Tópicos | Taleban

O primeiro-ministro do Paquistão, Nawaz Sharif, e o presidente afegão, Hamid Karzai, se reuniram em Cabul neste sábado para reavivar tentativas de iniciar conversas de paz com militantes do grupo fundamentalista islâmico Taleban, meses antes de uma importante transição política no Afeganistão.

Em comentários transmitidos pela televisão após o encontro, Karzai disse que ele e Sharif discutiram "passos práticos" para trazer os insurgentes do Taleban para a mesa de negociação. Até agora, o movimento se recusa a dialogar com Karzai por considerá-lo uma "marionete" dos EUA.

##RECOMENDA##

"O terrorismo e o extremismo são um perigo para ambos os países e falamos sobre os abrigos e redutos existentes na região e sobre como por um fim a isso", declarou Karzai.

O Taleban afegão há tempos usa o território paquistanês como área de recrutamento e reduto. Líderes do movimento estariam operando a partir das cidades paquistanesas de Quetta, Peshawar e Karachi. Já o governo do Paquistão acredita que o Taleban paquistanês, um grupo à parte aliado à Al-Qaeda, tenha se refugiado nas áreas fronteiriças menos policiadas do Afeganistão para evitar as tropas paquistanesas.

A visita de Sharif ao Afeganistão é a primeira desde que seu governo assumiu o poder, em junho. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um ano depois do Taleban tentar silenciar a busca de Malala Yousafzai por um sistema educacional mais participativo para as meninas, a jovem é uma das principais candidatas ao Prêmio Nobel da Paz. No entanto, militantes ameaçam matá-la caso ela se atreva a voltar para o Paquistão, sua terra natal. Além disso, a diretora de sua antiga escola alega que, junto com a fama de Malala, tem crescido também o medo em suas salas de aula.

Embora Malala, de 16 anos, permaneça no Reino Unido e seu agressor ainda esteja foragido, a polícia afirma que o caso está encerrado. E muitos paquistaneses se perguntam publicamente se o incidente foi encenado para criar um herói para o Ocidente.

##RECOMENDA##

Pouco depois do ataque, estudantes paquistaneses encheram as ruas carregando cartazes com as palavras: "Eu sou Malala". Um ano depois, o refrão popular é: "Por que Malala?"

No Vale Swat, no Paquistão, o cartaz gigante, que identificava a escola de Malala, está perdendo suas cores. A escola não fez planos para reconhecer a data, embora as crianças em outras partes do país tenham se manifestado. Professores e alunos estão com medo. Mesmo um poster gigante de Malala, que uma vez estampava a parede de uma das salas, foi removido.

"Nós tivemos ameaças, existem tantos problemas. É muito mais perigoso para nós depois do disparo contra Malala e de toda a atenção que ela está recebendo", disse a diretora da escola, Selma Naz, que falou rapidamente e em voz baixa. "Os Talebans são muito perigosos. Eles saíram de Swat, mas eles ainda têm uma presença aqui. Estão escondidos, mas estão aqui. Todos nós temos medo em nossos corações." Um comando armado agora guarda a saída da grande porta preta de aço da escola.

Em 9 de outubro de 2012, Malala saiu da escola pela mesma porta, rindo com seus amigos enquanto eles subiram na traseira de uma caminhonete usada para transportar as crianças. O motorista atravessava uma ponte estreita, quando um homem mascarado e armado subitamente parou o veículo em um campo aberto.

Um segundo homem mascarado pulou na traseira da caminhonete com uma pistola. "Quem é Malala?", gritou. Ninguém disse nada, mas as cabeças automaticamente se viraram para Malala. Então ele levantou a arma disparou. Uma das balas atingiu Malala na cabeça, e outras duas estudantes, Shazia Ramazan e Kainat Riaz, também foram atingidas, mas sem ferimentos graves.

Malala foi transferida para um hospital militar próximo a Islamabad, e os médicos realizaram uma cirurgia de emergência. Certo de que a garota não sobreviveria, seu pai, Ziauddin, enviou uma mensagem para seu cunhado para preparar um caixão e um veículo para transportar o corpo de volta a Swat. Mas uma semana depois Malala acordou em um hospital em Birmingham, Inglaterra, onde foi levada para tratamento especial, e gradualmente recuperou a consciência e a voz.

