Tópicos | Silvano Queiroz

O secretário de Infraestrutura e Obras de Camaragibe, Silvano Queiroz, foi afastado das atividades, nesta terça-feira (26), a partir de uma medida expedida pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). A cautelar que atingiu o auxiliar do prefeito Demóstenes Meira (PTB) faz parte da Operação Harpalo, que investiga a prática dos crimes de fraude em licitação, corrupção, peculato e lavagem de dinheiro na gestão municipal.

De acordo com a investigação, Silvano Queiroz era “o assessor do prefeito para a execução das obras” e os crimes aconteceram “basicamente na construção civil”, ou seja, na licitação das obras municipais.

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"Tudo faz parte da administração do prefeito [Demóstenes Meira]. Por enquanto não conseguimos o afastamento do prefeito, mas do secretário de obras”, disse o delegado da Diretoria Integrada Especializada (DIRESP), Jean Rockfeller.

Meira não foi intimado pela polícia. “Depende do que a gente colher no dia de hoje, com certeza a gente vai pedir o afastamento do prefeito e de outras pessoas”, acrescentou o delegado.

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Na operação Harpalo, além do afastamento do secretário, a Polícia Civil de Pernambuco cumpriu 11 mandados de busca e apreensão domiciliar, sendo um deles na sede da prefeitura de Camaragibe; dois mandados de medida protetiva, e duas suspensões de atividades empresariais. Todos expedidos pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

"Essas empresas [que tiveram suspensão de atividade] são de construção civil”, observou o delegado, sem detalhar o nome dessas empresas. Ainda segundo ele, os mandados de busca foram cumpridos em São Lourenço da Mata, Recife, Jaboatão dos Guararapes, Gravatá e Natal porque os investigados tinham residência nesses locais.

Sobre as duas medidas protetivas, o delegado informou que são para proteger a testemunha de “possíveis agressores que podem interferir na investigação de combate à corrupção. O prefeito e o secretário não podem se aproximar da testemunha”.

As investigações da operação Harpalo começaram em dezembro de 2018. Procurada pelo LeiaJá, a prefeitura de Camaragibe disse, em nota, que "todos os processos de licitação têm sido realizados de forma transparente e legal". Além disso, pontuou que "irá aguardar as investigações para que todas as medidas legais e necessárias sejam tomadas, a fim de que tudo seja esclarecido".

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