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Apesar da aposta praticamente unânime de que o Copom vai manter inalterada a taxa básica de juros em 11% no encontro da noite desta quarta-feira (28) a curva a termo de juros teve uma sessão de baixa, tanto nos vértices mais curtos quanto nos mais longos. O recuo do T-notes de 10 anos influenciou o movimento nos prazos longos, enquanto, nos curtos, os dados que mostraram recuo da confiança da indústria, dos serviços e também da inflação puxaram os vencimentos. O recuo do dólar influenciou o movimento das taxas, principalmente à tarde.

O contrato para julho de 2014 (173.910 contratos) terminou a sessão regular em 10,843%, de 10,848% no ajuste de ontem, o outubro 2014 marcou 10,86%, na mínima, de 10,869% ontem. O juro para janeiro de 2015 (134.440 contratos) encerrou em 10,89%, de 10,91% no ajuste de ontem. A taxa para janeiro de 2017 (235.545 contratos) ficou na mínima de 11,78%, de 11,89% ontem, e o juro do janeiro de 2021 (69.185 contratos) registrou 12,22%, também mínima, de 12,30% na véspera.

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Pela manhã, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou dois indicadores. O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 5,7% na passagem de abril para maio, na série com ajuste sazonal. Foi o recuo mais intenso desde dezembro de 2008, quando o ICS diminuiu 13,8%. Com tal resultado, o indicador saiu de 113,3 para 106,8 pontos no período, o menor nível desde abril de 2009. E o Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 5,1% em maio ante abril, passando de 95,6 para 90,7 pontos. Foi a maior variação negativa na margem desde dezembro de 2008 e aprofunda o distanciamento do índice em relação à média histórica, de 105,5 pontos.

No geral, todos os cinco índices de confiança calculados mensalmente pela FGV tiveram queda na passagem de abril para maio. Além de serviços e indústria, divulgados hoje, também recuaram comércio (-2,5%), construção (-0,9%) e entre os consumidores (-3,3%).

Depois da FGV, foi o IBGE que trouxe queda do Índice de Preços ao Produtor (IPP) em abril, de 0,38% ante março, após ter recuado 0,21% em março (dado revisado).

Contribuiu também para o ajuste em baixa das taxas o monitor de inflação da FGV, onde a coleta diária do IPCA, no critério ponta, mostrou desaceleração, com a alta passando de 0,42% na segunda-feira (dia 26) para +0,39% ontem. No período, o grupo Alimentação e Bebidas também perdeu força, desacelerando de +0,31% para +0,06%.

No mercado norte-americano, o T-note de 10 anos marcava 2,437% no final da tarde - menor nível em quase um ano. A queda das taxas foi influenciada por movimentos nos bônus soberanos da Europa. Dados fracos sobre o mercado de trabalho da Alemanha derrubaram o yield dos bunds de 10 anos, levando o investidor a transferir seu capital para os títulos norte-americanos. O dólar em queda no Brasil também ajudou a afetar as taxas.

Os juros futuros apresentaram altas consistentes nesta terça-feira (27) especialmente na ponta longa, acompanhando a valorização do dólar e com um movimento de correção, após as quedas recentes. Por outro lado, dados de inflação no piso das projeções e a retração nos yields dos Treasuries impediram ganhos maiores.

Ao fim da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para julho de 2014 (60.970 contratos) marcava 10,849%, de 10,829% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 (164.365 contratos) apontava 10,91%, de 10,90% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2017 (183.295 contratos) indicava 11,89%, de 11,81%. E o DI para janeiro de 2021 (31.450 contratos) tinha taxa de 12,30%, ante 12,19%.

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O dólar à vista no balcão subiu 0,76% hoje, a R$ 2,2410. Esse movimento impulsionou as taxas aqui, a despeito da queda, à tarde, dos yields dos Treasuries. Apesar dos dados positivos nos EUA, que tenderiam a reduzir os preços das T-notes (com consequente movimento inverso dos juros), traders apontam que gestores de fundos estão comprando forte hoje, em meio ao ajuste de carteira do fim do mês. Às 16h30, o juro da T-note de 10 anos estava em 2,519%, de 2,536% no fim da tarde de sexta-feira.

No noticiário local, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,36% na terceira quadrissemana de maio, o que representa uma desaceleração ante a segunda leitura do mês, quando avançou 0,42%. O resultado ficou no piso do intervalo das previsões coletadas pelo AE Projeções, que iam de 0,36% a 0,41%, e abaixo da mediana de 0,39%. Com o resultado, a inflação na cidade de São Paulo deve fechar maio com taxa inferior à prevista inicialmente pela Fipe, com o IPC encerrando com alta de 0,35%, ante previsão anterior de +0,40%.

O relatório do Tesouro sobre a dívida pública federal não fez muito preço. A dívida teve queda de 1,35% em abril ante março e atingiu R$ 2,052 trilhões. Já a participação dos estrangeiros aumentou para 18,79%, um novo recorde.

