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Representantes das 25 produções argentinas presentes no festival de cinema de San Sebastián protestaram neste domingo (24) contra o candidato de extrema direita nas eleições presidenciais Javier Milei.

O ator Leonardo Sbaraglia e o diretor Santiago Mitre, agasalhados pelo diretor do festival desta cidade do norte da Espanha, José Luis Rebordinos, posaram na escadaria do palácio Kursaal, a sede principal do evento, atrás de uma bandeira argentina com o lema "Cinema argentino unido".

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Em um manifesto divulgado ao mesmo tempo, os cineastas expressaram sua "profunda preocupação pelas palavras do candidato presidencial de um partido de extrema direita que ameaça fechar o Instituto Nacional de Cinema e Artes Audiovisuais".

Ramiro Marra, candidato a chefe de governo da Cidade de Buenos Aires por La Libertad Avanza, a legenda de Milei, escreveu recentemente no X (antigo Twitter): "vamos fechar o INCAA."

Em uma mensagem nessa mesma rede social, o Festival de San Sebastián quis mostrar seu "apoio ao cinema argentino, ao INCAA e ao restante das instituições culturais do país".

O cinema argentino tem presença de destaque na 71ª edição do festival, com dois filmes competindo na Mostra Oficial - "La Práctica", de Martín Rejtman, e "Puan", de María Alché e Benjamín Naishat -, além de contribuir com praticamente metade das produções da mostra Horizontes Latinos, dedicada ao cinema latino-americano.

Em uma grande noite para as mulheres, o filme romeno "Blue Moon" ("Crai Nou"), primeiro filme da diretora Alina Grigore, consagrou-se neste sábado (25) como o melhor longa-metragem do Festival de Cinema de San Sebastián.

O filme, que narra a fuga de uma jovem de uma família disfuncional, competia na Seção Oficial com filmes considerados fortes candidatos à Concha de Ouro, como "Maixabel", de Icíar Bollaín; "Benediction", de Terence Davies e "Arthur Rambo", de Laurent Cantet.

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No total, competiam na seção principal 16 filmes, dois deles latino-americanos e quatro espanhóis.

"Não esperava", disse, emocionada, Alina Grigore, diretora e atriz de 36 anos, ao receber seu prêmio na cerimônia celebrada no Kursaal, o centro de convenções da cidade, no norte da Espanha.

Grigore, que conquistou a primeira Concha de Ouro para a Romênia, agradeceu a "todas aquelas mulheres e homens que nos deram a oportunidade de levar nossa mensagem tão longe".

- Melhor direção e interpretação -

O júri da 69ª edição da mostra, presidida pela diretora georgiana Dea Kulumbegashvili, concedeu a Concha de Prata de melhor direção à dinamarquesa Tea Lindeburg por "As in Heaven", seu primeiro longa.

"Nunca ganhei nada na minha vida e conquistar este troféu é uma loucura", disse Lindeburg, que assinou um filme ambientado no fim do século XIX sobre uma adolescente cuja vida muda quando sua mãe tem um parto que acaba em tragédia.

Flora Ofelia Hofmann Lindahl, a jovem dinamarquesa protagonista de "As In Heaven", ganhou a Concha de Prata de melhor interpretação, um prêmio que dividiu com a atriz americana Jessica Chastain, por "The Eyes of Tammy Faye".

Este ano foi a primeira vez que San Sebastián atribuiu um prêmio à melhor interpretação sem diferenciar o gênero, e as duas mulheres o receberam em igualdade de mérito.

"Espero que este filme nos ensine a olhar para além das nossas primeiras impressões", disse Chastain, que em "The Eyes Of Tammy Faye" encarna a televangelista evangélica Tammy Faye Bakker, uma figura polêmica que foi muito parodiada em programas de comédia na televisão americana.

Chastain, duas vezes indicada ao Oscar, decidiu fazer este filme quando assistiu um documentário que mostrava uma face mais humana da televangelista.

- Grande noite de Tatiana Huezo -

Considerado um trampolim do cinema latino-americano na Europa, o festival atribuiu o prêmio de melhor filme da região a "Noche de fuego", da diretora salvadorenha-mexicana Tatiana Huezo.

O filme, que aborda a violência contra as mulheres em uma zona rural do México, competia na seção Horizontes com outras nove produções ou coproduções de Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Chile, México, Panamá e Uruguai.

