar sequência a este bom momento vivido. Estamos com duas vitórias seguidas. Não podíamos chegar na Argentina de outra maneira", comentou Victor Ferraz.

Para ampliar essa pequena série de bons resultados, o Santos espera contar com mais uma atuação inspirada de um dos reforços estrangeiros que chegaram ao time nas últimas semanas, caso do uruguaio Carlos Sánchez, que conquistou a titularidade e foi o principal destaque da equipe na vitória por 3 a 0 sobre o Sport, sábado, na Vila Belmiro. Ele terá a companhia de Alison e Diego Pituca no meio-campo.

Além disso, Cuca, apesar dos desfalques, sendo o principal deles o lesionado zagueiro Luiz Felipe, poderá contar com um banco de reservas reforçado. Será de lá que ele poderá acionar os também estrangeiros Derlis González e Bryan Ruiz, além de Eduardo Sasha, que encerrou longo jejum de gols no fim de semana.

"Viemos para marcar gols. Quem quer isso, não tem de dar a bola só para o adversário e ficar atrás. A gente tem de conseguir jogar, ocupar o campo deles e quem sabe sair na frente", afirmou Victor Ferraz, prometendo que o time será ofensivo na Argentina.

O Santos também confia em seu bom retrospecto diante de argentinos nesta edição da Libertadores, pois derrotou na fase de grupos o Estudiantes duas vezes, por 1 a 0, como visitante, e 2 a 0, na Vila Belmiro. E se tiver êxito diante do Independiente, terá pela frente outro clube do país vizinho nas quartas de final, o vencedor da série entre Racing e River Plate.

O desgaste físico, porém, pode ser um fator a atrapalhar o Santos contra o Independiente, pois, como o time faz péssima campanha no Brasileirão, Cuca não tem poupado os titulares em função dos mata-matas, com exceção do confronto com o Sport, quando escalou um time misto.

Já o Independiente vem descansado. O time recém retornou das férias e só entrou em campo três vezes na temporada, sendo a última delas na sexta-feira, quando estreou no Campeonato Argentino com um empate por 2 a 2 com o Newell's Old Boys. O time também disputou e faturou a Copa Suruga, no Japão, o que levou ao primeiro confronto com o Santos ser marcado apenas para esta terça-feira, duas semanas após as outras sete partidas de ida das oitavas de final da Libertadores.

Assim como o Santos, o Independiente acumulou três vitórias, um empate e duas derrotas na fase de grupos da Libertadores, sendo que o time encarou outro clube paulista, o Corinthians, perdendo em casa por 1 a 0 e triunfando em São Paulo por 2 a 1.

Com dores na coxa esquerda, Benítez é dúvida para o confronto desta terça e poderá ter sua vaga no setor ofensivo do Independiente ocupado por Cerutti. O jogo de volta entre o Santos e o clube argentino está marcado para 28 de agosto, no Pacaembu.

Recentemente, um grande escândalo sexual do meio esportivo veio à tona. O treinador de ginástica artística Fernando de Carvalho Lopes foi denunciado por mais de 40 atletas e ex-atletas de abuso sexual. Mas os escândalos sexuais não são acontecimentos recentes, vários casos já foram relatados ao decorrer dos anos. 

Em 2016, o ex-médico da seleção americana de ginástica, Larry Nassar, foi acusado de abusar sexualmente cerca de 260 mulheres. A maioria, menores de idade na época. Entre as acusadoras, estão as campeãs olímpicas Gabby Douglas e Simone Biles. Nassar foi julgado e assumiu ser culpado de vários casos de assésio e também de portar conteúdo de pornografia infantil. O ex-médico foi condenado a mais de 100 anos de prisão. 

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Em abril deste ano, outra denúncia agitou o mundo esportivo. Jogadores das divisões de base do Independiente, da Argentina, eram aliciados para fazer programas, além de sofrer abusos sexuais. A revelação veio à tona quando uma das vítimas, em uma conversa com a psicóloga do clube, contou o caso. Dias depois, uma médica que trabalhou no River Plate também denunciou esquemas parecidos no clube. O caso ainda corre na justiça. Até o momento, cinco pessoas já foram presas. 