Apesar da indicação de Malala para vários prêmios, a história da garota levantou um sentimento contra o Ocidente no Paquistão, já que muitos moradores locais veem o evento como um pretexto do Ocidente para criticar o país. Em dezembro do último ano, o governo renomeou a escola onde ela estudou para Malala Yousafzai Girls College, mas teve que voltar atrás na decisão após protestos de alunos em outras escolas.

A batalha de Malala pela educação para garotas começou quando estava próxima a completar 11 anos, em uma época que o Taleban andava livremente pelo vale, atirando em escolas, decapitando seguranças e espalhando seus corpos pela cidade. "Foi uma época muito, muito difícil", disse, em entrevista para televisão e jornais. Expulso do vale em uma sangrenta operação militar há cerca de quatro anos, o Taleban está gradualmente retornando ao vale.

Um ano antes de ser baleada, em 2011, Malala ganhou do governo paquistanês o Prêmio Nacional da Paz, e recentemente publicou um livro sobre a tentativa de assassinato.

Ahmed Shah, amiga da família e educadora, diz que o atirador nunca será pego, já que a polícia raramente investiga um crime se o Taleban assumir a autoria. O advogado Aftab Alam explica que o medo da retaliação faz com que ninguém compareça ao tribunal e que a polícia não investigue os casos. "Se nós a encontrarmos, definitivamente nós tentaremos matá-la", disse o porta-voz do Taleban, Shahidullah Shahid, em entrevista à AP. "Nós nos sentiremos orgulhosos de sua morte", completou. Fonte: Associated Press.

Os militantes do Taleban realizaram um atentado suicida perto do consulado dos Estados Unidos no Afeganistão nesta sexta-feira. Além do ataque, houve tiroteio entre os rebeldes e as forças de segurança afegãos na cidade de Herat.

De acordo com a polícia, dois membros das forças de segurança do Afeganistão morreram. Cinco componentes do grupo que realizou o ataque também foram mortos. Os Estados Unidos informaram que nenhum funcionário do posto diplomático ficou ferido.

##RECOMENDA##

O atentado começou com a explosão de um carro-bomba a cerca de 60 metros de distância do consulado norte-americano, disse Sayed Fazlullah Wahidi, o governador da província de Herat. Em seguida, outros militantes começaram a disparar contra as forças de segurança do Afeganistão.

Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires

O governo do Paquistão informou neste sábado que vai liberar mais sete prisioneiros membros do Taleban com o objetivo de facilitar o processo de paz e atingir uma solução para a guerra no vizinho Afeganistão, anunciou o ministro de Assuntos Externos do país.

O comunicado não deixou claro se as libertações já aconteceram ou estão em processo. Cerca de 26 outros detentos do Taleban foram libertados durante o ano passado na tentativa de solucionar o complicado processo, mas alguns criticam essas libertações por acharem que elas não são suficientes para convencer o Taleban a negociar. Existem também preocupações de que os homens libertados possam voltar ao combate.

##RECOMENDA##

O ministro de Assuntos Externos identificou os sete membros do Taleban que serão libertados como Mansoor Dadullah, Said Wali, Abdul Manan, Karim Agha, Sher Afzal, Gul Muhammad e Muhammad Zai.

O nome mais conhecido entre eles, é Dadullah, que foi capturado em fevereiro de 2008 pelas forças paquistaneses em Baluchistan, mas não se sabe ao certo que posto ele ocupa dentro do Taleban afegão.

O recluso líder do Taleban, mulá Mohammad Omar, disse nesta terça-feira que seu grupo deseja iniciar negociações de paz, embora ele mesmo incite mais ataques contra tropas estrangeiras.

Em longa e abrangente mensagem de e-mail, o mulá Omar responsabilizou os Estados Unidos e o governo afegão pela paralisação das negociações, dois meses atrás. Ele também pediu um boicote às eleições presidenciais do ano que vem, descrevendo-as como manipuladas pelos Estados Unidos.

