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O vereador Tadeu Calheiros (Podemos) disse que o Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores do Município do Recife, mais conhecido com Saúde Recife, corre o risco de paralisar as suas atividades. “Nesta terça-feira, dia 19, às 19h, o Sindicato dos Médicos vai realizar uma assembleia geral extraordinária e na pauta está presente a decisão de paralisação dos serviços por tempo indeterminado”, afirmou, na reunião plenária realizada pela Câmara Municipal do Recife, na manhã desta segunda-feira (18). O parlamentar discutiu, ainda, dois requerimentos de sua autoria.

Ao afirmar que a situação do serviço “está difícil”, o vereador pediu apoio da base aliada da gestão municipal, na Câmara Recife, para que dê apoio ao pleito que apresentou em plenário, “que é dar atenção a esse importante instrumento de saúde, para que, assim, possamos ajudar a resolver os problemas”. O Saúde Recife é um instrumento de gestão que cobra aos servidores e pensionista que usam o serviços o percentual de 20%  sobre os valores totais de consultas e exames. “Faço apelo e peço a colaboração de todos no sentido de pressionar para que a Prefeitura do Recife honre com os seus compromissos e invista neste instrumento público tão importante”.

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De acordo com Tadeu Calheiros, o Sindicato dos Médicos reclama da falta de diálogo e há 10 anos não há a concessão de reajuste para os profissionais que atendem pelo serviço, apesar das perdas com a inflação. Os médicos que são contratados como prestadores de serviços também estão há dois recebendo com atraso, segundo o vereador. “Por isso, o Saúde Recife acaba diminuindo o volume de atendimento. Todos são penalizados e quem mais se prejudica é o servidor municipal”. Ainda segundo o parlamentar, há uma “política de restrição de atendimento ao usuário, com teto de atendimento, dificultando ainda mais o atendimento”.

Requerimentos - O vereador Tadeu Calheiros voltou à tribuna da Câmara do Recife e discutiu dois requerimentos de sua autoria que versam sobre diferentes temas. O primeiro pedido é sobre a nomeação de candidatos aprovados no concurso público da Secretaria de Saúde, para o cargo de cirurgião dentista; já o segundo versa sobre uma audiência pública que será realizada na Casa para discutir “O projeto da Prefeitura do Recife de PPP na atenção primária do município”.

O primeiro requerimento em destaque pelo vereador Tadeu Calheiros foi o de número 13.281/2023, com indicação ao prefeito do Recife para reiterar o pleito de nomeação de candidatos aprovados no concurso público nº 001/2019, da Secretaria de Saúde, para o cargo de cirurgião dentista, com a carga horária de 20h. “Não é novidade para ninguém aqui o tanto de requerimentos que fazemos estimulando a meritocracia, a entrada no serviço público dos profissionais de saúde via concurso público. Existem, hoje, 192 Unidades de Saúde da Família no Recife, e apenas 121 contam com profissionais de saúde bucal. Temos, atualmente, 71 cargos vagos aguardando a nomeação à atenção primária com profissionais na porta para entrarem. Acredito que esse discurso terá uma boa aceitação da Prefeitura do Recife para que as nomeações aconteçam”, afirmou.

Já o segundo requerimento discutido pelo parlamentar foi o de número 13,286/2023, também de sua autoria, que pede a realização da audiência pública com o tema “O projeto da Prefeitura do Recife de PPP na atenção primária do município”, a ser realizada de forma híbrida, no dia 19 de fevereiro de 2024, às 15h, no plenarinho da Casa. “Essa audiência traz um importante tema e que, inclusive, eu já conto com o apoio de outros vereadores para discuti-la. É importantíssima a discussão sobre esse assunto que muito nos preocupa, que é a atenção primária. Não podemos deixar que nenhum projeto se estabeleça sem uma ampla discussão. Já fui procurado por vários grupos de profissionais e outros parlamentares também. PPPs podem trazer avanços em determinadas áreas, mas têm muitos riscos quando não negritadas no papel as questões que tragam segurança, para que a outra parte da saúde pública não seja sucateada”.

