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O Ministério da Justiça e Segurança Pública vai lançar, na próxima terça-feira (19), o aplicativo Celular Seguro, que promete permitir o bloqueio de linhas e funções do celular de forma rápida. O intuito é inutilizar o aparelho após furtos e roubos, através de uma comunicação feita entre a pessoa lesada e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).  

O projeto está sob liderança do secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, que pode assumir a pasta no lugar de Flávio Dino (PSB-MA), após o atual ministro ter indicação aprovada para o Supremo Tribunal Federal (STF). Na última terça-feira (12), Cappelli se reuniu com todas as operadoras de telefonia do país para viabilizar o aplicativo. A Anatel e os bancos já aderiram ao projeto. 

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No final do mês passado, o ministério fechou um acordo de cooperação com a Febraban para a transmissão de informações sobre roubos, furtos, extravios e demais incidentes envolvendo dispositivos móveis. A parceria é de cinco anos, e assim como será feito com o Celular Seguro, a troca com os bancos tem o intuito de bloquear temporariamente os serviços bancários, após o cliente comunicar furto ou roubo.  

O levantamento do Instituto de Segurança Pública deste ano indica que houve aumento de homicídios e roubo de celulares em 2023, na comparação com o ano passado. O número de roubo de celulares passou de 1295 em 2022 para 1498 neste ano, um aumento de 15,7%. 

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O número de casos de estupros, estupros de vulnerável, furtos, e de tentativas de homicídio tiveram alta no primeiro semestre de 2023 no estado de São Paulo, com relação ao mesmo período de 2022. Já os crimes de homicídio, lesão corporal seguida de morte, latrocínio e roubos tiveram queda. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e foram divulgados nesta terça-feira (25). 

A quantidade de estupros subiu de 1.425, no primeiro semestre de 2022, para 1.692, no mesmo período de 2023, uma alta de 18,7%. Na mesma comparação, as ocorrências de estupro de vulnerável aumentaram de 4.725 para 5.397, uma elevação de 14,2%.  

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“O crime de estupro é o que tem o mais alto índice de subnotificação. De acordo com especialistas no tema, o número real de casos pode ser até quatro vezes maior do que o registrado atualmente, já que grande parte dos crimes acontece no ambiente familiar, que dificulta o flagrante e as denúncias”, destacou a SSP em nota.  

Segundo a secretaria, o Estado de São Paulo conta com 140 Delegacias de Defesa de Mulher, sendo que 11 delas funcionam 24 horas por dia. Há ainda 77 salas, também disponíveis 24 horas por dia, anexas aos plantões policiais, onde as vítimas são atendidas por videoconferência. 

Demais crimes

O Estado de São Paulo registrou 1.327 homicídios dolosos nos seis primeiros meses de 2023 – a menor quantidade para um primeiro semestre em 23 anos. A quantidade é 4,9% menor que o registrado no mesmo período de 2022. Já a quantidade de tentativas de homicídio subiu, na mesma comparação, de 1.581 casos para 1.786, um crescimento de 12,9%. 

O número de furtos registrados no primeiro semestre de 2023 cresceu também: foram 278.634 nos primeiros seis meses de 2022 e 286.673 no mesmo período de 2023, uma alta de 2,8%. Na mesma comparação, o furto de veículos aumentou de 45.139 para 47.196 casos, uma elevação de 4,5%. 

Já os latrocínios recuaram 8,2% no primeiro semestre de 2023, de 85 (nos seis primeiros meses de 2022) para 78 ocorrências, menor número desde 2001. Na mesma comparação, a quantidade de roubos caiu de 116.760 para 113.559, ou seja, 2,7% a menos.

No mês de maio, o estado de São Paulo registrou queda no número de homicídios dolosos [intencionais], latrocínios [roubo seguido de morte] e de roubos. No entanto, houve aumento no número de estupros e de furtos no estado.

Os dados estatísticos de criminalidade referentes ao mês de maio foram divulgados nesta segunda-feira (26) pela Secretaria Estadual de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).

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No caso dos homicídios, foram contabilizados 195 casos no mês passado, queda de 14,5% em relação a maio de 2022, quando foram registrados 228 casos. Segundo a secretaria, trata-se do menor número de homicídios registrados para um mês de maio dos últimos 23 anos.

Considerando-se o acumulado dos cinco meses do ano, o número também é o menor da série histórica, iniciada em 2001. Foram 1.136 homicídios em 2023 e 1.168 em 2022, queda de 2,7%.

Em relação aos latrocínios, eles passaram de 13 registros em maio do ano passado para 12 neste ano. Já os roubos passaram de 19.749 registros em maio do ano passado para 19.254 em 2023, redução de 2,5%.

No mês passado, a SSP-SP anunciou a criação de um grupo de trabalho para revisar as estatísticas criminais referentes a 2022. Segundo a pasta, o Sistema de Informação e Prevenção de Crimes contra a Vida (SPVida) foi criado para disponibilizar os casos no formato de mapa e pelos boletins de ocorrência, “possibilitando também que a população faça uma auditoria no que está sendo publicado, ampliando a transparência”.

Estupros e furtos

Por outro lado, o estado de São Paulo continua registrando uma tendência de aumento nos casos de estupro. A alta foi de 18,5% em maio deste ano, com 1.299 casos registrados.

Uma das razões que explicariam esse aumento, disse a secretaria, foi uma modificação na lei. Antes de 2018, a ação penal era pública condicionada à representação. “A polícia só podia agir com autorização das vítimas maiores. Agora, a ação ficou pública incondicionada: a polícia tem que agir independentemente da vontade das vítimas”, informou a pasta.

“O crime de estupro é um dos mais subnotificados, tese comprovada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e vários outros institutos que estudam o tema. Portanto, o número de estupros pode ser até quatro vezes maior do que o que temos registrado. Porém, a constante divulgação de informações sobre esses crimes, como denunciar, sobre direitos e possibilidades das vítimas, aumentam os registros, pois as vítimas entendem e se fortalecem em denunciar”, disse a delegada Jamila Jorge Ferrari, coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher, por meio de nota.

“Os dois anos da pandemia e as escolas fechadas também represaram, de alguma forma, os dados, já que as escolas são muito importantes na detecção desses crimes”, complementou.

Os dados estatísticos divulgados nesta segunda também mostraram alta de 1,7% nos registros de furto em maio, com 50.171 casos registrados.

Duas mulheres foram presas, na madrugada deste sábado (22), por furtar 20 celulares durante evento no Centro de Convenções, em Olinda. De acordo com a Polícia Militar (PM) de Pernambuco, as suspeitas foram conduzidas à Delegacia do Varadouro.