"Tomara que o cinema nos devolva o olhar para nossas infâncias, para nossas meninas, tomara que nos faça olhar para elas, para as meninas que fomos, para as que somos hoje e as que estão por vir porque nos queremos vivas", afirmou Huezo.

Ambientada nas montanhas do estado de Guerrero (sul do México), onde as meninas brincam enquanto suas mães tentam evitar que sejam sequestradas, o filme ganhou outros dois prêmios na noite: o de Cooperação Espanhola e o de Radiotelevisão Espanhola (RTVE) Outro olhar.

"Noche de fuego" tinha recebido a Menção Especial na seção Um Certo Olhar do Festival de Cannes.

Com a cerimônia de premiação encerrou-se esta edição do festival, que exibiu mais de 170 filmes com restrições, com público reduzido nas salas e máscaras obrigatórias, devido à pandemia da covid.

Este ano foram entregues prêmios honorários Donostia, com os quais a mostra reconhece a contribuição ao cinema de grandes personalidades. Um deles foi para a atriz francesa Marion Cotillard.

O outro foi para Johnny Depp, uma decisão criticada por associações de mulheres cineastas pelo fato de o ator americano ter estado vinculado com um caso de violência conjugal que o levou aos tribunais e prejudicou sua imagem, embora nunca tenha sido condenado.

O filme brasileiro "Pacificado", sobre a disputa de poder dentro de um grupo criminoso que controla uma favela do Rio de Janeiro, ganhou neste sábado a Concha de Ouro de melhor filme no Festival de San Sebastián.

Dirigido pelo americano Paxton Winters, que vivia na favela, e produzido por seu compatriota Darren Aronofsky, o filme é a primeira produção brasileira a conquistar o prêmio principal do festival espanhol.

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A noite foi redonda para o filme, rodado no Morro dos Prazeres, que conquistou outros dois prêmios: o de melhor ator, para o protagonista Bukassa Kabengele, e o de melhor fotografia, para Laura Merians.

"Decidi ser uma voz, a voz de tantos que não têm oportunidades", disse Kabengele em mensagem lida na cerimônia de encerramento por sua colega de elenco Débora Nascimento.

Kabengele, nascido na Bélgica e naturalizado brasileiro, interpreta "Jaca", que, após passar 14 anos na prisão, retorna a uma favela pacificada por ocasião dos Jogos Olímpicos de 2016. Em seu retorno à liberdade, terá que recompor a relação com a filha "Tati", 13.

"Pacificado", competia na Seção Oficial contra 15 produções de diversos países, entre eles Espanha, México e Alemanha.

O grande homenageado do festival espanhol de cinema de San Sebastian é o ator canadense Donald Sutherland, que, aos 84 anos, afirma não ter planos de se aposentar após mais de meio século de carreira.

"Minha vida é trabalhar. O trabalho de um ator é trabalhar e esperar pelo papel seguinte. Amo trabalhar", afirmou o canadense durante uma entrevista coletiva.

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Ao rever a carreira, iniciada na década de 1960 e durante a qual o levou a trabalhar com diretores de renome como Bernardo Bertolucci, Robert Altman e Clint Eastwood, disse que não tinha como escolher um filme favorito entre os 150 em que participou.

"Embora eu realmente tenha amado trabalhar com Federico Fellini", em "Casanova" (1976), Sutherland disse, exibindo um grande senso de humor ao acrescentar que não tem como parar de trabalhar no momento porque "não tenho muito dinheiro e tenho muitas bocas para alimentar".

O ator de "M.A.S.H.", "Gente como a gente", "Os Guerreiros Pilantras" e "Os Doze Condenados" declarou que a Hollywood atual é bem diferente daquela na qual começou a trabalhar.

"Está tudo bem agora, apenas é diferente. Não estou totalmente adaptado e provavelmente nunca estarei", afirmou Sutherland que está na cidade espanhola para apresentar também o filme "The Burnt Orange Heresy" (ainda sem tradução), um suspense dirigido pelo italiano Giuseppe Capotondi, exibido na mostra não competitiva.

Atualmente, além de trabalhar na série "The Undoing", a lado de Nicole Kidman, o canadense está envolvido na luta contra a mudança climática, e por isso mostrou durante a coletiva tristeza em relação à atitude "deplorável" da ONU em relação ao tema.

O prêmio Donostia foi entregue formalmente numa festa de gala nesta quinta, na qual o ator disse estar "encantando de estar no País Basco" e mostrou "grande respeito" pelo festival.