Em 2015, o atacante Benzema foi indiciado por cumplicidade em tentativa de extorsão e associação ao crime, depois de ser considerado envolvido em um caso de chantagem a Valbuena por causa de uma existência de um vídeo íntimo. Valbuena denunciou o companheiro de equipe. Ambos atletas ficaram de fora da convocação para os amistosos da Seleção Francesa contra a Alemanha e Inglaterra. 

Em 2008, a nadadora pernambucana Joanna Maranhão revelou ter sido molestada sexualmente pelo seu treinador, Eugenio Miranda, quando tinha apenas nove anos. Joanna chegou a processar o ex-técnico e ganhar a causa, contudo, o crime já havia prescrevido e por isso, o abusador não foi preso. Depois do acontecido, o Senado Federal aprovou um projeto de lei alterando o Código Penal Brasileiro. O prazo de prescrição começa a contar a partir do momento em que a vítima completa 18 anos, e não mais do momento do crime. O projeto, denominado Lei Joanna Maranhão, foi aprovado em 2012. 

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Com uma das piores atuações da temporada, o Corinthians perdeu em casa para o Independiente por 2 a 1, nesta quarta-feira (2), e a situação que parecia tranquila na Copa Libertadores pode se complicar. O pior é que o resultado ficou até barato para a equipe do técnico Fábio Carille. Os argentinos ainda tiveram um gol anulado irregularmente e ficaram cerca de 15 minutos com um jogador a mais em campo.

Com o resultado, o Corinthians se mantém na liderança do Grupo 7 com sete pontos, mas vê Independiente e Deportivo Lara logo abaixo, com seis, e Millonarios, com quatro. Na próxima rodada, o time brasileiro visita o Deportivo Lara, na Venezuela, enquanto que Millonarios e Independiente se enfrentam na Colômbia.

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Na noite que era de festa, com estreia de novo uniforme e um evento para celebrar uma estátua em homenagem ao ex-jogador Sócrates, na Arena Corinthians, o que se viu foi um Corinthians irreconhecível. Foi um dos piores 45 minutos iniciais do time desde que Fábio Carille assumiu o comando. Em 10 minutos de jogo, já perdia por um gol e ainda Balbuena quase fez um contra ao tentar cortar cruzamento para a área. Antes, Benítez abriu o placar após Cássio rebater um chute.

Parecia um time de adulto contra um de meninos. O Corinthians era facilmente dominado em sua casa e viu a situação piorar quando o atacante paraguaio Romero foi desviar uma cobrança de escanteio e fez gol contra. Estava dando tudo errado.

Mesmo sem fazer muito por merecer, a equipe paulista conseguiu amenizar o prejuízo com Jadson e contou ainda com uma ajuda da arbitragem, que viu falta de Figal em Rodriguinho e anulou um gol dos argentinos que saiu logo em seguida. No jogo da Argentina, o Independiente também foi prejudicado, com um gol anulado na derrota por 1 a 0, em casa.

O segundo tempo na Arena foi bem diferente. O Corinthians voltou com tudo para o ataque. Marquinhos Gabriel entrou no lugar de Matheus Vital, em busca de maior velocidade. Depois, Pedrinho entrou na vaga de Sidcley e foi o melhor em campo. A derrota deixava a situação da equipe alvinegra um pouco perigosa na Libertadores e o empate já seria um resultado bem mais favorável.

Apesar da pressão, o time brasileiro não conseguia levar perigo ao gol de Campaña. Faltava calma e, em alguns momentos, fôlego. A maratona de jogos parece ter feito alguns atletas sentirem o ritmo de jogo. Rodriguinho foi um deles.

Já o Independiente fazia de tudo para passar o tempo e garantir o resultado, até certo ponto, surpreendente. E para coroar a noite em que deu tudo errado, Emerson Sheik, que por tantas vezes foi citado por Fábio Carille e pelos torcedores como exemplo de experiência para a Libertadores, mostrou imaturidade.