Ainda segundo a PM, a chegada dos agentes ao local evitou que as duas mulheres fossem lichadas pelos frequentadores do evento, "revoltados com os crimes praticados."

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O edifício JK, localizado na Avenida Dantas Barreto, no bairro de Santo Antônio, Centro do Recife, tem sido alvo de saques e depredação. Com um histórico de décadas de abandono, o prédio foi comprado, em 2016, por um grupo privado do setor educacional, mas voltou a ser cenário de esvaziamento e violência.

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Por volta das 12h desta sexta-feira (24), enquanto fazia a cobertura de um outro incidente na região central da cidade, a equipe do LeiaJá foi informada por comerciantes locais sobre um grupo de pessoas que estaria saqueando o edifício novamente, naquele exato momento.

As testemunhas não quiseram se identificar, mas alegaram que os saques começaram no sábado (18), durante a passagem do Galo da Madrugada. Os relatos também apontam que os saqueadores jogaram vidro e pedaços de ferro na direção de pedestres que tentavam observar o que acontecia dentro do edifício. Essas testemunhas também teriam sido ameaçadas pelo grupo.

Ao verificar a denúncia, o LeiaJá flagrou o momento em que um homem foi detido pela Polícia Militar. A autuação foi feita por uma dupla de policiais, que acabou deixando outros dois saqueadores escaparem. Os comerciantes informaram que outros saqueadores estariam no prédio, aguardando a saída da polícia. Por volta das 12h10, outros três militares chegaram ao local para prestar suporte à ocorrência.

O imóvel possui 20 pavimentos, além do subsolo, e está depredado internamente. O revestimento de vidro das lojas externas, assim como as portas e janelas, foram roubados. No flagrante, os materiais saqueados consistiam em pedaços de ferro, alumínio, vidro e PVC. O LeiaJá enviou uma solicitação à Polícia Militar de Pernambuco, cobrando mais detalhes da ação policial e se houve mais detenções. Até o momento desta publicação, a corporação não havia respondido.

O Estado de São Paulo registrou alta nos crimes de homicídio no ano de 2022, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (26) pela Secretaria da Segurança Pública. Os assassinatos tiveram alta de 7,2% em relação a 2021 e superaram a quantidade registrada em 2019 (+4,7%), último ano que não sofreu efeitos do período da pandemia.

São Paulo teve 2.909 casos de homicídios dolosos registrados ao longo do ano passado, o equivalente a oito crimes por dia. Essas ocorrências resultaram nas mortes de 3.044 pessoas, já que um caso pode ter mais de uma vítima. É o maior número observado no Estado desde o ano de 2018, quando houve 2.949 casos com 3.106 vítimas.

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A maioria das pessoas assassinadas no Estado ao longo do ano passado era do sexo masculino (84,8%), branca (45,4%) ou parda (43,3%) e tinha entre 20 e 44 anos (51,4%). Os crimes aconteceram majoritariamente em uma via pública (57,2%) ou na residência da vítima (21,4%).

Ainda segundo os dados divulgados pela SSP, a maioria dos homicídios teve como motivação algum conflito interpessoal entre pessoas conhecidas ou desconhecidas (34,9%). "Quando a gente fala de conflitos interpessoais é o que chamamos de 'morte banal', que pode ser no bar, em casa, no trânsito… Mas se há indício de execução, já é diferente, porque foi um crime encomendado e foi premeditado", afirma Carolina Ricardo, diretora executiva do Instituto Sou da Paz.

"É possível que as armas estejam mais presentes nesses crimes. Vimos casos recentes dos CACs (Colecionadores, Atiradores e Caçadores), que acabam atirando sem querer e causando uma tragédia maior. Não é um índice causado única e exclusivamente por isso, mas ele torna os conflitos mais letais", diz.

Professor de Gestão em Segurança Pública na FGV, Rafael Alcadipani afirma que outro fator contribuinte para o aumento desse índice no Estado é o crime organizado: "Houve uma alteração nas dinâmicas de facções criminosas, que hoje têm visto disputas internas como não se via antes. É preciso que a polícia esteja empenhada em tirar essas armas, principalmente as ilegais, das ruas", diz.

Na capital, entretanto, a tendência foi inversa, mesmo que por pouco: foram 560 homicídios dolosos e 583 vítimas desses crimes, uma diferença de apenas três casos e 20 mortes a menos do que no ano passado. Assim, 2022 tornou-se o ano com menor índice dessas ocorrências ao longo da última década.

Resposta

"É muito importante investir na capacidade de investigação e solução desses crimes. Essa variação com pouca explicação sobre os índices abre um chamado para São Paulo. É preciso reduzir ainda mais e esclarecer um por um. Nenhum homicídio pode ficar sem resposta."

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública afirma que ampliou o policiamento no Estado com a Operação Impacto, lançada no último dia 11 "a fim de potencializar a percepção de segurança". Segundo a pasta, as forças policiais "utilizaram o reforço operacional de forma direcionada, com planejamento estratégico baseado no uso de inteligência policial e geoprocessamento de dados".

Roubos sobem, mas se mantêm abaixo do patamar pré-pandemia

O Estado de São Paulo registrou 245.900 casos de roubo ao longo do ano passado, segundo as estatísticas da Secretaria da Segurança. A quantidade representa uma elevação em relação a 2021, quando 225,7 mil roubos aconteceram nas cidades paulistas, mas fica abaixo dos 255,4 mil de 2019 (ano que não sofreu interferência das dinâmicas impostas pelo período da pandemia de covid-19).

Ao longo do ano passado, os roubos atraíram a atenção das autoridades de segurança pública após casos emblemáticos. Um jovem foi vítima de um latrocínio (roubo seguido de morte) no Jabaquara durante um assalto. O caso desencadeou uma reforço no policiamento, medida adotada pelo então governador Rodrigo Garcia (PSDB).

A maioria dos roubos do Estado aconteceu na rua (22,53%) ou a veículos (15,16%). Os objetos roubados com mais frequência foram documentos, como cartão bancário e registro de identidade, ou celulares, presentes em 42,12% e 67,29% das ocorrências, respectivamente.

Os furtos, crime que se diferencia do roubo por não ser cometido com violência ou grave ameaça, dispararam. Foram 564.940 ocorrências, atingindo o maior patamar desde 2005, quando houve apenas 20 registros a mais. Os dados do ano passado indicam que houve mais de um furto por minuto no Estado ao longo de 2022. Em 2019, o número de furtos tinha ficado em 522,1 mil.

