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A alta de 14,46% dos preços das indústrias extrativas, segundo o Índice de Preços ao Produtor (IPP) de julho, foi a quarta consecutiva registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador mede a evolução dos preços de produtos "na porta de fábrica", sem impostos e fretes.

Com esse aumento, o acumulado das indústrias extrativas no ano é de 24,42%, o maior resultado para um mês de julho na série histórica iniciada em janeiro de 2014. Na comparação com igual mês de 2019, a variação foi de 16,73%.

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Os preços dos alimentos, que ao lado das indústrias extrativas exerceram maior influência na taxa de 3,22% do IPP de julho, tiveram variação média de 3,69% ante junho, o maior aumento desde março (4,23%). Com isso, a variação acumulada no ano é de 12,03%, segunda maior taxa da série no mês, perdendo para julho de 2012 (12,09%).

Os quatro produtos que mais influenciaram IPP dos alimentos de julho foram o açúcar VHP (very high polarization), carnes e miudezas de aves congeladas, resíduos da extração de soja e óleo de soja em bruto, mesmo degomado. Desses produtos, apenas açúcar VHP (very high polarization) se destacou em termos de variação.

"O aumento de preços do açúcar esteve atrelado ao aquecimento do mercado externo, não podendo perder de vista a depreciação do real. Em julho, a depreciação foi de 1,6%, mas o acumulado em 2020 atingiu 28,5% e entre julho de 2019 e julho de 2020, 39,7%. Essa depreciação também atingiu os demais produtos, uma vez que todos são exportados", informou o IBGE.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou alta de 1,56% em abril de 2018. A taxa é superior a março deste ano (1,08%), e a abril do ano passado, que teve queda de 0,11%. Os números foram divulgados hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o instituto, 21 atividades industriais tiveram alta de preços em abril. As principais foram as de refino de petróleo e produtos de álcool (4,31%), indústrias extrativas (4,83%), metalúrgica (2%), e alimentos (1,28%). Apenas três setores tiveram deflação em seus produtos: bebidas (-1,91%), farmacêutica (-1,52%) e impressão (-0,41%).

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Os insumos industrializados usados no setor produtivo tiveram inflação de 2,26% e as máquinas e equipamentos tiveram alta de 1,9%. Já a inflação dos bens de consumo semi e não duráveis chegou a 0,34%, enquanto a alta dos bens de consumo duráveis ficou em 0,14%.

De acordo com dados divulgados hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Produto (IPP) registrou deflação (queda de preços) de 0,99% em julho. O IPP calcula a variação de preços dos produtos na porta de saída das fábricas e acumula deflação de 1,27% ao ano.

A deflação é ainda mais elevada do que a registrada no mês de junho (-0,20%) e também em julho de 2016 (-0,57%).  No mesmo perído analisado (07/2017) houve também a queda de preços (1,81%) da *indústria extrativa e deflação em 18 das 24 atividades da indústria de transformação (transforma matéria-prima em um produto final). O destaque foi para o setor alimentício (-2%); refino de petróleo e produtos derivados do álcool (-1,38%); e metalurgia (-1,34%). A fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias teve alta de 0,18% no período.

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Dentre as grandes categorias econômicas, apenas os bens de consumo duráveis apresentaram inflação – 0,19%. Os demais setores tiveram queda nos preços: bens de consumo semi e não duráveis (-1,36%); bens intermediários, isto é, os serviços industrializados do setor produtivo (-1,05%); e os bens de capital, como máquinas e equipamentos (-0,62%).

*Indústria Extrativa ou Extrativismo: significa todas as atividades de coleta de produtos naturais, sejam estes produtos de origem animal, vegetal ou mineral. É a mais antiga atividade humana, antecedendo a agricultura, a pecuária e a indústria. 

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou alta de 0,47% em setembro, informou neste quarta-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de agosto foi revisada de uma redução de 0,26% para recuo de 0,25%.

O IPP mede a evolução dos preços de produtos na "porta da fábrica", sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação.

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Considerando apenas a indústria extrativa, houve avanço de 8,19% nos preços em setembro, após alta de 4,15% em agosto. Já a indústria de transformação registrou aumento de 0,24% no IPP de setembro, ante recuo de 0,38% em agosto.