Os juros futuros ficaram de lado nesta segunda-feira (26) em um dia de liquidez bastante baixa, em função dos feriados nos EUA e em Londres. Sem o mercado de Treasuries para fornecer direção, as taxas acompanharam basicamente o dólar, que após oscilar entre pequenos ganhos e perdas, terminou literalmente estável.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para julho de 2014 (11.250 contratos) estava em 10,829%, de 10,830% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2015 (31.000 contratos) marcava 10,90%, de 10,89% no ajuste de sexta-feira. Na ponta mais longa da curva de juros, o DI para janeiro de 2017 (21.700 contratos) apontava 11,81%, exatamente no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (5.550 contratos) registrava 12,19%, também igual ao ajuste de sexta-feira.

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A Receita Federal informou hoje que a arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 105,884 bilhões em abril e bateu recorde para o mês, um resultado que não teve muito impacto no mercado. Houve uma alta real (com correção da inflação pelo IPCA) de 0,93% ante abril do ano passado. Em relação a março deste ano, a arrecadação apresentou uma alta real de 21,42%. O resultado ficou dentro do intervalo das previsões dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que ia de R$ 102 bilhões a R$ 108,1 bilhões, com mediana de R$ 105,800 bilhões.

Já o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou que a balança comercial teve déficit de US$ 1,134 bilhão na quarta semana de maio (19 a 25), resultado de exportações de US$ 4,349 bilhões e importações de US$ 5,483 bilhões. No acumulado do mês, o saldo comercial está negativo em US$ 345 milhões. Já no ano, o déficit subiu para US$ 5,911 bilhões.

Já nesta manhã, o boletim Focus revelou que as expectativas para as principais variáveis econômicas domésticas seguiram praticamente estáveis na última semana. Em relação à semana anterior, a previsão para o PIB subiu a 1,63% (1,62% antes) para 2014 e recuou a 1,96% para 2015 (2,00% antes); a projeção para o IPCA aumentou para 6,47% (6,43% antes) neste ano e permaneceu em 6,00% para o ano que vem; e a taxa Selic ficou inalterada em 11,25% em 2014, mas baixou a 12,00%, de 12,25% antes, para 2015.

As taxas de juros futuras terminaram o dia em baixa, à medida que o mercado consolidou as apostas de que o BC manterá a Selic em 11% na sua reunião prevista para a próxima semana. Apesar da valorização do dólar, os juros seguiram em baixa desde a abertura dos negócios.

Pesquisa do AE Projeções mostrou que a taxa Selic deve permanecer em 11,00% ao ano na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontece entre os dias 27 e 28, conforme a grande maioria (76) dos economistas consultados. O restante (nove) acredita que o Banco Central (BC) dará um novo aumento de 0,25 ponto porcentual nos juros, com a taxa indo a 11,25% ao ano. A pesquisa foi feita com 85 instituições.

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As taxas mantiveram o viés de baixa após dados do desemprego no Brasil, divulgados durante a manhã. Segundo o IBGE, a taxa de desemprego caiu a 4,9% em abril, de 5,0% em março, para o menor nível para o mês desde o início da série histórica. Contudo, o instituto informou que o desemprego não caiu pela geração de postos de trabalho, mas sim pela redução na procura por emprego. No mesmo período, a renda média real caiu 0,6%.

No término do pregão regular na BM&FBovespa, o DI para julho de 2014 tinha taxa de 10,827% (161.410 contratos negociados), de 10,837% na véspera. O DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 10,89% (97.565 contratos), de 10,92% no ajuste de ontem. Entre os vencimentos mais longos, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 11,81% (374.590 contratos), de 11,91% no ajuste anterior, enquanto o DI para janeiro de 2021 projetava taxa de 12,17% (49.035 contratos), de 12,21%.

Apesar do declínio do dólar, as taxas futuras de juros terminaram a sessão desta quinta-feira (8) em alta, conduzidas pelas expectativas em torno do IPCA de abril, previsto para amanhã, pela alta dos juros dos Treasuries, por comentários de um diretor do Banco Central e, também, pelo leilão expressivo de títulos prefixados pelo Tesouro.

As taxas se firmaram em alta durante à tarde, depois de operarem perto dos ajustes durante a manhã, à medida que os investidores deixaram a queda do dólar em segundo plano e preferiram se concentrar nas expectativas em torno dos dados de abril do IPCA que serão anunciados amanhã. Pesquisa realizada pelo AE Projeções com 61 instituições aponta estimativas para o indicador oficial do País entre 0,67% e 0,85%, com mediana de 0,80%.

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A recuperação dos juros dos Treasuries e comentários do diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Luiz Awazu, na segunda parte da sessão, forneceram suporte para que as taxas de juros futuras acentuassem o movimento de alta. Os juros domésticos atingiram máximas na sessão, em reação a uma nota publicada na imprensa de que o diretor do BC teria dito que "vamos continuar o trabalho iniciado em abril de 2013".

Logo depois, no entanto, uma verificação da íntegra do discurso do diretor do BC, disponibilizada no site da instituição, levou os juros a desaceleraram a alta. Segundo o documento, Awazu reafirmou o fato de o BC ter elevado a Selic em 375 pontos-base desde abril do ano passado e disse que "o Banco Central está aparelhado e agindo para assegurar a estabilidade monetária à frente, trabalhando para trazer o IPCA para mais perto da meta no futuro próximo".

Além disso, o Tesouro Nacional ofertou e vendeu 10 milhões de LTNs em leilão realizado hoje, em uma operação que totalizou cerca de R$ 7,961 bilhões. Isso, de acordo com um gestor, gerou uma demanda por hedge no mercado futuro de juros que acabou puxando as taxas.