Crise

"Essa 'volta ao normal' faz os crimes voltarem ao 'normal' também. Acrescida ao momento econômico complexo e complicado que vivemos no Brasil, acredito que é o que leva esse índice (de furtos) ter chegado ao topo", diz o cientista político André Zanetic, associado do Fórum de Segurança Pública.

Ele afirma, entretanto, que esse movimento foi diferente entre áreas nobres e aquelas de maior vulnerabilidade social, principalmente na capital paulista. "Nos bairros mais pobres, houve queda menor (de ocorrências) e número maior de crimes ocorrendo, provavelmente porque as pessoas tiveram menos oportunidade de fazer isolamento social. Enquanto nos bairros ricos, como os Jardins, e nas áreas comerciais, a queda foi mais abrupta."

Na contramão desses aumentos, os registros de crimes como tentativa de homicídio e homicídio culposo, lesão dolosa e latrocínio foram maiores que os dos dois anos anteriores, mas ainda estão abaixo do patamar visto em anos pré-pandêmicos.

Nº de estupros atinge maior patamar desde 2001

O registro de estupros chegou em 2022 ao maior patamar da série histórica iniciada em 2001 no Estado de São Paulo. De acordo com dados divulgados ontem pela Secretaria da Segurança Pública, foram 12.615 casos, o equivalente a mais de um por hora nas cidades paulistas ao longo do ano passado.

O número de 2022 é 7,3% maior na comparação com o dado do ano retrasado, e 1,9% maior que os registros de 2019, último ano a não sofrer os impactos das dinâmicas da pandemia de covid-19.

Do total de estupros registrados em 2022, 77% foram contra vítimas vulneráveis, formadas por crianças menores de 14 anos ou qualquer pessoa incapacitada de consentir ou discernir o ato sexual por condição mental ou física. Em 2022, os registros desses crimes foram os maiores desde que o perfil das vítimas passou a ser detalhado pela Secretaria, em 2016.

Na capital, o padrão de alta se repetiu. Foram 2.448 casos no ano passado, crescimento de 4,7% em relação a 2021. Na comparação com 2019, o dado apresentou queda na cidade, com redução de 8.1%. Segundo dados da SSP, aconteceram 1.803 estupros de vulnerável nos bairros paulistanos ao longo do ano passado.

Nível de violência contra as vítimas tem sido maior, aponta especialista

"O que mais tem nos deixado assustados é a quantidade de mulheres que chegam com nível de violência maior. A gravidade agora é muito alta. Recebemos mulheres desde 2004, mas agora as agressões mais violentas", afirma Heloisa Melillo, coordenadora-geral do programa Bem Querer Mulher, que oferece acolhimento às mulheres vítimas de violência doméstica direto nas delegacias.

Heloísa diz que "a pandemia passou, mas a população além de doente está empobrecida", o que contribui para a violência doméstica. "Não dá para separar isso da questão com a mulher", afirma.

Apesar de admitir que os números de São Paulo são dramáticos e ainda há subnotificação, ela afirma que o contexto nacional é mais preocupante. "Em termos proporcionais, São Paulo é o Estado mais seguro para a mulher viver. A situação nacional é ainda pior", diz.

Esse movimento se refletiu no crescimento das denúncias de lesão corporal dolosa (casos de agressão, por exemplo), que chegaram a 52.672 no ano passado, maior que nos dois anos anteriores, mas ainda inferior aos períodos de pré-pandemia. O total de ameaças contra as mulheres, entretanto, atingiu o maior patamar da década com 75.248 ocorrências: mais de oito por hora.

A Secretaria da Segurança Pública foi questionada sobre os dados, mas informou que o secretário, Guilherme Derrite, vai se posicionar em entrevista coletiva hoje. Em seu site oficial, a pasta destacou "o compromisso em combater à criminalidade e iniciou os trabalhos para reduzir os índices criminais que estão em alta".

Apesar do aumento de crimes contra a mulher, Heloisa é categórica em afirmar que há uma mudança social em curso: "Vejo uma parcela maior da sociedade indignada com esses números, formada principalmente por uma parte considerável de mulheres. Elas estão mais informadas e denunciam mais do que antes."

Nacional

Os dados nacionais também estão em alta. No primeiro semestre do ano passado, o País registrou 29.285 vítimas de estupro, de acordo com levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Desse total, 74,7% foram cometidos contra vulneráveis. No acumulado de quatro anos, considerando apenas os primeiros semestres, 112 mil mulheres foram estupradas no País.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do último trimestre de 2021 mostram que grande parte dos roubos e furtos ocorridos no país não chega ao conhecimento das autoridades policiais. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em apenas 44,8% dos casos de furto na rua, ocorridos no período de um ano antes da pesquisa, as vítimas relataram ter procurado a polícia.

Mesmo entre essas pessoas, nem todas registraram a ocorrência. Daqueles que procuraram ajuda da autoridade policial, 11,2% decidiram não fazer o registro formal na delegacia.

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Nos casos de roubo, 57,9% das vítimas assaltadas na rua não procuraram ajuda da polícia, assim como 57,1% daquelas que foram roubadas dentro de casa e 52,4% daquelas que foram forçadas a entregar sua bicicleta ao assaltante.

Assim como no caso do furto, mesmo entre aquelas que procuraram ajuda policial, nem todas fizeram o registro de ocorrência na delegacia.

Entre os motivos para não procurar a polícia nos casos de roubo, entrevistados pela Pnad destacaram: não acreditavam na polícia (26,9%), recorreram a terceiros ou resolveram sozinhos (24,3%), a falta de provas (15,2%) e o medo de represália (12,8%).

Os casos de roubos e furtos citados não consideram os crimes envolvendo a subtração de veículos, que a Pnad considerou separadamente dos roubos/furtos em rua ou daqueles ocorridos dentro do domicílio.

Nos casos de roubo/furto de carros e motos, a subnotificação é bem menor. Com relação aos carros, em 80,3% dos furtos e em 91% dos roubos a vítima recorreu à polícia. No caso das motos, 84,9% dos furtos e 82,5% dos roubos chegaram ao conhecimento de alguma autoridade policial.

Os registros de ocorrência nesses casos também superam os 90% daqueles que procuraram ajuda da polícia (92,5% nos furtos de carros e 93,8% nos furtos de motos), chegando próximo de 100% no caso dos roubos (98,5% nos carros e 97,9% nas motos).

“Carros e motos são os que têm a maior taxa de procura [por ajuda policial], sobretudo pela questão do seguro”, explica a pesquisadora do IBGE Alessandra Brito.

