A empregada de carreira, Rita Serrano, aceitou o convite do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e vai presidir a Caixa Econômica Federal. A futura presidente defende que é preciso “construir uma nova CAIXA para um novo Brasil”; se sente preparada para a tarefa e sabe que conta com o apoio dos empregados.
Atual representante dos empregados para o Conselho de Administração (CA) do banco, Rita se disse honrada pela escolha.
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“O presidente Lula mais uma vez resgata o valor do que é para todos, público, valorizando a CAIXA e provando seu compromisso com as mulheres e trabalhadores”, afirmou.
Rita, que será a quarta mulher a presidir a CAIXA e a segunda de carreira, afirma que ninguém é mais interessado em manter a perenidade e garantir a sustentabilidade da empresa do que seu empregado.
“Na CAIXA somos exemplo disso. Há anos, nós e as entidades representativas atuamos defendendo a manutenção da CAIXA Pública, focada nos interesses do País”, garante.
Ela aponta os desafios para a próxima gestão.
“Reorganizar o banco para cumprir com excelência o gerenciamento dos programas de transferência de renda do governo e do Minha Casa Minha Vida, bem como ampliar a parceria com Estados e municípios para o desenvolvimento de projetos de infraestrutura”, explicou.
Rita lista, ainda, desafios no campo do atendimento ao público.
“É preciso promover a inclusão bancária da população e avançar em tecnologia para oferecer melhores serviços para atendimento aos clientes".
O investimento em cultura também é uma preocupação de Rita. Atualmente, as sete unidades das CAIXA Culturais espalhadas pelo Brasil estão com os espaços subutilizados.
"Investir em cultura é muito importante para o nosso País, além de possibilitar um reposicionamento mercadológico que é fundamental para uma grande instituição financeira. Vamos trabalhar para retomar a pujança dos espaços, gerando emprego, renda e entretenimento", disse.
Rita Serrano, que teve atuação marcante durante as denúncias de assédio sexual contra o ex-presidente da CAIXA, Pedro Guimarães, ainda evidencia os desafios no campo da gestão de pessoas.
“Teremos que humanizar as relações de trabalho, desgastadas pela política de medo e assédio instaurado no governo Bolsonaro, atuando fortemente na melhoria nas áreas de governança, integridade e pessoas”, afirmou.
A futura presidente afirma que uma das primeiras prioridades será rever a política de crédito temerária operada com motivação eleitoral.
“Principalmente, as operações de crédito consignado do Auxílio Brasil, tanto em função de suas consequências perversas para a população mais vulnerável, como devido aos efeitos das operações sobre o volume de provisionamentos e sobre a liquidez da instituição, que comprometem a capacidade de geração de novos créditos. Além disso, considero importante renegociar prazos para a devolução dos IHCD para o Tesouro, bem como revisar os processos e o modelo organizacional do banco, que devem estar adequados ao cumprimento dos objetivos da instituição”, defendeu.
Sobre o Conselho de Administração, Rita declara que vai renunciar ao mandato. Com isso, novas eleições deverão ocorrer para preenchimento da vaga que pertence aos empregados.
“Agradeço profundamente todo o apoio que recebi nos últimos anos", finalizou.
Perfil
Natural de Santo André (SP), Rita Serrano é graduada em Estudos Sociais e História, com mestrado em Administração pela Universidade de São Caetano do Sul (USCS). Em 33 anos de banco, ocupou os mais diversos cargos da instituição. Em 2017, foi eleita pela primeira vez pelos empregados da CAIXA para ocupar assento na mais alta administração do banco, o Conselho de Administração (CA).
No último pleito para o CA, em 2022, foi reeleita para o terceiro mandato, em primeiro turno, com 91% dos votos válidos, após concorrer com mais de 30 candidatos.
Com informações da assessoria