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O presidente da Comissão Especial da Reforma Política (PEC 182/07) da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), espera que o relatório sobre a proposta seja votado até a próxima quinta-feira (14), antes de expirar o prazo regimental. Segundo Maia, os parlamentares precisam alcançar um "consenso mínimo" sobre a proposta, do contrário a matéria pode ir direto ao Plenário e o trabalho da comissão ficará prejudicado.

Para cumprir a meta, o relator Marcelo Castro (PMDB-PI), vai apresentar o texto já na próxima segunda-feira (11), em reunião extraordinária do colegiado. A ideia é discutir o relatório antes de vencer o prazo regimental de 40 sessões do Plenário para que a PEC seja votada na Câmara. Para tanto, ele se comprometeu a telefonar pessoalmente para os deputados da comissão e fazer um balanço dos principais pontos de convergência.

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Segundo Marcelo Castro, desde o início, a comissão firmou alguns pontos de consenso: o fim da reeleição para cargos executivos; a coincidência das eleições a partir de 2022; mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos; e a janela da fidelidade. Esta última medida impõe ao parlamentar a obrigação de estar vinculado ao partido, no mínimo, até o último mês do final do mandato.

Financiamento misto

O relator adiantou que a maioria dos integrantes da comissão é favorável ao financiamento misto de campanhas por recursos públicos e privados. Apesar disso, os deputados ainda se dividem sobre como seriam aceitos os recursos privados. Uma parte defende a contribuição tanto de pessoas físicas quanto de empresas, como é feito hoje; a outra aceita apenas a contribuição de pessoas físicas.

Marcelo Castro explica que, mesmo com a aprovação do financiamento privado por empresas, é preciso fixar um novo limite. "Esse teto já existe hoje, mas existe em valores percentuais, e aí tem uma diferença muito grande, fica muito díspar o que uma empresa pode contribuir ou que outra empresa pode contribuir, porque 2% do faturamento de uma empresa pode ser R$ 10 mil, mas podem ser por exemplo R$ 100 milhões".

Distritão

Tão importante quanto o consenso sobre os temas da reforma é a negociação, segundo o petista Henrique Fontana (RS), que relatou a matéria na legislatura passada. Ele acredita que a maioria não deve impor a escolha pelo distritão, sob o risco de impedir a reforma. No "distritão" são considerados eleitos os candidatos mais votados em estados e municípios, independente do partido de filiação.

"Se essa for a escolha, com todo respeito porque é um direito de quem defende o 'distritão', ela vai gerar um movimento de defesa de todos que querem o 'distritão', e nós podemos inviabilizar a votação do sistema eleitoral, porque a manobra defensiva é muito forte no Parlamento e é a mais fácil", observou.

Diferente do "distritão", o sistema distrital misto combina o voto proporcional e o majoritário. Os eleitores têm dois votos: um para candidatos no distrito e outro para os partidos. Os votos no partido são computados em todo o estado ou município, conforme o quociente eleitoral, que é o total de cadeiras divididas pelo total de votos válidos. Já os votos no candidato elegem os mais votados em cada distrito.

*Com informações da Agência Câmara

Os deputados federais Mendonça Filho e Rodrigo Maia (RJ), ambos do DEM, defenderam a saída imediata de Graça Foster do comando da estatal após seu nome estar envolvido em outra denúncia que envolve o Caso Pasadena.

De acordo com os parlamentares, a situação ficou insustentável após a descoberta de que Graça, assim como o ex-diretor da estatal, Nestor Cerveró, doou imóveis a parentes logo após o estouro do escândalo sobre a compra da refinaria. Com a revelação da manobra por um veículo de circulação nacional, o Tribunal de Contas da União (TCU) chegou a suspender a sessão que analisava o bloqueio de bens dos ex-dirigentes.

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“Toda essa movimentação se configura como uma obstrução ao trabalho da Justiça. Eles empreenderam a ação de ocultamento e repasse de patrimônio. É um ato gravíssimo que só suja ainda mais sua gestão à frente da empresa. A Graça Foster perdeu a condição de continuar na Presidência da Petrobras”, declarou Mendonça.

Para Maia, a Justiça precisa achar uma forma de reaver todos os bens transferidos antes do escândalo. “Tudo que foi transferido pela presidente da Petrobras posterior à entrevista de Dilma em março precisa ser bloqueado. Será que depois de tudo isso, Graça ainda tem condições de continuar presidente da Petrobras”, questionou.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

Na primeira reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, realizada nesta quarta-feira (28), o Democratas apresentou 14 requerimentos de convocação, transferências de quebras de sigilo e criação de sub-relatorias. O partido também requisita à Polícia Federal a íntegra do processo da operação "Lava Jato". A comissão vai investigar irregularidades na compra da retornaria de Pasadena (EUA), na construção de refinarias como a Abreu e Lima, em Pernambuco, bem como denúncias de pagamento de propina para fechamento de contrato com a empresa holandesa SBM. Os democratas sugeriram que os trabalhos da comissão não sejam interrompidos durante o recesso parlamentar. 

"O governo fez um grande esforço para impedir a CPMI da Petrobras e contou com a proximidade da Copa do Mundo acreditando que os brasileiros teriam olhos apenas para o desempenho da seleção. Mas o povo quer investigação e, se for preciso, o Democratas vai obstruir a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para garantir o funcionamento da comissão. Precisamos apurar esse mar de irregularidades numa empresa tão importante que está sucateada pela incompetência e denúncias de corrupção", disse o deputado Mendonça Filho. 

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O democrata também propôs o foco da apuração em quatro figuras centrais: o doleiro Alberto Youssef, os ex-diretores da Petrobras, Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró, e o ex-presidente da estatal, José Sérgio Grabrielli. Ele também sugeriu que o plano de trabalho da CPMI seja aprovado no máximo até amanhã, 29/5. 

Já o deputado Rodrigo Maia (DEM) afirmou que é fundamental também apurar os ritos das decisões da petroleira brasileira. Na sua visão, todas as figuras, do gerente ao membro do conselho de administração, são responsáveis por supostos prejuízos e desvios provocados a partir de decisões tomadas pela empresa. "O conselho de Administração, gerente ou diretor, são responsáveis por prejuízos causados a milhões de acionistas minoritários e ao País. Não é possível aceitar que um integrante leu um resumo falho, lave as mãos para prejuízos bilionários. Se a presidente Dilma se omitiu na compra da refinaria de Pasadena que responda na Justiça, não porque é presidente do Brasil, mas porque era presidente do Conselho de Administração à época da aquisição da refinaria", opinou Maia. 

Requerimentos 

Assinados pelo titular na comissão, Rodrigo Maia foram apresentados requerimentos de convocação do doleiro Alberto Youssef; do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa; e do ex-diretor da área Internacional da estatal, Nestor Cerveró. Maia ainda pede a transferência de dados de quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico do ex-presidente da petroleira, José Sérgio Gabrielli; de Youssef; de Cerveró; e de Costa. Essas informações já constam no processo da operação Lava Jato. O democrata também requer a transferência de dados das empresas Labogen Química Fina e Tecnologia, Labogen Indústria e Comércio, MO Consultoria e Piroquímica Comercial. Conforme inquérito da PF, as empresas do Alberto Youssef foram usadas no esquema de lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro e também foram relacionadas a irregularidades na Petrobras. 

O Democratas ainda apresentou requerimentos para a criação de quatro sub-relatorias que vão tratar de: Offshores (SBM etc); Refinarias; Plataformas; e Pasadena. 

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