A Pnad também mostrou que em 5,8% dos domicílios do país, pelo menos um morador foi vítima de roubo ou furto no período de um ano antes da pesquisa realizada no último trimestre de 2021. Esse levantamento revelou que 4% dos entrevistados relataram que algum morador de sua casa foi vítima de furto e 2% disseram que houve vítimas de roubo entre os moradores daquele domicílio.

A pesquisa mostra ainda que os assaltos fora do domicílio (excetuando-se roubos de carros, motos e bicicletas) responderam por 78,5% dos casos de roubo (1,4 milhão de casos), seguidos pelos roubos em domicílio (11,3%), roubos de bicicleta (3,3%), roubos de moto (6,6%) e roubos de carro (7,6%).

O índice de homicídios em Pernambuco cresceu no primeiro semestre de 2022 em comparação ao mesmo período de 2021, de acordo com o levantamento do Governo do Estado para a primeira parte do ano. Houve uma variação de 7,5% no número de casos, que passaram de 254 para 273 de um ano para o outro. O semestre também foi mais violento em 2022, que teve 1.858 homicídios registrados. Em 2021, foram 1.679. A variação semestral foi de 10,7%. 

Março foi o mês mais violento do ano até então, com 346 homicídios. Junho, por outro lado, foi o que menos obteve registros de mortes por atividade criminosa. A Região Metropolitana registrou -6,25% nos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) de junho (de 80 para 75); seguida pela Zona da Mata com variação de 5,56% (de 54 para 57); Recife com 8,11% (de 37 para 40); Sertão com 14,71% (de 34 para 39); e Agreste com 26,53% (de 49 para 62). 

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Violência contra a mulher 

O mês de junho registrou cinco casos de feminicídio apenas em junho deste ano. Em 2021, foram oito casos para o mesmo mês. No total, foram 39 feminicídios de janeiro a junho, enquanto no ano passado, foram 54 registros. Esse tipo de crime sofreu queda na comparação mensal e na acumulada para o semestre, em 37,5% e 27,8%, respectivamente. O crime de estupro foi alvo de 167 denúncias neste ano. De janeiro a junho, os dados apontam 1.130 neste ano registros. 

A violência doméstica contra mulher aumentou 5,32% no sexto mês do ano, passando de 3.026 (2021) para 3.187 (2022). A redução deste tipo de crime foi verificada no acumulado do ano, com -1,91% de janeiro a junho. No primeiro semestre deste ano foram 19.889 denúncias contra 20.276 nos seis primeiros meses de 2021. 

Os homicídios contra mulheres, por outro lado, apresentaram redução no mês de junho. Foram 20 registros em 2020 e 26 em 2021, o que representa -23,1% crimes deste tipo. No acumulado, a variação foi de 1,6%, saindo de 128 de janeiro a junho de 2021 para 130 no mesmo período de 2022. 

Roubos e furtos 

De janeiro a junho, foram contabilizados 25.611 roubos, índice mais baixo dos últimos 16 anos. Em 2021, foram 26.201, uma variação de -2,25%. Especificamente no sexto mês deste ano, foram 4.322 Crimes Violentos Patrimoniais (CVPs) contra 4.360 em 2021, ou seja, -0,87%. 

A Região Metropolitana do Recife segue sendo a mais violenta do estado, com 1.226 registros de crimes patrimoniais no mês (foram 1.352 em 2021). No Recife, foram 1.578 (1.668 em 2021); 358 na Zona da Mata (358 em 2021); 231 no Sertão (266 em 2021); e 751 no Agreste (893 em 2021). 

 

Ao menos nove armas foram furtadas ou roubadas a cada dia, nos últimos dez anos, no Estado de São Paulo, revela estudo do Instituto Sou da Paz. Um terço das armas que foram recuperadas estava em um raio de 10 km do local da subtração e 45% estavam na mesma cidade, indicando que eram usadas por criminosos na mesma região da vítima.

Os furtos representam 60% dos casos. Embora desde 2011 os registros indiquem tendência de queda, houve aumento recente nas ocorrências envolvendo pessoas da categoria de caçadores, atiradores e colecionadores (CAC), beneficiada pelas novas regras do governo federal que flexibilizaram o acesso às armas.

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O instituto analisou todas as 23.709 ocorrências classificadas como roubo, furto ou desvio de armas de fogo entre 2011 e 2020 no Estado de São Paulo. No total, foram 33.053 armamentos, embora o número possa ser maior, pois há casos em que as vítimas não registram a ocorrência. Os furtos representam 60% e o maior número de casos se dá em residências, mas repartições públicas, como fóruns e delegacias, bancos e empresas de segurança têm mais armas levadas por ocorrência. Nesse item, os fóruns lideram com 457 armas furtadas em 4 ocorrências, seguidos pelas empresas de segurança, com 943 levadas em 19 ações.

Para o advogado Bruno Langeani, gerente do instituto e responsável pelo estudo, a prevalência dos furtos - crime sem emprego de maior violência - sinaliza que há negligência no cuidado com a arma. "Vimos que isso se acentua com o passar do tempo, por isso é significativo o número de idosos entre as vítimas. No começo, a pessoa que compra a arma tem um cuidado maior com ela, que depois vai afrouxando."

CASA

O ambiente residencial se mostra como mais propício para desvios, por existir em maior número e também por geralmente ter segurança e vigilância mais precárias. "Isso mostra quão frágil é o argumento de que a arma protege a casa. Os criminosos veem como um atrativo, pois é um bem valioso; aproveitam que não tem gente em casa e furtam. Se olhar na pesquisa os meses em que mais acontecem ocorrências, são dezembro e janeiro", detalhou Langeani.

O estudo observou casos em que a vítima demora meses ou até anos para se dar conta da subtração. O problema se agrava com as recentes mudanças nos governos Temer e Bolsonaro que ampliaram de 3 para 5 e, depois, para 10 anos a renovação do registro - quando o proprietário se vê obrigado a verificar as condições da arma. Conforme o tipo, as mais furtadas são revólveres (49,7%), pistolas (28,8%) e espingardas (12,1%). Mas Langeani observa que a liberação federal da compra de armas de uso restrito fez crescer as ocorrências envolvendo pistolas .40. E casos em residências de colecionadores, atiradores e caçadores já estão em segundo lugar no ranking de ocorrências, com média de 20 armas desviadas por ação.