Ao fim da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para julho de 2014 (61.100 contratos) marcava 10,875%, de 10,859% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 (248.060 contratos) tinha taxa de 11,02%, de 10,98% no ajuste anterior. Na ponta mais longa da estrutura a termo da curva de juros, o DI para janeiro de 2017 (302.245 contratos) estava em 12,20%, de 12,12%. O vencimento para janeiro de 2021 (33.500 contratos) tinha taxa de 12,41%, de 12,33% antes.

O índice de empresas inadimplentes começou alto em 2014. De acordo com balanço da Serasa Experian, em janeiro foi registrado crescimento de 11,3% em comparação ao mês de dezembro de 2013. Também comparando ao mesmo período de 2013, a alta foi de 11,1%.

O crescimento foi visto como reflexo no aumento da alta da inadimplência do consumidor, que também apresentou alta em janeiro, e a elevação do custo das empresas, devido à acumulação das sucessivas elevações das taxas de juros, acontecidas desde o segundo trimestre de 2013.

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Os títulos protestados foram os principais responsáveis pela alta do indicado em janeiro, com variação de 49,3%. Juntamente com isso, as dívidas não bancárias (1,7%) e os cheques sem fundos (7%) cresceram. Somente as dívidas com bancos apresentaram queda de 4,7%, impedindo que o índice não subisse ainda mais, considerando as demais variáveis do indicador.

As taxas futuras dos juros fecharam a sessão em baixa, conduzidas pelo tom mais suave das declarações feitas nesta terça-feira (18) pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sobre a inflação. Os comentários elevaram as apostas de que o ritmo de elevação da Selic poderá ser reduzido para 0,25 ponto porcentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, prevista para a semana que vem.

No fim do pregão regular do mercado de juros, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2014 (241.140 contratos) indicava 10,547%, na mínima, ante 10,558% no ajuste de segunda. O DI para janeiro de 2015 (523.495 contratos) tinha taxa de 11,12%, no menor patamar da sessão, ante 11,22% na véspera. O DI para janeiro de 2017 (233.585 contratos) apontava 12,48%, de 12,58%, e o DI para janeiro de 2021 (28.240 contratos) marcava 13,01%, de 13,06% no ajuste anterior.

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Em entrevista à imprensa estrangeira, Tombini afirmou que o ciclo de aperto monetário iniciado em abril do ano passado já está mostrando alguns resultados, visto que a inflação em 12 meses diminuiu cerca de um ponto porcentual, para 5,6%, e voltará para a meta de 4,5% "nos próximos trimestres". Ele disse também que o BC vai fazer o que for preciso para levar a inflação para baixo e manter o mercado de câmbio sob controle. Segundo Tombini, não há necessidade de usar as reservas no mercado de câmbio no momento para conter a desvalorização do real, mas se for preciso elas podem ser acionadas no futuro.

A queda dos juros domésticos ocorreu a despeito da alta do dólar. No fim do dia no balcão, a moeda dos EUA fechou em alta de 0,25% ante o real, cotada a R$ 2,3930.

Os juros futuros registraram leve alta nesta segunda-feira (3) acompanhando a valorização do dólar ante o real e em meio à renovada onda de aversão ao risco, que vem penalizando os ativos emergentes nas últimas semanas. A busca por segurança foi reforçada após indicadores ruins sobre o setor industrial na China e nos EUA.

No fim de semana, a China divulgou que seu índice oficial de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial caiu para 50,5 em janeiro, de 51 em dezembro. Já o PMI de serviços recuou para 53,4 em janeiro, de 54,6 em dezembro. Nos EUA, o PMI medido pela Markit recuou para 53,7 em janeiro, de 55,0 em dezembro, enquanto o índice medido pelo ISM caiu para 51,3 no mês anterior, de 56,5 no último mês do ano passado.

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Já o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou que a balança comercial brasileira teve déficit de US$ 4,057 bilhões em janeiro, o maior rombo na série histórica, iniciada em 1994. Mesmo assim, o resultado ficou levemente melhor do que era esperado pelos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que previram déficit negativo de US$ 4,5 bilhões.

Nesse cenário, o dólar à vista no balcão encerrou a sessão cotado a R$ 2,4350, uma alta de 0,70%, o que acabou puxando os juros futuros.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de DI para abril de 2014 (65.635 contratos) marcava 10,600%, de 10,579% no ajuste de sexta-feira. A taxa do DI para janeiro de 2015 (306.105 contratos) estava em 11,73%, ante 11,69% no ajuste. O DI para janeiro de 2017 (102.150 contratos) apontava 13,07%, de 13,00% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 (17.180 contratos) apontava 13,42%, exatamente no ajuste. Os ganhos foram menores entre os contratos mais longos em função da retração nos yields dos Treasuries.

Os contratos futuros dos juros terminaram em alta nesta quinta-feira (30), refletindo dados do desemprego na mínima recorde. O avanço dos DIs foi amplificado por operações de stop loss - compra ou venda automática a partir do alcance de níveis predefinidos de preços dos ativos. A taxas fecharam a sessão com o mercado precificando três altas de 0,50 ponto porcentual para a taxa básica de juros, a Selic, nas próximas reuniões do Banco Central.