Com o resultado anunciado nesta quarta-feira, o IPP de indústrias de transformação e extrativa acumula queda de 0,46% no ano e aumento de 0,52% em 12 meses.

Detalhamento

Os bens de capital ficaram 0,93% mais caros na porta de fábrica em setembro ante agosto, dentro do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado pelo IBGE.

Já os preços dos bens intermediários subiram 0,62%. Os bens de consumo tiveram aumento de 0,13%, sendo que os bens de consumo duráveis recuaram 0,15% e os bens de consumo semiduráveis e não duráveis subiram 0,22%.

A maior contribuição para a alta de 0,47% registrada no IPP de setembro foi dos bens intermediários (0,35 ponto porcentual), seguida por bens de capital (0,08 ponto porcentual) e bens de consumo (0,05 ponto porcentual). Dentro de bens de consumo, 0,06 ponto porcentual veio dos bens de consumo semiduráveis e não duráveis e -0,01 ponto porcentual dos bens de consumo duráveis.

O recuo no dólar ante o real tem ajudado a manter o Índice de Preços ao Produtor (IPP) em terreno negativo. O IPP recuou 0,56% em julho. No ano, o indicador que mede a variação de preços dos produtos na porta de fábrica acumula uma redução de 0,67%.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 1º de setembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "O dólar recuou 4,4% só em julho", lembrou Manuel Campos Souza Neto, gerente do IPP no IBGE.

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O IBGE calcula uma queda acumulada de 15,4% no dólar em relação ao real no ano de 2016. Segundo Souza Neto, várias atividades industriais pesquisadas têm influência direta ou indireta do câmbio.

"O impacto (do câmbio) é constante. A atividade extrativa é (regulada pelo) mercado internacional, mas sofre influência do dólar. Couro, Madeira, Informática tem componentes importados, Papel e celulose, Outros veículos de transporte têm muita influência do dólar, Fumo", enumerou o gerente da pesquisa.

Souza Neto lembra que dois terços das atividades econômicas registraram queda nos preços em julho. "Então é (redução) generalizada", disse ele.

Embora ainda esteja positiva, a taxa do IPP acumulada em 12 meses, que ficou em 4,30% em julho, alcançou o menor patamar desde março de 2015, quando estava em 3,15%.

Cientistas alemães anunciaram nesta quinta-feira ter ultrapassado uma etapa fundamental nas pesquisas sobre uma energia própria obtida pela fusão nuclear com o lançamento de um reator que alguns chamam de "sol artificial".

Físicos do Instituto Max Planck de física dos plasmas (IPP) levaram nove anos para construir o dispositivo batizado "stellarator", que custou até hoje um bilhão de euros. Seu objetivo é desenvolver uma nova fonte de energia, gerada pela fusão de nuclear de núcleos, que ocorre naturalmente no interior do sol e da maioria das estrelas.

Ao contrário de usinas de energia nuclear, cuja energia vem da fissão ou divisão dos átomos, o trabalho do stellarator ocorre no sentido inverso: unindo ou fundindo núcleos atômicos. O método consiste em submeter átomos de hidrogênio a temperaturas de até 100 milhões de graus Celsius para provocar a fusão dos núcleos, gerando assim energia.

A altíssima temperatura provoca a formação de um plasma, que é necessária para evitar o arrefecimento e manter confinado o tempo suficiente para atingir o ponto de fusão e, por conseguinte, a criação de energia. Os físicos alemães começaram nesta quinta-feira a testar a colossal máquina Wendelstein 7-X, criando um plasma com hélio.

"Estamos muito satisfeitos", declarou Hans-Stephan Bosch, cujo departamento é responsável pelo funcionamento do reator. "Tudo ocorreu como previsto", afirmou. O primeiro plasma de hélio formado na máquina de 16 metros de comprimento se manteve um décimo de segundo e atingiu uma temperatura de cerca de um milhão de graus.

A equipe vai a seguir tentar prolongar a duração do plasma e determinar a melhor forma de produzi-lo. Em janeiro, os cientistas utilizarão hidrogênio, real objetivo de seu estudo. 

A energia tirada da fusão nuclear é considerada como o "Santo Graal" das energias limpas, apresentada como ilimitada. Ela também não apresenta os perigos associados à energia nuclear, com seus problemas de segurança e seus resíduos radioativos durante milhares de anos.