Como essa categoria tem acesso a tipos e calibres restritos, é dela que são roubadas armas mais potentes. Em cinco ocorrências foram levados fuzis, sendo 12 só em uma, além de 2 metralhadoras, incluindo uma .50, capaz de perfurar blindagens e usada em assaltos a bancos. Vigilantes e policiais aparecem como vítimas mais frequentes, demonstrando que o fato de serem treinados não os torna imunes. "São categorias que trabalham muito tempo com a arma e ficam mais suscetíveis aos furtos", diz o responsável pelo estudo.

NA VIZINHANÇA

Em cerca de 1,2 mil ocorrências, foi possível identificar a distância entre o local do roubo ou furto e o local em que o armamento foi recuperado pelas autoridades. E a maior parte (32%) das armas estava a até 10 quilômetros do local do roubo. Com isso, o roubo acaba por alimentar a insegurança do mesmo bairro, cidade ou região da vítima. A porcentagem sobe para 55% nos casos em que a arma foi recuperada a até 20 quilômetros do local original.

Chama a atenção ainda a quantidade de armas levadas em roubos a delegacias e fóruns. Apenas no ataque ao Fórum de Diadema, na região metropolitana de São Paulo, em junho de 2017, foram levadas 391 armas. Langeani considera esses casos mais graves porque envolvem armas já apreendidas que voltam para o mercado do crime. "São vinculadas a inquéritos ou processos que acabam atrasando ou ficando prejudicados. Muitas são de grande poder de fogo e, por uma custódia mal feita, levam para o lixo todo o trabalho da polícia. Como já têm numeração raspada, fica difícil recuperar." O analista defende que as armas sejam destruídas com mais rapidez. "Depois da perícia, não tem sentido guardar."

Quanto mais tempo se passa após o furto, mais difícil fica recuperar a arma. Em 42% dos casos, o armamento fica mais de 7 anos sendo usado em crimes até ser recuperado. Para o analista, o relatório pode ser uma ferramenta para o desenvolvimento de políticas de segurança. "Quando se sabe que uma arma fica muito tempo circulando na mesma região, isso dá oportunidade para que o comando das polícias faça um trabalho local."

A Secretaria de Segurança Pública informou que, no período analisado, os casos de roubos e furtos caíram 7% e 28%, respectivamente. Especificamente no caso de armas de fogo, a redução é ainda maior: 63%, se consideradas as ocorrências, e 59% ao analisar armas extraviadas, que passaram de 3.998 para 1.623 em 2020. As polícias ainda retiraram das ruas 162.283 armas. A SSP ressaltou que, em geral, os casos de extravio de armas de policiais estão relacionados a crimes contra a vida, nos quais os agentes são vítimas. Procurados, o Ministério da Justiça e a PF não se pronunciaram.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Secretaria de Defesa Social (SDS) lançou nesta quarta-feira (30) o Programa Alerta Bike, novo dispositivo da pasta para combater o comércio ilegal, furtos e roubos de bicicletas. O programa é semelhante ao Alerta Celular e permite que cidadãos cadastrem informações sobre suas bicicletas, que poderão ser recuperadas por meio dos dados registrados no sistema. De 2017 a 2020, os roubos e furtos de bicicletas em Pernambuco aumentaram em 19%, segundo a pasta.

De janeiro a maio de 2021, foram registrados 1.295 boletins de ocorrência indicando roubos e furtos de bikes. O intuito é de que o Alerta Bike tenha o mesmo desempenho do Alerta Celular. Desde a implantação do dispositivo mais velho, em 2017, até 2020, houve uma redução de 51% de celulares roubados e neste mesmo período houve um aumento de 34% nos roubos de bicicletas em Pernambuco. O login pode ser o mesmo para ambos os programas.

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O funcionamento do programa é simples, basta que o proprietário entre no site www.alerta.sds.pe.gov.br e cadastre login e senha. Na sequência, a ferramenta pedirá os dados da bicicleta como: marca, modelo, tipo, aro, cor e chassi. Essa numeração pode ser encontrada, por exemplo, abaixo da caixa do movimento central, próximo à gancheira e do cubo da roda traseira, perto da abraçadeira do selim, e/ou na parte frontal do quadro da bicicleta. Caso a pessoa seja furtada ou roubada, ela entra no site e clica no botão de alerta. O usuário também pode incluir uma foto ao lado do bem.

“Atualmente, o Recife possui 150 km de malha cicloviária, entre ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, o que representa um aumento de mais de 500% desde 2013, quando havia 24 km de malha cicloviária. Os criminosos perceberam nesse cenário uma oportunidade. O Alerta Bike foi desenvolvido para atacar o comércio ilegal, seja produto de crime ou sem procedência legal. Para esse programa dar certo, há dois fatores decisivos: cadastrar sua bicicleta, ampliando nossa base de dados, e jamais adquirir produtos sem nota fiscal ou origem desconhecida”, alerta Humberto Freire, secretário de Defesa Social de Pernambuco.

Esse conjunto de informações ficará disponível na plataforma de consulta dos policiais. Em uma averiguação, o policial irá checar se a bicicleta é roubada e, quando for o caso, fará a prisão do criminoso e o resgate do veículo. Importante ressaltar que, caso o boletim de ocorrência não seja realizado até 48 horas após o registro no site, automaticamente o sistema retira o sinal de alerta.

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A Black Friday nas lojas Americanas da rua Sete de Setembro, no centro do Recife, contabilizou prejuízo com ítem danificados. A empresa, que abriu as portas para os clientes ainda na madrugada dessa sexta-feira (29), parecia um verdadeiro campo de batalhas no início da tarde.

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Alguns consumidores relataram casos de furtos dentro do estabelecimento. Sem querer se identificar, um segurança disse que houve tumulto, tentativas de roubo e que muitos produtos foram quebrados na confusão. Nas imagens dá pra ver muitas mercadorias espalhadas pelo chão. As Americanas, porém, não suspendeu o funcionamento, que segue até às 20h.

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O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, participa na próxima sexta-feira, às 10h, de uma cerimônia de lançamento do Programa Integrado Petrobras de Proteção de Dutos (Pró-Dutos). A ideia é desenvolver uma parceria com governos estaduais para combater o furto de petróleo e derivados nas suas redes de transporte.

"Durante o evento, serão assinados protocolos de intenções com governos estaduais para a cooperação nos campos da inteligência e da segurança para minimizar os riscos e impactos dos furtos dos produtos transportados pelos dutos", informou a empresa em nota. O lançamento acontecerá na sede da Petrobras, no centro do Rio.

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A Polícia Militar prendeu na noite deste sábado (2), um colombiano com 58 aparelhos de telefone celular furtados de foliões em blocos de carnaval em Pinheiros e Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo.

