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Confira as imagens da cidade do Rock no segundo dia do Rock in Rio. 

O diário El Universal, da Cidade do México, noticiou nesta sábado (24) que a capital mexicana deve receber no ano que vem sua primeira edição do Rock in Rio. O jornal cita entrevista de Roberto Medina, criador do festival, que teria dito que, entre Colômbia e México, opções que tem examinado, a cidade que deve receber o festival é a segunda.

Em conversa com a imprensa de língua espanhola, Medina contou que também negocia exportar sua franquia para Londres, Estados Unidos e Rússia.

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Mais problemas

Os problemas de organização do primeiro dia do festival começaram a se repetir hoje, em especial nas filas de acesso. Pela manhã, um francês contava em Ipanema a saga que enfrentou para chegar ao festival. Ele pegou um ônibus de linha no Leblon e levou 6,5 horas. "Depois de algum tempo, a gente relaxou, o motorista colocou música e todo mundo ficou dançando no ônibus", disse.

Números oficiais não foram divulgados, mas o primeiro dia na Cidade do Rock teve mais de 200 casos de furtos, a maioria de carteira e de celular, durante os shows, segundo funcionários do estande da Prosegur, empresa de segurança privada contratada pela organização. Do lado de fora, um grupo de dez pessoas foi vítima de um miniarrastão: elas esperavam na fila para entrar quando foram roubadas por menores.

Por volta de 2 horas, os funcionários do estande da Prosegur não conseguiam dar conta de todas as reclamações que chegavam. "Aproveitaram a aglomeração para chegar à Rock Street e levaram meu celular. Vou voltar porque já comprei para o dia 30, mas minha noite foi estragada", lamentava o advogado Felipe Monnerat, de 28 anos, referindo-se a um ponto de afunilamento por onde só era possível passar, à noite, bem devagar. "Não existe quase segurança aqui dentro, você pode procurar, que não acha."

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O comerciante Jomar dos Santos, de 47 anos, teve a carteira levada. "Meteram a mão no meu bolso sem eu sentir, na hora do show da Claudia Leitte. Esse estande está uma loucura, já vi umas 50 pessoas reclamando em poucos minutos. Vi um cara que veio com uma calça com bolso de zíper, para se precaver, mas abriram o zíper dele", disse. "O pior é que estou tentando cancelar meus cartões e não consigo, porque meu telefone é Nextel e aqui não pega, porque a patrocinadora é a Claro."

As carteiras roubadas eram depois largadas no chão e entregues no estande. No posto da Polícia Civil em frente à Cidade do Rock, à 1 hora pelo menos 75 boletins de ocorrência haviam sido feitos (muita gente não quis esperar para registrar o furto). Policiais disseram que a situação era de "caos". Não se sabe se os furtos foram cometidos por pessoas que já estavam na Cidade do Rock e se aproveitaram dos momentos de maior concentração de público ou se por ladrões que roubaram gente do lado fora e entraram com seus ingressos. Os casos estão tratados como "pontuais".

A Prosegur tinha cerca de 500 funcionários trabalhando, mas nem todos fazendo papel de vigia. A Polícia Militar, que até as 12 horas de ontem não havia divulgado números de registros, tinha em seu esquema de policiamento a previsão de 673 policiais, 135 carros e 10 motos do lado de fora da Cidade do Rock, em dois turnos (desde as 10 da manhã até o fechamento dos portões). Na Avenida Salvador Allende, esse contingente parecia bastante reduzido.

Confira as imagens do primeiro dia de Rock in Rio 2011.

Rihanna bem que se atrasou para o show de encerramento do primeiro dia de Rock in Rio. Entrou no palco quase duas horas depois do previsto. O público ensaiou uma vaia que logo foi abafada pela chegada da cantora. Sensual e provocativa, Rihanna não decepcionou os fãs.

Usando um short curtíssimo, fez um show impecável. Abriu a apresentação com Only Girl (In The World) e terminou com Umbrella. O set list não saiu do previsto, como aconteceu nos shows que fez antes do Rock in Rio, começando por São Paulo.

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Claudia Leitte, segunda atração da noite no palco Mundo, do Rock in Rio, transformou a Cidade do Rock numa micareta. A escolha da cantora parece ter sido acertada porque, mesmo se apresentando depois dos roqueiros do Paralamas do Sucesso e Titãs, Claudia conseguiu fazer o público pular e gritar como se estivesse seguindo o trio elétrico do carnaval de Salvador.

A cantora abriu o show com o batidão do funk e se dizendo carioca. "Nasci em São Gonçalo, mas fui criada em Salvador", disse. A apresentação estava programada para começar às 20h10, mas ela foi entrar no palco vinte minutos depois. A micareta carioca promovida por Claudia Leitte foi aberta pela canção As Máscaras.