##RECOMENDA##

Em mensagem emitida antes do Eid al-Fitr, feriado que marca o fim do mês sagrado muçulmano do Ramadã, o líder caolho da insurgência afegã pediu que o Exército e a polícia apontem suas armas para forças estrangeiras, funcionários do governo e tropas afegãs que cooperam com as forças da coalizão, lideradas pelos Estados Unidos. O documento de cinco páginas foi enviado por e-mail para empresas de comunicação.

Usando um tom conciliatório no restante da mensagem, ele negou que os insurgentes queiram monopolizar o poder no Afeganistão e disse que seu grupo é favorável ao que descreveu como "um governo afegão inclusivo com base em princípios islâmicos".

O líder não é visto desde que fugiu de motocicleta de uma vila do sul do Afeganistão três meses após a invasão norte-americana do país, em outubro de 2001. Não há gravações conhecida de sua voz desde o início de 2002 ou qualquer fotografia do mulá Omar. Ele se comunica principalmente por meio de mensagens transmitidas por seus porta-vozes.

Fonte: Associated Press.

Um destacado comandante do Taleban paquistanês escreveu uma carta à adolescente Malala Yousafzai, baleada na cabeça no ano passado em um atentado promovido pelo grupo, e disse lamentar o fato de não a ter avisado antes da tentativa de assassinato que deu repercussão internacional a seu ativismo pelo direito das mulheres à educação.

Na carta, escrita durante o fim de semana, Adnan Rasheed não chegou a pedir desculpas pelo atentado de outubro do ano passado, que deixou Malala gravemente ferida, levando a sua transferência para um hospital na Inglaterra. No entanto, o comandante, que é próximo dos principais líderes do grupo, disse que a tentativa de assassinato foi "chocante" e desejava que nada daquilo tivesse acontecido.

##RECOMENDA##

"Ontem, em seu discurso, você disse que a pena é mais poderosa que a espada", escreveu Rasheed, referindo-se ao discurso proferido por Malala na Organização das Nações Unidas (ONU) na última sexta-feira. "Então eles a atacaram por causa da sua espada, e não por causa dos seus livros ou da escola."

Rasheed esclarece que a carta, recebida pela Associated Press na noite de ontem, expressa sua opinião pessoal, e não a do grupo. Um outro comandante do Taleban confirmou a autenticidade da carta.

Segundo Rasheed, Malala não foi atacada por defender a educação feminina, mas pelo fato de ter feito críticas ao grupo em relação ao período em que o Taleban controlou o Vale do Swat, entre 2008 e 2009. A versão coincide com declarações de outros líderes do Taleban paquistanês na época do atentado.

Rasheed encerra a carta com um pedido para que Malala regresse ao Paquistão e se matricule em uma escola islâmica para mulheres. "Use sua pena pelo Islã e pelo sofrimento da comunidade muçulmana e revele a conspiração de uma pequena elite que quer escravizar a humanidade com uma pauta maligna em nome de uma nova ordem mundial." Fonte: Associated Press.

O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, declarou neste sábado que seu governo continua disposto a iniciar conversações como o Taleban. A declaração reduziu os temores de que um ataque realizado pelo grupo contra o palácio presidencial no início desta semana pudesse prejudicar o nascente processo de paz no país.

Em coletiva de imprensa conjunta em Cabul com o primeiro-ministro britânico David Cameron, que fez uma visita surpresa ao país, ele pediu ao grupo militante que volte à mesa de negociação. Karzai considerou o ataque como "insignificante" e disse que ele não vai impedir seu governo de buscar a paz.

##RECOMENDA##

O Taleban mostrou sua disposição em iniciar negociações de paz com os governos dos Estados Unidos e do Afeganistão e abriu um escritório no Catar pouco mais de uma semana atrás. Apesar disso, o grupo não renunciou à violência e tem realizado ataques em todo o território afegão. Com informações da Associated Press.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, participou nesta terça-feira de uma videoconferência com seu homólogo afegão, Hamid Karzai, depois de um ataque da milícia fundamentalista islâmica Taleban contra o palácio presidencial em Cabul. Na conversa, os dois manifestaram apoio às negociações com o Taleban em Doha, Catar. Fonte: Associated Press.