Vários países já entraram na corrida para a construção de um reator, como o projeto internacional International Thermonuclear Experimental Reactor (ITER). O ITER, cuja sede está no sul da França, está construindo um tokamak, reator em forma de anel que permite uma fusão nuclear. Mas em virtude de problemas técnicos e dos altos custos, o programa deve ainda levar quase 10 anos para conseguir realizar sua primeira experiência.

Outros reatores experimentais de tamanho bem mais modesto estão igualmente em desenvolvimento nos Estados Unidos, mas o financiamento continua sendo um problema crônico.

A elevação de 0,48% no Índice de Preços ao Produtor (IPP) em agosto foi determinada principalmente pelo avanço na cotação dos preços das commodities no exterior, mas um movimento de recomposição de preços também contribuiu para que o indicador voltasse ao positivo, após cinco meses de queda. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segmentos como o de bebidas e o de veículos aproveitaram o mês para tentar recuperar margem de lucro.

Após oito quedas consecutivas, o setor de bebidas reajustou preços pela segunda vez em agosto. A alta foi de 1,89% no mês passado, após elevação de 0,13% em julho. "São produtos que têm certa sazonalidade. Então tem uma preparação do mercado para os meses de verão. Esse posicionamento negativo que aconteceu durante oito meses antes desses dois de elevação foram antecipação da expectativa de contratos para o verão. E agora tem esse aumento, no momento em que os contratos começam a ser fechados", explicou o técnico Cristiano Santos, da Coordenação de Indústria do IBGE.

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Na indústria de veículos, a troca de modelos para os lançamentos de 2015 tem impulsionado os preços, que ficaram 0,64% maiores na porta de fábrica. O ritmo é mais intenso do que o aumento de 0,22% observado em julho. "Quando começa essa troca, há uma apreciação (no valor). É claro que pode haver mudança técnica, de qualidade, mas isso a princípio temos de retirar do indicador. Por outro lado pode haver reposicionamento de margem ao mesmo tempo, o que puxa a alta", disse o técnico.

Segundo Santos, o segmento de veículos também tem sido impulsionado pelos preços de peças do setor automotivo. A metalurgia, contudo, não contribuiu tanto para o reajuste, apesar de também sentir a influência da cotação de commodities no mercado internacional. "O setor envolve muito alumínio e aço. Como o aço é um derivado, ele sofre influência de muitas commodities, enquanto o aço é mais isolado, mas ainda assim sofre impacto", explicou Santos. "Mas acredito que isso não esteja sendo repassado ao setor de veículos neste momento", afirmou.

Em outros equipamentos de transportes, a tendência de baixa verificada no início do ano teve fim com a alta de 1,88% em agosto, uma das maiores taxas no mês. "Há uma forte tendência de reposicionamento em produtos como aeronaves e manutenção de equipamentos", disse Santos.

Já nas fábricas do setor de vestuário, houve queda de 0,18% nos preços em agosto. Segundo o técnico do IBGE, o momento é de redução de estoques, diante da aproximação da temporada de novos contratos para a estação de verão.

As quedas consecutivas no Índice de Preços ao Produtor (IPP) entre março e julho deixaram o índice com uma alta acumulada de apenas 0,61% neste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para o mês de julho, o resultado nesta comparação é o menor desde 2011, quando acumulou alta de 0,59%. "São dois momentos em que o real está bastante valorizado, e isso faz com que a taxa acumulada do IPP seja baixa", explicou o técnico Alexandre Brandão, gerente do IPP.

Em 2011, a valorização do real foi mais intensa. A divisa brasileira ganhou 7,6% frente o dólar entre janeiro e julho daquele ano, segundo o IBGE. Agora, a apreciação do real foi de 4,7% em sete meses. "O índice tem um atrelamento grande com o dólar", reforçou Brandão, citando setores bastante influenciados pela cotação da moeda norte-americana e que estão até mais baratos no acumulado de 2014, como madeira (-3,95%) e papel e celulose (-1,05%).