Assim como Donald Sutherland, os outros homenageados da 67ª edição do festival de San Sebastián, com o prêmio Donostia, são a atriz espanhola Penélope Cruz e o diretor grego Costa-Gavras.

A premiação para os vencedores do festival da cidade do norte da Espanha será realizada na noite deste sábado, e 16 produções de países diferentes concorrem ao Concha de Ouro, dedicado ao melhor filme do evento.

O talentoso ator canadense Donald Sutherland receberá em 26 de setembro no Festival de Cinema de San Sebastián o prêmio honorário Donostia pelo conjunto de sua carreira, informou nesta segunda-feira a organização do evento.

"Sutherland encarnou com grande talento dezenas de personagens sem importar o gênero: do drama aos filmes de guerra, passando pelo thriller, terror ou ficção científica", destaca a nota.

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Em 2017, Sutherland, 84 anos, ganhou um Oscar honorário por sua longa carreira.

Sutherland participou em mais de 150 filmes, entre eles "M.A.S.H.", "Gente como a gente" e "Orgulho e Preconceito".

O chinês "I am not Madame Bovary" conquistou a Concha de Ouro de melhor filme na 64ª edição do Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, encerrado neste sábado (24).

Confira abaixo os principais prêmios entregues hoje, em cerimônia realizada nessa localidade no norte da Espanha:

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- Concha de Ouro de melhor filme: "I am not Madame Bovary", de Xiaogang Feng (China)

- Prêmio Especial do Júri: "El invierno", de Emiliano Torres (Argentina - França) e "Jätten", de Johannes Nyholm (Suécia - Dinamarca)

- Concha de Prata de melhor diretor: Hong Sang-soo (Coreia do Sul), com "Yourself and yours"

- Concha de Prata de melhor ator: Eduard Fernández (Espanha), com "El hombre de las mil caras"

- Concha de Prata de melhor atriz: Fan Bingbing (China), com "I am not Madame Bovary"

- Prêmio do Júri de melhor roteiro: Isabel Peña e Rodrigo Sorogoyen (Espanha), com "Que Dios nos perdone"

- Prêmio do Júri de melhor fotografia: Ramiro Civita, com "El invierno" (Argentina - Chile)

- Prêmio de Honra Donostia: Sigourney Weaver (Estados Unidos) e Ethan Hawke (Estados Unidos)

- Prêmio de Honra Jaeger-LeCoultre ao Cinema Latino: Gael García Bernal (México)

- Prêmio Novos Diretores: "Park", de Sofia Exarchou (Grécia - Polônia)

- Prêmio Horizontes Latinos: "Rara", de Pepa San Martín (Chile - Argentina)

- Menção especial: "Alba", de Ana Cristina Barragán (Equador - México - Grécia)

- Prêmio "Cinema em Construção": "La educación del rey", de Santiago Esteves (Argentina)

A atriz americana Sigourney Weaver receberá o prêmio honorário do 64ª festival internacional de cinema de San Sebastian, que acontecerá de 16 a 24 de setembro, anunciou a organização.

Weaver receberá o prêmio aproveitando a apresentação, fora de competição, de seu mais recente filme, "Sete minutos depois da meia-noite", do diretor espanhol Juan Antonio Bayona.

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O prêmio Donostia "reconhece a trajetória da atriz americano, cujo nome está em algumas das produções mais relevantes das últimas quatro décadas", afirma o comunicado oficial.

Com esta honraria, Weaver se soma a uma longa lista de premiados com o Donostia, como Glenn Close, Ian McKellen, Antonio Banderas, Julia Roberts, Woody Allen, Francis Ford Coppola e Robert de Niro, entre outros.

A cineasta brasileira Eliane Caffé e o argentino Sebastián Schjaer foram premiados nesta quarta-feira (23) por seus projetos pela indústria cinematográfica na 63º edição do Festival Internacional de San Sebastián, que busca impulsionar na Europa filmes da América Latina.

"Era o Hotel Cambridge", de Caffé, que mostra a situação do movimento de pessoas sem teto e refugiados que ocupam um edifício abandonado no centro de São Paulo, recebeu o prêmio Cinema em Construção, destinado a impulsionar projetos em fase de pós-produção.

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O longa-metragem, ainda estado de produção, conta, através da tensão diária provocada pela ameaça de desocupação, os dramas, as alegrias e os diferentes pontos de vista destas pessoas.

A mostra Cinema em Construção, criada em 2002 pelo festival internacional de cinema de San Sebastián e o concurso Cinélatino de Toulouse, no sul da França, tem como objetivo ajudar na finalização de filmes latino-americanos para que possam chegar às salas de cinema.