De acordo com as informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), uma jovem, que teve seu aparelho furtado durante um bloco, verificou a localização do telefone e avisou a polícia, que foi até o endereço indicado.

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Harold Bernardo Ramires Caguá, de 35 anos, foi abordado quando dirigia um Hyundai I30. Dentro de seu veículo estava o celular da vítima e outros 57 aparelhos. A SSP informou que ele confessou os furtos e foi preso em flagrante.

Segundo a SSP, outras vítimas comparecerem à delegacia e reconheceram seus objetos furtados. Demais celulares que não foram identificados pelas vítimas permanecem apreendidos. O caso foi registrado no 14ºDP como receptação de celulares.

Igrejas católicas de quatro cidades do Vale do Ribeira, na região sul do Estado de São Paulo, foram invadidas por ladrões e tiveram furtado o dízimo - dinheiro de doações feitas pelos fiéis -, na madrugada de terça-feira (16). Os ataques aconteceram em Eldorado, Sete Barras, Pariquera-Açu e Registro e a polícia suspeita que a mesma quadrilha fez um "arrastão" nas igrejas. Os criminosos arrombaram portas e invadiram as casas paroquiais, onde é guardado o dinheiro recolhido durante as missas.

Na manhã desta quinta-feira (18)  a Polícia Civil concluía as perícias nos imóveis atacados. A estimativa é de que os ladrões levaram ao menos R$ 30 mil.

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Em Eldorado, a casa paroquial fica ao lado da igreja matriz de Nossa Senhora da Guia. "Os ladrões arrombaram a porta dos fundos, abriram o cofre e levaram os envelopes com o dinheiro das doações. Ainda quebraram algumas coisas", disse o padre Brasílio Alves de Assis. Ele não tinha informação sobre o montante roubado, que seria de R$ 20 mil, segundo a Polícia Civil. "É o recurso que ajuda a cobrir os gastos da paróquia", disse.

Em Sete Barras, os criminosos também arrombaram a casa paroquial, na Praça da Matriz, dedicada a São João Batista. Os envelopes com cerca de R$ 900 estavam fora do cofre.

Na cidade de Pariquera-Açu, os ladrões foram direto na secretaria paroquial que funciona no interior da igreja de São Paulo Apóstolo. Eles forçaram a porta e arrombaram o cofre. Além de R$ 9 mil em dinheiro, os criminosos levaram objetos da igreja e uma máquina fotográfica.

Em Iguape, no litoral, o alvo foi a Igreja de Nossa Senhora do Rocio, no bairro do mesmo nome. Quando os ladrões invadiram a sacristia, o alarme soou e eles fugiram sem ter acesso ao cofre, mas levaram alguns envelopes com dinheiro em valor não apurado.

Durante celebração de missa, nesta quarta-feira (17), o bispo de Registro, d. Manoel Ferreira dos Santos, fez referência à onda de furtos em igrejas católicas e pediu aos fiéis que orassem pela conversão "dos que estão praticando o mal". Aparecida de Oliveira Canto Florido, que trabalha na diocese, disse que a segurança nas igrejas deve ser reforçada. "Não se tinha tanta preocupação, pois havia mais respeito", afirmou.

Ela conta que, em agosto, a própria Cúria Diocesana, sede do bispado de Registro, foi alvo de ladrões. "Eles serraram uma grade, abriram cinco portas tirando o miolo da fechadura, mas levaram só uma caixa do vinho usado nas missas."

Segundo a Polícia Civil, o modo de agir dos ladrões indica que a mesma quadrilha fez uma espécie de "arrastão" nas igrejas. Os furtos podem ter acontecido em sequência, pois as cidades são próximas entre si. Além da perícia para detectar possíveis impressões digitais, a polícia está em busca de imagens de câmeras que possam levar aos suspeitos. Até a manhã desta quinta, ninguém havia sido preso.

O índice de roubos e furtos a condomínios no estado de São Paulo aumentou 56% em 2018. Foram registrados 1.300 crimes do tipo entre janeiro e abril deste ano, contra 832 no mesmo período de 2017. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

De acordo com o especialista em segurança pública, José Elias de Godoy, 90% dos casos se dá “pela porta da frente do prédio”. Para ele, o crescimento dos furtos é preocupante, já que vem ocorrendo com frequência nos últimos meses e a atuação de policiais civis de uma delegacia especializada em combater esse tipo de crime diminuiu muito nos casos de invasões, principalmente na capital paulista.

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A SSP informou em nota que as Polícias Civil e Militar acompanham as variações específicas de registros dos crimes em São Paulo e realizam ações com o objetivo de evitar novos casos.

A pasta afirmou que no primeiro trimestre deste ano a 4ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Furtos e Roubos a Condomínios e Residências solucionou 26 casos de roubos e furtos de residência e desmontou seis quadrilhas, com 19 pessoas presas.

Construída para ser um dos mais belos cartões-postais do Rio, a Ciclovia Tim Maia, que liga o Leblon à Barra da Tijuca pela orla, está completamente abandonada. Fechada desde 2016 após um desabamento que deixou dois mortos, a ciclovia vem sendo saqueada diariamente. Em contraste com a vista naturalmente irretocável da Avenida Niemeyer, o que se vê hoje é uma estrutura depredada e sem uso, um símbolo fortuito de todas as mazelas enfrentadas pelo Estado.

Os saques começaram em outubro do ano passado e tornaram-se frequentes. Ao todo, 45 metros do guarda-corpo de alumínio já foram furtados, com prejuízo estimado em R$ 60 mil. A prefeitura está a par do problema e informou, por meio de nota, que a tomada de preço para reposição da estrutura está em andamento, mas que já teve de ser recalculada várias vezes pela velocidade da depredação. Apesar das interdições e dos furtos, a ciclovia ainda é usada clandestinamente.

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Mas há quem tema passar por lá. "A gente curtia muito, dava uma liberdade enorme cruzar o bairro de bicicleta e estar na Barra ou no Leblon sem carro", contou a bióloga Elianne Omena, de 50 anos, moradora de São Conrado, cujo marido estava pedalando no dia do desabamento e chegou a ajudar no socorro das vítimas. "Mas depois do acidente paramos de vez de usar, não dava mais."

O funcionário público Márcio Dutra, de 54 anos, que também é morador de São Conrado, conta que proibiu os três filhos de usarem a via. "Não tem como, só se eu fosse maluco", disse. "Quem garante que outro trecho não vai desabar se tivermos uma chuva mais forte ou mesmo uma ressaca? Não dá para confiar mais."