Aos 35 minutos da etapa final, o atacante, que entrou no lugar de Jadson, acertou Miño sem bola e levou o cartão vermelho direto. Ele havia acabado de entrar como a última esperança do treinador em tentar evitar a derrota. Mesmo com um a menos, o Corinthians foi com tudo para o ataque, mas não adiantou. Os argentinos devolveram a derrota em casa.

FICHA TÉCNICA

CORINTHIANS 1 x 2 INDEPENDIENTE

CORINTHIANS - Cássio; Mantuan, Balbuena, Henrique e Sidcley (Pedrinho); Gabriel, Maycon, Jadson (Emerson Sheik) e Rodriguinho; Romero e Mateus Vital (Marquinhos Gabriel). Técnico: Fábio Carille.

INDEPENDIENTE - Campaña; Franco, Figal e Amorebieta; Bustos, Rodríguez (Gaibor), Domingo e Miño; Meza, Benítez (Gastón Silva) e Silvio Romero (Gigliotti). Técnico: Ariel Holan.

GOLS - Benítez, a 1, Romero (contra), aos 25, e Jadson, aos 31 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS - Miño, Amorebieta, Meza, Silvio Romero e Figal (Independiente).

CARTÃO VERMELHO - Emerson Sheik (Corinthians).

ÁRBITRO - Victor Carrillo (Fifa/Peru).

RENDA - R$ 2.415.956,35.

PÚBLICO - 34.287 pagantes.

LOCAL - Arena Corinthians, em São Paulo (SP).

O Corinthians joga sem centroavante, mas a inteligência de Jadson fez com que ele, com apenas 1,68 metro de altura, saltasse para desviar de cabeça e garantir a vitória por 1 a 0 sobre o Independiente, na noite desta quarta-feira, na Argentina. O resultado deixa o clube brasileiro em situação bem confortável na Copa Libertadores e com a classificação encaminhada para a fase de mata-mata. O clube argentino chegou a marcar o gol de empate, mas o árbitro, erroneamente, anulou a jogada.

O jogo nem parecia Libertadores. Corinthians e Independiente fizeram um jogo bom tecnicamente, com chances de gols, poucas faltas, sem confusão e em um estádio moderno, longe de ser aqueles cubículos corriqueiros do torneio continental. As equipes entraram em campo claramente para jogar futebol.

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Nada de faltas desnecessárias e troca de empurrões como acontecem em confrontos de brasileiros contra argentinos. Tanto que a primeira falta aconteceu só aos 16 minutos de jogo, cometida por Henrique.

O gol da vitória saiu no segundo tempo, após Mateus Vital cruzar na cabeça de Jadson, que desviou e contou com a ajuda do goleiro Campaña colocar para dentro. O meia não estava fazendo um bom jogo, mas foi decisivo e mostrou sua importância para a equipe. Ele tinha sido poupado da partida contra o Fluminense, na estreia do Brasileirão, justamente para chegar bem ao jogo na Argentina.

Logo depois, Romero, do Independiente, marcou gol legal e o árbitro deu impedimento, para aumentar ainda mais as polêmicas de arbitragem envolvendo o clube paulista, que ainda lembra do clássico com o Palmeiras, na decisão do Paulistão.

Deixando de lado as polêmicas, o fato é que o Corinthians chegou aos sete pontos e reassumiu a liderança do grupo. Millonarios, que venceu por 4 a 0 o Deportivo Lara na terça-feira, é o segundo colocado, com quatro.

A equipe alvinegra volta a campo pela Libertadores no jogo de volta contra os argentinos, dia 2 de maio, na Arena Corinthians. O time de Fábio Carille ainda tem como ponto a se destacar o fato de ser o único time da competição continental que ainda não levou gols na fase de grupos. Bem como prega a cartilha do técnico Fábio Carille, adepto do sistema defensivo forte e de um time sempre frio em campo.

