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O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe) criticou o anúncio do secretário estadual de Educação e Esportes, Marcelo Barros, nesta quinta-feira (11). Na ocasião, Barros informou que, a partir de terça-feira (16), todas as escolas do Estado passam a funcionar com 100% da capacidade e sem distanciamento mínimo de um metro entre alunos nas salas de aula.

Em reação à decisão do Governo de Pernambuco, o sindicato afirmou, por meio de nota enviada ao LeiaJá, que a questão não foi discutida com a comunidade escolar. Além disso, o comunicado aponta que o secretário desconhece "a realidade das milhares de escolas públicas e privadas no estado de Pernambuco". 

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"Hoje (11), os protocolos de segurança contra a Covid-19 nas salas de aulas de escolas estaduais, municipais, públicas e privadas. E o que torna o fato mais lamentável, sem o conhecimento do Sintepe, que participou ativamente e que é membro da comissão que construiu os protocolos de segurança que até hoje são vivenciados nas escolas da rede estadual de Pernambuco", diz trecho da nota.

A direção do Sintepe, por meio da assessoria, ressalta que as instituições de ensino são espaços de "grande aglomeração", devido à permanência estendida e quantidade de frequentadores. Logo, não seria possível garantir segurança sanitária suficiente para "liberar geral os protocolos enquanto a vacinação não atingiu, de forma segura com duas doses, a grande maioria da população". 

Confira a nota na íntegra:

Imprudência no retorno em massa

Sem discutir com a comunidade escolar e, ao que parece, sem conhecer a realidade das milhares de escolas públicas e privadas no Estado de Pernambuco, o Governo flexibilizou, hoje (11), os protocolos de segurança contra a covid-19 nas salas de aulas de escolas estaduais, municipais, públicas e privadas. E o que torna o fato mais lamentável, sem o conhecimento e o debate com a representação sindical dos/as trabalhadores/as em educação, o Sintepe

As escolas são espaços de grande aglomeração, por longa permanência e com multiplicidade de pessoas. Não é possível garantir, ainda, segurança sanitária suficiente para liberar geral os protocolos enquanto a vacinação não atingiu, de forma segura com duas doses, a grande maioria da população.

Avaliamos com temeridade um retorno em massa de estudantes para as escolas que  reúnem entre 400 e 1.500 adolescentes e jovens em um mesmo lugar. Além do transporte público e das salas cheias, este também é um recado político do governo de que agora é possível tudo.

Celebramos a redução drástica das mortes e do contágio pelo coronavírus, assim como acreditamos, desde o início da pandemia, à vacina como um caminho de segurança e de volta à normalidade. Portanto, somos contrários à liberação geral do limite nas salas de aula, sob o temor de que sejam as escolas os novos vetores de retorno do aumento de contágio da covid-19.

A DIREÇÃO DO SINTEPE

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