Em 16 de abril de 2016, três meses após ser inaugurada, uma ressaca levou ao desabamento de parte da pista da ciclovia, provocando a morte do gari Ronaldo Severino da Silva, de 60 anos, e do engenheiro Eduardo Marinho Albuquerque, de 54 anos. Sem condições de segurança, o trecho (Leblon-São Conrado) foi interditado pela Justiça e está fechado até hoje. O segundo trecho da pista (São Conrado-Barra), por sua vez, está fechado desde 15 de fevereiro deste ano, quando parte da pista cedeu em um temporal. A obra custou R$ 44, 7 milhões aos cofres públicos.

As investigações revelaram que uma sucessão de falhas resultou no desabamento e 14 pessoas foram indiciadas. Uma das falhas mais grosseiras foi não levar em conta o impacto das ondas no tabuleiro da pista (o que acabou provocando o acidente), mas apenas nos pilares.

Para o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal, que investiga a queda da ciclovia, Renato Cinco (PSOL), a estrutura não pode ser reaberta enquanto toda a estrutura não for reavaliada. Segundo Cinco, também é importante ter um sistema de monitoramento das ondas e um plano de contingência para os dias de ressaca.

"Não houve análise de risco prévia em um local de presença notória de ondas desde 1906", criticou Cinco. "Até os dutos da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro) que passam por ali são subterrâneos naquele trecho, justamente por causa das ondas. Foi uma negligência muito grande." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sob quase todos os olhos, era só mais uma imagem da Imaculada Conceição em gesso. Não para Edison Hüttner, de 52 anos. Ao analisar o item, o irmão marista levantou a suspeita, que se confirmou após tomografia: uma cobertura de três milímetros de gesso e tinta feita em 1914 revestia a versão original da santa, de madeira, de origem jesuítico-guarani e data do século 18.

"Nesse processo de estudo percebemos que atrás do orbe azul, uma lasca fina de gesso que havia se desprendido, por onde foi possível observar madeira", escreveu Hüttner em seu diário.

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Em 13 anos, ele - que coordena o Projeto de Arte Sacra Jesuítico-Guarani da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - já encontrou 15 peças missioneiras no Estado e fez expedição de barco na Lagoa dos Patos para buscá-las debaixo da água.

As descobertas ocorrem em um misto de acaso e pesquisa bibliográfica. Em uma escola de Santa Maria, Hüttner achou um São Nicolau missioneiro - recebido com festa em dezembro por São Nicolau (RS), de onde havia sido roubado em 1960. Em outra ocasião, uma imagem foi avistada em um galinheiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pelo antigo Mosteiro de São Bento, a então estagiária Thayline Albuquerque, de 21 anos, acompanhava um visitante do Museu de Arte Sacra de Santos (Mass), no litoral paulista. Por duas horas, o conduziu pelos corredores de quase 400 anos, cuja arquitetura e acervo são tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1945.

Após poucos dias, em julho de 2016, se deparou com o mesmo homem: ao ver o retrato falado de um dos assaltantes que levaram 20 peças e 422 livros do local, em um roubo com funcionários reféns. O crime segue sem solução e nenhuma item foi recuperado.

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Nesse cenário, igrejas e museus de arte sacra têm apostado em tecnologias para coibir novos crimes - muitas das instituições até evitam dar detalhes sobre o esquema de proteção.

O Mass colocou parte do acervo em vitrines de vidro temperado e todos os cerca de 600 materiais foram fotografados em alta resolução para facilitar o rastreamento, em caso de eventual roubo. "Agora todo o cuidado é pouco", diz a administradora do museu, Marcia Egas. O número de câmeras foi ampliado de sete para 16 e agora é exigido que os visitantes mostrem documentos e sejam fotografados antes de circular pelo local.

Já o Museu de Arte Sacra de São Paulo, embora afirme não ter tido casos recentes, investiu em mais câmeras, que chegam a cem, na criação de um espaço de monitoramento blindado e na instalação de alarmes nas vitrines de exibição. Para isso, cortou seguranças. "Substituímos gente por tecnologia", afirma o diretor executivo José Carlos Marçal de Barros.

Já em igrejas da Arquidiocese do Recife, a instalação de câmeras e alarmes se intensificou há três anos, mas ainda não inclui todos os templos. "Existe um custo alto de instalação e manutenção que a gente não consegue estender a todas", conta o padre Rinaldo Pereira dos Santos, da Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Cultura.

Em 2016, a arquidiocese procurou o Iphan para refazer o inventário de suas igrejas, processo que identificou dois itens desaparecidos. Outra medida para prevenir crimes é a publicar o catálogo do acervo do Museu de Arte Sacra de Pernambuco em setembro. "É um grande instrumento de combate ao roubo, torna a peça mais pública", explica.

Desafios

O cenário de roubos de bens culturais é considerado "extremamente grave" pelo próprio governo federal. "Temos todos os dias acontecendo, em menor escala, furtos, roubos e desaparecimentos de obras de arte, de bens culturais, País afora", disse ao jornal O Estado de S. Paulo o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão. A pasta prepara uma série de medidas para conter o tráfico desses itens no País - e a arte sacra é a mais vulnerável.

Dentre as medidas prometidas estão a elaboração de uma política nacional de combate ao tráfico e a criação de uma coordenação com o mesmo foco dentro da nova Secretaria dos Direito Autoral e da Propriedade Intelectual, que deve ser oficializada em breve. "Estamos de fato muito atrasados. É um mea culpa que precisamos todos fazer", diz Leitão.

Outra medida cogitada é fazer um levantamento nacional de casos de roubos e furtos de bens culturais, o que não é feito hoje. A ideia é ter um site para reunir informações sobre pirataria e divulgar o banco de dados de itens desaparecidos.

Um dos poucos registros nacionais do tipo é o Banco de Dados de Bens Culturais Procurados, mantido pelo Iphan, que o próprio órgão admite não atualizar desde 2015, quando detinha 1.644 objetos. A inclusão ocorre só após notificação e abrange patrimônio nacional, estadual e municipal. "Não é um banco estável. Ele não reflete a realidade com precisão", afirma o Iphan, por meio de nota.