No fim do pregão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para abril (430.910 contratos) de 2014 marcava 10,590%, de 10,536% no ajuste de quarta. A taxa do DI (620.605 contratos) para janeiro de 2015 estava em 11,63%, ante 11,43% no ajuste. O DI para janeiro de 2017 (319.580 contratos) apontava 12,93%, de 12,85% na véspera e o DI para janeiro de 2021 (13.670 contratos) apontava 13,31%, de 13,35% na véspera.

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A taxa de desemprego de 4,3% em dezembro, divulgada nesta quinta pelo IBGE, foi determinante para alta dos DIs. A avaliação dos investidores foi de que o número reforçou o cenário ruim de inflação e a perspectiva de que o Banco Central manterá o ciclo de alta da Selic.

Os juros futuros permaneceram em alta depois de um leilão de Letras do Tesouro Nacional (LTN) e da divulgação do relatório sobre o resultado primário do governo central. Do lote de 1 milhão de LTN para o vencimento de 1/4/2015, o Tesouro vendeu 500 mil papéis, com taxa média e máxima de 11,9399%, sem corte nas propostas. Além disso, não foram aceitas propostas para os lotes de 750 mil LTNs para o vencimento de 1/4/2016 e de 1,5 milhão de LTNs para 1/1/2018.

As contas do governo central apresentaram em 2013 um superávit primário de R$ 77,072 bilhões, o que equivale a 1,60% do Produto Interno Bruto (PIB). Este é o menor valor desde 2009, quando o superávit primário foi de R$ 39,436 bilhões (1,2% do PIB). O valor, no entanto, é maior que os R$ 75 bilhões anunciados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, no início de janeiro. No mês de dezembro, o superávit primário do governo central foi de R$ 14,532 bilhões.

Os juros futuros encerraram o primeiro pregão do ano próximos da estabilidade. Após passar boa parte do dia em alta, pressionados pela valorização do dólar ante o real e pelos Treasuries (títulos norte-americanos), os contratos de DI cederam pouco antes do fechamento.

A desaceleração das taxas se deve tanto à perda de vigor no câmbio, que fechou em R$ 2,39 após ter superado a marca de R$ 2,40 ao longo do dia, quanto ao recuo dos yields dos Treasuries em função de indicadores norte-americanos. Apenas o vértice para janeiro de 2017 terminou a sessão marcando alta mais acentuada ante o patamar de segunda-feira (último dia de negócios de 2013).

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Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de DI para abril de 2014 (56.480 contratos) estava em 10,13%, na mínima, igual ao ajuste de segunda-feira. A taxa do DI para janeiro de 2015 (191.070 contratos) marcava 10,57%, na mínima, de 10,58% no ajuste anterior. Na ponta mais longa da curva a termo de juros, o DI para janeiro de 2017 (89.095 contratos) apontava 12,35%, de 12,28% da segunda. O DI para janeiro de 2021 (2.775 contratos) indicava taxa de 13,09%, ante 13,07% no ajuste anterior.

A curva a termo de juros segue precificando apostas divididas para a reunião do Copom de janeiro, entre 0,25 e 0,50 ponto porcentual de alta. No início do dia, os juros futuros acompanharam o movimento de alta do dólar ante o real. A moeda norte-americana bateu R$ 2,4070, reagindo à percepção do mercado de que o cenário econômico este ano será difícil para o Brasil e sob a pressão de investidores estrangeiros para que o Banco Central reavalie a oferta diária de swap cambial - reduzida de US$ 500 milhões diários para US$ 200 milhões por dia. O dólar também subia no exterior ante moedas ligadas a commodities.

As taxas de juros foram sustentadas, ainda, pelo IPCA ponta, medida diária da inflação feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que acelerou do dia 31 para o dia 1º. Ontem, subiu 0,79%, de 0,74% no dia anterior, de acordo com fonte que teve acesso ao dado. Mas no fim da tarde a moeda norte-americana perdeu força, assim como os juros dos Treasuries acentuaram as perdas, após o anúncio da queda do índice de atividade do setor de manufatura dos EUA medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) para 57 em dezembro, de 57,3 em novembro. O índice ficou acima da expectativa do mercado, que era de queda para 56,8. O juro da T-note de 10 anos caiu abaixo de 3%, atingindo a mínima de 2,991%.

Além disso, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou que o superávit comercial em 2013 somou US$ 2,561 bilhão. Em dezembro, o superávit comercial foi de US$ 2,654 bilhão. O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) terminou dezembro com avanço de 0,69%, ante 0,68% no mês anterior, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O último pregão de juros futuros do ano foi marcado pelo baixo volume de negócios. O DI mais líquido, para janeiro de 2017, teve menos de 60 mil contratos negociados. As taxas refletiram a pouca disposição dos investidores em alterar apostas e passaram o dia em leve baixa, com margem estreita da oscilação e encerrando o dia perto dos ajustes da sexta-feira. O movimento seguiu a perda de vigor dos yields dos Treasuries nos Estados Unidos. Nem mesmo a valorização do dólar ante o real ao longo da tarde desta segunda-feira, 30, foi suficiente para alterar o desempenho dos contratos de juros futuros no mercado doméstico.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de DI para abril de 2014 (30.785 contratos) estava em 10,13%, de 10,14% no ajuste de sexta-feira. A taxa do DI para janeiro de 2015 (45.850 contratos) marcava 10,58%, na máxima, de 10,59% no ajuste anterior. Na ponta mais longa da curva a termo de juros, o DI para janeiro de 2017 (59.750 contratos) apontava 12,28%, de 12,31% na véspera. O DI para janeiro de 2021 (2.820 contratos) indicava taxa de 13,07%, máxima, ante 13,05% no ajuste anterior. Na prática, a curva a termo de juros segue precificando apostas divididas para a reunião do Copom de janeiro, entre 0,25 e 0,50 ponto porcentual de alta.