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No palco, a cantora estava acompanhada de seus dançarinos, que ajudaram a cantora a animar a plateia com hits como Famo$a, Beijar na Boca e Segura na Corda do Caranguejo.

Apesar de estar lotado e da animação da plateia, a impressão era de que havia menos pessoas assistindo ao show de Claudia do que o dos Titãs e Paralamas.

A artista também incluiu no repertório covers dos Rolling Stones, Led Zeppelin, Jorge Ben Jor, Frenéticas, Tim Maia, Zeca Baleiro e Chico Science. Quando cantou Satisfaction, por exemplo, o público percebeu a mistura cultural que Claudia levou ao Rock in Rio.

A canção do grupo inglês ganhou batucadas de atabaque e coreografias de Claudia de fazer inveja em Madonna e Britney Spears. "Sejam bem vindos à maior festa do mundo", disse a cantora.

Claudia se mostrou antenada com o público do Rock in Rio e o resultado do show serviu, enfim, como um ótimo aquecimento para a apresentação seguinte, da americana Kate Perry. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Confira a galeria com as imagens do primeiro dia de Rock in Rio 2011

De jaqueta com seu próprio rosto estampado, Elton John chegou ao estilo que gosta, fazendo barulho. Saturday Night foi só a primeira de uma sequência comovente e eletrizante, altamente pop, que incluiria Tiny Dancer, Philadelfia Freedon, Rocket Man e Yer Song, com a promessa de Skiline Pigeon no final. Os telões simulavam neve e o público vibrava a cada gesto do cantor inglês. Um show que em nada perdeu a sua antecessora, Katy Perry.

Enfeitada como uma Alice no País das Maravilhas versão banana split, Katy deu início à programação estrangeira do Rock in Rio ontem, às 22h15, diante de 100 mil pessoas, com uma canção que resume boa parte do espírito do primeiro dia do festival. Teenage Dream, ou sonho adolescente, é a faixa-título de seu novo disco, um devaneio pop cor de rosa e adocicado que disfarça a sensualidade explícita de suas letras com um verniz infantil.

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Poderia ser o subtítulo desta primeira etapa, que viu a Cidade do Rock ser invadida por milhares de adolescentes, muitos deles jovens demais para entrarem sozinhos, portanto, presentes com os pais em órbita. Será que os adultos percebem o que realmente se passa num show de Katy Parry? Que as nuvens de algodão doce são apenas o cenário onde se projetam os desejos nascentes da garotada? Que o sorvete e o pirulito são, na verdade, apenas metáforas? Que a canção Peacock, de sonoridade ainda mais explícita para o ouvido brasileiro, não quer dizer apenas "eu quero ver o seu pavão"?

O óbvio, sim, é um atestado do sucesso de Katy Perry, cujo último disco é o único, desde Bad, de Michael Jackson, a emplacar cinco hits no topo da Billboard. O show da cantora californiana teve mais de meia hora de atraso e cobriu o repertório do novo disco, com Hot n' Cold, Peacock, Firework, Last Friday Night e o single, California Girls, em que Katy faz parceria com o rapper Snoop Dog.

I Kissed a Girl, o excelente hit em que Perry descreve um beijo homossexual, teve uma breve introdução jazzística. Perry brincou com sua voz e conversou com a plateia, coisa que sabe fazer bem, pois não é uma performer magnética, daquelas que cativam uma multidão apenas com uma guinada de quadril. No meio da introdução, Katy chamou ao palco um jovem sem camisa, o seduziu e o dispensou, sugerindo, com a letra da música, que prefere as gatinhas.

"A gente não quer só democracia, a gente quer também o fim da corrupção nesse País", discursou o cantor Paulo Miklos, dos Titãs, para os presentes na abertura do Rock in Rio 2011, no início da noite de ontem. Discursos de tom político e sociais se misturaram a fogos de artifício e banners e bancos infláveis de publicidade de marcas comerciais, distribuídos entre o público.

A noite abriu com os veteranos Titãs e Paralamas, que dividiram o palco principal com Orquestra Sinfônica Brasileira e Milton Nascimento. Titãs e Paralamas seguraram a onda com sucessos de cerca de 30 anos de carreira: Alagados, Polícia, Sonífera Ilha, Epitáfio, Óculos, Meu Erro. "Eu queria pedir uma salva de palmas dos técnicos desse palco, que estão conseguindo um som tão bom em País de terceiro mundo como o nosso."

 

Confira a galeria de imagens do primeiro dia de Rock in Rio 2011

Apesar de alguns problemas pontuais, a vice-presidente do Rock in Rio, Roberta Medina, avalia positivamente a primeira noite. "A gente nunca está 100% satisfeita, mas até que, para um primeiro dia, depois de tantos anos e meses no papel, está tudo muito bem", disse, em conversa com o Grupo Estado ontem à noite, no fim do show de Katy Perry, quando o público presente, segundo ela, já estava perto de 100 mil pessoas (até as 19 horas eram 45 mil pessoas, também segundo dados oficiais).