Tadeu Calheiros pediu, ainda, que a base governista na Casa tenha cuidado na análise das PPPs. “Precisamos nos debruçar para debater o máximo possível as PPPs. Peço que a base tenha cuidado para não aprovar nenhum projeto em caráter de urgência e sem ampla discussão, porque essas mudanças na saúde e na atenção primária merecem um olhar político, técnico e muito cuidadoso, para que não possamos cair em nenhuma armadilha”, disse. 

Os servidores municipais realizam na manhã da próxima sexta-feira (3) uma Assembleia Geral Extraordinária com o intuito de cobrar da Prefeitura do Recife a inclusão de novos servidores no Sistema de Assistência à Saúde da capital pernambucana. A categoria volta a reivindicar novas adesões ao Saúde Recife após decisão judicial emitida na semana passada que aprova a abertura do plano de sáude para novas adesões.

O ato será realizado em frente ao prédio do Saúde Recife, no bairro da Boa Vista, área central do Recife, às 9h. Criado em 2005, o Saúde Recife é o plano de assistência à saúde para funcionários municipais, contudo, desde 2013, não são permitidas novas inclusões. No mesmo ano, o Sindsepre entrou com uma ação judicial contra a PCR exigindo novas inclusões dos servidores no plano. O Saúde Recife é o Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores Municipais e atualmente atende 21.822 mil beneficiários através de convênios com diversos prestadores de serviços de saúde.

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De acordo com o Sindicato dos Servidores Municipais do Recife, em recente despacho, o juiz Edvaldo José Palmeira determinou a antecipação de tutela favorável ao sindicato. Na prática, a PCR deve abrir o Saúde Recife para novas adesões mesmo enquanto o processo estiver em tramitação. 

Na sentença, o juiz afirma que “o possível conflito estabelecer-se-ia entre a vida dos servidores ora subsituídos processualmente que necessitam, com urgência, ser beneficiários do plano de saúde em questão, sob pena de correr risco de morte, cujos custos de um tratamento, sem o custeio do plano de saúde, não pode arcar, ante a sua impossibilidade econômica”.

O Vereador Osmar Ricardo (PT), integrante da base de oposição ao prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), irá promover na próxima quinta-feira (6) uma audiência pública para debater a situação do ‘Saúde Recife’, plano médico dos/as servidores/as municipais da capital pernambucana. O debate ocorrerá às 9h, no Plenarinho da Câmara Municipal do Recife.

Remarcada duas vezes a pedido do presidente do Saúde Recife, Manoel Carneiro, com a justificativa de que “em razão da impossibilidade de reunir todos os dados e informações sobre o que pretendemos expor nessa Câmara”,  a audiência é esperada com ansiedade pelo petista, idealizador do requerimento.  

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Saúde Recife – De acordo com informações do vereador, o Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos da Administração Direta e Indireta da Prefeitura do Recife (Sindserpre) informou que atualmente o plano de saúde dos/as funcionários/as públicos/as da Prefeitura do Recife conta com aproximadamente 23 mil vidas, sendo 12 mil titulares e 11 mil dependentes. Contudo, há muitos anos não são realizadas novas adesões. Estima-se que com abertura da rede, o número de beneficiados/as dobre. Outras queixas da categoria são o constante descredenciamento de médicos, clínicas e laboratórios; a precarização do serviço, a baixa qualidade do atendimento e necessidade urgente de ampliação da rede credenciada.

O plano Saúde Recife recebeu uma nova recomendação emitida pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) cobrando prestação de serviços aos beneficiários na especialidade cabeça e pescoço. Este é segundo alerta que o MPPE envia ao plano em apenas uma semana. O primeiro solicitou o fim da restrição de serviços médico hospitalares e laboratoriais somente sob requisições de médicos credenciados ao plano.

O promotor de Justiça Maviael de Souza, da Defesa do Consumidor do Recife, estabeleceu um prazo de 48 horas, contadas a partir desta quinta-feira (7), para que os serviços indicados na recomendação passem a ser oferecidos. Souza tomou conhecimento do caso através de uma representação encaminhada pela central de denúncias do Ministério Público, indicando que o plano não teria médicos especializados em cabeça e pescoço devido a um possível descredenciamento. 

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Caso as ações indicadas pelo promotor não sejam adotadas pelo plano de saúde, o MPPE deve tomar as medidas judiciais necessárias à sua implementação, como o ingresso de ação civil pública.

 

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