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A cautela se justifica, também, pelo anúncio, na próxima quinta-feira, 02, dos dados fiscais de 2013. Em meio ao primeiro pregão do ano, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, concederá uma entrevista à imprensa (12h30) para fazer um balanço do ano e anunciar o resultado fiscal do governo federal em 2013, que normalmente é divulgado apenas na última semana de janeiro.

Hoje, o noticiário fraco colaborou para o marasmo dos mercados. A pesquisa Focus, do Banco Central, mostrou que a projeção da inflação medida pelo IPCA em 2013 subiu de 5,72% para 5,73%. Para 2014, a projeção passou de 5,97% para 5,98%.

Sem determinantes locais, o yield dos Treasuries foi o principal driver para os juros domésticos. As taxas, que já caíam no início do dia, renovaram mínimas à tarde em reação à primeira alta mensal em seis meses nas vendas pendentes de moradias dos EUA, referente à novembro. Por volta das 16h30, o juro da T-note de dez anos caía para 2,9710% e o da T-note de dois anos recuava para 0,391%.

A agenda de quinta-feira traz ainda o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) de dezembro medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e o Índice de Commodities calculado pelo Banco Central (IC-Br) para o último mês deste ano. A estimativa dos analistas pesquisados pelo AE Projeções, da Agência Estado, indica que o IPC-S deve fechar dezembro com taxa entre 0,61% e 0,74%, a mediana ficou em 0,69%.

Os contratos de juros futuros fecharam esta sexta-feira (20), em alta, com os vencimentos mais longos tendo avanços mais consistentes que o dos curtos, em meio à avaliação do mercado de que o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do Banco Central trouxe uma leitura demasiadamente otimista em relação à economia brasileira. Os DIs também reagiram à alta do dólar, que vem sendo impulsionada, entre outras coisas, pela saída de recursos do País.

O RTI reforçou pontos que vinham sendo defendidos pelo BC, como a necessidade de se manter "especialmente vigilante" com a inflação e que a transmissão dos efeitos das ações de política monetária ocorre com "defasagens". Mas as previsões de inflação feitas pela autoridade monetária, aliadas à surpresa negativa com a prévia do IPCA de dezembro, anunciada ontem, levaram os investidores a uma correção importante nas taxas do DI. "A inflação está se acomodando em patamares perigosos", disse um operador de juros.

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De fato, as projeções de inflação mostram resistência dos preços. A estimativa de IPCA permaneceu em 5,8% para final de 2013, no cenário de referência e de mercado, sem recuo em relação ao patamar de 2012. O BC voltou a falar em volatilidade no câmbio, além de acrescentar que vê uma tendência de apreciação do dólar. "O Copom avalia que a depreciação e a volatilidade da taxa de câmbio verificadas nos últimos trimestres ensejam um natural e esperado processo de correção de preços relativos, ou seja, de preços domésticos em relação a preços praticados no resto do mundo."

Outro fator que influenciou - de maneira pontual - o mercado de juros nesta sexta-feira foi o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de novembro. O saldo líquido de empregos formais gerados em novembro foi de 47.486 vagas, resultado de 1.618.426 admissões e de 1.570.940 demissões. O número ficou dentro do intervalo das previsões obtidas pelo AE Projeções, mas abaixo da mediana, de 51.500 postos. A geração de empregos em novembro foi 37,65% menor do que em novembro do ano passado, quando ficou em 76.157 pela série ajustada

Nesse cenário, ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (68.665 contratos) estava em 10,13%, de 10,10% ajuste anterior. O juro para janeiro de 2015 (474.685 contratos) indicava 10,63%, de 10,54% no ajuste de quinta-feira. Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2017 (156.035 contratos) apontava 12,35%, ante 12,15% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (8.440 contratos) marcava 13,01%, de 12,85% no ajuste anterior.

O dólar à vista no balcão fechou em R$ 2,3810, alta de 1,32%. A divisa dos EUA foi impulsionada pela revisão do PIB do país no terceiro trimestre. A economia norte-americana cresceu à taxa anualizada de 4,1%, segundo a terceira e última leitura, acima dos 3,6% na estimativa anterior e também das estimativas dos analistas, de 3,6%. Trata-se do maior ganho desde o quarto trimestre de 2011 e sugere que o Federal Reserve acertou ao reduzir suas ações de estímulo esta semana.

Após passar boa parte da sessão desta quarta-feira (18), em alta, os juros futuros terminaram o dia perto dos ajustes da véspera. Em meio a um baixo volume de negociação, os investidores preferiram evitar assumir posições antes de uma das decisões mais aguardadas do Federal Reserve nos últimos tempos, logo mais, às 17 horas.

