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Depois de criar boa expectativa nas eliminatórias, o revezamento 4x100 metros livre do Brasil passou em branco na final, disputada neste domingo, no Mundial de Esportes Aquáticos, em Kazan, na Rússia. Os nadadores brasileiros ficaram em quarto lugar, fora do pódio, com o tempo de 3min13s22. A medalha de ouro ficou com a França, com 3min10s74.

O time brasileiro não contou com Cesar Cielo, poupado em razão de dores no ombro esquerdo. Ele havia reclamado do desconforto após disputar as eliminatórias dos 50 metros borboleta, no início do dia. Chegou a ir mal na semifinal, obtendo vaga na decisão somente com a última colocação. "Desde o Open da França venho sentindo o ombro. Tomara que melhore com o passar dos dias", comentara, mais cedo, o nadador.

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Cielo também não participou da eliminatória do revezamento. O objetivo da comissão técnica era contar com ele para a final, entrando no lugar de Bruno Fratus. Mas, em razão das dores, a mudança foi descartada e o Brasil competiu com a mesma formação da preliminar, com Marcelo Chierighini, Matheus Santana, Bruno Fratus e João de Lucca.

A equipe brasileira largou bem e chegou a figurar em segundo lugar ao longo da prova. Contudo, passou a perder terreno na metade e só conseguiu bater em quarto. O resultado decepcionou a torcida, que chegou a criar expectativa por causa do bom rendimento na eliminatória - os brasileiros registraram o segundo melhor tempo - e também devido à ausência de equipes mais fortes, como a dos Estados Unidos e Austrália.

Mesmo assim, o Brasil não conseguiu acompanhar o ritmo da França, Rússia e Itália, que garantiram o pódio na final. Campeões mundiais, os franceses foram liderados por Florent Manaudou, que vive grande fase e será adversário de Cielo na final dos 50m borboleta, na segunda-feira.

No feminino, o Brasil não conseguiu avançar à final. Obteve o 11º na semifinal, com Larissa Oliveira, Graciele Herrmann, Etiene Medeiros e Daynara de Paula. Elas registraram o tempo de 3min40s24. Mesmo fora da decisão, elas asseguraram a vaga olímpica para o revezamento feminino do País.

"Nós estávamos lutando para ficar com o quarto tempo [da série], mas não deu. Fizemos o nosso melhor. O objetivo era classificar para a Olimpíada e foi atingido", comemorou Etiene Medeiros.

A medalha de ouro no revezamento feminino foi conquistada pela Austrália, com 3min31s48, novo recorde no Mundial de Esportes Aquáticos. As holandesas levaram a prata, com 3min33s67, e o bronze ficou com os Estados Unidos, com 3min34s61.

Mesmo depois de abrir mão de nadar os 100 metros costas e os 100 metros borboleta e de ser desclassificado dos 400m medley, Thiago Pereira vai chegar à última noite da natação nos Jogos Pan-Americanos de Toronto podendo chegar à sua 22ª medalha para se tornar o maior medalhista da história da competição. Afinal, ele avançou a duas finais neste sábado.

Primeiro, Thiago nadou os 200m medley, prova na qual ganhou bronze no último Campeonato Mundial. Venceu sua bateria, com 2min01s68, mas, sem forçar, fez apenas o quinto melhor tempo. Ele divide o favoritismo ao ouro com outro brasileiro: Henrique Rodrigues, único a nadar abaixo da casa de dois minutos: 1min59s91.

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Diferente de todas as outras provas de revezamento do Pan, o número de inscritos no 4x100m medley superava o de vagas na final. Uma equipe seria eliminada. Desta vez ninguém errou e o time formado por Marcelo Chierighini, Felipe Lima, Arthur Mendes Filho e Thiago Pereira passou com o terceiro tempo, 03min42s83.

À noite, Thiago, que nadou costas, pode ser deslocado para o borboleta, na vaga de Arthur, com Guilherme Guido nadando costas. Felipe França deve ser o responsável pelo nado peito, enquanto Marcelo Chierighini e Mateus Santana disputam a vaga no estilo crawl.

No total, o Brasil vai disputar oito medalhas neste sábado, quando poderá bater seu recorde histórico da natação do Pan. No Rio (2007) e em Guadalajara (2011), foi ao pódio 24 vezes nas piscinas. Por enquanto, em Toronto, está com 21 medalhas, sendo oito de ouro. Com mais três, também se isola como melhor desempenho da história.

Nos 200m medley para mulheres, Joanna Maranhão avançou à final com o tempo de 2min15s32. Bronze em Guadalajara, a pernambucana vai em busca da sua quarta medalha apenas em Toronto. Veterana da natação brasileira, aos 28 anos, Joanna vai nadar ao lado da caçula Gabi Roncatto, de 16 anos, que avançou com o oitavo melhor tempo.