Roberta disse que a organização entrou em contato com a Fetranspor, federação das empresas de ônibus, quando se soube que passageiros que não haviam comprado antecipadamente o RioCard especial, que dá direito a desembarcar a 250 metros da Cidade do Rock, puderam embarcar no meio do caminho e seguir viagem em pé, ao custo de R$ 20 (o preço normal era R$ 35 por ida e volta). "Os motoristas começaram a negociar e houve várias confusões." A vice-presidente do Rock in Rio ressalvou, no entanto, que o trajeto até a Cidade do Rock, na Barra da Tijuca, não complicou o trânsito no restante da cidade, e também que as linhas regulares de ônibus não tiveram problemas.

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Relatos do público, porém, dão conta de engarrafamentos na zona sul e na Barra, e de apertos nos ônibus, que viajaram superlotados em alguns casos. O atraso no Palco Sunset, de cerca de 50 minutos, não foi considerado longo (teria ocorrido, segundo Roberta, porque os carros dos artistas tiveram dificuldade de acessar a Cidade do Rock). "O que importa é que as pessoas estão superfelizes", comemorou Roberta.

Sobre as filas nas lanchonetes Bob's, rede de maior operação na Cidade do Rock, ela relativizou. "Parece que eles tiveram um início de operação lento. Mas não foi nada de anormal." Numa das bases, próxima à Rock Street, entre chegar à fila e sair com um sanduíche levava-se, às 22 horas, mais de 40 minutos. Na base perto da área vip, um pouco menos. Um funcionário do caixa chegou a interromper o atendimento, dizendo estar com fome e sede e trabalhando além do horário combinado. "Eu não tenho autorização para comer nem beber nada aqui", lamentou, entre sanduíches de R$ 10.

A Cidade do Rock foi aberta oficialmente às 14h05 com a chegada de seus primeiros habitantes. Dezenas de pessoas que aguardavam a abertura do portão sob sol forte entraram correndo e gritando ao som da música tema do Rock in Rio. O idealizador do festival, Roberto Medina, como de costume, aguardava e saudava o público com palmas. "É um evento muito difícil de fazer. Mas estes sorrisos lavam a alma", disse Medina, que tem à sua disposição um dos carrinhos elétricos da produção. As principais atrações de hoje são Rihanna, Elton John e Katy Perry.

A uma hora do início dos primeiros shows do Rock in Rio, uma fila de cerca de 1,5 km desemboca na Cidade do Rock, na zona oeste da capital fluminense. A distância é a que separa o local do evento do Autódromo de Jacarepaguá, ponto final dos ônibus que transportam o público ao festival. Centenas de pessoas aguardam, sob o sol forte, a abertura dos portões, marcada para 14h.

O trânsito da zona sul em direção à Barra da Tijuca não apresenta retenções. O trajeto foi feito em menos de uma hora pela reportagem. O Rock in Rio acontece até o dia 2 de outubro e terá quase 40 atrações em seu palco principal. O público esperado é de 100 mil pessoas por dia.

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O YouTube transmitirá todos os shows do Rock In Rio 2011. Eles serão exibidos na íntegra e ao vivo para todo o mundo, em mais de 20 línguas, como comunicou na última quarta-feira (21), via blog oficial.

A questão é que os usuários brasileiros não serão contemplados, já que a Globo possui os direitos de transmissão do evento. Por isso, os internautas que quiserem acompanhar o festival, terão de fazê-lo a partir do portal da emissora carioca. “A Globo.com detém os direitos de transmissão pela Internet no Brasil e o acesso é aberto”, destacou a assessoria de imprensa da companhia.

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Ainda assim, o YouTube criou uma página especial para a ocasião, que conta com vídeos promocionais e entrevistas — nada muito especial, é verdade. O site aproveitou para convidar os usuários a visitar canais relacionados, como os dos festivais Coachella e Lollapalooza, onde é possível assistir às performances dos grupos Artic Monkeys  e Foo Fighters, por exemplo.

Demorou dez anos para o Rock In Rio voltar à sua cidade de origem, o Rio de Janeiro — nesse meio tempo, houve edições em Madrid, na Espanha, e em Lisboa, em Portugal. Ele começa nesta sexta-feira (23) e vai até 2 de outubro, um domingo. Serão, ao todo, sete dias de atrações, reunindo artistas brasileiros, como Milton Nascimento e Sepultura, e internacionais, como Stevie Wonder, Red Hot Chilli Peppers e Metallica.

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