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A Coreia do Sul conseguiu acender um sol artificial a mais de 100 milhões de graus por um recorde de 20 segundos. Em comparação, o núcleo do Sol “original” queima a apenas 15 milhões de graus Celsius. Assim, a gigante asiática estabelece um novo recorde mundial no ramo da fusão. A condição alcançada é essencial para o aperfeiçoamento dos métodos de fusão nuclear controlada.

De acordo com informes, uma equipe de físicos sul-coreanos usou um "sol artificial" - um dispositivo de fusão supercondutor conhecido como KSTAR (Pesquisa Avançada de Tokamak Supercondutor da Coreia) - para o experimento. Para a fusão, os cientistas obtiveram um plasma (um dos quatro estados fundamentais da matéria) do hidrogênio composto de íons quentes que ultrapassaram os 100 milhões de graus de temperatura. Para reter os íons, é necessário manter temperaturas incrivelmente altas.

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O Centro de Pesquisa KSTAR do Instituto Coreano de Energia de Fusão (KFE), em uma investigação conjunta com a Universidade Nacional de Seul (SNU) e a Universidade de Columbia dos Estados Unidos, alcançou este marco em 24 de novembro, segundo relatórios.

De acordo com outro relatório, o Diretor Si-Woo Yoon do Centro de Pesquisa KSTAR da KFE disse que “as tecnologias necessárias para operações longas de 100 milhões de plasma são a chave para a realização da energia de fusão e o sucesso do KSTAR em manter o plasma em alta temperatura por 20 segundos será um ponto de viragem importante na corrida para tecnologias seguras para a operação de plasma de alto desempenho a longo prazo, um componente crítico de um reator de fusão nuclear comercial no futuro. "

Esta fusão superou a operação de plasma do ano passado, que funcionou por 8 segundos. Em 2018, o KSTAR atingiu a temperatura de 100 milhões de graus pela primeira vez, mas só conseguiu mantê-lo funcionando por cerca de 1,5 segundos.

O KSTAR, operado pela KFE, alcançou sua primeira fusão em 2008. A meta do instituto é atingir a ignição por fusão por 300 segundos de cada vez até 2025, disse o documento.

Dispositivos Tokamak como KSTAR são usados para recriar reações de fusão que ocorrem no Sol, aqui na Terra. De acordo com o Instituto de Proteção contra Radiação e Segurança Nuclear (IRSN), existem cerca de 250 dispositivos tokamak em todo o mundo. Tokamak é um acrônimo para o termo russo "toroïdalnaïa kameras magnitnymi katushkami" ou "câmara toroidal com bobinas magnéticas".

 

Cientistas alemães anunciaram nesta quinta-feira ter ultrapassado uma etapa fundamental nas pesquisas sobre uma energia própria obtida pela fusão nuclear com o lançamento de um reator que alguns chamam de "sol artificial".

Físicos do Instituto Max Planck de física dos plasmas (IPP) levaram nove anos para construir o dispositivo batizado "stellarator", que custou até hoje um bilhão de euros. Seu objetivo é desenvolver uma nova fonte de energia, gerada pela fusão de nuclear de núcleos, que ocorre naturalmente no interior do sol e da maioria das estrelas.

Ao contrário de usinas de energia nuclear, cuja energia vem da fissão ou divisão dos átomos, o trabalho do stellarator ocorre no sentido inverso: unindo ou fundindo núcleos atômicos. O método consiste em submeter átomos de hidrogênio a temperaturas de até 100 milhões de graus Celsius para provocar a fusão dos núcleos, gerando assim energia.

A altíssima temperatura provoca a formação de um plasma, que é necessária para evitar o arrefecimento e manter confinado o tempo suficiente para atingir o ponto de fusão e, por conseguinte, a criação de energia. Os físicos alemães começaram nesta quinta-feira a testar a colossal máquina Wendelstein 7-X, criando um plasma com hélio.

"Estamos muito satisfeitos", declarou Hans-Stephan Bosch, cujo departamento é responsável pelo funcionamento do reator. "Tudo ocorreu como previsto", afirmou. O primeiro plasma de hélio formado na máquina de 16 metros de comprimento se manteve um décimo de segundo e atingiu uma temperatura de cerca de um milhão de graus.

A equipe vai a seguir tentar prolongar a duração do plasma e determinar a melhor forma de produzi-lo. Em janeiro, os cientistas utilizarão hidrogênio, real objetivo de seu estudo. 

A energia tirada da fusão nuclear é considerada como o "Santo Graal" das energias limpas, apresentada como ilimitada. Ela também não apresenta os perigos associados à energia nuclear, com seus problemas de segurança e seus resíduos radioativos durante milhares de anos.

Vários países já entraram na corrida para a construção de um reator, como o projeto internacional International Thermonuclear Experimental Reactor (ITER). O ITER, cuja sede está no sul da França, está construindo um tokamak, reator em forma de anel que permite uma fusão nuclear. Mas em virtude de problemas técnicos e dos altos custos, o programa deve ainda levar quase 10 anos para conseguir realizar sua primeira experiência.

Outros reatores experimentais de tamanho bem mais modesto estão igualmente em desenvolvimento nos Estados Unidos, mas o financiamento continua sendo um problema crônico.

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