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Líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT) afirmou, nesta quarta-feira (13), que a base aliada a presidente Dilma Rousseff (PT) não vai descansar até que o processo de impeachment seja votado na Câmara dos Deputados. Em discurso no Plenário, Humberto disse que a presidente não vai se curvar a “versão brasileira de golpe paraguaio” e criticou as contabilizações de votos favoráveis e contrários ao pedido, divulgado por parlamentares governistas e de oposição. 

“Não são poucos os que têm cantado vitória, arriscando placares absolutamente estapafúrdios, para mentir, de maneira escancarada, sobre o resultado da votação do próximo domingo [17] no plenário da Câmara dos Deputados. O fato é que não há nada resolvido”, declarou o líder. “Há avanços e retrocessos, hora a hora, para os dois lados e seria uma inconsequência, um chute qualquer um se declarar vencedor antes do tempo. Não há um só levantamento feito por instituições sérias”, acrescentou.

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Para Costa, “quem quer que se arrisque nessa definição ou está dando palpite ou está fazendo bravata”. “O Governo tem o exato monitoramento de todas as variáveis que estão presentes neste momento”, resumiu, informando que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está à frente das articulações pró-governo. “Não descansaremos um segundo, não arredaremos um milímetro da posição de defender a Constituição e uma presidenta eleita pela vontade soberana da maioria do povo brasileiro”, bradou. 

Sob a avaliação do petista, neste processo a presidente está sendo vítima de dois grupos: “o das carpideiras das eleições de 2014” e o “do fisiologismo” que, segundo ele, quer tomar o Palácio do Planalto de assalto. “Felizmente, muitos são os parlamentares que têm refutado esse tipo de jogo imundo feito às claras nas dependências da Câmara dos Deputados e da Vice-Presidência da República, operado por mãos e consciências sujas, que vendem benesses, favores e sabe-se lá o que mais em um eventual governo dessa turma”, observou.

Em análise crítica ao governo, Humberto Costa disse que, em caso de vitória deles, “será necessário refundar o governo, reconfigurando a equipe ministerial; reorientando a política econômica para nos tirar da crise; dando representatividade dentro da administração às forças políticas que querem construir conosco; e, finalmente, estabelecendo um novo pacto social, por meio do qual todos os setores da nossa sociedade serão chamados a contribuir com propostas de políticas públicas de interesse do Brasil”.

O senador ainda convocou a população para descobrirem como votam seus deputados e pressiona-los a serem “contra o golpe”. “Vamos fazer isso de forma respeitosa e sem agressões, que é a arma dos fascistas que estão do outro lado, do lado que ataca a honra e a dignidade de mulheres honestas e guerreiras como Dilma”, pontuou.

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