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Em 12 meses, o alívio também é significativo. Após atingir, em fevereiro deste ano, o pico da série (iniciada em janeiro de 2010), a taxa recuou dos 8,24% até chegar a 3,45% em julho. As cinco deflações consecutivas entre março e julho de 2014, algo até então inédito, foram decisivas para este movimento. "De março para cá, o IPP acumulou queda de 1,94%", calculou Brandão.

Apesar disso, o gerente do índice refuta a ideia de que a redução nos preços tem relação direta com a menor atividade. "Os preços podem cair devido a um impacto da matéria-prima, não necessariamente por atividade menor. Seria leviandade dizer isso", afirmou Brandão. Segundo ele, os aumentos em veículos no âmbito da indústria, mesmo com a queda observada na produção, mostram que alguns setores têm poder para enfrentar uma crise recompondo preços.

Veículos

Os preços de veículos e de refino de petróleo e produção de álcool impediram que a deflação fosse ainda mais intensa no atacado em julho. O Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou queda de 0,29% no mês passado, mas os dois segmentos tiveram alta nos preços, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os veículos ficaram 0,22% mais caros na porta de fábrica em julho, segundo o instituto.

"Automóveis vêm aumentando os preços de forma tímida ao longo do tempo, assim como outros produtos. Mas, no momento em que o IPP está caindo, e eles têm um peso muito grande, isso sobressai. Mas não tem nada muito diferente do que era o quadro no mês passado", explicou o técnico Alexandre Brandão, gerente do IPP.

"Depende da estratégia de cada empresa, mas o que vemos é que estão aumentando. O setor, mesmo com dificuldade, tem conseguido repassar alguns preços", acrescentou, referindo-se à redução na produção de veículos observada desde o início do ano.

No caso de petróleo e álcool, a alta de 0,51% em julho tem como pano de fundo o represamento de estoques por parte de produtores de álcool. À espera de preços mais vantajosos, a retenção diminuiu a oferta, mesmo num período em que a safra de cana-de-açúcar geralmente irriga o mercado. "Com essa restrição na oferta, houve aumento de preços", disse Brandão.

Além disso, as naftas também ficaram mais caras no período, contribuindo para a alta no segmento. "Não é algo particular do Brasil. Isso espelha a situação mundial, que está ligada a problemas na Síria e no Oriente Médio. O fluxo de comércio está um pouco abalado, então os preços voltaram a subir", explicou o gerente do índice.

Por outro lado, há setores que inverteram a alta no mês passado, como foi o caso da metalurgia. Após subir 1,12% em junho, o segmento registrou queda de 0,27% nos preços, segundo o IBGE. O mesmo ocorreu com impressão (2,73% para -2,15%), outros equipamentos de transporte (0,63% para -0,12%), farmacêutica (0,47% para -0,52%) e máquinas e equipamentos (0,34% para -0,23%).

Os alimentos no atacado registraram o quinto recuo consecutivo em julho, no âmbito do Índice de Preços ao Produtor (IPP). Os preços do setor ficaram 1,18% mais baratos em relação a junho, a redução mais intensa desde fevereiro de 2013 (-2,58%), informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o técnico Alexandre Brandão, gerente do IPP, a queda de preços da soja e do açúcar, bem como de seus derivados, empurraram o índice para baixo. "Isso vem muito em linha com a época de colheita da safra, tanto da soja quanto da cana-de-açúcar. No caso da soja, ainda tem a safra americana, com uma oferta grande, fazendo com que os preços estejam caindo", explicou.

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No ano, os produtos alimentícios na indústria de transformação já registram queda de 2,88%. Em 12 meses, a alta até julho é de 2,62%, a terceira menor taxa já registrada em toda a série, iniciada em janeiro de 2010.

Seis das 23 atividades pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registraram alta em julho dentro do Índice de Preços ao Produtor (IPP), que apresentou a quinta queda consecutiva em julho, de 0,29%.

Segundo o instituto, as principais quedas foram observadas nos segmentos de impressão (-2,15%), calçados e artigos de couro (-1,38%), alimentos (-1,18%) e madeira (-0,96%). Em termos de influência, os alimentos foram destaque, com contribuição de -0,23 ponto porcentual, enquanto calçados e artigos de couro diminuíram 0,02 ponto porcentual do índice.