Consistindo na pós-produção de um filme até a geração de um DCP (formato de distribuição digital) com legendas em inglês e distribuição na Espanha, o prêmio inclui também desde este ano a difusão televisiva do filme.

Caffé, que já tem três longa-metragens na bagagem - "Kenoma" (1988), "Narradores de Javé" (2003) e "O Sol do Meio Dia" (2009), dedicou o prêmio "a todas as pessoas sem teto e refugiados que estão trabalhando" no projeto.

A falta de moradia "é agora o maior problema enfrentado pela cidade de São Paulo, assim como em todas as grandes cidades do século XXI", explicou a cineasta à AFP.

"A especulação imobiliária atingiu um nível insuportável", lamentou Caffé, que há três anos trabalha no projeto ao lado das pessoas sem teto e refugiados palestinos, congoleses e colombianos.

"Estamos filmando em seis idiomas!", contou a diretora, em meio a risadas.

- Impulso ao cinema latino-americano -

A produção superou o chileno "Aquí no ha pasado nada", de Alejandro Fernández Almendres; "La emboscada", coprodução argentino-uruguaia, de Daniel Hendler, e "Princesita", de Marialy Rivas, produzido por Chile, Argentina e Espanha.

Também disputavam o prêmio o chileno-argentino "Rara", de Pepa San Martín, e "Sobrevivientes", dirigido por Rober Calzadilla e produzido por Venezuela e Colômbia.

Em suas sucessivas edições, este prêmio permitiu concluir filmes que depois foram reconhecidos e aclamados em prestigiosos festivais internacionais. No ano passado o prêmio foi para o longa-metragem peruano "Magallanes", do diretor Salvador del Solar

Com o intuito de impulsionar o cinema latino-americano, o festival de San Sebastián criou em 2012 o chamado Foro de Coprodução Europa-América Latina, destinado a fomentar a cooperação em produção e distribuição entre profissionais de ambos continentes.

Após ver as 16 propostas da Espanha e da América Latina participantes desta quarta edição, o jurado concedeu seu prêmio ao Melhor Projeto, dotado com 10.000 euros, ao jovem cineasta argentino Sebastián Schjaer por "La omisión", uma coprodução entre Argentina, Alemanha e França.

Projeto em estado ainda incipiente, narra a história de Paula, uma jovem de Buenos Aires de 24 anos que inicia uma intensa busca por trabalho numa cidade do sul argentino.

A falta de um emprego, de um lar e um entorno afetivo estáveis acabarão tornando esta busca um caminho pessoal e introspectivo, trazendo à tona a fragilidade de uma jovem que ainda não havia se encontrado e que deve cuidar de sua vida e seu passado.

"Este prêmio para nosso projeto é muito importante para poder dar continuidade a ele", garantiu, emocionada, a representante da produtora argentina Trapecio Cine.

O filme "Era o Hotel Cambridge", da diretora brasileira Eliane Caffé, ganhou nesta quarta-feira o prêmio Cinema em Construção, destinado a impulsionar projetos em fase de pós-produção, na 63ª edição do Festival de San Sebastián, anunciou o júri.

A fita superou o chileno "Aquí no ha pasado nada", de Alejandro Fernández Almendres; "La emboscada", coprodução argentino-uruguaia, de Daniel Hendler, e "Princesita", de Marialy Rivas, produzido por Chile, Argentina e Espanh.

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Também disputavam o prêmio o chileno-argentino "Rara", de Pepa San Martín, e "Sobrevivientes", dirigido por Rober Calzadilla e produzido por Venezuela e Colômbia.

O diretor australiano George Miller receberá o prêmio Fipresci 2015 de melhor filme do ano no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián por "Mad Max: Estrada da Fúria", anunciou a organização do evento.

"'Mad Max: Estrada da Fúria' foi escolhido o melhor filme pelos membros da Federação Internacional de Críticos de Cinema, FIPRESCI", anunciou a organização do festival, que acontecerá de 18 a 26 de setembro na cidade espanhola.

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"É maravilhoso que este grande grupo de críticos reconheça desta forma nosso esforço coletivo", afirmou Miller, segundo um comunicado.

O cineasta australiano receberá o prêmio durante a festa de abertura no dia 18 e passará a fazer parte de um grupo de diretores que inclui Pedro Almodóvar e Jean-Luc Godard, entre outros, desde a criação do prêmio em 1999.