Em 2017, por exemplo, a instituição noticiou o furto do retábulo (espécie de altar) da Capela de Sant'ana, em São Gonçalo, no Rio, mas não incluiu a peça no banco de dados. O caso é emblemático no meio, pois, o item, do século 18, foi completamente retirado do local, que já sofria casos de furtos e manutenção em sua estrutura

O maior roubo de bens culturais do Brasil, em 2006,no Museu Chácara do Céu, também no Rio, não teve nenhum dos quatro quadros (de autores como Pablo Picasso e Salvador Dalí) recuperados, embora custassem milhões. Como aponta o ministro, se uma instituição de grande porte, como a carioca, enfrenta casos do tipo, maior é a vulnerabilidade de pequenos museus e igrejas. "Nós temos um vastíssimo acervo de arte sacra, sobretudo dos século 17, 18 e 19, em milhares de igrejas, muitas delas sem nenhum tipo de proteção."

Resgate

Em Minas, uma série de furtos de peças sacras levou o Ministério Público Estadual a criar uma Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico, em 2005. "A metodologia é diferente, pois adota-se um trabalho bem especializado - que exige conhecimentos não apenas no campo do direito como também da história, arqueologia, arquitetura etc -, coordenado e razoavelmente uniformizado na defesa do patrimônio cultural", explica a promotora Giselle Ribeiro de Oliveira, que comanda a coordenadoria.

A Coordenadoria também mantém um banco de dados de bens desaparecidos, que é alimentado com base em informações de polícias e de proprietários de bens, o que inclui arquidioceses, por exemplo. Cerca de 730 itens estão no sistema.

Além disso, o órgão participou da recuperação de cerca de 280 peças. A mais recente delas, uma imagem de Nossa Senhora do Rosário, do século 18, foi devolvida a uma capela de mesmo nome, no município de Prados, no último dia 15. Ela havia sido encontrada em um site de leilão de obras de arte. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta terça-feira (7), um casal foi preso em flagrante no campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Membros da Superintendencia de Segurança Institucional (SSI) abordaram os suspeitos e depois acionaram o 12º Batalhão de Polícia Militar. 

Segundo o assessoria de comunicação da UFPE, no dia 11 de fevereiro inúmeras ocorrências semelhantes foram registradas no Centro de Informática (CIn), Centro de Tecnologia e Geociências (CTG) e Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN). 

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Uma vítima que havia sido lesada reconheceu um dos objetos apreendidos com a dupla. Identidade ou outros detalhes dos detidos não foram divulgados pela instituição. 

 

Jazigos violados, troca de caixões, ausência de urnas para armazenamento de cinzas, ossadas expostas. A lista de denúncias contra o Serviço Funerário Municipal inclui até funcionário fantasma nomeado pela chefia.

Tombado pelos órgãos do patrimônio histórico, o Cemitério da Consolação é o principal exemplo do descaso. Sem guaritas, câmeras ou vigias, a primeira necrópole da capital virou alvo fácil de ladrões.

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Na quinta-feira (21) passada, a reportagem contou mais de 50 túmulos saqueados. O vandalismo pode ser visto logo na entrada principal, projetada por Ramos de Azevedo. Há uma sequência de túmulos sem porta (ou emparedados por tijolos improvisados), sem placas de identificação e até sem adornos, como anjos de mármore, bronze ou cobre. Parte dessas imagens pesa mais de cem quilos e desaparece do dia para a noite.

Nas três horas em que a reportagem esteve no local, nenhum vigia ou guarda-civil foi visto. Nem mesmo os chamados agentes de segurança faziam ronda. Marcelo Ferreira da Silva, nomeado pela superintendente do Serviço Funerário Municipal, Lúcia Salles França Pinto, é oficialmente um deles. Contratado em outubro de 2015, ele poderia trabalhar na Consolação ou em outro cemitério municipal, mas passou 16 dias de julho na Europa, com a namorada e irmã de Lúcia, a chef de cozinha Daniela França Pinto.

Fotógrafo, Silva não é conhecido entre os funcionários da autarquia. No local onde deveria trabalhar, uma servidora afirmou à reportagem que nunca havia ouvido falar dele. Seu salário base é de R$ 1,4 mil, segundo o portal da Prefeitura.

Para quem teve o jazigo da família depredado, a falta de segurança é problema de gestão. "Como ninguém vê três estátuas de mármore sendo roubadas de um túmulo? Eram obras de arte: um anjo, uma imagem de Nossa Senhora e outra de São José. Além disso, roubaram a placa em bronze com o nome da minha mãe", diz o advogado José Roberto Bernardez.

A mulher em bronze que "descansava" sobre o túmulo da família de Regina Acras também foi levada do cemitério, em 28 de abril. "Foram cinco furtos. Começou com a porta em bronze, depois as placas e, agora, a estátua. O cemitério era lindo, cheio de obras de arte, e está feio, tamanho o descaso. É de chorar", diz a fonoaudióloga.

Em razão da onda de saques, parte dos túmulos está sem proteção. É possível ver ossadas expostas e estátuas depredadas, como anjos sem cabeça ou crucifixos partidos ao meio.

Caixão

Também vítima da baixa qualidade do serviço, Wanglil Ribeiro dos Santos, morto aos 27 anos, foi enterrado no Cemitério Municipal São Luis em um caixote improvisado, em 1º de julho. O rapaz pesava 250 quilos e não teve uma urna adequada, segundo a família. "Colocaram ele num caixão quadrado. O funcionário até tentou achar um modelo maior, mas disse que não tinha", conta o irmão, Wagner Ribeiro, de 34 anos.

Funcionários do Serviço Funerário contam que as agências têm caixões para obesos, mas que o custo é alto, e a família de Santos alegou não ter como pagar o enterro. A gestão Fernando Haddad (PT) disse que forneceu "embalagem de padrão internacional e específica para casos acima de 200 quilos".

Outro munícipe, que não quis ser identificado, conta que comprou um caixão de luxo para a filha e recebeu outro, de qualidade inferior, em 29 de maio. A Prefeitura reconheceu o erro e disse que ressarcirá a família.

Em nota, o Serviço Funerário informou que neste ano "fez mais de 74 mil enterros, quase em sua totalidade bem-sucedidos". Mas, em junho, o Estado mostrou que o órgão entregou cinzas de restos mortais cremados na Vila Alpina em sacos plásticos por falha no estoque.

Promotoria

A promotora Lilian Fruet visitou o Cemitério da Consolação na sexta-feira para verificar as denúncias de falta de segurança. Inquérito reaberto neste ano apura as responsabilidades dos furtos, assim como a omissão das autoridades públicas na defesa do patrimônio histórico.

O vereador Nelo Rodolfo (PMDB) pediu a intervenção do Ministério Público e investigação sobre "má gestão e possíveis atos de improbidade administrativa" dos responsáveis pelos cemitérios. Ele estuda pedir abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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