Autoridades norte-americanas e representantes da milícia fundamentalista islâmica Taleban anunciaram nesta terça-feira que se engajarão em negociações diretas nos próximos dias com o objetivo de pôr fim à guerra de 12 anos no Afeganistão. Os encontros acontecerão no novo escritório do grupo, no Qatar.

De acordo com os envolvidos, o Taleban cumpriu a exigência dos EUA de não usar o Afeganistão como base para ameaçar outros países. Os norte-americanos, no entanto, ainda esperam que a milícia fundamentalista condene a rede extremista Al-Qaeda.

##RECOMENDA##

O presidente dos EUA, Barack Obama, admitiu que o processo não será rápido nem fácil, mas elogiou seu homólogo afegão, Hamid Karzai, por ter enviado emissários para discutir a paz com o Taleban. Anos atrás, a abertura de Karzai para o diálogo com o Taleban ocasionou estremecimento nas relações entre Washington e Cabul.

Mais cedo, graduados funcionários do governo Obama descreveram sob a condição de anonimato a decisão do Taleban de abrir um escritório político nesta terça-feira em Doha como um trampolim para a plena renúncia do grupo em relação à Al-Qaeda. Em Doha, um funcionário do governo confirmou que o escritório do Taleban foi aberto.

As fontes do governo norte-americano disseram que representantes dos EUA e do Taleban participarão de reuniões bilaterais, que devem ser seguidas, dias mais tarde, por encontros com membros do Alto Conselho de Paz do presidente afegão Hamid Karzai.

"Eu acho que os Estados Unidos terão sua primeira reunião em vários anos com o Taleban daqui a alguns dias, em Doha", disse uma das fontes, afirmando que a medida é o "início de um caminho muito difícil".

O porta-voz do Taleban, Mohammad Naim, declarou hoje que o grupo está disposto a fazer uso de todos os meios lícitos disponíveis para pôr fim à presença de tropas estrangeiras no Afeganistão, mas não deixou claro se a milícia suspenderia imediatamente a luta armada. Fontes: Associated Press e Dow Jones Newswires.

O Taleban Paquistanês retirou nesta quinta-feira sua oferta de conversações de paz após a morte do número 2 do grupo num ataque com aviões teleguiados norte-americanos, informou um porta-voz do grupo insurgente.

A informação representa um golpe para o governo eleito que deve ser liderado por Nawaz Sharif, que conquistou votos com promessas de trazer a paz ao país após anos de ataques realizados por militantes contra civis e as forças de segurança.

##RECOMENDA##

Ahsanullah Ahsan disse à Associated Press nesta quinta-feira, 30, em ligação telefônica de um local não divulgado, que o segundo no comando do grupo, Waliur Rehman, foi morto na quarta-feira após um ataque com aviões teleguiados numa área tribal paquistanesa, na fronteira com o Afeganistão. Autoridades paquistanesas disseram que pelos menos outros quatro militantes foram mortos no ataque.

O grupo militante havia declarado anteriormente que estava aberto a negociações de paz. Mas Ahsan afirmou hoje que o Taleban acredita que o governo aprova os ataques realizados pelos Estados Unidos, portanto, retirou sua oferta para conversações.

"Nós fizemos uma oferta para negociações de paz com o governo com boas intenções, mas achamos que esses ataques com aviões teleguiados são realizados com a aprovação do governo, então anunciamos o fim nas negociações de paz", disse ele.

O Taleban Paquistanês, formado no final de 2007, tem como objetivo derrubar o governo paquistanês, que segundo o grupo é muito alinhado com os Estados Unidos. Os militantes são responsáveis por centenas de tiroteios e ataques em todo o Paquistão, que resultaram em milhares de mortos.

No início do ano, o grupo havia dado indícios de que estava aberto à ideia de conversações de paz para encerrar os anos de confronto se algumas pessoas, dentre elas Nawaz Sharif, que por duas vezes foi primeiro-ministro, participassem das conversações.

As negociações não avançaram, mas a vitória do partido de Sharif na eleição de 11 de maio trouxe a questão para o primeiro plano. Dias após o resultado do pleito, Sharif, que deve assumir o cargo de premiê pela terceira vez, pediu negociações de paz com os militantes do Taleban e afirmou que a oferta do grupo deve ser levada a sério. As informações são da Associated Press.