Em entrevista transmitida no site do Wall Street Journal, o influente colunista Jon Hilsenrath, considerado especialista em Federal Reserve e conhecido por ter fontes dentro do banco central, disse que o FED deve anunciar uma "pequena" redução nas compras de bônus nesta quarta provavelmente de US$ 10 bilhões. "Essa é uma quantia pequena, mas significativa. Mais do que isso pode provocar a preocupação de que a ação do FED seja agressiva", afirmou.

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Enquanto isso, o Banco Central brasileiro divulgou que o déficit em conta corrente ficou em US$ 5,145 bilhões em novembro, acima das estimativas de US$ 4,700 bilhões. A conta de rendas ficou negativa em US$ 3,478 bilhões. A de serviços, negativa em US$ 3,519 bilhões. Essas saídas de recursos foram apenas parcialmente compensadas pelo superávit comercial de US$ 1,740 bilhão e pelas transferências unilaterais positivas em US$ 111 milhões.

A valorização da moeda dos EUA e a expectativa pelo Fed mantiveram os juros futuros sob pressão de alta durante boa parte do dia, mas no fim do pregão, durante o call de fechamento, as taxas voltaram para perto dos ajustes. Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (46.480 contratos) estava em 10,07%, de 10,05% ajuste anterior. O juro para janeiro de 2015 (220.510 contratos) indicava 10,49%, de 10,47% na terça-feira. Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2017 (155.595 contratos) apontava 11,98%, ante 11,99% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (5.495 contratos) marcava 12,64%, de 12,65% no ajuste anterior.

Os juros também foram impulsionados, ao longo de boa parte da tarde, por falas da presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "O governo não assume os erros. Nada vai mudar, então os juros vão continuar subindo", afirmou um operador. Mantega admitiu durante café da manhã com jornalistas, que a normalização da política monetária norte-americana vai causar turbulência no Brasil.

Mantega afirmou ainda que a meta de superávit do governo central este ano, de R$ 73 bilhões, é factível. "A política fiscal continuará rigorosa em 2014, mas ainda não tenho um número", explicou. "A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) não será modificada e temos zelado para que permaneça plenamente em vigor", acrescentou.

Já Dilma disse que o Brasil tem tido "um excelente desempenho" na questão do superávit primário e garantiu que a meta para este ano será cumprida. Segundo um operador do mercado, essa declaração dá a entender que não haverá grandes mudanças na política fiscal em 2014.

Os contratos de juros futuros terminaram a sessão de lado nesta terça-feira, 17, em meio às expectativas com a decisão do Federal Reserve, que será anunciada na quarta-feira e a baixa liquidez dos negócios. O mercado aguarda também o Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central brasileiro, na sexta-feira, que pode dar novas pistas sobre o comportamento da política monetária para o próximo ano. Na quinta-feira, será divulgada a prévia do IPCA para dezembro.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (40.850 contratos) estava em 10,05%, igual ao ajuste anterior. O juro para janeiro de 2015 (201.445 contratos) indicava 10,47%, também idêntico ao ajuste de segunda. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (133.205 contratos) apontava 11,99%, ante 11,97% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (11.640 contratos) marcava 12,65%, de 12,64% no ajuste.

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Entre os dados divulgados nesta terça nos EUA, o índice de preços ao consumidor ficou estável em dezembro, ante projeção de que subiria 0,1%. Isso reforçou a percepção de que a inflação persistentemente abaixo da meta do FED poderia fazer que a instituição adiasse o início da redução dos estímulos monetários. Nesse cenário, os preços dos Treasuries subiram, com consequente movimento inverso dos juros. O dólar, por sua vez, caiu ante o real, o que colaborou para pressionar os juros futuros.

No cenário doméstico, a CNI divulgou nesta tarde sua sondagem da indústria, mostrando que a utilização da capacidade instalada caiu a 74% em novembro, de 75% em outubro. A inflação pelo IPCA ponta, calculada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), oscilou de 0,75% para 0,74% entre domingo e ontem. O mercado também notou o salto da taxa CDI para 9,85% na véspera, reduzindo o descolamento em relação à Selic para 0,05 ponto porcentual.

Os juros futuros fecharam em queda nesta segunda-feira (9), acompanhando a retração do dólar ante o real. A redução nas projeções dos analistas do mercado financeiro para a inflação e o Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, na pesquisa Focus, ajudou, ainda que pontualmente. Além disso, discursos de dirigentes do Federal Reserve mantiveram os investidores cautelosos sobre os próximos passos da autoridade monetária norte-americana.

A pesquisa Focus mostrou que os analistas reduziram as estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2013 de 5,81% para 5,70%. A previsão referente aos próximos 12 meses também perdeu força, passando de 6,09% para 6,04%. A projeção para a inflação em 2014 seguiu em 5,92%. A previsão de crescimento da economia brasileira em 2013 foi revisada de 2,50% para 2,35%.

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Nesta segunda a presidente Dilma Rousseff disse, no Rio de Janeiro, que a solidez das finanças públicas e o controle da inflação são pilares da economia. Ela afirmou que a relação dívida pública em relação ao PIB chegou a um dos menores níveis em 2013, de 35%. Dilma também destacou que a inflação fechou 2012 e vai encerrar 2013 em um nível de estabilidade, em torno de 5,8%, mantendo-se dentro da meta traçada nos últimos dez anos.