No revezamento feminino, os EUA escalaram uma equipe digna de Campeonato Mundial. Natalie Coughlin abriu batendo o recorde do Pan dos 100m costas, 59s20, superando os 59s61 que deram o ouro na prova a Etiene Medeiros, sexta à noite. Fizeram 3min57s35, novo recorde da competição. O Brasil passou em terceiro.

Nas provas de fundo, pela manhã foram realizadas as séries "fracas" (com os atletas com os piores tempos de revezamento) e à noite acontecerão as baterias "fortes". Bruna Primatti, de 18 anos, foi a mais rápida desta primeira etapa dos 800m, com 8min40s75. À noite, nada Carolina Bilich.

Entre os homens, os brasileiros vão nadar somente na sessão noturna dos 1.500m, com Brandonn Pierry Almeida (ouro nos 400m medley) e Lucas Kanieski, que decepcionou e não foi à final dos 400m livre. Brandonn, de apenas 18 anos, tem o terceiro melhor tempo de balizamento.

Vale lembrar que, no Pan, não são disputadas as provas não-olímpicas da natação. Isso inclui não apenas as provas de 50 metros nos estilos borboleta, costas e peito, mas também os 800m masculino e os 1.500m feminino.

A equipe brasileira conquistou vaga em mais duas finais do Mundial de Piscina Curta, em Doha, no Catar. Na manhã deste domingo (7), quinto e último dia de competições, os revezamentos 4x50 metros livre feminino e 4x100 metros medley masculino avançaram na briga por medalha, mesmo poupando os principais nadadores do País nas eliminatórias.

No masculino, Cesar Cielo e Felipe França foram preservados. Henrique Martins substituiu Cielo, enquanto João Gomes nadou no lugar de França. Marcos Macedo caiu na piscina para nadar borboleta, enquanto Guilherme Guido completou a distância no costas. O time foi à final com o sétimo tempo: 3min26s52. Os franceses foram os mais rápidos das eliminatórias, com 3min23s97.

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No revezamento feminino, o Brasil avançou com o oitavo e último tempo, com 1min40s12. E também com atleta poupada. Larissa Martins só deve nadar a final, no lugar de Manuella Lyrio. O time teve ainda Alessandra Marchioro, Daiane Becker e Daynara de Paula. A eliminatória teve quebra de recorde mundial, com as holandesas, que marcaram 1min35s74.

Nas provas individuais, a equipe brasileira não conseguiu avançar à final neste domingo. Henrique Rodrigues foi o 16º colocado na semifinal dos 200 metros costas, enquanto Fernando Ernesto foi o 24º. Nos 200 metros borboleta, Lucas Salatta foi o 10º mais rápido.

No feminino, Ana Carla Carvalho fez o 33º tempo nos 200 metros peito e, nos 200 metros livre, Larissa Martins foi 20ª mais veloz e Jessica Cavalheiro, a 23ª. Somente os oito melhores das semifinais de cada prova avançam às finais.

Depois da festa pela medalha de ouro no Pan de Guadalajara, as velocistas brasileiras atribuíram a conquista inédita ao entrosamento da equipe no revezamento 4x100 metros. Para as corredoras, a eficiência nas passagens do bastão foi determinante para o título pan-americano.

"Conquistamos a vantagem nas passagens do bastão, que treinamos bastante. Na pista, somos iguais às americanas. Conseguimos superá-las por causa do entrosamento", afirmou Franciela Krasucki, ao destacar o entrosamento recente da equipe. Foi apenas a segunda competição que Vanda Gomes, Ana Claudia Lemos e Rosângela Santos correram juntas. A primeira foi o Mundial de Daegu, em setembro.

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"Agora, nós temos que nos desenvolver individualmente para termos um bom resultado nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012", projetou Franciela. "É uma equipe jovem, mas queremos buscar medalha em Londres. De quarto a oitavo já não nos serve", declarou Ana Cláudia Lemos.

A equipe brasileira de atletismo também festejou na sexta a medalha de ouro no 4x100m masculino, o quarto título pan-americano consecutivo na prova. "Quando eu passei o bastão para o Nílson, pensei 'acabou, essa é nossa'. Estamos acostumados a competir com leões e sabíamos que tínhamos excelente chance de vencer hoje", disse Sandro Viana.

Para Bruno Lins, a vitória serviu de redenção após ficar com o bronze nos 200 metros. "Fiquei meio chateado com o bronze dos 200m e queria muito sair daqui com esse ouro. Era a hora de mostrar do que éramos capazes de fazer", afirmou Bruno. Aílson Feitosa e Nilson André completaram a equipe que igualou o recorde pan-americano de 38s18.

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