 

FICHA TÉCNICA:

INDEPENDIENTE 0 x 1 CORINTHIANS

INDEPENDIENTE - Campaña; Bustos, Amorebieta, Figal e Gastón Silva; Domingo, Gaibor, Gonzalo Verón (Fernández), Benítez (Gigliotti), Menéndez (Meza); Romero; Técnico: Ariel Holan.

CORINTHIANS - Cássio; Fagner, Balbuena, Henrique e Sidcley; Ralf, Maycon, Jadson (Marquinhos Gabriel) e Rodriguinho; Romero (Júnior Dutra) e Clayson (Mateus Vital). Técnico: Fábio Carille.

GOL - Jadson, aos 35 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Verón e Henrique.

ÁRBITRO - Daniel Fedorczuk (URU).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Libertadores da América, em Avellaneda (Argentina).

Uma séria acusação sobre o Independiente tomou conta ontem das manchetes da imprensa argentina. O clube de Avellaneda fez uma queixa depois de saber que alguns dos garotos da categoria 2001 (entre 16 e 17 anos) foram colocados em uma rede de prostituição nos últimos quatro meses. O suspeito de fazer isso é um jogador de 19 anos da própria equipe.

O esquema foi descoberto quando um dos meninos contou tudo a um dos psicólogos do clube. Fernando Berón, coordenador do juvenil do tradicional time argentino, apresentou a queixa na Unidade Fiscal de Investigação (UFI) de Avellaneda.

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"Um dos garotos comentou a situação, falou com o coordenador do alojamento e dos juvenis. Rapidamente, tomamos a decisão, diante da existência de um delito, de realizar a denúncia", contou o vice-presidente do Independiente, Carlos Montana. "Isto aconteceu fora da habitação do Independiente, onde convivem diariamente 53 garotos."

O caso foi divulgado no programa No Todo Pasa, pelo jornalista Gustavo Grabia, que contou alguns dos detalhes do esquema. De acordo com ele, havia cinco meninos inclusos nessa rede de abuso infantil: eles cobravam dinheiro (disseram que cerca de mil pesos, aproximadamente R$ 160) para se prostituírem com homens mais velhos. Além disso, um árbitro juvenil de futebol também aparece envolvido como cliente. Em princípio, os dirigentes do clube argentino não sabiam do esquema de prostituição de seus jogadores da base.

Em nota, o Independiente confirmou o caso e se colocou à disposição da Justiça: "Na esteira dos fatos que já são de conhecimento público, o Club Atlético Independiente quer comunicar que fez a correspondente denúncia e colocou todos os elementos que estão a sua disposição e ao pessoal vinculado à área para que a Justiça atue em consequência. Obviamente, lamentamos este tipo de ação que envolvam a instituição em temas tão delicados e iremos até as últimas consequências para resolvê-lo".

O Grêmio foi à Argentina encarar o Independiente e voltará ao Brasil com sensações bem distintas. O empate por 1 a 1 desta quarta-feira, no jogo de ida de decisão da Recopa Sul-Americana, está longe de ser um mau resultado, mas as circunstâncias deixaram um gosto amargo para o torcedor gremista. Afinal, o time saiu na frente e ficou com um jogador a mais - Gigliotti foi expulso com ajuda do árbitro de vídeo - por mais de uma hora.

A verdade é que o Grêmio voltou a exibir alguns erros deste início de ano, muito em função do começo tardio da pré-temporada, graças à disputa do Mundial de Clubes do ano passado. O time pareceu perdido na marcação e na saída de bola e chegou a ser dominado pelo Independiente mesmo quando tinha um jogador a mais. O gol de Luan foi construído em um lance de esperteza do jogador diante de uma falha rival.

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Mas se a atuação ficou longe de agradar, o resultado deixa o Grêmio em ótima situação para definir o título em casa, na próxima quarta-feira, quando precisará de uma vitória simples. Antes, o time volta as atenções para o Campeonato Gaúcho, pelo qual visita o Veranópolis no sábado.

O Independiente mostrou desde o início o plano de encurralar o Grêmio nesta quarta, marcando no campo de ataque e aproveitando os erros do adversário. Em falhas na saída de bola brasileira, os argentinos criaram as primeiras chances, a maioria em chutes de longe. Aos 11 minutos, Domingo tentou e jogou rente ao travessão.

Os donos da casa sofriam para invadir a área gremista, e a jogada aérea também passou a ser uma arma. Aos 16, Gastón Silva cobrou escanteio da esquerda, Meza subiu sozinho e acertou o travessão. Três minutos depois, nova chance argentina. Após ótima triangulação pela esquerda, Menéndez foi acionado e cruzou para Benítez, que perdeu na pequena área.

Mas foi justamente em uma rara pressão na marcação ofensiva do Grêmio que o primeiro gol saiu. Aos 21 minutos, Amorebieta tentou o toque para Alan Franco, mas jogou no pé de Luan. Ele mostrou qualidade para arrancar e finalizou na saída do goleiro.

O cenário do jogo, que era todo do Independiente, começava a mudar. E pareceu pender completamente para o lado gremista aos 27 minutos, quando Gigliotti acertou o cotovelo no rosto de Kannemann. O árbitro Roddy Zambrano Olmedo mostrou o cartão amarelo inicialmente, mas, avisado pelos auxiliares de vídeo, revisou a jogada e expulsou o atacante.

Só que o Grêmio se mostrou perdido em campo e foi dominado por um Independiente em desvantagem numérica. Aos 32 minutos, Gaibor cobrou falta pela esquerda, Cortez subiu para tentar o corte, mas desviou de leve, o suficiente para tirar Marcelo Grohe da jogada e selar o empate.

A torcida cresceu e, com isso, o time argentino também. Mesmo com um a menos, voltou a marcar no ataque, pressionando a defesa gremista, que se complicava. Só que a desvantagem numérica faria diferença no segundo tempo, e o Independiente cansou.

No primeiro ataque que construiu em todo o jogo, o Grêmio quase marcou o segundo. Aos sete minutos, Everton foi lançado em contra-ataque, ganhou de Gastón Silva e tocou para Cícero. No bate-rebate, Luan teve a chance, mas foi travado por Amorebieta com o gol vazio.

Cícero ainda teria um último bom momento, que jogou em cima de Campaña. Mas diante do cansaço do Independiente e da clara falta de ritmo do Grêmio, a partida perdeu em intensidade e transcorreu morna, deixando a disputa em aberto para o jogo de volta.

FICHA TÉCNICA:

INDEPENDIENTE 1 X 1 GRÊMIO

INDEPENDIENTE - Campaña; Bustos (Figal), Alan Franco, Amorebieta e Gastón Silva; Gaibor (Jonás Gutiérrez), Domingo, Meza e Martín Benítez (Leandro Fernández); Menéndez e Gigliotti. Técnico: Ariel Holan.

GRÊMIO - Marcelo Grohe; Leonardo Moura, Pedro Geromel, Kannemann e Cortez; Jaílson, Maicon, Lima (Alisson), Luan e Everton (Maicosuel); Cícero (Jael). Técnico: Renato Gaúcho.

GOLS - Luan, aos 21, e Cortez (contra), aos 32 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO - Roddy Zambrano Olmedo (Fifa/Equador).

CARTÕES AMARELOS - Domingo, Leandro Fernández, Amorebieta (Independiente); Leonardo Moura, Pedro Geromel, Alisson (Grêmio).

CARTÃO VERMELHO - Gigliotti (Independiente).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Libertadores de América, em Avellaneda (Argentina).

O sorteio dos grupos da Copa Libertadores foi realizado nesta quarta-feira à noite, em Luque, no Paraguai, e reservou um caminho complicado para alguns times brasileiros. Entre eles o Palmeiras, que caiu no Grupo 8 da competição e na primeira fase já terá pela frente o tradicional Boca Juniors, além do Alianza Lima, do Peru, e um quarto representante a ser definido.

O Boca foi um dos oito cabeças de chave do sorteio, no qual o presidente palmeirense Maurício Galliote esteve presente e evitou lamentar o fato de o seu clube precisar encarar o tradicional rival. "É um clássico, é um jogo grande, e é bom começar com um jogo grande. E esperamos fazer bons jogos na Libertadores", projetou o dirigente, em entrevista ao SporTV.

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O Corinthians, por sua vez, entrou no sorteio como cabeça de chave e caiu no Grupo 7, no qual também não deverá ter vida fácil. Um dos seus rivais será o também tradicional Independiente, que acaba de conquistar a Copa Sul-Americana e ganhou sete títulos da Libertadores. O Millonarios, da Colômbia, e o Deportivo Lara, da Venezuela, serão os outros dois rivais dos corintianos nesta fase.

Também em Luque para acompanhar o sorteio, o presidente alvinegro Roberto de Andrade qualificou a chave do seu time como complicada. "Aqui não dá pra falar que gostou ou não gostou do grupo. Pelo que vi, os oito grupos são difíceis. O Independiente é um time que recentemente todos viram, foi campeão da Sul-Americana, e o Millonarios também é um adversário fortíssimo", analisou.

Entre os paulistas, quem pode dizer que teve melhor sorte foi o Santos, que está no Grupo 6 e enfrentará Estudiantes, da Argentina, Real Garcilaso, do Peru, e um rival ainda a ser definido na última fase preliminar.

O Flamengo, que acabou de ser derrotado pelo Independiente na final da Sul-Americana deste ano, é outro time brasileiro que caiu em um grupo complicado. Vai medir forças com o também argentino River Plate, com o Emelec, do Equador, e com um quarto rival a ser determinado no último estágio preliminar à fase de grupos.

Atual campeão da Libertadores, o Grêmio vai pegar Cerro Porteño, do Paraguai, Defensor, do Uruguai, e Monagas, da Venezuela, no Grupo 1, enquanto o Cruzeiro caiu em uma chave considerada mais complicada, com Universidad de Chile, Racing, da Argentina, e um quarto rival a ser definido.

HOMENAGENS - O sorteio da Libertadores começou após uma homenagem feita pela Conmebol a Maradona e Pelé. Os dois astros não estavam presentes na cerimônia, mas foram reverenciados por meio de vídeos com momentos históricos de suas carreiras, assim como foram exaltados em estátuas nas quais foram retratados segurando taças de campeão do mundo, com o brasileiro com a Jules Rimet, que ergueu em 1958, 1962 e 1970, e o argentino segurando a taça Fifa, que ganhou em 1986.

Apresentadas no sorteio, as estátuas ficarão expostas no Museu do Futebol Sul-Americano, que fica dentro do complexo da Conmebol, em Luque.

Logo após as homenagens, a Conmebol sorteou os confrontos das fases preliminares da Libertadores e determinou que a Chapecoense estreará contra o Nacional, do Uruguai, enquanto o Vasco terá pela frente o Universidad de Concepción, do Chile. Estes serão confrontos válidos pelo segundo estágio preliminar da competição e, pelo sorteio, a Chapecoense fará o duelo de volta do mata-mata como visitante, enquanto os vascaínos definirão classificação como mandantes.

Confira os grupos da Copa Libertadores de 2018

Grupo 1 - Grêmio, Cerro Porteño-PAR, Defensor-URU e Monagas-VEN

Grupo 2 - Atlético Nacional-COL, Bolívar-BOL, Colo-Colo-CHI e Delfin-EQU

Grupo 3 - Peñarol-URU, Libertad-PAR, The Strongest-BOL e Atlético Tucumán-ARG

Grupo 4 - River Plate, Emelec-EQU, Flamengo e ganhador do jogo 1 da última fase preliminar

Grupo 5 - Cruzeiro, Universidad de Chile, Racing-ARG e ganhador do jogo 3 da última fase preliminar

Grupo 6 - Santos, Estudiantes-ARG, Real Garcilaso-PER e ganhador do jogo 2 da última fase preliminar

