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Com certeza, 70% das pessoas que estavam no ginásio Milton Bivar na noite desta quarta-feira não iriam assistir a um jogo de vôlei se jogadores, considerados galãs, não estivessem em quadra.

A presença de atletas de alto nível em quadras pernambucanas é um atrativo a mais para eventos como o realizado ontem pelo time do Cimed/Sky.

Ali não se vê a rivalidade entre duas equipes ou o jogo de vôlei em si. O evento é somente entretenimento e divulgação das duas empresas que dão nome a equipe de Santa Catarina. No intervalo dos sets são feitas brincadeiras com o público que concorre a brindes alusivos após patrocinadores da equipe.

Sabendo da carência de grandes times de vôlei na região, a turnê do time tetracampeão da Superliga faz com que a torcida nordestina lote os ginásios. Mas se não houvesse os atletas campeões mundiais dentro de quadra como Bruninho e Gustavo, talvez o sucesso não fosse o mesmo.

Torcida para jogos de vôlei Recife já mostrou ter. O que falta é um time que corresponda as necessidades do torcedor.

É certo que com mais apoio, por parte dos patrocinadores, a cidade poderia ter um time competitivo para encarar competições nacionais. A visibilidade e oportunidades que as marcas poderiam ter com  ações de patrocínio são imensuráveis. Pena que os empresários pernambucanos ainda não viram este filão de mercado.

A festa da torcida pernambucana foi grande no ginásio Milton Bivar, durante o jogo de vôlei entre Sport/Maurício de Nassau e Cimed/Sky, de Santa Catarina. Boa parte dos torcedores não estava ali para apoiar o time da Ilha do Retiro, mas para ver os jogadores da seleção brasileira, como Bruninho e Gustavo.

A estudante Aline Passos, de 15 anos, confessou que não foi a partida de voleibol que a fez sair do bairro de Boa Viagem em uma noite de quarta-feira. “Eu amo os jogadores da seleção. Sempre vejo eles pela TV e queria muito ter a chance de vê-los de perto”.

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Os rubro-negros fizeram a sua parte. Gritaram o “cazá, cazá” e se empolgaram com o bom início da equipe local que começou a partida surpreendendo os tetracampeões da Superliga. No início do primeiro tempo os leoninos chegaram a abrir seis pontos de vantagem com o placar de 8x3.

O time catarinense corrigiu os erros que estavam cometendo, principalmente no ataque, e chegaram ao empate em 19x19. Depois desta reação, o Sport/Maurício de Nassau não pontuou mais e o Cimed/Sky fechou o set em 19x25.

O segundo set foi o mais fácil para o time do sul do país. O bloqueio e as jogadas pelo meio foram as maiores armas do time comandado pelo levantador Bruninho. O Sport reagiu no final do set, quando o experiente Francismar acertou uma sequência de três aces seguidos. Neste momento a equipe visitante estava a um ponto de terminar o set e só consegiu depois de uma jogada de meio do camisa 13, Gustavo. O set terminou 15x25 para o Cimed/Sky.

Na última etapa da partida, os jogadores rubro-negros pareciam nervosos e erravam fundamentos básicos, como ataques e levantamentos. Sem muita dificuldades o time catarinense fechou o set em 19x25, vencendo a partida por 3x0.

“Nós não conhecíamos a equipe do Sport que mostrou qualidade. Forçaram o saque e nos deram muito trabalho”, comentou o levantador da seleção brasileira, Bruninho. Perguntado se a torcida que lotou o ginásio estava ali para ver os jogadores ou para curtir a partida, o filho do técnico Bernardinho, falou que o importante era a divulgação do esporte que mais ganhou títulos internacionais na última década. “Esse afeto do público mostra como o vôlei está popular e tem crescido no país nos últimos anos”.

Para meio de rede Gustavo seria bom que times do nordeste pudessem participar da Superliga de vôlei, já que o público da região é apaixonado pó esporte. “O nordeste tem essa carência no esporte. A gente vê um ginásio lotado como este e é triste saber que uma torcida como esta não um time para torcer durante a Superliga.”

Uma das explicações para que Pernambuco não consiga montar uma equipe que dispute a principal competição do país é a falta de investimento. “O time deles treina duas vezes por dia, nós treinamos três vezes na semana. Falta investimento. Sempre fomos um estado exportador de talentos no vôlei, mas na conseguimos montar uma equipe forte em Pernambuco”, relatou o jogador do Sport Francismar, de 39 anos.

O time do Cimed/Sky fará mais dois jogos no nordeste. Na sexta eles jogam em Maceió e no domingo em Fortaleza. Esses amistosos fazem parte da preparação do time para a Superliga que começará em dezembro.

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