No cenários externo, os discursos de três dirigentes do Fed concentraram a atenção do mercado. O presidente da distrital de Richmond, Jeffrey Lacker, disse que quando o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) se encontrar, na próxima semana, deve haver uma discussão sobre a possibilidade de reduzir o ritmo de compra de ativos.

Já o presidente da regional de Saint Louis, James Bullard, reconheceu que dados positivos sobre o mercado de trabalho divulgados recentemente aumentam as chances de uma redução nos estímulos. O presidente do Fed de Dallas, Richard Fisher, discursa sobre tendências bancárias no fim da tarde.

Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (72.605 contratos) estava em 10,07%, de 10,08% no ajuste anterior. O juro para janeiro de 2015 (151.040 contratos) indicava 10,58%, de 10,63% na sexta-feira. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (146.845 contratos) apontava 12,15%, ante 12,25%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (4.680 contratos) marcava 12,75%, de 12,78% no ajuste anterior.

Ao contrário do que era esperado pelos investidores, o forte desempenho do mercado de trabalho dos EUA em novembro, que pode levar o Federal Reserve e reduzir seus estímulos já neste mês, não provocou grandes correções nos preços dos ativos. Os DIs também reagiram ao dado do IBGE, que apontou que a inflação oficial ficou abaixo da mediana das projeções em novembro.

Segundo divulgou nesta sexta-feira (6), o Departamento de Trabalho norte-americano, os EUA criaram 203 mil empregos em novembro, mais do que as 180 mil vagas previstas por analistas consultados pela Dow Jones Newswires. A taxa de desemprego caiu para 7,0% no mês passado, o menor nível em cinco anos. Em vez de focar na possibilidade do FED reduzir a injeção de dinheiro na economia, os investidores preferiram dar atenção para o desempenho da economia norte-americana, que vem ganhando força nos últimos meses. Com isso, moedas emergentes, como o real, se beneficiaram.

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O declínio do dólar contribuiu para a queda dos juros futuros. As baixas observadas na quinta e nesta sexta deixaram o mercado basicamente dividido ao meio em relação às projeções para a alta da Selic em janeiro, que pode ser de 0,25 ou 0,50 ponto porcentual. Colaborou para essa percepção o resultado do IPCA de novembro, que subiu 0,54% no mês passado, após a alta de 0,57% em outubro. A mediana das expectativas colhidas pelo AE Projeções era de 0,58%. No acumulado em 12 meses, o índice desacelerou para 5,77% - primeira vez no ano em que o número nesta comparação ficou abaixo dos 5,84% do fechamento do ano passado.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (55.490 contratos) estava em 10,08%, de 10,09% no ajuste anterior. O juro para janeiro de 2015 (254.975 contratos) indicava 10,63%, de 10,68% na véspera. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (203.500 contratos) apontava 12,25%, ante 12,28%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (8.475 contratos) marcava 12,78%, de 12,87% no ajuste anterior.

A primeira reação nos juros futuros à ata do Copom, divulgada nesta quinta-feira (5), antes da abertura dos negócios, foi de uma elevação das taxas do DI para julho de 2014. Esse foi o vértice da curva a termo que sofreu a maior correção, num claro sinal de que os operadores leram no documento sinais de que o BC deve mesmo alterar o ritmo de alta da Selic para 0,25 ponto porcentual em janeiro, mas pode manter esse passo para as próximas reuniões do colegiado ao longo do próximo ano.

O DI para julho de 2014 era negociado a 10,31%, por volta das 9h25, de 10,28% no ajuste de quarta-feira. Esse contrato chegou a bater 10,33% na máxima até então. O DI para janeiro de 2015 subia para 10,70%, de 10,67% na véspera.

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Mas a cautela prevalece. Primeiro porque o BC não descartou totalmente uma manutenção dos 0,50 pp, ao mencionar a "continuidade" do ritmo de ajuste das condições monetárias. Além disso, o IPCA ponta, medida diária da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para a inflação, acelerou de 0,68% para 0,75% da terça para quarta-feira, com destaque para Alimentação e Bebidas (0,79% para 1,23%).

Também em reação à ata, o dólar abriu em alta no mercado à vista, a R$ 2,3920 (+0,13%). Em seguida, no entanto, a divisa recuou para o terreno negativo, visto que o nível da moeda norte-americana está próximo do preço de 22 de agosto, quando o Banco Central anunciou o programa de intervenção diária. Por volta das 9h25, o dólar à vista no balcão estava cotado a R$ 2,3850 (-0,17%).

Os juros futuros registraram ganhos consistentes nesta segunda-feira (2), acompanhando a alta do dólar. O aumento aquém do esperado concedido para os preços dos combustíveis indica que haverá inflação represada no futuro próximo e, além disso, a falta de clareza na nova metodologia de reajuste deixa os participantes do mercado nervosos. Continua repercutindo ainda o dado negativo sobre o superávit de outubro do governo central, divulgado na semana passada.

Segundo um operador, investidores estrangeiros entraram mais fortemente no mercado brasileiro esta tarde, após o feriado de Ação de Graças na semana passada nos EUA. Com a alta dos juros, a curva a termo precifica majoritariamente uma alta 0,5 ponto porcentual da Selic em janeiro, apesar de um aperto menor, de 0,25 ponto, não estar descartado.