Grupo 7 - Corinthians, Independiente-ARG, Millonarios-COL e Deportivo Lara-VEN

Grupo 8 - Boca Juniors, Palmeiras, Alianza Lima-PER e ganhador do jogo 4 da última fase preliminar

Confira os confrontos dos brasileiros na fase preliminar:

Chapecoense x Nacional-URU

Universidad Concepción-CHI x Vasco

Apenas uma semana depois de conquistar o título da Copa Sul-Americana, Ariel Holan deixou o Independiente nesta quarta-feira. Campeão e comandando o time de coração, o treinador não tomou a decisão por interesse de outro clube ou insatisfação com a diretoria, mas sim por ameaças que vêm recebendo de uma torcida organizada do time argentino.

"Indesejáveis situações extra-campo se sucederam. Todas elas tomaram estado público e estão em processo penal. Pela primeira vez na minha vida, a integridade física da minha família, de alguns de meus colaboradores e a minha própria estiveram em grave risco. Uma situação que não estou disposto a tolerar, nem a conviver, e creio que nenhum trabalhador do clube deveria aceitar. A essência do esporte é a paixão com respeito, e não usá-lo como espaço para delinquir", escreveu Holan em uma carta de despedida.

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O pesadelo do treinador começou em outubro. No dia 19 daquele mês, ele teve o carro bloqueado por motos e outros veículos e foi interpelado pelo líder de uma organizada do Independiente. Pablo "Bebote" Alvarez sentou-se ao lado de Holan e exigiu o pagamento de US$ 50 mil como "colaboração" do técnico, que se negou a ceder ao torcedor.

Holan tornou o caso público, Bebote foi preso e está sendo processado pelos crimes de extorsão e privação ilegal de liberdade. A partir daí, porém, torcedores do Independiente passaram a ameaçar fisicamente o treinador e sua família, e ele decidiu colocar fim nesta situação.

"É uma decisão muito difícil, que tomei racionalmente com minha família e é definitiva. Meu amor pelo Independiente, que vocês conhecem, é genuíno. E deixar este posto com que sonhei durante mais de 30 anos é a decisão mais difícil da minha vida. Mas tenho que tomá-la pelo bem de todos. Sempre disse que o clube contratou um treinador, e não um torcedor. O tempo será a testemunha fiel de que esta foi a decisão correta, ainda que hoje não a entendamos", apontou.

Holan chegou ao Independiente no início do ano, após bom trabalho no Defensa y Justicia. Ex-jogador e técnico de hóquei na grama, ele teve uma trajetória pouco comum até assumir o comando do clube, que sempre colocou como grande sonho. E logo em seu primeiro ano no time de Avellaneda, consagrou-se campeão da Copa Sul-Americana, ao bater o Flamengo na final, na quarta-feira passada.

Até por este sucesso, o Independiente esperava renovar seu contrato, mas foi surpreendido pela decisão do treinador. Mesmo assim, o clube fez questão de ressaltar o respeito por Holan. "É apenas um 'até logo', Ariel. Obrigado por nos devolver a identidade, por fazer o Independiente voltar a ser Independiente. Voltaremos a nos ver, disto não há dúvidas", apontava as redes sociais do time nesta quarta.

Depois do empate por 1 a 1 com o Flamengo que lhe garantiu o título da Copa Sul-Americana, na noite desta quarta-feira, no Maracanã, o Independiente aproveitou o momento de glória para dar "recados" aos adversário e aos torcedores rubro-negros. O clube não deixou de lembrar dos vários episódios de tensão vividos antes do confronto, que já começaram a ocorrer na noite de terça-feira, quando uma confusão foi protagonizada por flamenguistas na porta do hotel onde a equipe argentina estava hospedada, na Barra da Tijuca, no Rio.