O ataque realizado por um avião teleguiado norte-americano matou o número 2 do Taleban Paquistanês nesta quarta-feira, informaram funcionários da inteligência paquistanesa, embora o grupo militante tenha negado a morte de Waliur Rehman.

Se confirmada, a morte do líder terá sido um forte golpe para o grupo, que é responsável por centenas de ataques com bombas e tiroteios em todo o Paquistão. Os Estados Unidos oferecem uma recompensa de US$ 5 milhões por Rehman, que Washington acusa de envolvimento nos ataques suicidas de 2009, numa base no Afeganistão, que resultou na morte de sete norte-americanos que trabalhavam para a CIA.

##RECOMENDA##

Mísseis disparados por um avião teleguiado norte-americano na manhã desta quarta-feira em Miran Shah, a principal cidade da região tribal do Waziristão do Norte, matou quatro pessoas, dentre elas Rehman, disseram as fontes paquistanesas.

Duas dessas fontes disseram que seus informantes em campo viram o corpo de Rehman e uma terceira afirmou que autoridades de inteligência interceptaram comunicações entre os militantes que diziam que o líder havia sido morto. Todas as fontes falaram em condição de anonimato.

Mas um porta-voz do Taleban Paquistanês negou os relatos. "Para mim, isso parece notícia falsa. Não tenho tal informação", declarou Ahsanullah Ahsan, falando à Associated Press por telefone de um local não divulgado.

O ataque com mísseis foi o primeiro desde as eleições paquistanesas de 11 de maio, durante as quais o programa de aviões teleguiados norte-americano foi muito debatido.

Foi também o primeiro ataque no Paquistão desde o discurso do presidente Barack Obama, na última quinta-feira, durante o qual ele discutiu regras mais restritivas implementada por ele para o uso desse tipo de aeronave em locais como Paquistão e Iêmen.

Rehman era procurado pelos Estados Unidos havia anos. Em 2010, Washington ofereceu US$ 5 milhões por informações que levassem ao líder militante pelo programa "Recompensa para Justiça".

Embora Rehman seja mais conhecido por suas atividades no Paquistão, o governo norte-americano declarou em seu anúncio que ele também participou de ataques no Afeganistão, contra militares dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). As informações são da Associated Press.

Dez funcionários de ajuda humanitária estrangeiros ficaram presos num cômodo fortificado por duas horas na cidade afegã de Cabul, durante um ataque de fundamentalistas islâmicos do Taleban, antes de serem resgatados pela polícia local, segundo relato feito neste domingo (26) pela Organização Internacional de Migração (IOM, na sigla em inglês).

Um policial afegão e dois civis foram mortos na operação. Segundo o major-general Joseph Osterman, diretor de operações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o número relativamente baixo de vítimas é um sinal de como as forças afegãs mostraram um "progresso notável" à medida que assumem a responsabilidade de proteger o país antes da retirada dos soldados estrangeiros, prevista para o ano que vem.

##RECOMENDA##

Richard Danziger, chefe da missão da IOM, agradeceu à polícia afegã pelo resgate, que ocorreu na sexta-feira, durante um ataque do Taleban com um carro bomba e militantes vestidos com coletes explosivos. As informações são da Associated Press.

Os insurgentes do Taleban, no Afeganistão, anunciaram neste sábado o início de sua "ofensiva de primavera" anual contra o governo apoiado pelos Estados Unidos, prometendo uma série de ataques em todo o país à medida que as tropas estrangeiras se retiram. Os extremistas islâmicos disseram que vários atentados suicidas, "ataques internos" por soldados afegãos e "táticas militares especiais" teriam como alvo bases aéreas internacionais e edifícios diplomáticos, para provocar o máximo de baixas.

Eles advertiram os afegãos trabalhando para regime que eles chamam de "fantoche", comandado pelo presidente Hamid Karzai, a se distanciarem do governo para evitar ser apanhado na violência prometida, e pediu aos jovens para não se juntarem à polícia ou ao exército.

##RECOMENDA##

A "temporada de combate" deste ano é visto como crucial para o futuro do Afeganistão à medida que as forças de segurança, muito criticadas, precisam se colocar contra os rebeldes que lutam contra o governo de Cabul desde 2001 em meio à saída das tropas da Otan do país.

As operações de combate da Otan devem terminar no próximo ano, mas os comandantes da coalizão dizem que o exército e a polícia local fizeram progressos suficientes para garantir a segurança e manter o Taleban sob controle.

A temporada de combate do Afeganistão tradicionalmente começa em abril ou maio, quando a neve se afasta das montanhas. Nos últimos anos, o Taleban marcou a ocasião com uma declaração pública de sua intenção de derrubar Karzai. A última declaração dos insurgentes comemorou o início da retirada da Otan, dizendo que "o inimigo, com todo o seu poderio militar, foi dominado e, finalmente, forçado a fugir de suas bases militares." A ofensiva deste ano, segundo a declaração, começaria no domingo "em uníssono em todo o país (...) contra os invasores e seus apoiadores degenerados".

Na semana passada, um estudo realizado pela ONG afegã Safety Office (Gabinete de Segurança) relatou que os ataques dos talebans e de outros insurgentes aumentaram 47% entre janeiro e março, em comparação com o mesmo período do ano passado.

A Organizações das Nações Unidas (ONU), em relatório, também reportou um aumento de quase 30% nas mortes de civis no primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período do ano passado, com 475 civis mortos e 872 feridos.

Mas a Otan insiste que a guerra está sendo ganha, com o general norte-americano, Joseph Dunford, chefe da Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF), dizendo que houve um avanço "indiscutível" para o objetivo de uma nação estável.

Dawlat Waziri, porta-voz do ministério da Defesa, disse à AFP que as forças afegãs está prontas para lidar sozinhas com os rebeldes. "O Taleban não é capaz de lutar frente a frente, então eles se apoiam fortemente em ataques à bomba e em ações suicidas, causando sofrimento à população civil", acrescentou. As informações são da Dow Jones.

Militantes do Taleban atacaram um posto militar avançado perto da fronteira leste com o Paquistão nesta sexta-feira, matando pelo menos 13 soldados, informou o Ministério da Defesa.

O ataque aconteceu na volátil província que funciona como principal porta de entrada para insurgentes vindos do Paquistão. As hostilidades aumentam na medida em que o clima melhora e torna mais fácil a passagem pela área montanhosa.

##RECOMENDA##

O combate teve início de madrugada e durou cerca de cinco horas no distrito de Nari, província de Kunar, informou o porta-voz do Ministério da Defesa, Mohammad Zahir Azimi. Segundo ele, 13 soldados afegãos foram mortos.

O porta-voz do Taleban, Zabiullah Mujahid, assumiu a responsabilidade pelo ataque e disse que os insurgentes tomaram a base, levando munição e armas. Ele afirmou que 15 soldados afegãos foram mortos e que não há mortos ou feridos entre os militantes.

O Taleban e outros insurgentes se refugiam no noroeste do Paquistão e usam Kunar como uma de suas principais rotas de infiltração para o Afeganistão.

A chamada "estação de combate" deste ano é acompanhada com mais atenção, pois as forças afegãs operam com menos apoio da coalizão militar internacional, o que transforma o período num teste para sua capacidade de assumir a segurança do país.

As tropas de combate norte-americanas e de outros países se preparam para deixar o país até o final de 2014 e já assumem um papel de mais assessoria e treinamento para as forças afegãs.

Atualmente, cerca de 100 mil soldados internacionais estão no Afeganistão, dentre eles 66 mil norte-americanos. As tropas dos Estados Unidos devem ser reduzidas para um força de cerca de 32 mil homens até o início do ano que vem. As informações são da Associated Press.

Suicidas disfarçados de soldados afegãos atacaram um complexo do governo afegão nesta quarta-feira numa fracassada tentativa de liberar mais de dez prisioneiros do Taleban que eram transferidos para serem julgados num tribunal do oeste do país. Pelo menos 10 pessoas foram mortas, dentre elas três participantes do ataque.