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Embora o reajuste de 4% concedido pelo governo para a gasolina tenha ficado abaixo do esperado pela maioria dos analistas, fontes do mercado explicam que a falta de clareza sobre a nova política de preços dos combustíveis afeta as expectativas de inflação e impulsiona os juros futuros.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (22.485 contratos) estava em 10,09%, de 10,06% no ajuste de sexta-feira. O juro para janeiro de 2015 (442.220 contratos) indicava 10,75%, de 10,67% na sexta-feira. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (226.090 contratos) apontava 12,42%, ante 12,20%. E o DI para janeiro de 2021 terminou a 13,10% (15.095 contratos), de 12,83%.

Os contratos de juros futuros fecharam a sessão, desta quinta-feira (28), em direções divergentes, em meio ao fraco resultado fiscal do governo central e ao comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgado na quarta que desencadeou expectativas de um alívio no ritmo de alta dos juros em 2014.

As taxas de juros registraram queda forte durante grande parte da sessão após o comunicado da reunião do Copom retirar a frase que apareceu nos quatro documentos anteriores, na qual dizia que o aperto monetário "contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano". Além disso, o BC chamou a atenção para o fato de ter iniciado o aperto monetário em abril de 2013, passando a ideia de que o ciclo já é longevo.

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A mudança levou o mercado a se ajustar para a possibilidade de uma redução do ritmo de aperto monetário em janeiro e a proximidade do fim do atual ciclo. As expectativas dos analistas estão agora divididas entre uma elevação de 0,50 e 0,25 ponto porcentual para o primeiro mês do ano que vem. Ontem, a autoridade monetária elevou a Selic em 0,50 ponto porcentual, para 10%, e, até então, o mercado precificava uma nova alta dessa magnitude em janeiro.

O declínio das taxas perdeu força à tarde, após o Tesouro Nacional anunciar o resultado das contas do governo central em outubro. Segundo a instituição, o governo teve superávit primário de R$ 5,436 bilhões no mês passado, o número mais baixo para o mês desde 2004, quando foi de R$ 4,471 bilhões. Em setembro, o déficit foi de R$ 10,473 bilhões.

Os números levaram o contrato do juro para janeiro de 2021 para a máxima na sessão, de 12,73%, ante 12,66% minutos antes do anúncio do resultado fiscal. No fim do pregão regular, o contrato do juro para abril de 2014 (216.050 pontos) apontava 10,05%, de 10,10% na véspera. O juro para janeiro de 2015 (740.305 contratos), indicava 10,63%, ante 10,82% no ajuste anterior. A taxa para janeiro de 2017 (288.400 contratos) estava em 12,07%, ante 12,19% na véspera. A taxa para janeiro de 2021 (49.910 contratos) subiu 12,70%, de 12,67%.

Com tudo isso, os indicadores desta quinta acabaram em segundo plano. Logo cedo, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 0,29% em novembro, ante 0,86% em outubro e abaixo da mediana das estimativas coletadas pelo AE Projeções (+0,32%). O Banco Central também informou que o estoque de operações de crédito do sistema financeiro subiu 0,5% em outubro ante setembro e chegou a R$ 2,610 trilhões. O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, avaliou que o mercado de crédito manteve-se em expansão em outubro, mas com moderação no crescimento no mês.

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta terça-feira (5) a ampliação do prazo do financiamento habitacional, com recursos da Poupança (SBPE) e alienação fiduciária, para até 35 anos, cinco anos a mais do que o atual prazo, 30. Novas reduções nas taxas de juros dos financiamentos com recursos SBPE também foram anunciadas.

Para imóveis financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), as taxas caem para 8,85% para todos os clientes, podendo chegar a 7,8% dependendo do grau de relacionamento do cliente com o banco. Fora do SFH, as taxas foram reduzidas para 9,9% para todos os clientes, podendo chegar a 8,9%. 

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Segundo o vice-presidente de Governo e Habitação, José Urbano Duarte, a nova redução, além de manter a Caixa Econômica Federal com as menores taxas do mercado, permitirá aos clientes a aquisição de imóveis melhores e em condições ainda mais vantajosas. 

As reduções de juros começam a valer a partir da próxima segunda-feira (11) para os financiamentos feitos com os recursos da poupança, mas não englobam imóveis financiados dentro do programa "Minha Casa, Minha Vida", do governo federal. 

Urbano citou como exemplo as condições de financiamento de uma pessoa com renda familiar a R$ 10 mil, independente do relacionamento com o banco. Nas regras anteriores, o cliente financiava até R$ 267 mil. Com as novas taxas e prazo de 420 meses, o mesmo poderá financiar até R$ 280 mil. Se essa pessoa for cliente do banco, por meio da conta salário, poderá financiar até R$ 303 mi. 

Banco do Brasil - O Banco do Brasil também anunciou novas taxas que já estão valendo desde a última segunda-feira (4). Quem for cliente do banco e tiver uma conta salário e para quem fizer o pagamento das prestações da casa própria em dia terá acesso a taxas mais baixas. 

Os imóveis de até R$ 500 mil podem ser financiados com taxas que variam de 7,9% anuais, mais TR, a 8,9% ao ano, mais TR. As taxas anuais para imóveis de valor superior a R$ 500 mil vão de 9% a 10%, mais TR.

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