Na chegada ao Maracanã, na noite da última quarta, o ônibus do Independiente foi apedrejado por flamenguistas, mas a recepção hostil de nada adiantou, pois a taça acabou ficando com a equipe de Avellaneda. Equipe que também é conhecida pelo apelido de Rei de Copas pelo alto número de títulos continentais que possui, sendo que entre os quais estão sete troféus de campeão da Libertadores.

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"Nos provocaram. Nos maltrataram. Promoveram um ódio sem sentido. O Rei fala no campo. O Rei não perdoa. Aprendam de uma vez. Ou precisam de mais um Maracanazo", afirmou o clube argentino, por meio de suas redes sociais, lembrando também que o tradicional estádio foi palco da fatídica derrota do Brasil para o Uruguai, por 2 a 1, sofrida na decisão da Copa do Mundo de 1950. "Ajoelhem-se perante o Rei de Copas", provocou.

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Em outra publicação, o Independiente ressaltou que já havia levado a melhor sobre o mesmo Flamengo na decisão da Supercopa da Libertadores de 1995, quando ficou com a taça mesmo após ser derrotado por 1 a 0, então com um gol de Romário no Maracanã, no confronto de volta da final. No jogo de ida, na Argentina, a equipe carioca havia sido batida por 2 a 0.

"Nos quiseram vender um inferno. Se esqueceram de um pequeno detalhe: ao nosso jogo nos chamaram. O Rei conquistou o Maracanã pela segunda vez na história. O quintal de nossa casa", voltou a provocar o clube, que não parou por aí ao se referir aos torcedores flamenguistas que tentaram desestabilizar a equipe argentina por meio de atitudes violentas antes do confronto. "Lamentamos que tenham sono. Talvez devessem ter dormido mais cedo ontem. Os jogos se vencem no campo. Sabemos muito sobre isso. Mais respeito ao Rei", pediu.

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Ao todo, o Independiente agora contabiliza 17 títulos de nível continental ou intercontinental. Além de suas sete Libertadores, foi duas vezes campeão mundial, em 1973 e 1984, tem três troféus da extinta Copa Interamericana, dois da Copa Sul-Americana, dois da Supercopa da Libertadores e um da Recopa Sul-Americana.

Na última quarta-feira (13), o Flamengo empatou com o Independiente por 1x1, no Maracanã e terminou ficando com o vice na Copa Sul-Americana. Antes mesmo do início da partida, o estádio se transformou em um campo de guerra. E o resultado dentro de campo acabou acarretando outra série de confusões nos arredores.

O cantor Leo Jaime usou seu perfil no Twitter para desabafar sobre a situação caótica que viveu no fim da partida. "Não virei mais ao Maracanã com família. É um show de horrores, de falta de educação, violência, boçalidade. Estou trancado no estacionamento, como todos, com crianças no carro esperando a violência diminuir para tentar chegar inteiro em casa. Isto não é diversão", escreveu.

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Em outra publicação, o cantor mostrou um carro, ainda dentro da garagem, que foi atingido por um objeto lançado da arquibancada. "Cheguei em casa a salvo. Obrigado a quem desejou sorte. Vi, na saída, um carro que ainda dentro do Maracanã, foi atingido por um objeto atirado da arquibancada. Podia ter matado alguém. O objetivo era este. E era uma agressão aleatória e gratuita", dizia a legenda da foto.

Confira as publicações do cantor:

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Torcedores do Flamengo provocaram tumulto nessa quarta-feira (13) no entorno do Estádio do Maracanã, durante o jogo do clube contra o Independiente, da Argentina, pela final da Copa Sul-Americana. Os torcedores chegaram a invadir o estádio pelos portões de acesso da Avenida Radial Oeste.

Um carro foi depredado e seu motorista agredido por torcedores. Policiais militares do Batalhão de Choque tentaram controlar o tumulto com o uso de gás lacrimogêneo e balas de borracha. Depois da confusão, alguns torcedores foram encaminhados para o Juizado Especial do Torcedor, dentro do próprio estádio do Maracanã.

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Houve confusão entre torcedores também no bairro de Copacabana, na zona sul do Rio. Vários deles foram encaminhados para a delegacia.

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