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Os preços de refino de petróleo e produtos de álcool subiram 0,51% e também deram uma das principais contribuições positivas (+0,06 ponto porcentual). Os veículos automotores também ficaram 0,22% mais caros na porta da fábrica, acrescentando 0,02 ponto porcentual ao índice.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou queda de 0,29% em julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira, 27. Em junho, a taxa havia ficado negativa em 0,16%, conforme dado revisado (-0,13% na leitura inicial).

Ainda de acordo com o IBGE, o indicador acumula altas de 0,61% no ano e de 3,45% em 12 meses até julho. O IPP mede a evolução dos preços de produtos na "porta da fábrica", sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação. Desse total de setores analisados em julho, seis tiveram alta de preços.

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Os ajustes após os aumentos de preços nos alimentos devido à estiagem e a perspectiva de expansão de oferta de grãos em nível mundial contribuíram para que os alimentos registrassem a sexta deflação seguida no âmbito do Índice de Preços ao Produtor (IPP), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado nesta quinta-feira (31). Os alimentos recuaram 0,14% e já acumulam queda de 1,68% no ano, no âmbito da indústria.

"O maior impacto vem dos produtos derivados da soja. Nesse período, houve queda no preço do grão, principalmente por causa de maior oferta norte-americana no período", explicou o gerente do IPP, Alexandre Brandão, da Coordenação da Indústria do IBGE.

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Segundo o IBGE, ficaram mais baratos tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja, além do próprio óleo de soja refinado. No sentido contrário, biscoitos e bolachas ficaram mais caros diante de uma maior demanda, enquanto o açúcar cristal ficou mais caro apesar da cana-de-açúcar mais barata. "Mas ele já vinha de dois meses de queda. O que algumas empresas disseram foi que houve aumento de demanda interna. Outras responderam que foi aumento de demanda externa. Então, foi uma questão de oportunidade das empresas", ressaltou Brandão.

No caso dos preços de petróleo e álcool, que caíram 0,48%, os destaques foram o álcool hidratado, as naftas, o querosene de aviação e o óleo diesel e outros óleos combustíveis, todos com sinal negativo. De acordo com Brandão, a queda do álcool é reflexo da safra de cana-de-açúcar. No caso da nafta, a maior oferta no mercado internacional explica o recuo de preços.

"Quando a nafta cai, ela acaba repercutindo também no setor químico", adicionou o gerente do IPP. No caso de outros produtos químicos, o recuo de 1,12% (-0,12 ponto porcentual de impacto) foi a quarta queda seguida, acompanhando o que acontece com indústria de modo geral.

A desvalorização do real no ano passado ainda interfere nos índices de preços acumulado em 12 meses da indústria de transformação. Segundo o gerente do Índice de Preços ao Produtor (IPP), Alexandre Brandão, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa saiu de 8,24% em fevereiro para 5,04% em junho, mas ainda carrega efeitos do câmbio.

"Em 12 meses, todas as influências são positivas. Apesar do que está acontecendo na margem (deflação de 0,13%), há um carregamento do ano anterior. Houve questões com a soja, principalmente no início deste ano, quando se esperava que o preço caísse e teve a estiagem. As naftas aumentaram e os preços da metalurgia são puxados pelos alumínios. Então, o cenário de longo prazo não tem mudado muito", disse Brandão.

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No segmento de calçados, os preços na indústria aumentaram 11,26% nos últimos 12 meses. "A taxa carrega essa influência da desvalorização do real ao longo de 2013", afirmou. No mês, contudo, os calçados tiveram queda, a despeito de sua matéria-prima ter ficado mais cara. "Diante da demanda menor, os empresários recorreram frequentemente a descontos. É um setor que tem enfrentado menor demanda, então diminui preços ainda que a matéria-prima esteja aumentando", explicou.

Nas máquinas, aparelhos e materiais elétricos, a alta em 12 meses é de 12,09%, puxada por refrigeradores, pulhas, motores elétricos e máquinas de lavar. Nesta comparação e também no mês, Brandão atribui parte do aumento à demanda gerada por programas federais de incentivo à compra de itens de linha branca. "Mesmo num momento de crise, algumas empresas conseguem recompor a margem", afirmou.

No caso de refino de petróleo e produção de álcool, a alta de 9,35% em 12 meses (a despeito da queda de 0,48% na margem) ocorre também devido ao reajuste dos combustíveis, concedido no ano passado.