"Mad Max: Estrada da Fúria", exibido na mostra oficial mas fora de concurso no Festival de Cannes, retomou a história do herói que viaja em um cenário apocalíptico. Nos três primeiros filmes da série o protagonista foi interpretado por Mel Gibson.

Na versão atual, Mad Max, interpretado por Tom Hardy, e a Imperatriz Furiosa (Charlize Theron) enfrentam o vilão Immortan Joe em uma perseguição implacável.

O filme Praia do Futuro, do diretor pernambucano Karim Aïnouz, recebeu no último sábado (20) um prêmio criado pela associação de gays, lésbicas, transexuais e bissexuais do País Basco (Gehitu). A premiação foi entregue um pouco antes da projeção do filme, que marcou o início da seção Horizontes Latinos do festival. 

A organização do País Basco criou o prêmio no ano passado para reconhecer os filmes latino-americanos que defendem as reivindicações e valores de gays, lésbicas, transexuais e bissexuais. Além da temática homossexual, Praia do futuro foi premiado por sua "qualidade" cinematográfica. 

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Com Wagner Moura protagonizando uma história de um relacionamento gay, o longa estava entre os selecionados para concorrer à vaga de representante brasileiro no Oscar. Embora bem cotado, o filme Hoje Eu Quero Voltar Sozinho foi o escolhido.  

Donato (Wagner Moura) trabalha como salva-vidas. Seu irmão caçula, Ayrton (Jesuita Barbosa), tem grande admiração por ele, devido à coragem demonstrada ao se atirar no mar para resgatar desconhecidos. Um deles é Konrad (Clemens Schick), um alemão de olhos azuis que muda por completo a vida de Donato após ser salvo por ele. É quando Ayrton, querendo reencontrar o irmão, parte em sua busca na fria Berlim.

Confira o trailer:


O francês François Ozon e o dinamarquês Bille August disputarão a Concha de Ouro, prêmio máximo da 62ª edição do Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, que acontecerá de 19 a 27 de setembro. August, vencedor do Oscar de filme estrangeiro em 1989 por "Pelle, o Conquistador", estará na mostra oficial com "Silent Heart", um drama intimista e familiar, anunciou a organização do evento.

Ozon, vencedor do festival espanhol há dois anos com "Dentro da Casa", volta a competir em San Sebastián com "Une nouvelle amie", no qual narra a história de duas amigas de infância. Uma delas, pouco antes da morte, faz a outra prometer que cuidará de seu bebê e de seu marido.

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Outro filme importante da mostra será "The drop", dirigido por Michaël R. Roskam, o último longa-metragem do ator americano James Gandolfini, falecido em 2013, que se passa no mundo do crime organizado.

A diretora francesa Mia Hansen-Love levará para San Sebastián o filme "Eden", que narra a vida noturna em Paris durante o auge da música eletrônica nos anos 1990. O sul-coreano apresentará "Haemu", sobre um pesqueiro que tenta transportar imigrantes ilegais, situação que acabará em catástrofe.

O austriaco Michael Sturminger, "Casanova Variations", faz uma revisão do mito de Casanova, em um filme protagonizado por John Malkovich.

Outro filme da mostra competitiva é "Phoenix", do alemão Christian Petzold, vencedor do Urso de Prata de diretor no Festival de Berlim-2012 com "Barbara".

Protagonizado por Nina Hoss, "Phoenix" conta a história de uma cantora enviada a um campo de concentração, do qual retorna desfigurada.

"O Protetor", com Denzel Washington e dirigido por Antoine Fuqua, abrirá, fora da mostra competitiva, o festival. A Espanha está representada na mostra competitiva com "La isla mínima" de Alberto Rodríguez, "Magical girl" de Carlos Vermut e "Loreak", de Jon Garaño e Jose Mari Goenaga.

O festival anunciará os últimos filmes da mostra competitiva na próxima semana.

O ator Denzel Washington irá abrir com o filme "O protetor" o Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, onde receberá em 19 de setembro o prêmio honorário Donostia pelo conjunto da obra. O filme, dirigido por Antoine Fuqua, abrirá a seção oficial do festival, e o ator receberá a distinção na cerimônia de inauguração da competição, que durará até 27 de setembro.

O ator 59 anos vive no filme um ex-agente secreto encarregado de proteger uma moça (Chloë Grace Moretz) da máfia russa. O filme é baseado numa série americana dos anos 1980, protagonizada pelo britânico Edward Woodward.

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