As ação, ocorrida na província de Farah, é o mais recente exemplo da capacidade do Taleban de atacar instituições governamentais, apesar das fortes medidas de segurança. A violência recorrente tem prejudicado a confiança no governo do presidente Hamid Karzai, que tenta consolidar seu aparato de segurança antes da retirada das tropas de combate do país, no final de 2014.

##RECOMENDA##

Seis homens usando coletes com explosivos chegaram de carro ao centro da capital da província, que também se chama Farah, em veículos do Exército, o que permitiu a eles passar pelos postos de verificação, disse o chefe de polícia Agha Noor Kemtoz.

Dois dos atacantes detonaram os explosivos no interior de um dos veículos, enquanto quatro saltaram do segundo e correram na direção do tribunal e do escritório da promotoria, disse ele. Os guardas abriram fogo, matando um dos participantes do ataque, mas outros três fugiram para prédios próximos e iniciaram um violento combate, que impediu os funcionários de deixarem seus escritórios.

Kemtoz acredita que dois desses atacantes foram mortos, mas a informação não pode ser confirmada porque os confrontos ainda estava acontecendo. Segundo ele, o ataque tinha como objetivo libertar 15 prisioneiros do Taleban que eram transferidos para um tribunal, onde serial julgados.

"Definitivamente, o plano era libertar os prisioneiros com o ataque, mas graças a Deus, ele não conseguiram", afirmou. "Nenhum prisioneiro fugiu."

Dois policiais e três civis, dentre eles um juiz e seu filho, também foram mortos. O diretor de saúde pública da província, Abdul Jabar Shayeq, disse que 72 pessoas ficaram feridas, das quais 12 são integrantes das forças de segurança e 60 são civis. As informações são da Associated Press.

Um ataque de homens-bomba a um posto militar no norte do Paquistão deixou 35 mortos, neste sábado (2). Morreram 13 soldados e 10 civis, além de 12 dos agressores. De acordo com autoridades, o atentado foi reivindicado pelo grupo Taleban.

O ataque ocorreu a cerca de 240 quilômetros ao sul da cidade de Peshawar, capital da província de Khyber-Pakhtunkhwa. Além do posto militar administrado pelo exército paquistanês, quatro residências também foram atingidas. Entre os civis mortos, que moravam nas casas, estavam três mulheres e três crianças, segundo o governo.

##RECOMENDA##

Ehsanullah Ehsan, porta-voz do Taleban, afirmou que o grupo usou quatro homens-bomba. "Nós atacamos para vingar a morte de dois dos nossos amigos em um ataque recente", informou. Ehsan também disse que o atentado é resposta à cooperação militar entre Estados Unidos e Paquistão.

O ataque de hoje ocorreu um dia depois de um atentado suicida, também assumido pelo Taleban, que deixou 30 mortos numa mesquita xiita no noroeste do país.

As informações são da Dow Jones e Associated Press.

O ataque de homens-bomba matou 13 soldados e 11 civis em um posto militar no norte do Paquistão neste sábado. De acordo com autoridades, o atentado foi reivindicado pelo grupo Taleban.

O ataque ocorreu a cerca de 240 quilômetros ao sul da cidade Peshawar, capital da província de Khyber-Pakhtunkhwa. Além do posto militar, administrado pelo exército paquistanês, quatro residências também foram atingidas. Quatro crianças, três mulheres e quatro homens, que moravam nas casas, morreram, segundo o governo.

##RECOMENDA##

Ehsanullah Ehsan, porta-voz do Taleban, afirmou que o grupo usou quatro homens-bomba. "Nós atacamos para vingar a morte de dois dos nossos amigos em um ataque recente", informou. Ehsan também disse que o atentado é resposta à cooperação militar entre Estados Unidos e Paquistão. As informações são da Dow Jones.

Uma série de atentados a bomba no Paquistão, em várias regiões do país do Sul da Ásia, deixaram pelo menos 103 pessoas mortas nesta quinta-feira, incluídas 69 em duas explosões em um salão de bilhar na cidade de Quetta, capital da província do Baluquistão. Foi um dos dias mais sangrentos dos últimos anos no Paquistão, onde o governo enfrenta uma tenaz insurgência do grupo fundamentalista Taleban e também movimentos separatistas, como na província do Baluquistão.