O aumento expressivo de preços na indústria de impressão provavelmente teve como pano de fundo a Copa do Mundo, na avaliação do técnico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Alexandre Brandão, gerente do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado nesta quinta-feira (31). "É um setor que atende outras empresas, a própria indústria. A gente não consegue perceber o dinamismo dessa atividade, é um setor muito difícil de entender. Mas a Copa do Mundo pode ter alavancado a demanda por propaganda. É uma hipótese, não tem comprovação", disse Brandão.

Em junho, os preços da indústria de impressão aumentaram 3,40%, puxados por discos de DVD e impresso de uso comercial. Mas, segundo o gerente, o setor acumula alta de 0,75% no ano e uma queda de 5,78% em 12 meses, o que comprova que o aumento de junho foi pontual.

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Além disso, o segmento de metalurgia também registrou alta de preços, de 1,23% em junho, com impacto de 0,10 ponto porcentual no IPP do mês (-0,13%). "O que mais chama a atenção é um aumento de preços no mercado mundial, principalmente de alumínio e cobre", justificou Brandão. Segundo ele, os produtos ligados ao aço também ficaram mais caros, mas devido a questões internas.

A falta de chuvas prejudicou a produção de soja e de leite nesse início de ano, o que impulsionou os preços da atividade de alimentos em fevereiro dentro do Índice de Preços ao Produtor (IPP), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A atividade registrou alta de 0,44% em fevereiro, após uma queda de 1,52% em janeiro. Como resultado, o segmento passou de uma contribuição negativa de 0,31 ponto porcentual no IPP de janeiro para impacto positivo de 0,09 ponto porcentual no IPP de fevereiro.

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"Eu chamaria atenção principalmente para a soja e para o leite, que vieram em sentido inverso do que geralmente acontece em fevereiro", ressaltou Alexandre Brandão, gerente do IPP na Coordenação de Indústria do IBGE. O pesquisador explicou que a estiagem prejudicou a pastagem e a expectativa para a produção de soja, mesmo em época de safra.

"Houve um aumento estranho de preços tanto de soja quanto de leite, mesmo uma época de safra, que não foi tão positiva quanto se esperou. Em fevereiro do ano passado, todos esses produtos caíram", lembrou Brandão.

O aumento nos alimentos só não foi maior na porta de fábrica porque houve redução de preços de açúcar cristal, devido à demanda menor do mercado externo, e de farinha de trigo, por causa da queda no preço do trigo.

O aumento no preço do aço ao longo dos últimos meses impulsionou o resultado das atividades de máquinas, aparelhos e materiais elétricos e de veículos automotores em fevereiro, segundo Alexandre Brandão, gerente do Índice de Preços ao Produtos (IPP) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os fabricantes parecem ter, enfim, repassado a elevação de custos com o insumo na produção de automóveis e eletrodomésticos.

A atividade de máquinas, aparelhos e materiais elétricos - que compreende os eletrodomésticos - teve alta de 1,77% nos produtos na porta de fábrica em fevereiro. O segmento de veículos automotores aumentou 0,65%. "Eles (os fabricantes) acharam que era oportunidade de repassar (aos produtos) esses custos, que foi meio de altos e baixos no ano passado. Então o setor segurou preços, mas agora em fevereiro foi o momento de recolocar", explicou Brandão.

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O segmento de metalurgia registrou em fevereiro a maior alta de preços acumulada em 12 meses da série do IPP, iniciada em dezembro de 2010. A taxa foi de 10,54%. Em fevereiro, a atividade de metalurgia manteve o ritmo de aumento, com alta de 0,81% nos preços, após já ter registrado elevação de 4,30% em janeiro.

Os preços de produtos na porta de fábrica registraram aumento em fevereiro em 14 das 23 atividades da indústria de transformação que integram o Índice de Preços ao Produtor (IPP), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês anterior, 19 segmentos tinham registrado aumento.

As maiores variações em fevereiro ocorreram nas atividades de confecção de artigos do vestuário e acessórios (2,19%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (1,77%) e calçados e artigos de couro (1,56%). A maior queda foi verificada em papel e celulose (-1,87%).

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As principais influências para o total da taxa do IPP de fevereiro foram das variações de outros produtos químicos (0,17 ponto porcentual), alimentos (0,09 ponto porcentual) e veículos automotores (0,07 ponto porcentual). O principal impacto negativo veio de papel e celulose (-0,06 ponto porcentual).

12 meses

A taxa acumulada em 12 meses pelo IPP atingiu no mês de fevereiro o maior patamar desde o início da série histórica, em dezembro de 2010. O IPP acumulado em 12 meses saiu de 7,31% em janeiro para 8,24% em fevereiro, informou o IBGE.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado nesta terça-feira, 1, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou alta de 0,51% em fevereiro, ante alta de 1,43% em janeiro. A taxa do primeiro mês deste ano foi revisada em baixa, passando de uma alta de 1,50% para um aumento de 1,43%. Até fevereiro, o IPP acumula expansão de 1,95% no ano e alta de 8,24% nos últimos 12 meses.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou alta de 0,65% em dezembro ante novembro de 2013, o informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira, 30. Em novembro, a taxa havia ficado em 0,64%, conforme dado revisado (+0,62% na leitura inicial).

O indicador ainda acumulou alta de 5,75% no ano de 2013, contra 7,16% em 2012. O IPP mede a evolução dos preços de produtos na "porta da fábrica", sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação.

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A valorização do dólar voltou a impulsionar o Índice de Preços ao Produtor (IPP). Em novembro de 2013, o indicador registrou alta de 0,62%, bem acima dos -0,45% observados em outubro, informou nesta terça-feira (7), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No penúltimo mês do ano passado, a moeda americana subiu 4,89% ante o real, a segunda maior variação mensal de 2013 e principal motor da aceleração do IPP. A valorização só foi maior em junho, quando o dólar subiu 6,78%, o que levou o IPP a uma alta de 1,32% naquele mês.

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"Quando a gente olha o resultado do ponto de vista setorial, vê um movimento de concentração de alta nos produtos atrelados ao mercado internacional", explicou o técnico Cristiano Santos, da Coordenação de Indústria do IBGE. "Há uma inversão muito grande nos setores do ponto de vista da variação", acrescentou.

Em outubro, 14 setores haviam apresentado queda nos preços ao produtor. Desses 14, nove inverteram o sinal e tiveram alta em novembro. Entre eles, alimentos e outros equipamentos de transporte (que incluem aeronaves e produtos ligados à fabricação de embarcações, influenciados pelo câmbio). No total de novembro, 16 das 23 atividades pesquisadas tiveram aumento nos preços.

Nos alimentos, a alta de 1,22% levou a um impacto de 0,25 ponto porcentual (a principal influência). Também foram contribuições importantes a metalurgia e os veículos automotores. No setor metalúrgico, o aumento de preços em produtos feitos de alumínio e aço, associado ao câmbio, provocou a alta.

Já nos veículos, o dólar ficou fora do rol de justificativas, mostrando que a moeda americana, apesar de principal, não é o único fator que influenciou o IPP. "Quando chega ao fim do ano, há uma troca muito grande de modelos, e isso influencia", explicou Santos.

Segundo o técnico, a indústria automotiva também pode ter aproveitado a expectativa de recomposição parcial do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para elevar os preços. A mudança na alíquota do imposto foi confirmada pelo governo no fim de dezembro e passou a vigorar em 1º de janeiro de 2014.

Na contramão, outros produtos químicos contribuíram negativamente, na esteira do ajuste de preços da nafta (insumo da indústria petroquímica) no mercado internacional. "A nafta vinha muito apreciada em 2012, e os preços aumentaram nos primeiros meses de 2012. Agora, há um reposicionamento para equilibrar os preços no mercado internacional", disse Santos.

O IPP acumula alta de 5,04% no ano. Apesar de a variação ser muito próxima do IPCA até novembro (4,95%), Santos advertiu que o alinhamento entre os dois indicadores deve ser interpretado com reservas, uma vez que o IPP mede preços de produtos exportados e que não têm impacto para o consumidor. O IPCA, por sua vez, incorpora preços de importados, que não são medidos no IPP. O IPCA de 2013, que mostrará a inflação oficial do ano passado, será divulgado na próxima sexta (10).

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