A maior feira literária do Nordeste, a Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, realizará sua 12ª edição sem recursos do Governo Federal. A organização do evento procurou o Ministério da Cidadania, em Brasília, ao qual o antigo Ministério da Cultura foi acoplado, para conversar sobre a disponibilização de recursos, que não foram liberados para a feira.
Até 2019, a Bienal de Pernambuco captava recursos usando a extinta Lei Rouanet. Segundo Rogério Robalinho, da Cia de eventos, desde o ano passado, com a "satanização da Lei Rouanet", as empresas estão receosas em dispor verbas para o fomento da cultura. Isso tem dificultado em todo país o levantamento de recursos, ainda mais no Nordeste, que se posiciona em direção contrária ao atual governo.
##RECOMENDA##Censura
Questionado sobre a existência de preocupações sobre a censura de conteúdo, como houve na Bienal do Rio, Robalinho foi claro: “Preocupação zero”. “O que aconteceu no Rio de Janeiro, na Bienal do Rio, foi um absurdo e merece o repúdio de todos nós, e é contra isso que a gente entende que o universo de livro, leitura, literatura e biblioteca se insurge. Contra esse obscurantismo. (A Bienal) traz a pluralidade de pensamentos e ideias e novas perspectivas pra que nesse século 21 a gente possa discutir, nesses ambientes, que sociedade é essa que nós queremos ser”.