O salão de bilhar em Quetta foi atingido por duas bombas, que explodiram no intervalo de dez minutos no começo da noite de hoje (pela hora local), matando 69 pessoas e ferindo outras 160, disse o oficial da polícia local Hamid Shakeel. O salão de bilhar ficava em um bairro habitado pela minoria xiita do Paquistão, disse outro oficial da polícia, Mohammed Murtaza. Muitos dos mortos e feridos eram xiitas. A segunda explosão parece ter sido mais potente que a primeira e provocou o desabamento do teto do salão. Um cinegrafista da televisão paquistanesa, bem como socorristas e policiais que foram ao salão após a explosão da primeira bomba foram mortos pela segunda.

##RECOMENDA##

Um grupo sectário local, o Lashkar-e-Jhangvi, assumiu a autoria dos atentados. O grupo afirmou que a primeira bomba foi explodida por um suicida que entrou no salão de bilhar. Já a segunda bomba estava em um carro e foi acionada por controle remoto. O Lashkar-e-Jhangvi é um grupo terrorista islamita, formado por sunitas. Eles costumam atacar a minoria muçulmana xiita do Paquistão, a qual não consideram ser muçulmana.

Mais cedo um outro atentado ocorreu na mesma cidade de Quetta, matando 12 pessoas e ferindo mais de 40 em uma área comercial, disse Shakeel. O Exército Unido do Baluquistão, um grupo armado separatista, assumiu a autoria do ataque. A região do Baluquistão é dividida pelo Paquistão e pelo Irã. Shakeel disse que a área comercial onde ocorreu a explosão é frequentada por paramilitares do governo e suas famílias.

Já na cidade de Mingora, no noroeste do Paquistão, um ataque a bomba em uma mesquita sunita matou pelo menos 22 pessoas e deixou mais de 70 feridas nesta quinta-feira, disse o oficial de polícia Akthar Hayyat. Nenhum grupo assumiu a autoria do atentado.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Um negociador afegão disse, nesta terça-feira, esperar que oito membros do Taleban que foram libertados pelo Paquistão sirvam como mediadores para a paz, ao descrever a decisão de Islamabad como um passo importante para o esforço de Cabul para encerrar uma guerra que já dura 11 anos.

A libertação realizada na segunda-feira incluiu um homem que foi ministro da Justiça quando o Taleban governou o Afeganistão antes de 2011 e um guarda do líder Mullah Omar. Esta foi a segunda leva de prisioneiros libertados pelo Paquistão.

##RECOMENDA##

Ismail Qasemyar, membro do Conselho de Paz do Afeganistão, classificou a libertação dos prisioneiros como um passo "bom e prático" no processo de paz e disse esperar que mais presos sejam libertados.

O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão citou que oito presos foram libertados para ajudar no processo de paz, incluídos o ex-ministro da Justiça Nooruddin Turabi e o guarda Mohammad Azeem.

Um carro-bomba atingiu hoje uma base norte-americana no leste do Afeganistão, matando pelo menos três pessoas e ferindo outras sete, informaram as autoridades. De acordo com Sediq Sediqqi, porta-voz do Ministério do Interior do Afeganistão, o ataque suicida aconteceu próximo à entrada da Base de Operações Chapman, na província de Khost, um ponto de influência taleban na fronteira com o Paquistão.

"Três cidadãos afegãos foram mortos e sete cidadãos afegãos ficaram feridos. Não temos notícias sobre baixas na coalizão até agora", disse o major Martin O'Donnell, porta-voz da Otan. O ataque foi reivindicado pelo Taleban.

##RECOMENDA##

Em dezembro de 2009, a Al-Qaeda promoveu um atentado suicida à base de Chapman, matando sete agentes da CIA, no mais mortífero ataque contra a agência de inteligência dos EUA desde 1983.

A província de Khost é uma das regiões mais voláteis do Afeganistão. Faz uma fronteira com o cinturão tribal do Paquistão, que está fora do controle do governo e onde as autoridades dos EUA dizem que o Taleban e a Al-Qaeda têm bases para operações. As informações são da Dow Jones.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando