Tópicos | taxas de juros

As taxas dos contratos futuros de juros pegaram carona nesta segunda-feira (14) na queda do dólar ante o real, a despeito do avanço dos yields (retornos) dos Treasuries (títulos do Tesouro americano), para terminar o dia com leves perdas. Em um ambiente de liquidez baixa e de expectativa antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorre amanhã e na quarta-feira, os investidores pouco alteraram suas posições na renda fixa.

Hoje, permaneceu ainda a expectativa antes das próximas pesquisas eleitorais, a serem divulgadas ainda esta semana. Tudo porque o mercado acredita que a presidente Dilma Rousseff seja prejudicada na corrida eleitoral pelo vexame da seleção brasileira na Copa do Mundo.

##RECOMENDA##

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI para janeiro de 2015 (26.985 contratos) apontava 10,77%, de 10,78% no ajuste anterior. Nos trechos intermediário e longo da estrutura a termo da curva de juros, o DI para janeiro de 2016 (55.095 contratos) marcava 11,09%, de 11,12% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2017 (79.490 contratos) indicava 11,40%, de 11,46% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (17.870 contratos) mostrava taxa de 11,87%, ante 11,96% na sexta-feira.

De acordo com um operador, os investidores têm apenas monitorado os indicadores nos últimos dias, sem encontrar alguma novidade que justifique uma mudança de perspectiva: Selic estável, inflação perto do teto da meta e atividade fraca. "A verdade é que não temos nada de diferente no cenário macroeconômico, por enquanto, que justifique uma tendência mais firme de baixa ou alta das taxas de juros domésticas", afirmou.

O dólar - principal motivo para o recuo das taxas futuras hoje - terminou a sessão à vista de balcão com queda de 0,41%, a R$ 2,2130.

Os juros futuros fecharam com leve viés de alta nesta sexta-feira (11) em um dia mercado pelo giro fraco e pela falta de fatores para guiar os negócios. Operadores comentam que, com a atividade econômica fraca e inflação ainda elevada - apesar do movimento de desaceleração -, a expectativa é que o Banco Central mantenha a Selic estável na reunião do Copom na próxima semana e pelo menos até depois das eleições.

Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para outubro de 2014 (26.910 contratos) estava em 10,790%, de 10,782% no ajuste. O DI para janeiro de 2015 (84.675 contratos) apontava 10,78%, exatamente no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2016 (74.885 contratos) marcava 11,12%, de 11,09%. No trecho mais longo da estrutura a termo da curva de juros, o DI para janeiro de 2017 (93.065 contratos) mostrava 11,46%, de 11,44%. E o DI para janeiro de 2021 (12.400 contratos) tinha taxa de 11,96%, igual ao ajuste anterior.

##RECOMENDA##

Para o investidor em juros, o cenário para este ano está dado: inflação perto do teto da meta, juros estáveis e atividade fraca, sem tirar a situação fiscal do radar. Tamanha a previsibilidade, que não há expectativa de surpresas para o encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) da próxima semana, nos dias 15 e 16. O comitê do BC deve manter a Selic em 11%, segundo aposta unânime das 80 casas consultadas pelo AE Projeções. Desse total, 71 esperam estabilidade da taxa básica até o fim deste ano, enquanto nove preveem elevação dos juros.

Nesse cenário, os indicadores divulgados hoje acabaram sendo colocados de lado. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou uma alta de 0,10% na primeira quadrissemana de julho. O resultado apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) ficou fora do intervalo das previsões de 13 instituições pesquisadas pelo AE Projeções, que apontavam que o índice poderia ficar entre 0,05% e 0,09%, com mediana de 0,06%. Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) divulgado pela FGV, mostrou avanço de 0,3% em junho em relação ao mês anterior, para 66,8 pontos, com ajuste sazonal, de alta de 0,8% em maio.

As taxas futuras fecharam com ligeira alta, recebendo suporte do avanço do dólar ante o real. Os dados econômicos domésticos anunciados nesta quinta-feira (10) tiveram pouco impacto no mercado, à medida que já estavam precificados pelos investidores.

Antes de se firmar em território positivo, a curva operou sem direção única pela manhã, em reação à queda dos juros dos Treasuries, em meio à busca por segurança nos mercados internacionais. O Tesouro vendeu 3,35 milhões de LTN, distribuídos em três vencimentos, de um total de 4 milhões ofertados. O órgão conseguiu ainda colocar toda a oferta de 1 milhão de NTN-F, com dois vencimentos.

##RECOMENDA##

A Pesquisa Industrial Mensal divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que a produção industrial brasileira recuou em sete dos 14 locais que integram o levantamento. Em relação à inflação, a primeira prévia do IGP-M de julho caiu 0,50%, ante recuo de 0,64% na primeira prévia do mesmo índice de junho. O recuo ficou dentro das projeções do mercado, de entre -0,63% a -0,10%, mas superou a mediana das expectativas, de -0,30%.

No término da sessão regular na BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2015 (28.460 contratos) tinha taxa de 10,78%, na máxima, de 10,77% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2016 (137.110 contratos) projetava taxa de 11,09%, de 11,07% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2017 (161.220 contratos) tinha taxa de 11,44%, na máxima, de 11,40% no ajuste anterior; e o DI para janeiro de 2021 (259.000 contratos) estava em 11,96%, na máxima, de 11,89% no ajuste da véspera.

O dólar à vista fechou em alta de 0,18%, a R$ 2,2210, no balcão.

Apesar de o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 12 meses até junho ter estourado o teto da meta, ao ficar em 6,52%, as taxas futuras de juros passaram o dia de lado, inclusive com discreto viés de baixa em alguns momentos do pregão. Além de o mercado já contar com esse fato, a abertura do indicador mostra que houve pontos de pressão pontuais por conta da Copa do Mundo. Além disso, a deflação exibida pelo IGP-DI também veio em linha com o que projetavam os analistas e, diante deste cenário, os investidores seguem apegados à debilidade da atividade econômica para manter as taxas futuras nos patamares atuais.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, encurtada devido do jogo do Brasil pela Copa do Mundo, o contrato de DI para janeiro de 2015 (32.145 contratos) apontava 10,77%, nivelado ao ajuste anterior. Nos trechos intermediário e longo da estrutura a termo da curva de juros, o DI para janeiro de 2016 (34.445 contratos) marcava 11,07%, igual ao da véspera. O DI para janeiro de 2017 (63.990 contratos) indicava 11,40%, de 11,41% no ajuste de ontem. E o DI para janeiro de 2021 (10.930 contratos) mostrava 11,89%, de 11,88% no ajuste anterior.

##RECOMENDA##

"No curto e médio prazos, a menos que tenhamos algum dado de inflação muito contundente, não deverá haver mudança no cenário do mercado, de que a Selic ficará estável por algum tempo", afirmou um profissional da área de renda fixa.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA de junho teve alta de 0,40%, ante uma variação de 0,46% em maio. O resultado ficou levemente acima da mediana estimada pelos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de 0,39%. No ano, o IPCA acumulou uma alta de 3,75%. Em 12 meses, a taxa ficou em 6,52%, acima do teto da meta estipulada pelo governo, de 6,5%. A inflação acumulada em 12 meses atingiu em junho o maior patamar desde junho de 2013, quando estava em 6,70%.

Metade da alta do IPCA, no entanto, teve influência direta do início da Copa do Mundo no País. Passagens aéreas (+21,95%) e diárias de hotel (+25,33%) ficaram mais caros no mês passado, respondendo juntos por 0,20 ponto porcentual da taxa de 0,40% do IPCA do mês. Por outro lado, o grupo Alimentação e Bebidas registrou deflação de 0,11% em junho, após uma alta de 0,58% em maio. O grupo teve o menor resultado desde julho de 2013, quando registrou queda de 0,33%, e deu a principal contribuição para conter a inflação no mês, um impacto de -0,03 ponto porcentual para a taxa de 0,40% do IPCA.

Outros dados de inflação conhecido hoje também vieram em linha com o previsto. O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) recuou 0,63% em junho, após cair 0,45% em maio, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Já a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) desacelerou para 0,28% na primeira quadrissemana de julho, de acordo com a mesma FGV. O resultado ficou 0,05 ponto porcentual abaixo do registrado na quarta leitura de junho, quando o indicador apresentou variação positiva de 0,33%.

As taxas dos contratos futuros de juros deixaram de lado o avanço do dólar ante o real e recuaram um pouco nesta segunda-feira (7), em especial entre os vencimentos mais longos, após a divulgação de dados ruins sobre o setor automotivo e de projeções piores para a economia brasileira. No geral, a postura dos investidores foi de espera antes da divulgação de indicadores de inflação importantes, nesta terça (8).

O dólar à vista fechou em alta de 0,45%, a R$ 2,2250. Mas os juros se apegaram mais ao pessimismo em relação à economia. Os dados do boletim Focus, do Banco Central, mostraram que, no caso do PIB, houve nova redução da perspectiva de crescimento do País, de 1,10% para 1,07% em 2014. Foi pouco, mas corroborou a percepção de que a economia do Brasil fraqueja e, por isso, não há espaço para novas altas da Selic (a taxa básica de juros) tão cedo. Os dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que saíram no fim da manhã, mostraram queda de 23,3% da produção de veículos em junho ante maio e recuo de 33,3% ante junho de 2013.

##RECOMENDA##

Neste cenário, as taxas dos contratos futuros de juros adotaram certo viés de baixa, embora os investidores tenham optado por manter a maior parte das posições em função dos indicadores de inflação que saem amanhã - o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho e o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de junho.

No fim da sessão regular, o DI para janeiro de 2015 (103.535 contratos) apontava 10,77%, de 10,76%. Nos trechos intermediário e longo da estrutura a termo da curva de juros, o DI para janeiro de 2017 (100.990 contratos) marcava 11,41%, de 11,43%. E o DI para janeiro de 2021 (21.380 contratos) mostrava 11,88%, de 11,90%.

Os juros futuros terminaram perto da estabilidade nesta sexta-feira (4) em uma sessão encurtada em função do jogo do Brasil pela Copa do Mundo e marcada pela baixa liquidez, em meio ao feriado do Dia da Independência, que manteve os mercados fechados nos EUA. O movimento do dólar ante o real, que operou em leve queda durante todo o pregão, acabou sendo um dos poucos drivers. Agora, os participantes do mercado já se preparam para a próxima semana, que tem na agenda a divulgação do IPCA de junho e a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve.

Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para outubro de 2014 (940 contratos) tinha taxa de 10,790%, ante 10,787% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 (2.935 contratos) apontava 10,76%, de 10,77% na véspera. Nos trechos intermediário e longo da estrutura a termo da curva de juros, o DI para janeiro de 2016 (7.440 contratos) marcava 11,09%, ante 11,11%. O DI para janeiro de 2017 (12.000 contratos) indicava 11,43%, de 11,44%. E o DI para janeiro de 2021 (3.540 contratos) mostrava 11,90%, de 11,91%. Na semana passada, o janeiro 17 estava em 11,50% e o janeiro 21 em 12,00%.

##RECOMENDA##

"Não tem volume, não tem negócio. Ficou todo mundo esperando o dia passar", comenta um operador. Para Gustavo Godoy, do Banco Daycoval, a próxima semana pode ser mais animada, com a divulgação do IPCA, IGP e ata do Fomc. "Mesmo assim, o feriado de 9 de julho e os reflexos da Copa podem dar uma esfriada nos negócios", aponta. Ele explica que o cenário para o mercado de juros já está bem consolidado, com atividade econômica fraca e inflação elevada, por isso as taxas devem continuar oscilando em margens estreitas nas próximas semanas. "O grande X está lá em 2015", afirma.

Em relação às expectativas com o IPCA de junho, muitos analistas apontam ser bastante provável que a inflação acumulada em 12 meses supere o teto da meta, de 6,5%. Qualquer alta acima de 0,38%, na margem, faria com que esse importante nível psicológico fosse rompido. Em maio, o IPCA subiu 0,46% ante o mês anterior, o que fez com que o acumulado em 12 meses atingisse 6,37%.

O dólar fechou a sessão em queda, pressionado por um movimento de realização de lucros, após devolver o ganhos registrados durante a manhã com indicadores econômicos acima do esperado nos EUA. As taxas dos contratos futuros de juros acompanharam a queda do dólar e recuaram, apesar dos yields dos Treasuries terem terminado em alta.

Pela manhã, as taxas de juros subiram, acompanhando de perto a alta do dólar e dos juros dos Treasuries, que foi impulsionada por dados econômicos dos EUA. O Departamento do Trabalho norte-americano divulgou que foram criados 288 mil empregos em junho. O número superou as projeções de 215 mil novas vagas. Os dados de criação de postos de trabalho de maio foram revisados para cima. Em maio, foram criados 224 mil empregos, ante a estimativa original de 217 mil. A taxa de desemprego nos EUA caiu para 6,1% em junho ante maio, também superando a expectativa de 6,3%.

##RECOMENDA##

No início do dia, a alta vista na curva a termo recebeu algum suporte da pesquisa Datafolha, que mostrou aumento das intenções de voto na presidente Dilma Rousseff. Segundo o levantamento, as intenções de voto na presidente subiram de 34% em junho para 38% neste início de julho. O candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves, oscilou de 19% para 20%. O candidato do PSB, Eduardo Campos, de 7% para 9%. A margem de erro é de dois pontos para mais e para menos.

No entanto, a virada do dólar no fim da manhã para as mínimas da sessão, devido a uma realização de lucros, fez com que as taxas recuassem e terminassem em baixa consistente.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2015 (57.985 pontos) fechou com taxa de 10,77%, de 10,76% no ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2016 (151.780 contratos) tinha taxa de 11,11%, de 11,13% no ajuste anterior; a taxa do DI para janeiro de 2017 (345.865 pontos) estava em 11,44%, de 11,49% no ajuste da véspera; e o DI para janeiro de 2021 (41.160 pontos) projetava taxa de 11,91%, de 11,97%. No fim da negociação no balcão, o dólar registrava queda de 0,54%, para R$ 2,2120.

Os juros futuros terminaram em queda nesta terça-feira (1°) devolvendo parte dos ganhos observados nos últimos dias. O movimento foi favorecido pela queda do dólar ante o real, assim como por novos dados que reforçam a percepção de fragilidade da atividade econômica. Nesse cenário, o IPC-S de junho, que ficou acima do teto das previsões, acabou sendo relegado ao segundo plano.

Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para outubro de 2014 (56.695 contratos) marcava 10,787%, ante 10,790% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 (74.700 contratos) apontava 10,77%, de 10,78% no ajuste da véspera. Nos trechos intermediário e longo da estrutura a termo da curva de juros, o DI para janeiro de 2016 (137.535 contratos) indicava 11,11%, de 11,17%. O DI para janeiro de 2017 (194.555 contratos) mostrava 11,43%, de 11,54%. E o DI para janeiro de 2021 (19.995 contratos) tinha taxa de 11,90%, na mínima, ante 12,06%. Enquanto isso, o dólar à vista no balcão terminou a sessão cotado a R$ 2,2050, com queda de 0,32%.

##RECOMENDA##

Operadores das mesas de renda fixa afirmam que o mercado de juros futuros começou julho de "ressaca" da alta dos DIs nos últimos dias, após a rodada intensa de indicadores sobre o cenário fiscal no Brasil. Segundo eles, os investidores aproveitaram o encerramento de mês, de trimestre e de semestre, ontem, para ajustar suas posições e a tendência é de que as apostas continuem sendo realocadas, a depender da visão dos players.

Os investidores aproveitaram a leitura do índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial brasileiro - que normalmente não faz preço no mercado - para engatar um movimento de correção, após as altas recentes. O indicador, divulgado pelo HSBC, mostrou queda para 48,7 pontos em junho, de 48,8 pontos em maio, aprofundando-se no terreno que indica contração da atividade. Assim, o IPC-S, que ficou em 0,33% em junho, acabou não influenciado muito os negócios. Apesar da desaceleração em relação à leitura de 0,52% em maio, a alta veio acima do teto das previsões dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que iam de 0,24% a 0,32%, com mediana de 0,30%.

O avanço do dólar ante o real foi determinante nesta segunda-feira (30) para os negócios na renda fixa. Em um ambiente de liquidez reduzida, as taxas dos contratos futuros de juros encontraram suporte mais cedo nos números fiscais. Mas como os dados do governo central, divulgados na última sexta-feira, já haviam provocado ajustes consistentes de alta, as taxas futuras não se afastaram tanto dos níveis anteriores. À tarde, porém, o dólar renovou cotações máximas no balcão e levou a reboque os juros, em especial entre os vencimentos com prazos mais longos.

A taxa do vencimento para janeiro de 2015 (24.140 contratos) fechou a sessão regular em 10,78%, ante 10,79% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2016 (44.180 contratos) marcou 11,17%, ante 11,16% do pregão anterior. Entre os vencimentos mais longos, a taxa do contrato para janeiro de 2017 (103.440 contratos) ficou em 11,54%, ante 11,50%, e o DI para janeiro de 2021 (23.895 contratos) marcou 12,06%, ante 12,00%.

##RECOMENDA##

Pela manhã, os dados ruins do setor público consolidado brasileiro fizeram preço. Em maio, conforme o BC, houve déficit de R$ 11,046 bilhões, o segundo pior da história. O resultado só foi melhor que o de dezembro de 2008, quando o saldo foi negativo em mais de R$ 20 bilhões. Em meses de maio, nunca havia sido registrado um resultado negativo. O superávit mais baixo, de R$ 487,1 milhões, foi visto em maio de 2010. Em abril, o resultado foi positivo em R$ 16,896 bilhões. Em maio do ano passado, houve superávit de R$ 5,681 bilhões.

Esse déficit primário consolidado de maio ficou perto do piso das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos na sexta-feira, 27, pelo AE Projeções, que iam de um saldo negativo de R$ 11,700 bilhões a um déficit R$ 7,500 bilhões. O resultado divulgado pelo BC foi pior do que a mediana de um déficit de R$ 9,300 bilhões.

À tarde, foi a vez de o Tesouro Nacional informar que a Dívida Pública Federal (DPF) de maio ficou em R$ 2,122 trilhões. Isso representa uma alta de 3,43% em relação a abril. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) atingiu R$ 2,029 trilhões, enquanto a Dívida Pública Federal Externa (DPFE) somou R$ 93,22 bilhões.

Estes números da dívida pública, no entanto, ficaram em segundo plano, com os juros reagindo mais ao avanço do dólar durante a tarde. O dólar fechou em alta de 0,64% no balcão, a R$ 2,2120. No mercado futuro, a moeda para agosto, a mais líquida, subia 0,65%, a R$ 2,2295.

A fraca arrecadação de tributos em maio, conhecida na manhã desta sexta-feira (27) já era um prenúncio de que os números do governo central no mês passado também poderiam desapontar. Mas a decepção foi muito maior do que o mercado esperava e os juros futuros, que já vinham com elevação, aceleraram o movimento, terminando perto das máximas do dia.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 (199.445 contratos) marcava 10,79%, nivelado ao ajuste anterior. Nos trechos intermediário e longo da estrutura a termo da curva de juros, o DI para janeiro de 2016 (114.340 contratos) apontava 11,12%, de 11,09% ontem e 11,20% na máxima. O juro para janeiro de 2017 (208.440 contratos) indicava 11,50%, de 11,41% na véspera e máxima de 11,54%. E o DI para janeiro de 2021 (44.665 contratos) mostrava 12,00%, de 11,84% no ajuste anterior e máxima de 12,03%.

##RECOMENDA##

Logo cedo, a Receita Federal informou que a arrecadação de impostos e contribuições despencou em maio e somou R$ 87,897 bilhões, o pior resultado para meses de maio desde 2011. Houve uma queda real (com correção da inflação pelo IPCA) de 5,95% ante maio do ano passado. Em relação a abril deste ano, a arrecadação apresentou uma queda real de 17,37%.

À tarde, o Tesouro Nacional informou que o déficit das contas do governo central no mês passado foi de R$ 10,502 bilhões, o maior para meses de maio da série histórica. O resultado também ficou abaixo do piso da mediana das estimativas, de déficit de R$ 6,5 bilhões. Assim, o superávit primário do governo central no acumulado do ano até maio recuou para R$ 19,158 bilhões, ou 0,93% do PIB. Em 12 meses, o superávit primário totaliza R$ 62,9 bilhões, ou 1,3% do PIB. A leitura do mercado é de que o governo terá dificuldades em cumprir a meta de superávit primário, que é de R$ 80,774 bilhões para o governo central.

Com esses números, a deflação apresentada pelo IGP-M em junho, de 0,74%, ante -0,13% em junho, acabou em segundo plano. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV) a variação negativa do índice neste mês é a maior desde junho de 2003, quando o declínio foi de 1,00%.

As taxas de juros futuras terminaram praticamente estáveis nesta quinta-feira (26), após o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do Banco Central reduzir as projeções para o crescimento econômico e elevar as previsões para a inflação.

No fim da sessão regular na BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2015 (211.690 contratos) tinha taxa de 10,79%, de 10,78% no ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2016 (122.370 contratos) tinha taxa de 11,12%, de 11,09% no ajuste da véspera; o DI para janeiro de 2017 (188.745 contratos) projetava taxa de 11,41%, de 11,39% no ajuste anterior, enquanto o DI para janeiro de 2021 (29.665 contratos) estava em 11,84%, ante 11,85% ontem.

##RECOMENDA##

O relatório do BC mostrou que a previsão para o IPCA em 2014, no cenário de referência, subiu de 6,1% no relatório anterior para 6,4%. A projeção para a inflação em 2015 foi elevada de 5,5% para 5,7%, no mesmo cenário. Essas estimativas contemplam uma cotação do dólar de R$ 2,25, valor menor que o usado no documento anterior, de R$ 2,35. Para o PIB, a projeção do BC foi revisada para crescimento de 1,6% em 2014, de uma projeção anterior de alta de 2,0%. O BC também projetou uma alta de 1,8% do PIB até o primeiro trimestre de 2015. As revisões vieram em linha com o esperado pelo mercado.

Segundo analistas, além de ter destacado uma piora das projeções para o crescimento econômico, o RTI começou a falar sobre o hiato do produto, o que reforça a expectativa de que o BC não mexerá nos juros neste ano. Eles também afirmaram que o comunicado sinalizou que a autoridade monetária está contando com o fraco crescimento econômico para conter a inflação.

Para o ex-diretor da Área Internacional do Banco Central (BC) e sócio da Schwartsman & Associados, Alexandre Schwartsman, a principal mensagem do relatório é a de que a inflação vai ficar "consideravelmente" acima da meta até o final de 2015. Ele ressaltou, no entanto, que a pressão sobre os preços não deve se alongar para muito além do final do ano que vem, porque ela resulta de mudanças nos preços relativos, sobre a qual não há nada que se possa fazer.

Em um dia de liquidez fraca e de agenda esvaziada, as taxas futuras de juros oscilaram em alta na manhã desta sexta-feira (20) acompanhando o avanço do dólar e dos yields dos Treasuries. À tarde, no entanto, na medida em que estes dois últimos ativos perderam fôlego, os juros domésticos também voltaram para perto os ajustes, para, no fim, terem apenas leve alta nos vencimentos mais longos, em linha com o ligeiro viés de alta moeda dos EUA e em meio às tensões geopolíticas no Iraque e na Ucrânia.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI para janeiro de 2015 (26.900 contratos) marcava taxa mínima de 10,78%, igual ao ajuste anterior. Nos trechos intermediário e longo da estrutura a termo da curva de juros, o DI para janeiro de 2016 (72.285 contratos) apontava 11,21%, de 11,20% no ajuste de quarta-feira. Já o DI para janeiro de 2017 (155.655 contratos) indicava 11,54%, ante 11,48% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (26.680 contratos) mostrava 11,94%, de 11,87% na quarta-feira.

##RECOMENDA##

Sem indicadores relevantes nos âmbitos internacional e doméstico, os investidores se apegaram a alguns resquícios da decisão de quarta-feira do Fed, mas principalmente às tensões no Iraque e na Ucrânia, para movimentar os ativos ao longo do dia. Foi nesse ambiente que o dólar e os yields dos Treausires operaram em alta na primeira metade dos negócios. Por aqui, o mercado ainda olhava para os resultados da pesquisa Ibope conhecida ontem e que mostrou oscilação para cima da presidente Dilma Rousseff.

No caso da moeda dos EUA ante o real, segundo um profissional da área de renda fixa, pode ter havido uma pequena realização, em virtude da pesquisa eleitoral, que foi absorvida ao longo da sessão. O dólar à vista no balcão encerrou com valorização de 0,04%, cotado a R$ 2,2310. Já os juros da T-note de 10 anos estavam em 2,617% no fim da tarde em Nova York, de 2,629% ontem.

No cenário geopolítico, a escalada de tensões no Iraque desde ontem deixou os investidores atentos ao comportamento do petróleo, com reflexos para o mercado de moedas. Hoje, o Instituto Internacional de Finanças (IIF, na sigla em inglês) elevou suas projeções para os preços médios do petróleo em 2014, por conta dos conflitos no Iraque.

Enquanto isso, as tensões na fronteira entre a Ucrânia e a Rússia se elevaram nesta sexta-feira, quando Moscou disse que transferiu alguns soldados para a região com o objetivo de fortalecer a segurança. O governo ucraniano, por sua vez, disse ter retomado o controle da fronteira.

O mercado doméstico de juros teve três índices de inflação para repercutir nesta quarta-feira (18), mas as taxas acabaram reagindo ao resultado da reunião do Federal Reserve, no meio da tarde. Os DIs exibiram bastante volatilidade logo após o anúncio do Fomc, mas firmaram-se em baixa depois, movimento que se seguiu até o fechamento, alinhado com a queda firme dos yields dos Treasuries e do dólar ante o real. A leitura pós-Fomc é de que nada muda por enquanto, mesmo depois de o BC dos EUA prever uma elevação um pouco mais íngreme dos juros em 2015 e 2016. Assim, o aperto monetário deve demorar a acontecer nos EUA.

Ao término da negociação estendida na BM&FBovespa, o contrato de DI para janeiro de 2015 (65.755 contratos) marcava 10,78%, de 10,79% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2017 (205.325 contratos) indicava mínima de 11,48%, ante 11,57% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (33.640 contratos) mostrava mínima de 11,88%, de 12,02% na véspera.

##RECOMENDA##

O yield do T-note de 10 anos estava em 2,599% no fim da tarde em Nova York, de 2,652% ontem. O dólar terminou em baixa de 1,15% no mercado doméstico, cotado a R$ 2,23, numa sessão de giro mais estreito.

Pela manhã, o IBGE divulgou que o IPCA-15 registrou alta de 0,47% em junho, após subir 0,58% em maio. O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, que esperavam inflação entre 0,15% e 0,53%, mas superou a mediana, de 0,41%. Com o resultado anunciado hoje, o IPCA-15 acumula taxas de 3,99% no ano e de 6,41% em 12 meses até junho.

Antes dele, saiu o IPC-Fipe e o IGP-M, ambos mais fracos que a mediana. O IPC da segunda quadrissemana de junho subiu 0,16% (as previsões iam de 0,15% a 0,23%, com mediana de 0,20%). E o IGP-M recuou 0,64% na segunda prévia de maio (-0,79% a -0,49%, com mediana de -0,60%).

Como vem ocorrendo nas últimas semanas, os negócios na renda fixa foram reduzidos nesta segunda-feira (16) apesar de o Tesouro Nacional ter antecipado para hoje o leilão de Notas do Tesouro Nacional - Série B (NTN-B), papéis atrelados ao IPCA, já que amanhã haverá jogo do Brasil na Copa do Mundo. O movimento de alta das taxas dos contratos futuros de juros, visto em especial na ponta mais longa da curva a termo, foi favorecido pelo avanço do dólar. Além disso, obedeceu a ajustes após os recuos mais recentes.

No fim da sessão regular de hoje, a taxa do contrato futuro de juros para janeiro de 2015 estava em 10,80%, igual a sexta-feira. O vencimento para janeiro de 2017 marcava 11,51%, ante 11,42%, enquanto o contrato para janeiro de 2021 tinha taxa de 11,92%, na máxima, ante 11,74%. No geral, apesar dos movimentos mais recentes dos juros, o mercado não precifica mais elevações da Selic (a taxa básica de juros) este ano.

##RECOMENDA##

No âmbito do controle da inflação, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) de junho teve deflação de 0,67%, ante inflação de 0,13% em maio. Já o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) subiu 0,36% na segunda quadrissemana de junho, ante 0,46% da anterior. Estes números, no entanto, ficaram em segundo plano.

No relatório Focus divulgado hoje, a mediana das previsões do mercado para a inflação em 2014 oscilou de 6,47% para 6,46%. Para 2015, foi de 6,03% para 6,08%. A taxa de câmbio mediana projetada para o fim deste ano seguiu em R$ 2,40 e, para 2015, em R$ 2,50.

Pela manhã, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou oficialmente medidas de estímulo ao mercado de capitais, que incluem a isenção de impostos sobre ganhos de capital para negociação de companhias de pequeno porte, a normatização do seguimento de ETF de renda fixa e a prorrogação da isenção para debêntures de infraestrutura.

As taxas futuras de juros tiveram um pregão de queda generalizada nesta sexta-feira (13), mas o movimento foi mais intenso nos vértices longos. Os dados de atividade doméstica conhecidos ontem, quando não houve negócios devido ao feriado pela abertura da Copa, e hoje direcionaram o mercado, que segue pessimista em relação ao futuro da economia brasileira. À tarde, a virada do dólar ante o real, que passou a cair em meio a operações de day trade e também devido à expectativa de entrada de recursos no Brasil fizeram as taxas futuras encerrarem perto das mínimas.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 (162.165 contratos) marcava 10,80%, de 10,81% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2016 (107.450 contratos) indicava 11,20%, de 11,30% na quarta-feira. Entre os vencimentos mais longos, o DI para janeiro de 2017 (159.390 contratos) apontava 11,42%, de 11,55% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (35.180 contratos) tinha taxa de 11,74%, ante 11,86% no ajuste de quarta-feira.

##RECOMENDA##

Logo cedo, os investidores se depararam com o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) de abril. O indicador subiu 0,12% no quarto mês do ano ante março, abaixo da mediana estimada (+0,16%), mas melhor do que a queda de 0,11% verificada em março. Na comparação anual, o indicador teve queda de 2,29%, frustrando a previsão de recuo menor, de -1,80%, segundo a mediana estimada. E, ontem, o IBGE já havia informado que as vendas no varejo caíram 0,4% em abril ante março, dentro das previsões, porém pior que a mediana estimada (-0,1%), enquanto no varejo ampliado, as vendas subiram 0,60% em abril ante março, no piso das estimativas do AE Projeções, que iam de +0,60% a +3,00%.

Tais dados apenas reforçam a percepção de que o Brasil caminha para ter um crescimento do PIB pouco acima de 1% em 2014, com uma taxa perto de zero no segundo trimestre. Hoje, a Pesquisa Febraban de Projeções Macroeconômicas e Expectativas de Mercado indicou que, na média, a projeção para o PIB brasileiro no final deste ano recuou de 1,8% na leitura de abril para 1,4% no levantamento de junho. Já para 2015, a expectativa recuou de 2,2% na pesquisa anterior para 1,7%.

A queda dos juros ocorreu desde o começo do dia, a despeito da alta do dólar na primeira metade dos negócios e também dos yields dos Treasuries. Mas a moeda dos EUA perdeu fôlego ante o real à tarde e acabou em baixa de 0,13%, cotada a R$ 2,2300.

Os juros futuros terminaram com leve viés de alta nesta terça-feira (10) acompanhando o avanço nos yields dos Treasuries. Com o dólar operando sem direção clara durante toda a sessão, o IGP-M abaixo do esperado na primeira prévia de junho colaborou para que as taxas não se distanciassem muito dos ajustes. Enquanto isso, a aguardada pesquisa do Ibope sobre a corrida presidencial acabou não sendo divulgada durante o pregão.

Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 (42.110 contratos) marcava 10,82%, de 10,80% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2016 (66.135 contratos) indicava 11,29%, de 11,25% ontem. Entre os vencimentos mais longos, o DI para janeiro de 2017 (135.655 contratos) apontava 11,56%, de 11,54% na véspera. E o DI para janeiro de 2021 (39.475 contratos) tinha taxa de 11,94%, ante 11,93% no ajuste anterior. Em Nova York, o yield da T-note de 10 anos estava em 2,633%, de 2,612% no fim da tarde de ontem.

##RECOMENDA##

Os yields dos Treasuries subiram após a divulgação de dados melhores do que o esperado nos EUA. Os estoques no atacado avançaram 1,1% em abril ante maio, acima da previsão de +0,6%, enquanto as vendas também cresceram, com alta de 1,3%. Já a pesquisa JOLTS mostrou a abertura de 4,455 milhões de postos de trabalho em abril, atingindo o maior nível em sete anos.

Enquanto isso, na manhã de hoje a FGV informou que a primeira prévia do IGP-M de junho caiu 0,64%, ante alta de 0,06% na primeira prévia do mesmo índice de maio. A taxa ficou abaixo do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam de -0,24% a -0,59%, com mediana de -0,38%.

Ainda do lado da inflação, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,22% na primeira quadrissemana de junho, o que representa um crescimento menor em relação à última leitura de maio, quando apresentou avanço de 0,25%. Mesmo assim, o resultado ficou perto do teto do intervalo das previsões coletadas pelo AE Projeções, que iam de 0,16% a 0,23% (mediana de 0,20%).

As taxas de juros terminaram em baixa nesta quinta-feira (5) depois de a ata da reunião de política monetária do Copom eliminar as expectativas de que o ciclo de alta da Selic poderia ser retomado ainda neste ano. O recuo das taxas também foi ajudado pela queda do dólar, que foi resultado de um ajuste à sequência dos ganhos recentes e do anúncio de novas medidas de estímulo monetário do Banco Central Europeu (BCE).

No fim da sessão regular na BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 10,81% (414.990 contratos), de 10,84% ontem. A taxa do DI para janeiro de 2016 encerrou em 11,32% (231.785 contratos), de 11,44% no ajuste de ontem. O contrato para janeiro de 2017 projetava taxa de 11,64% (361.710 contratos), ante 11,78% no ajuste da véspera; e o DI para janeiro de 2021 mostrava taxa de 12,12% (39.055 contratos), de 12,21% antes.

##RECOMENDA##

Apesar de indicar na ata de sua última reunião de política monetária que a inflação ainda mostra resistência no País, o BC retirou avaliação de que o IPCA tem se mostrado "ligeiramente acima daquele que se antecipa". O BC também excluiu trecho que apontava que os efeitos das ações de política monetária eram cumulativos e se manifestam com defasagens, trocando por outro em que fala que "os efeitos da elevação da taxa Selic sobre a inflação, em parte, ainda estão por se materializar".

Além disso, o BC mostrou mais preocupação com a atividade, ao dizer que "o ritmo de expansão da atividade doméstica tende a ser menos intenso este ano em comparação ao de 2013" e, principalmente, que "as taxas de expansão da absorção interna têm sido maiores do que as do PIB, mas que tendem a se aproximar".

A avaliação geral do mercado foi a de que as mudanças no texto do Banco Central indicam que o ciclo de alta da taxa básica de juros, a Selic, não deverá ser retomado pelo menos neste ano. Segundo a economista do Banco Santander Fernanda Consorte, o documento veio com um conteúdo mais 'dovish' do que o da ata passada, como não poderia deixar de ser, já que o Copom interrompeu uma trajetória de alta da Selic que vinha desde abril do ano passado. "Mas o que chama a atenção é o BC colocar a culpa na atividade econômica", disse a economista. Outro ponto que Fernanda destaca na sua leitura da ata é ênfase que o BC dá para a defasagem temporal com que as ações de política monetária chegam à economia.

A cautela prevaleceu antes da divulgação da ata da última reunião do Copom, nesta quinta-feira (5), e os juros futuros encerraram o dia próximos dos ajustes, mesmo depois de oscilarem bastante ao longo do dia, seguindo o dólar. Os juros chegaram a marcar alta mais acentuada no início da tarde, seguindo a cotação da moeda, mas perderam força à medida que o dólar desacelerou.

No fim do pregão regular na BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2015 projetava taxa de 10,84% (53,010 contratos), ante 10,85% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 11,78% (419.670 contratos), de 11,80%; e o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 12,21% (67.730 contratos), de 12,23%, na mesma base de comparação.

##RECOMENDA##

Logo pela manhã, o governo anunciou a redução de 360 dias para 180 dias do prazo médio mínimo das captações externas com isenção de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A medida chegou a influenciar o dólar, que chegou a abrir o dia em queda. Mas no fim da manhã a pressão externa prevaleceu e o dólar já entrou a tarde em alta, puxando também os juros.

Após forte volatilidade, a moeda encerrou o dia com ganho de 0,22%, fechando cotada a R$ 2,2840 no balcão.

Os investidores agora esperam para a manhã desta quinta-feira, antes da abertura do mercado, a ata da última reunião do Copom. Logo na sequência, o Banco Central Europeu anuncia sua aguardada decisão, com o mercado apostando em afrouxamento monetário. Já na sexta-feira, sai nos Estados Unidos o relatório de emprego referente ao mês de maio (nonfarm payrolls), enquanto por aqui serão divulgados o IPCA e o IGP-DI de maio.

A valorização do dólar, somada à alta dos juros dos Treasuries, propiciou o avanço das taxas de juros domésticas, nesta terça-feira (3), apesar de dados do IPC-Fipe terem vindo abaixo do piso das projeções.

No fim do pregão regular na BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2015 projetava taxa de 10,85% (44.520 contratos), ante 10,84% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 11,80% (282.025 contratos), de 11,69%; e o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 12,23% (44.635 contratos), de 12,12%, na mesma base de comparação.

##RECOMENDA##

As taxas futuras iniciaram a sessão em queda, pressionadas pelo alta de 0,25% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, em maio, abaixo do piso do intervalo das estimativas coletadas pelo AE Projeções, de avanço de 0,27%, e desacelerando-se ante a elevação de 0,53% em abril. A desaceleração foi beneficiada, principalmente, pela deflação do grupo Habitação, de 0,24%, após elevação de 0,04% no quarto mês do ano, segundo o novo coordenador do IPC, André Chagas. Segundo ele, sem o efeito na redução de água/esgoto, que apresentou variação negativa de 10,17% em maio por causa do desconto na conta da Sabesp para quem economizar 30%, o IPC seria de 0,45%.

Mas as perdas foram zeradas logo em seguida, à medida que as taxas de juros se alinharam com os yields dos Treasuries, pela manhã, e com o dólar, à tarde. As taxas dos bônus dos EUA aceleraram os ganhos no período vespertino, após um discurso da presidente do Federal Reserve de Kansas City, Esther George. Ela afirmou que as taxas de juros nos EUA precisarão ser elevadas "mais cedo e em ritmo mais rápido" do que a maioria dos membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) prevê. Antes das declarações os juros já vinham renovando máximas consecutivas, especialmente depois de o rendimento da T-note de 10 anos superar o patamar de 2,57%.

Especialistas do mercado destacam que a alta do dólar desde ontem e as dúvidas sobre o novo ciclo de alta da taxa Selic poderão limitar o prolongamento da queda das taxas de juros futuras vista recentemente. Reportagem do Broadcast, serviço de notícia em tempo real da Agência Estado, mostra que outro fator que contribui para uma correção neste momento na curva dos juros futuros é uma possível demanda menor de estrangeiros pelos papéis brasileiros, como sinalizou o último leilão de títulos do Tesouro.

Os juros futuros tiveram quedas firmes nesta quinta-feira (29) pós-Copom. Além de um ajuste natural de uma pequena minoria que apostava em alta da Selic, as taxas foram pressionadas pela deflação registrada pelo IGP-M de maio, dados que indicam atividade econômica fraca, o resultado primário do governo central acima do previsto, a desvalorização do dólar e a retração nos yields dos Treasuries, que tocaram hoje a mínima em 11 meses.

Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para outubro de 2014 (138.795 contratos) apontava 10,830%, de 10,860% na véspera. O DI para janeiro de 2015 (369.225 contratos) estava em 10,86%, de 10,89%. Já o DI para janeiro de 2017 (375.795 contratos) tinha taxa de 11,68%, de 11,78% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (80.000 contratos) projetava taxa de 12,03%, de 12,22% no ajuste anterior. Em Nova York, o yield da T-note de 10 anos tocou hoje o menor nível em 11 meses e às 16h30 estava em 2,449%, de 2,437% no fim da tarde de ontem.

##RECOMENDA##

Ontem, o Banco Central interrompeu o ciclo de aperto monetário, ao manter a Selic em 11%, "neste momento". No comunicado, a autoridade afirmou que a decisão tomada após mais de quatro horas de reunião foi unânime e sem viés. Segundo analistas, a leitura mais provável é que a instituição deve aguardar as eleições presidenciais em outubro antes de agir novamente.

Hoje, a FGV informou que o IGP-M de maio teve queda de 0,13%, após a alta de 0,78% em abril, com uma retração maior do que a mediana estimada pelos analistas, de -0,04%. Já o Tesouro divulgou que o governo central teve superávit de R$ 16,596 bilhões em abril, acima do previsto, de R$ 15,350 bilhões. Com esse saldo positivo, o superávit acumulado no primeiro quadrimestre ficou em R$ 29,659 bilhões, equivalente a 1,81% do PIB e acima da meta do governo, de quase R$ 27,7 bilhões. E a alta de apenas 0,6% no estoque de crédito em abril ante março sugere que a atividade econômica continua fraca.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando